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VALORAÇÃO DE

DANOS AMBIENTAIS

Destruição de mata nativa do bioma Mata Atlântica


em uma propriedade rural localizada na região norte
do Estado do Rio Grande do Sul
Fevereiro/2013

Ariana Passos
Diego
Jaqueline
Michele
Wander
1 - Descrição do caso

Para o estudo de Valoração do Dano , foi escolhida a ocorrência de degradação


ambiental com destruição da Mata Atlântica em uma propriedade localizada no
município de Muliterno, na região Norte do Rio Grande do Sul.
A análise de valoração foi baseada em um estudo de caso publicado na Revista
on-line IPOG: Destruição de mata nativa do bioma Mata Atlântica em uma
propriedade rural localizada na região norte do Estado do Rio Grande do Sul
Julho/2017.
A constatação deste crime ambiental ocorreu no mês de fevereiro de 2013,
segundo o estudo foram destruídas mais de dez espécies de árvores da Mata
Atlântica , como Araucárias, que se encontravam em processo de extinção no
município.
De acordo com o laudo técnico mencionado no estudo de caso analisado, a mata
suprimida estava inserida em fragmento da Mata Atlântica e representava
estagio avançado de regeneração natural (Resolução CONAMA n° 33 de 07 de
dezembro de 1994), a qual é de especial preservação (Lei n° 11.428 de 22 de
dezembro de 2006).
A intervenção da mata realizou-se em uma área de aproximadamente, 21,60 há
através do corte raso com uma motosserra, atingindo espécies como
Camboatás, Araucárias, Xaxins, Canelas, Cabreuvas, entre outras. De acordo
com o Estudo parte do local da degradação, é considerada área de preservação
permanente de nascentes e banhados.
Ainda segundo o estudo o proprietário não possuía licença do órgão ambiental
para realizar a intervenção na área. O mesmo foi apreendido após a constatação
do crime ambiental.
São apresentadas a seguir figuras que demonstram o entorno da área
(bordaduras) degradada e área da vegetação destruída junto a área degradada
na propriedade rural.
2 – Valoração do Dano Ambiental

A avalição da valoração do dano é uma aplicação relativamente nova do


conhecimento, que consiste na representação da perda de serviços ambientais
em unidades monetárias, tarefas cujo interesse tem aumentado no território
nacional.
É possível obter estimativas financeiras associadas à redução de serviços
ambientais. Entretanto não se trata da obtenção de um valor exato. O problema
de valoração ambiental admite múltiplas soluções, dependendo das métricas
empregadas e da modelagem ambiental implementada. Não existe um mercado
estimulando o desenvolvimento de métricas para correlacionar os serviços
ambientais a unidades financeiras, (Heidrich 2013).
2.1 – Critérios para a Valoração do Dano Ambiental
A Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Estado do
Rio Grande do Sul sugere para os dois métodos para a valoração de dano
ambiental, decorrentes do desmatamento de mata nativa, específicos para a
área degradada. I. Em flora arbórea com vegetação primária ou secundária em
estágio inicial, médio e avançado de regeneração natural que tem como base de
cálculo para a valoração do dano o valor total da matéria-prima florestal
suprimida:

Segundo SEMA – RS, quando não for possível mensurar a matéria-prima


suprimida, deve-se utilizar os parâmetros técnicos do Inventário Florestal
Contínuo do RS ou levantar dados das áreas remanescentes contíguas. Em
vegetação em estágio inicial o dado médio de 33 metros estéreos por hectare.
Tabela 1 – Critério para valoração do dano ambiental:

Tabela 2 – Critério para valoração do dano ambiental:

Em área agropastoril a base para o cálculo da valoração do dano ambiental


segue os critérios, citados nas tabelas 1 e 2 e leva em consideração o custo
médio para melhoramento de campo nativo na área atingida.
Para valoração do dano ambiental na propriedade foi adotado o método I, citado
nas tabelas 1 e 2, acima. Tendo em vista a inexistência de dados de volume da
matéria-prima da área degradada e dados no Inventário Florestal Contínuo do
RS, para fins do cálculo de valoração do dano ambiental foram realizados
estudos em florestas próximas a área degradada com características
semelhantes a floresta desmatada. Foram encontrados os volumes médios de
lenha em torno de 547 st/ha e de toras de 410 m³/ha. Os fatores agravantes
foram definidos a partir do laudo da técnica ambiental da Secretaria de Meio
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e visitas na área degradada.
Os valores da matéria-prima (lenha e toras) tiveram como base os valores
médios de comercialização de lenha e madeira nos mercados da região de
abrangência do município onde ocorreu o dano ambiental, sendo a lenha = R$
25,00/ms (vinte e cinco reais) e as toras = R$ 150,00 (cento e cinquenta reais).
Para o cálculo da valoração do dano ambiental foram considerados os seguintes
fatores descritos, a seguir:
Custo da lenha: R$ 25,00/ms x 547 ms = R$ 13.367,00/há
Custo das toras: R$ 150,00/m³ x 410m³ = R$ 61.500,00/há

Tabela 3 – Fatores encontrados na área de estudo

Parcial/ha: Valor da matéria-prima florestal + d + e + h + i


Lenha: Parcial/ha: 13.367,00 + 4,102,50 + 2.673,40 + 26.734,00 + 2.673,40 =
R$ 49.550,00
Custo = 49.500,00 x 19,5 =965.250,00
Toras: Parcial/ha: 61.500,00 + 18.450,00 + 12.300,00 + 123.000,00 + 12.300,00
= 49.550,00 = R$ 277.100,00
Custo = 277.100,00 x 19,5 =5.403.450,00

Tabela 4 – Outros encontrados na área de estudo

Parcial lenha/ha = 49.500,00 x 3 = 148.500,00 Custo = 148.500,00 x 2,1 =


311.850,00
Parcial tora/ha = 77.100,00 x 3 = 831.300,00 Custo = 831.300,00 x 2,1 =
1.745.730,00
Total lenha/área = 965.250,00 + 311.850,00 = 1.277.100,00
Custo total tora/área = 5.403.450,00 + 1.745.730,00= 7.149.180,00
Total dano na área degradada = 1.277.100,00 + 7.149.180,00 = 8.426.280,00
Total dano na área degradada = R$ 8.426.280,00 (oito milhões quatrocentos e
vinte e seis mil e duzentos e oitenta reais).
3 – Conclusão:
Através da valoração do dano é possível obter estimativas financeiras,
associadas á redução de serviços ambientais, entretanto não se trata da
obtenção de um valor exato. O problema da valoração ambiental admite
múltiplas soluções, dependendo das métricas empregadas e da modelagem
ambiental implementada.
É na verdade uma tentativa em se atribuir um valor para os serviços prestados
pela natureza.
Neste caso o calculo foi baseado no que sugere a Secretaria de Meio Ambiente
e Desenvolvimento Sustentável do Estado do Rio Grande do Sul, levando em
consideração os valores da matéria prima suprida ( lenha e tora) de acordo com
os preços de comercialização na região, gerando assim um valor estimado sobre
o dano ocorrido nesta área em especifico.
4 – Referências:

ISSN 2179-5568 - Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 13ª Edição nº 013 Vol.01/2017
Julho/2017

MPMS – Ministério Público Mato Grosso do Sul – VALORAÇÃO DE DANO AMBIENTAL-


Vol.01/2018

MOTTA Ronaldo – MANUAL PARA VALORAÇÃO ECONÔMICA DE RECURSOS


AMBIENTAIS; Rio de Janeiro / 1997.

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