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INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA - IFBA

DEPARTAMENTO DE ENSINO – DEPEN


COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL
Docente: Dr. Altemar Vilar dos Santos

MEMORIAL DESCRITIVO – PROJETO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA O


MUNICÍPIO DE ANAGÉ: ADUÇÃO E RESERVAÇÃO

Vitória da Conquista – BA

2019
Nadyne Barbosa Ribeiro

Raul Silva de Jesus

Rebeca Cristina Oliveira Amorim

MEMORIAL DESCRITIVO – PROJETO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA O


MUNICÍPIO DE ANAGÉ: ADUÇÃO E RESERVAÇÃO

Memorial descritivo entregue como


método de avaliação parcial da disciplina
Abastecimento de Água, ministrada pelo
docente Dr. Altemar Vilar dos Santos no
período 2018.2.

Vitória da Conquista – BA

2019
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 5

2. OBJETIVOS ........................................................................................................................ 5

3. JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 5

4. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ........................................................................................ 6

5. LOCALIDADE ABASTECIDA .......................................................................................... 7

5.1 Características climáticas, geologicas e hidrologicas ............................................................ 8

6. HORIZONTE DE PROJETO ............................................................................................... 9

7. GENERALIDADES SOBRE O MANANCIAL ................................................................... 9

8. CAPTAÇÃO........................................................................................................................ 9

8.1 Barragem de nível .............................................................................................................. 10

8.2 Tomada D’água ................................................................................................................. 10

9. ADUÇÃO .......................................................................................................................... 10

9.1 Traçado da Adutora ........................................................................................................... 11

9.2 Perfil da Adutora................................................................................................................ 11

9.3 Materiais da Adutora.......................................................................................................... 12

9.4 Enchimento da Adutora ..................................................................................................... 12

9.5 Dispositivos de Proteção das Adutoras ............................................................................... 13

9.6 Recomendações ................................................................................................................. 13

10. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS ........................................................................................... 13

11. SISTEMA DE RESERVATÓRIOS ................................................................................... 14

11.1 Característcas Gerais do Conjunto de Reservação .............................................................. 14

11.2 Materiais do Reservatório .................................................................................................. 15

11.3 Tubulação de Entrada ........................................................................................................ 15

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11.4 Tubulação de Saída ............................................................................................................ 16

11.5 Extravasor.......................................................................................................................... 16

11.6 Ventilação.......................................................................................................................... 16

11.7 Poço de Descarga e Sucção ................................................................................................ 16

11.8 Impermeabilização ............................................................................................................. 16

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................................... 18

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1. INTRODUÇÃO
Os aglomerados populacionais, dependendo do seu porte, necessitam cada vez mais de
infraestrutura capaz de garantir condições mínimas de bem estar para os indivíduos que vivem
nesses locais. A água é o bem essecial para a vida dos seres humanos, e por conta disto, merece
especial atenção no que se refere ao seu trato. O acesso a este elemento vital precisa ser facilitado
o máximo possível, uma vez que tal ação proporciona melhor condição de vida, impactando
diretamente na saúde da população.
Por conta disso, abastecer o público de modo eficiente, seguindo as recomendações das
normas responsáveis, é de fundamental importância. O sistema de abastecimento de água
geralmente é constituído por seis componentes principais, sendo eles: Captação, Estações
Elevatórias, Adutora, Estação de Tratamento de Água (ETA), Reservatórios e pela Rede de
Distribuição.
O presente memorial descritivo elenca particularidades operacionais e construtivas que
devem ser levadas em consideração na execução de cada um dos componentes supracitados.
Apresenta generalidades acerca do projeto de abastecimento da cidade de Anagé, na Bahia, desde
a captação da água no Rio Gavião, utilizando barrragem de nível, até mesmo a reservação do
volume de água necessário para garantir o fornecimento contínuo de água à popoulação abastecida.

2. OBJETIVOS
O sistema de abastecimento de água, em especial os componentes apontados neste
memorial (captação, adução, reservação, e estações elevatórias), tem por finalidade garantir o
transporte da água, desde o manancial até o sistema de reservatórios, de modo que ela chegue neste
último ponto em condições suficientes de consumo, dentro dos padrões de potabilidade
determinados pela legislação brasileira. Além disso, tem o objetivo de propiciar o pleno
funcionamento pelo período de tempo determinado (30 anos), sem que haja interrupções no
fornecimento de água, e muito menos eventuais problemas de ordem maior.

3. JUSTIFICATIVA
Por conta da localidade do município de Anagé, bem e das condições socioeconômicas
locais, o sistema de abastecimento desta cidade se faz necessário, visto que ela está inserida na
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região do semiárido baiano conhecida como Polígono da Seca. As condições climáticas apontam
distrbuições irregulares de chuva ao longo do tempo, com expressivos períodos de estiagem e secas,
o que impacta negativamente a vida da população que, por conta disso, não possui garantias de
acesso contínuo à água em quantidades mínimas recomendadas pela Organização Mundial de
Saúde.

4. REFERÊNCIAS NORMATIVAS
Para fundar todos os pontos abordados no presente documento, é necessário conhecer as
normas nacionais que são imprescindíveis. Sua importância está associada aos parâmetros
hidráulicos, estruturais e técnicos para a elaboração do projeto de maneira correta. A seguir, estão
relacionados os documentos indispensáveis para a elaboração do presente projeto de sistemas de
abastecimento de água.

− NBR 6118 (ABNT, 2014): Projeto de Estruturas de Concreto – Procedimento;


− NBR 7480 (ABNT, 2007): Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado
– Especificação;
− NBR 8800 (ABNT, 2008): Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e
concreto de edifícios – Procedimento;
− NBR 12211 (ABNT, 1992): Estudo de Concepção de Sistemas Públicos de
Abastecimento de Água;
− NBR 12213 (ABNT, 1992): Projeto de Captação de Água de Superfície para
Abastecimento Público;
− NBR 12214 (ABNT, 1991): Projeto de Sistema de Bombeamento de Água para
Abastecimento Público;
− NBR 12215 (ABNT, 1991): Projeto de Adutora de Água para Abastecimento Público;
− NBR 12217 (ABNT, 1994): Projeto de Reservatório de Distribuição de Água para
Abastecimento Público.

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5. LOCALIDADE ABASTECIDA
O município de Anagé encontra-se na região do sudoeste baiano, inserida na mesorregião
Centro Sul Baiano, de acordo com a classificação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE). Está situada ao norte da cidade de Vitória da Conquista, a qual fez parte até a década de
1960, quando foi desmembrada. A Figura 1 à seguir, demonstra a localidade de Anagé.

Figura 1: Regiões econômicas da Bahia, destaque para Região Sudoeste. Fonte: SEI/2018.

De acordo com o IBGE, Anagé possui uma área total de 1.336,361 km2, levando-se em
conta todo o território, não somente zona urbana. No último levantamento do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística, o município possuía em 2010 uma população de 25.516 habitantes.
A escassez ou a má distribuição de chuvas ao longo do ano na região, favoreceram a
predominância da atividade agrícola de subsistência utilizando modos com armazenamento de
água.
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5.1 Características climáticas, geologicas e hidrologicas
O território encontra-se na região do semiárido da Bahia, que represenata o Polígono da
Seca (Figura 2), e é classificado como uma das regiões mais pobres do estado. As condições
climáticas são caracterizadas pela escassez de água, elevadas mpeduas de temperaturas anuais e
baixos índices de precipitações anuais.

Figura 2: Semiárido da Bahia. Fonte: SEI/2018.


A vegetação é constituída pela estepe ou caatinga densa, recobrindo as partes mais secas, e
pela mata de cipó ou floresta subcaducifólia não espinhosa, que ocupa as partes mais úmidas da
área de estudo. (OLIVEIRA, 2007).
A temperatura média encontra variações compreendidas entre 19ºC e 36ºC. O período de
chuvas concentra-se entre novembro e janeiro, sendo o primeiro o mês mais chuvoso, o que

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corrobora para a má distribuição pluviométrica ao longo do ano. No restante do ano, a região
permanece seca. Os solos encontrados possuem relação com o clima e a litologia, existindo assim
solos variados, desde pouco desenvolvidos, com influência de neossolos litólicos, até solos bem
desenvolvidos, subordinados a uma pedogênese mais expressiva. (TECNOSAN, 1988).

6. HORIZONTE DE PROJETO
O presente projeto foi feito para atender a população do município de anagé por um período
mínimo de 30 (trinta) anos, sem que haja a necessidade de inervenções expressivas. A população
de projeto, ou seja, aquela utilizada para a reaização de todo o dimensionamento dos componentes
do sistema de abastecimento, foi calculada com base neste horizonte. Segundo o IGBE, a estimativa
é de que a população de Anagé decaia ao longo dos anos, entretanto, para o calculo da população
de projeto, levou-se em consideração as curvas de crescimento de cidades com aumento
populacional ao longo dos últimos estudos oficialmente divulgados, e com características
semelhantes, para então obter assim a população estimada 30 anos no futuro. Sendo assim, o
presente trabalho considerou uma população a ser atendida de aproximadamente 37.500 habitantes.

7. GENERALIDADES SOBRE O MANANCIAL


O Rio Gavião é um curso d’água localizado no Estado da Bahia, e afluente do Rio de
Contas. Está inserido na região do polígono da seca, sendo caracterizado por grandes períodos de
seca. A necessidade de prenização deste rio constitui uma das motivações para a construção de
obras hidráulicas que permitam torná-lo um manancial capaz de propiciar o fornecimento de água
para o abastecimento da população de cidades desta região, como por exemplo, o município de
Anagé. Ele nasce na cidade de Jacarcí – BA, e serve de subsistência para muitos que vivem às suas
margens.

8. CAPTAÇÃO
Os estudos acerca das características do Rio Gavião permitem a utilização de sua água para
o abastecimento, sendo levado em consideração as vazões mínimas e profundidades ou perfil
transversal. O presente projeto contará com uma Barragem de Nível para auxiliar a captação de

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água e garantir condições hídricas ao longo de todo o ano, visto a necessidade de regularização de
vazões do Rio Gavião, bem como o armanezamento de água durante os períodos de seca.

8.1 Barragem de nível


A barragem de nível é uma obra executada em cursos de água para elevar o nível do
manancial a uma cota pré determinada. A cota adotada para o nível médio utilizado em
dimensionamento do projeto etá indicado na devida prancha sobre o sistema de captação. Tal cota,
evita vórtices na tomada da água ao manter submergência adequada.
A barragem deve ser dotada de dispositivos para controle do nível de água, em áreas onde
se deseja minimizar eventuais prejuízos decorrentes de inundações.

8.2 Tomada D’água


Deve obedecer às seguintes condições: Velocidade mínima no conduto forçado de 0,60m/s;
Previsão de dispositivos que evitem a formação de vórtices. No projeto em questão, a tomada
ocorrerá com barragem de nível, com utilização de tubulação imersa respeitando uma distância
mínima do fundo do rio. A tubulação deve possuir válvulas para a interrupção do fluxo, e estar no
interior de poços de sucção construídos de alvenaria e com proteção de gradeamento. A energia
mecânica resposável pelo fluxo da água ao longo da tubulação de captação, e posteriormente ao
restante da adutora, é oriunda da estação elevatória de água bruta, localizada proxima ao local de
captação.

9. ADUÇÃO
O presente projeto possui um sistema de adução composto por canalização de ferro fundido
interligando a captação, estação de tratamento e reservatórios. Trata-se de uma adutora principal
de água bruta e uma principal de água tratada. Para os cálculos e dimensionamentos de posteriores
características finais da adutora, foram considerados parâmetros como: horizonte de projeto; vazão
de adução e período de funcionamento da adução.
Estabeleceu-se a vazão de adução levando em conta a população total a ser abastecida, os
coeficientes de dia de maior consumo e hora de maior consumo no dia de maior consumo, e o

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tempo total de adução adotado (vide memorial de cálculo). Esta última propriedade foi determinada
considerando a energia de movimentação necessária para transporte da água. Como trata-se de
adução por recalque, o bombeamento diário ocorre por 16 (dezesseis) horas, devido à necessidade
de eventual manutenção de equipamentos eletromecânicos, além de propiciar uma maior economia
financeira em gastos com consumo de eletricidade.
Dito isto, o horário de bombeamento deve ser realizado evitando os horários de ponta.
Segundo a ANEEL, este horário refere-se ao período composto por 3 (três) horas diárias
consecutivas, definidas pela distribuidora considerando a curva de carga de seu sistema elétrico,
em que a tarifa apresenta valor mais elevado, exceto em fins de semana. Deve-se então consultar a
concessionária responsável pelo fornecimento de eletricidade à cidade de Anagé para então
determinar os intervalos horários diários de adução.

9.1 Traçado da Adutora


O traçado da adutora foi realizado levando em conta as condições topográficas da área
compreendida entre o ponto de captaçao e o município abastecido. Determinou-se a posição das
unidades do sistema em planta, que foram então interligados evitando grandes aclives e declives,
e áreas privadas. A implantação das demais unidades também levou em conta os mesmos fatores.
Não se fez necessário desapropriações ou contratos de servdão para o traçado definido. Tanto a
adutora de água bruta quanto a adutora de água tratada, encontram-se próximas à estrada existente
entre o local de captação e a área urbana, o que facilita a detecção de eventuais vazamentos ou
demais problemas, além de possibilitar fácil acesso à tubulação quando necessário.

9.2 Perfil da Adutora


O traçado foi efetuado de modo que as declividades não fossem inferiores a 0,3% e nem
superiores a 20%. A menor inclinação encontra-se num trecho da adutora de água bruta, no valor
de 0,373%, ao passo que a maior inclinação ocorre também num trecho da adutora de agua bruta,
no valor de 11,713%. Como nenhuma das inclinações foi superior a 25%, não existe a necessidade
de utilização de blocos de ancoragem de concreto para garantir estabilidade da canalização durante
seu funcionamento.
A maior parte da tubulação encontra-se enterrada, entretanto, em alguns trechos serão
necessários aterro para garantir que a tubulação esteja inteiramente apoiada no solo e tenha devida
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estabilidade. Os trechos com necessidade de corte ou aterro estão demarcados nas pranchas do
projeto.

9.3 Materiais da Adutora


Para atender os aspectos acerca da qualidade da água, bem como da economia financeira
para construção e utilização do sistema de adução, determinou-se o uso de tubos metálicos de ferro
fundido dúctil. A escolha levou em consideração a capacidade de garantir a longevidade das
canalizações, com alterações pouco expressivas na rugosidade, e com mínimo de vazamentos nas
juntas, menores chances de corrosão, de trincas, e arrebentamentos por ações externas. Um fator
de extrema importância para utilização de ferro fundido dúctil está no fato dele conseguir resistir
aos esforços externos e internos, a exemplo dos transitórios hidráulicos, que ocorrerão ao longo do
tempo.
Os diâmetros das tubulações devem ser de 300 mm e 350 mm (vide memorial de cálculo).
Os tubos devem devem ter comprimentos de 7 m, e classe K-9, garantindo funcionamento mesmo
com variantes de pressão. Também devem ser revestidos internamente por argamassa de cimento
aplicada por centrifugação, e externamente por uma camada de zinco metálico puro, sendo aplicado
camada de pintura betuminosa após secagem dos revestimentos.
Devido à facilidade de montagem, mobilidade, isolamento térmico e estanqueidade, as
juntas entre as peças de tubos serão do tipo elástica de ponta e bolsa, compostas por anél de
borracha.

9.4 Enchimento da Adutora


A adutora foi dimensionada para garantir velocidade mínima suficiente que garantisse a
remoção hidráulica de ar. Para garantir o funcionamento adequado do sistema de adução,
principalmente levando-se em conta que o acúmulo de ar ocorre mais facilmente nas regiões mais
altas, serão instaladas ventosas de tríplice função nos pontos inidicados em prancha.
As válvulas de descargas existentes ao longo da adutora foram posicionadas nos pontos
mais baixos do perfil topográfico. Deve-se prever galerias, valas ou corregos que conduzam a água
proveniente das descargas para outros corpos hídricos ou sistema de drenagem pluvial, se houver.
As descargas utilizadas serão do tipo gaveta.
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9.5 Dispositivos de Proteção das Adutoras
Os esforços internos e externos gerados nas tublações da adutora devem ser absorvidos ou
transferidos para outras estruturas. No presente projeto, a utilização da canalização de ferro fundido
com os devidos revestimentos já propicia segurança quanto a esta questão, visto que não
encontram-se aclives nem declives acentuados. Entretanto, faz-se necessário a utilização de
conexões, valvulas, curvas etc. Tanto no trecho da adutora de água bruta, quanto no de água trata-
se, está previsto a utilização de redução do diâmetro de 350 para 300. Além disso, por conta da
acentuada mudança de direção no sentido do eixo da adutora num determinado trecho, recomenda-
se bloco de ancoragem, como indicado em prancha.
Nos demais pontos da adutora, como não existem inclinações expressivas, nem outras
modificações, de direção, os atritos entre a canalização e o terreno serão suficientes para garantir a
estabilidade do sistema.

9.6 Recomendações
Para aumentar a capacidade de adução e longevidade do projeto, deve-se priorizar a limpeza
periódica das tubulações, garantindo que a capacidade delas não esteja abaixo do desejável. Os
tipos de limpeza ficam à critério dos responsáveis pela operação do sistema de adução, entretanto,
recomenda-se que seja realizado de modo eficiente, seguindo quaisquer métodos que sejam
utilizando limpadores de arraste hidráulico.

10. ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS


As estações elevatoria utilizadas no presente projeto localizam-se estrategicamente em
cotas que garantem a ocorrência de fluxo com devida vazão, a partir da potência hidráulica
calculada, tanto para a estação elevatória de água bruta (115 cv), quanto para a elevatória de água
tratada (75 cv). Foram determinadas duas estações elevatórias apenas, levando em conta as
condições topográficas e extensão total da adutora; além do fato de não encarecer a operação de
adução durante o tempo determinado em projeto.

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Para garantir a energia de movimento do fluido, recomenda-se a instalação de bombas em
poço seco, com conjunto motor-bomba de eixo horizontal. Entretanto, a escolha das mesmas fica
à critério dos responsáveis pela operação do sistema de abastecimento de água.

11. SISTEMA DE RESERVATÓRIOS


Os reservatórios de distribuição existentes no presente projeto tem por finalidade princial
garantir a segurança do abastecimento, fornecendo água continuamente às canalizações que
compõem o sistema de redes de distribuição de água do munincípio de Anagé. Faz-se necessário a
construção de 2 (dois) reservatórios posicionados em paralelo, responsáveis por, em conjunto,
armazenar todo o volume de água calculado para um tempo de adução de 16 (dezesseis) horas.
Receberão uma vazão constante correspondente à demanda média do dia de maior consumo
da região urbana, acumulando nos momentos em que a demanda é inferior à alimentação média
calculada. Além disso, os reservatórios possuem uma reserva para incêndio, calculada de modo
estimado, levando-se em conta as atividades de baixo risco realizadas na região abastecida, e o
baixo histórico de incêndios nos municípios brasileiros.

11.1 Característcas Gerais do Conjunto de Reservação


O posicionamento dos reservatórios foi feito de modo a atender as condições de pressões
na rede, sendo preferível a construção na cota mais elevada no traçado da adutora. Localizam-se à
montante da rede de distribuição, em formato circular, e apoiados no solo à uma profundidade
inferior a um terço da sua altura total. O reservatório do tipo apoiado apresenta maior facilidade de
execução e é o mais econômico, apesar de carecer de isolamento térmico.
O formato circular apresenta vantagens em relação ao retangular, o que é abordado por
Guerrin, Lavaur e Lauand (2003), ao elencarem a existência de dois motivos que evidenciam o
menor custo de reservatórios circulares em relação aos reservatórios retangulares. Eles explicam
que o formato circular possui menor área em planta necessária para o mesmo volume de água
armazenado quando comparado ao retangular; além de analisarem sob o aspecto estrutural, que nos
reservatórios retangulares existem maiores esforços de momento fletor, o que gera maiores custos
com concreto e aço.

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Os dois possuem as mesmas dimensões, definidas de modo a garantir o volume de
reservação calculado (vide memorial de cálculo), com diâmetro interno de 16 (dezesseis) metros,
altura total de 6 (seis) metros, divididos em seu interior em dois compartimentos iguais para
assegurar o fornecimento da água mesmo em momentos de manutenção (um lado é capaz de
funcionar ao passo que o outro precisa ser eventualmente desativado). A altura útil de reservação
foi definida como sendo de 5,5 metros, respeitando assim a distância mínima, recomendada por
norma, entre o nível máximo de água e a superfície da laje de forro de 30 (trinta) centímetros.

11.2 Materiais do Reservatório


Ambos serão iguais, construídos de concreto armado. Segundo a Tabela 7.1, item c, da NBR
6118 (ABNT, 2014), as superfícies expostas a ambientes agressivos, como é o caso considerado
para o projeto dos reservatórios, devem ser atendidos os cobrimentos da classe de agressividade
IV. Sendo assim, recomenda-se que o concreto considerado para o reservatório seja da classe C40,
respeitando os critérios da Tabela 6.1 da NBR 6118 (ABNT, 2014). Dessa forma, a fim de se
garantir os cobrimentos especificados em projeto, deverá ser realizado um controle rigoroso
durante a execução.
As espessuras de laje de forro e de fundo, bem como a espessura das paredes do reservatório
e demais elementos estruturais, são atribuiçõos do engenheiro calculista, entretanto, faz-se
necessário indicar que a construção dos reservatórios deve ser feita utilizando concreto com
armadura de aço, feito conforme especificações da NBR 7480 (ABNT, 2007) e da NBR 6118
(ABNT, 2014).

11.3 Tubulação de Entrada


Possui o mesmo diâmetro da adutora. É do tipo livre, não necessitando de dispositivo para
evitar o retorno da água. Deve possuir registro automático de entrada para manter o nível de água.
A velocidade não deve superar o dobro da velocidade da adutora que alimenta o reservatório.

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11.4 Tubulação de Saída
A velocidade não deve superar uma vez e meia a velocidade na tubulação principal
imediatamente a jusante do reservatório, deve possuir fechamento por válvula. Ventosa deve ser
colocada a jusante do sistema de fechamento.

11.5 Extravasor
Foi adotado um diâmetro comercial imediatamente acima do diâmetro da adutora, para
garantir capacidade máxima. A água deve ser coletada por uma tubulação vertical que descarrega
livremente e então é encaminhada, por conduto livre, a um corpo receptor adequado, que no caso
se trata do sistema de drenagem. Folga mínima adotada de 0,30 metros entre a extravasão e a
cobertura do reservatório.

11.6 Ventilação
A vazão de ar é igual à máxima vazão de saída de água do reservatório. Posicionamento de
2 (duas) tubulações de ventilação em cada lado do reservatório, com uma curva de modo que a
extremidade de abertura seja voltada para baixo e protegida por tela fina para evitar a entrada de
insertos, águas de chuva, poeira etc.

11.7 Poço de Descarga e Sucção


As tubulações de saída, bem como o dreno de fundo, encontram-se em poço de descarga,
posicionado próximo à parede do reservatório, de modo a evitar problemas com a existência de
vórtices, e garantir eficiência no esvaziamento do reservatório caso seja necessário.

11.8 Impermeabilização
O reservatório terá que ser totalmente impermeabilizado em todos seus elementos,
utilizando impermeabilizantes existentes no mercado que garantem estanqueidade e que sejam
inertes, não prejudicando a qualidade da água. Recomenda-se total atenção à execução da
concretagem, do reservatório, uma vez que, se for realizada corretamente e obedecer as
especificações, evita fissuramento da estrutura e pode dispensar o uso de impermeabilizantes.
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Entretanto, por questões de segurança, a superfície interna deve necessariamente apresentar algum
impermeabilizante.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEEL. Agência Nacional de Energia Elétrica. Postos Tarifários. Publicado em: 24 nov,
2015. Disponível em: http://www.aneel.gov.br/tarifas-consumidores/-/asset_publisher/
zNaRBjCLDgbE/content/alta-tensao/654800?inheritRedirect=false. Acesso em: 07 fev, 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6118: Cargas para o


cálculo de estruturas de edificações. Rio de Janeiro, 1980.

_____. NBR 7480: Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado –
Especificação. Rio de Janeiro, 2007.

_____. NBR 8800: Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de
edifícios – Procedimento. Rio de Janeiro, 2008.

_____. NBR 12211: Estudo de Concepção de Sistemas Públicos de Abastecimento de Água.


Rio de Janeiro, 1992

_____. NBR 12213: Projeto de Captação de Água de Superfície para Abastecimento


Público. Rio de Janeiro, 1992

_____. NBR 12214: Projeto de Sistema de Bombeamento de Água para Abastecimento


Público. Rio de Janeiro, 1991.

_____. NBR 12215: Projeto de Adutora de Água para Abastecimento Público. Rio de
Janeiro, 1991.

_____. NBR 12217: Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento


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GUERRIN, A; LAVAUR, R. C.; LAUAND, C. A. Tratado De Concreto Armado, v.5:


Reservatórios, caixas d'agua, piscinas. Editora Hemus. 2003.

HELLER, L.; DE PÁDUA, V. L. Abastecimento de água para consumo humano. Editora


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TSUTIYA, M. T. Abastecimento de água: Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária


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