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ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTES COM FIXADOR

EXTERNO LINEAR EM FRATURAS DE TÍBIA INTERNADOS NO


HOSPITAL METROPOLITANO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DE
ANANINDEUA – PA3

THE PHYSIOTHERAPY PERFORMANCE IN PATIENTS WITH LINEAR


EXTERNAL FIXATOR IN FRACTURES OF THE TIBIA AT THE HOSPITAL
METROPOLITANO URGÊNCIA E EMERGÊNCIA FROM ANANINDEUA - PA

Adriana Malcher Silva1, Natália Ataíde da Costa1, Thais Moraes de Oliveira1, Tereza
Cristina dos Reis Ferreira2

1
Discente do 8º período de Fisioterapia do CESUPA
2
Fisioterapeuta formada pela UEPA, MSc em Saúde, Sociedade e Endemias na
Amazônia pela UFAM/UFPA/FIOCRUZ e docente do CESUPA
3
Trabalho realizado no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência e no Centro
Universitário do Pará.

Adriana Malcher Silva – Trav. Dr. Eneas Pinheiro, nº 2568, Ed Godoy II, Apto. 501.
Tel: (91)-82151594/ (91)-32771400, drica_malcher@hotmail.com
RESUMO

O primeiro fixador externo foi apresentado por Malgaine em 1840, que consistia

em uma ponta metálica fixada percutaneamente ao osso, com uma braçadeira de couro

circundando a perna. Após a segunda guerra mundial houve um avanço no setor

siderúrgico, com isso o professor Ilizarov conseguiu desenvolver fixadores externos

mais complexos. Objetivo: verificar os efeitos da atuação fisioterapêutica em pacientes

com fixador externo linear em fraturas de tíbia internados no Hospital Metropolitano de

Urgência e Emergência (HMUE) de Ananindeua – PA. Método: Neste estudo, foram

avaliados cinco pacientes com fixador externo linear em fraturas de tíbia internados nas

enfermarias do HMUE, onde o protocolo instituído consistiu de uma avaliação inicial,

cinco sessões de tratamento fisioterapêutico e uma avaliação final. Resultados: Tendo

como principal resultado o ganho de amplitude de movimento nos seguintes

movimentos do quadril, flexão com joelho estendido do lado E (p=0,0221), extensão do

lado E (p=0,0052), abdução do lado D (p=0,0251); flexão do joelho do lado D

(p=0,0271); e eversão do lado E (p=0,0051). Conclusão: os resultados demonstram que

a fisioterapia nos pacientes portadores de fixadores externos lineares de tíbia, obteve

significância estatística no ganho de amplitude de certos movimentos.

Descritores: Fixadores externos. Tíbia. Fisioterapia.

ABSTRACT

The first external fixator was presented by Malgaine in 1840, which consisted of

a metal tip attached percutaneously to the bone, with a leather cuff encircling the leg.

After World War II was a breakthrough in the steel industry, thereby Professor Ilizarov

was able to develop more complex external fixator. Objective: Verify the effects of the

physiotherapy in patients with linear external fixators in fractures of the tibia at the
Hospital Metropolitano Urgência e Emergência (HMUE) from Ananindeua - PA.

Method: In this study were evaluated five patients with linear external fixators in tibia

fractures hospitalized in the HMUE, that treatment consisted of an initial evaluation,

five sessions of physiotherapy and a final assessment. Results: With the main result the

gain of movement in the following movements of the hip, flexion with knee extended at

de L (p = 0.0221), and extension of the L (p = 0.0052), abduction of the R (p = 0.0251),

knee flexion of the R (p = 0.0271), and eversion of the L (p = 0.0051). Conclusion: The

results demonstrate that physiotherapy in patients with linear external fixator of the

tibia, have statistical significance in the gain of certain movements.

Keywords: Tibia. External fixators. Phisical Therapy.


INTRODUÇÃO

As fraturas de tíbia são mais freqüentes porque toda a face antero-medial da tíbia

é desprovida de músculos1. É, a segunda mais comum, sendo apenas menos freqüente

que as dos ossos da mão. Trata-se de trauma que se caracteriza por lenta reabilitação,

afastando o paciente de suas atividades laborativas, o que se reflete diretamente no custo

financeiro e social gerado pelo trauma2.

Os fixadores externos têm sido aplicados principalmente para o tratamento

primário das fraturas expostas da tíbia. As fraturas da tíbia são as mais freqüentes entre

as dos ossos longos; cerca de 300.000 anualmente nos EUA e provavelmente em torno

de 50.000 no Brasil3.

Os diferentes métodos de fixação podem influenciar na mobilidade articular pós-

operatória, nos cuidados com a lesão de partes moles, para curativos ou outros

procedimentos cirúrgicos, e quanto à quantidade de carga a ser permitida neste membro.

O momento para o fechamento da lesão é outro aspecto importante, pois interfere no

tempo de hospitalização, no número de procedimentos cirúrgicos a que o paciente será

submetido e nos custos de seu tratamento3.

No pós-operatório os principais objetivos fisioterapêuticos baseiam-se na

recuperação muscular e articular, na melhora da circulação, aumento do trofismo e

amplitude articular, amenizar algias e edemas. O início da fisioterapia é precoce, onde

se faz orientações quanto ao posicionamento correto do membro no leito. Ainda nos

primeiros dias é realizada a marcha sem carga, com o auxílio de muletas. Deve-se

estimular o apoio do membro no solo, para preservar a propriocepção, o fortalecimento

é gradual evitando a dor aguda, a marcha com apoio do membro operado será

conseguida em torno da quarta semana. Após a retirada do fixador o tratamento deve

persistir até o paciente obter total independência4.


Exercício terapêutico é o treinamento sistemático e planejamento de movimentos

corporais, posturais ou atividades físicas com a intenção de proporcionar ao paciente

meios de tratar ou prevenir comprometimentos, melhorar, restaurar ou aumentar a

função física, evitar ou reduzir fatores de risco relacionados a saúde, otimizar o estado

de saúde geral, o preparo físico ou a sensação de bem-estar5.

Sendo o objetivo deste estudo verificar os efeitos da atuação fisioterapêutica em

pacientes com fixador externo linear em fraturas de tíbia internados no Hospital

Metropolitano de Urgência e Emergência de Ananindeua – PA.

MATERIAL E MÉTODOS

Este é um trabalho experimental do tipo transversal, realizado em ambiente

hospitalar, sendo que a amostra teve como critério de inclusão, pacientes que estavam

em tratamento com fixadores externos lineares em fraturas de tíbia, internados nas

enfermarias do HMUE, Ananindeua – PA, em qualquer faixa etária. E como critério de

exclusão, pacientes com baixo nível de consciência e com alto risco de refratura como

pacientes com osteomielite.

Todos os pacientes da presente pesquisa foram estudados segundo os preceitos

da Declaração de Helsinque e do Código de Nuremberg, respeitadas as Normas de

Pesquisa Envolvendo Seres Humanos (Res. CNS 196/96), e todos assinaram o Termo

de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) antes de serem submetidos a qualquer

tipo de tratamento. Este trabalho teve a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP)

do Centro Universitário do Pará (CESUPA) sob o número CAAE 0026.0.323.000-08.

Neste estudo foram avaliados 10 (dez) pacientes com fixadores lineares,

constituindo a amostra final apenas 5 (cinco) pacientes.


Os dados avaliados foram: a amplitude de movimento (ADM), aferida através da

goniometria sendo o movimento executado ativamente, por meio do goniômetro da

marca CARCI, onde foi avaliado a flexão de quadril com o joelho estendido, flexão de

quadril com o joelho fletido, abdução de quadril, a flexão de joelho, hiperextensão de

joelho, dorso flexão, flexão plantar, inversão e eversão; foi avaliado também o grau de

força de Membros Inferiores (MMII) pelo teste de força manual utilizando a escala de

SAPEGA(6); e foi realizada a perimetria dos MMII, onde a referencia é a patela com

medidas de 5, 10, 15 e 20cm acima e abaixo do meio da patela.

O tratamento consistiu em alongamento passivo de MMII e fortalecimento com

faixa elástica (theraband) para flexão de quadril, extensão de quadril e joelho

associados, adução e abdução de quadril, extensão de joelho, dorso flexão e flexão

plantar. A evolução gradativa das séries e das repetições, assim como da tensão da faixa

elástica variou de acordo com a evolução dos pacientes. Porém como o tratamento foi

de curta duração não foi possível uma grande variação das séries e repetições, sendo que

pacientes que tinham menor resistência e menor grau de força variaram entre uma série

de dez repetições, evoluindo para uma série de quinze repetições, e aqueles que tinham

maior resistência e maior grau de força variaram entre duas séries de dez repetições a

duas séries de quinze repetições.

Após a realização de todos os protocolos da pesquisa, os dados obtidos nas

etapas foram digitados em um banco para a execução da análise estatística dos mesmos.

O banco de dados, bem como as tabelas e gráficos foram construídos no Microsoft

Excel 2007 e a utilização do software BioEstat 5.0, para análise da significância e para

análise dos dados foi realizado o teste t de Student para amostras dependentes pareadas.

RESULTADOS
A seguir apresentam-se os dados referentes aos graus de força muscular inicial e

final das articulações de quadril, joelho e tornozelo. Em relação ao ganho de força

observou-se que os músculos da articulação do quadril para os movimentos de adução

abdução, flexão e extensão não apresentaram diferença estatisticamente significante,

quando comparado o grau de força inicial e final (Tabela 1).

Tabela 1. Comparação dos Graus de força muscular inicial e final da articulação do


quadril em pacientes com fixadores externos, HMUE, ANANINDEUA – PA (N=5).
Inicial Final
Grau de força p-valor*
Quadril Média DP Média DP

Adução D 4,8 0,4472 5 0 0,3739

Adução E 3,6 1,5165 4,4 1,3416 0,2419

Flexão D 5 0 5 0 -

Flexão E 4,4 0,8944 4,8 0,4472 0,1777

Extensão D 5 0 5 0 -

Extensão E 3,6 1,5165 4,6 0,8944 0,1419

Abdução D 4,8 0,4472 5 0 0,3739

Abdução E 3,6 1,9493 4,4 1,3436 0,2419


Fonte: Pesquisa de campo, 2009.
DP: Desvio Padrão.
-:Não calculado pois não teve alteração entre o inicial e final.
* Teste t de Student para amostras dependentes pareadas (nível α = 5%).

Em relação ao grau de força das articulações dos músculos do joelho e tornozelo

para todos os movimentos, evidenciou-se que quando comparado a avaliação inicial e

final não se obteve diferença estatisticamente significante (Tabela 2).


Tabela 2. Comparação dos Graus de força muscular inicial e final da articulação do
joelho e tornozelo em pacientes com fixadores externos, HMUE, ANANINDEUA – PA
(N=5).
Inicial Final
Grau de força p-valor*
Joelho e tornozelo
Média DP Média DP

Flexão E 4 1,4142 4,4 0,8944 0,3739

Flexão D 5 0 5 0 -

Extensão E 3,6 1,5165 4,2 1,3038 0,3739

Extensão D 5 0 5 0 -

Flexão plantar D 4,6 0,5477 5 0 0,1777

Flexão plantar E 3,6 1,6733 4,6 0,5477 0,1419

Dorso flexão D 4,6 0,5477 5 0 0,1777

Dorso flexão E 4 1,4142 4,4 0,8944 0,1777


Fonte: Pesquisa de campo, 2009.
DP: Desvio Padrão.
-:Não calculado pois não teve alteração entre o inicial e final.
* Teste t de Student para amostras dependentes pareadas (nível α = 5%)

A seguir apresentam-se os dados referentes à perimetria da coxa e perna tendo

como referência um ponto que separou a patela em duas partes iguais. Quanto à

perimetria inicial e final acima e abaixo da patela não foi obtida diferença

estatisticamente significante (Tabela 3 e 4).


Tabela 3. Comparação da perimetria inicial e final acima da patela em pacientes com
fixadores externos, HMUE, ANANINDEUA – PA (N=5).
Inicial Final
Perimetria p-valor*
Acima Média DP Média DP

5cm D 36,4cm 4,6556 36,6cm 4,7222 0,1777

5cm E 38,3cm 3,8013 38,6cm 4,6151 0,6903

10cm D 40cm 4,7565 40cm 5,4313 0,8545

10cm E 39,9cm 3,8470 39,5cm 4,6368 0,6541

15cm D 43,7cm 5,7943 45,1cm 5,7489 0,2900

15cm E 42,8cm 3,8826 42,7cm 5,0941 0,9364

20cm D 47,6cm 5,8566 48,3cm 6,4961 0,3508

20cm E 46,1cm 4,6690 46,2cm 5,8906 0,9400


Fonte: Pesquisa de campo, 2009.
DP: Desvio Padrão.
* Teste t de Student para amostras dependentes pareadas (nível α = 5%)

Tabela 4. Comparação da perimetria inicial e final abaixo da patela em pacientes com


fixadores externos, HMUE, ANANINDEUA – PA (N=5).
Inicial Final
Perimetria p-valor*
abaixo Média DP Média DP

5cm D 33,3cm 4,1623 33,6cm 3,3615 0,6213

5cm E 35,3cm 3,6674 35,6cm 3,9115 0,5291

10cm D 32,2cm 3,6331 32,3cm 3,4205 0,8899

10cm E 34,9cm 3,6469 35cm 3,8729 0,8757

15cm D 33,5cm 3,7914 33,3cm 3,6674 0,7943

15cm E 35cm 4,7434 34,8cm 4,6583 0,778

20cm D 31,3cm 3,5637 31,7cm 3,6674 0,3375

20cm E 33cm 5,5339 33,4cm 5,4129 0,6135


Fonte: Pesquisa de campo, 2009.
DP: Desvio Padrão.
* Teste t de Student para amostras dependentes pareadas (nível α = 5%)
Em relação à ADM da articulação do quadril quando comparada a avaliação

inicial e final obteve-se que para o movimento de flexão com o joelho estendido D a

média inicial foi de 81.8º e a final foi de 89,6º (p= 0,0271), flexão com o joelho

estendido E média inicial de 69,4° e final de 87,8° (p= 0,0221), flexão com joelho

fletido D média inicial de 102,6° e final 119,6° (p= 0,0279), extensão D média inicial de

13,4° e final de 20,6° (p=0,0336), extensão E média inicial de 15,6° e final de 22,6°

(p=0,0052), abdução D média inicial de 45,2° e final de 71,4 (p= 0,0251), e abdução E

média inicial de 44,6 e final de 64,8 (p= 0,0356) apresentando diferença

estatisticamente significante (Tabela 5).

Tabela 5. Comparação da ADM inicial e final na articulação do quadril em pacientes


com fixadores externos, HMUE, ANANINDEUA – PA (N=5).
Inicial Final
ADM p-valor*
Quadril Média DP Média DP
(em graus)
Flexão c/ joelho 81,8 10,4019 89,6 13,7949 0,0271*
estendido D
Flexão c/ joelho 69,4 17,9248 87,8 16,7092 0,0221*
estendido E
Flexão c/ joelho 102,6 5,5946 119,6 11,4367 0,0279*
fletido D
Flexão c/ joelho 72,2 32,4067 97,8 20,2410 0,0854
fletido E
Extensão D 13,4 5,0793 20,6 9,6850 0,0336*

Extensão E 15,6 11,1937 22,6 10,7377 0,0052*

Abdução D 45,2 11,0995 71,4 6,7305 0,0251*

Abdução E 44,6 9,2897 64,8 8,8713 0,0356*


Fonte: Pesquisa de campo, 2009.
DP: Desvio Padrão.
* Teste t de Student para amostras dependentes pareadas (nível α = 5%)
Em relação à ADM da articulação do joelho quando comparada a avaliação

inicial e final obteve-se que para o movimento de flexão D a média inicial de 121,4° e a

final de 133,4° (p=0,0271), e flexão E a média inicial 75,8° e a final de 91,8° (p=

0,0281). E em relação articulação do tornozelo obteve-se nos movimentos de flexão

plantar D média inicial de 28° e final de 35,4° (p= 0,0416), eversão D média inicial de

15° e final de 23,6° (p= 0,0263), e eversão E média inicial de 4,8° e final de 14° (p=

0,0051) apresentando diferença estatisticamente significante (Tabela 6).

Tabela 6. Comparação da ADM inicial e final nas articulações do joelho e tornozelo em


pacientes com fixadores externos, HMUE, ANANINDEUA – PA (N=5).
Inicial Final
ADM p-valor*
Joelho e tornozelo
Média DP Média DP
(em graus)

Flexão D 121,4 16,0872 133,4 15,0266 0,0271*


Flexão E 75,8 43,4821 91,8 42,1687 0,0281*
Extensão D 183,6 2,0736 184,2 2,4899 0,1185
Extensão E 179 7,0710 180 6,3245 0,4129

Flexão plantar D 28 8,7464 35,4 7,3006 0,0416*

Flexão plantar E 26 13,4721 37,4 13,1263 0,1089

Dorso flexão D 15,8 11,1220 20,6 11,3490 0,0512

Dorso flexão E 10,4 13,2211 11,4 15,4854 0,6213

Inversão D 24,6 20,6228 33,4 18,8095 0,4344

Inversão E 23,8 15,4660 35,4 17,6436 0,4011

Eversão D 15 9,8488 23,6 13,1263 0,0263*

Eversão E 4,8 8,5556 14 10,4642 0,0051*


Fonte: Pesquisa de campo, 2009.
DP: Desvio Padrão.
* Teste t de Student para amostras dependentes pareadas (nível α = 5%)
DISCUSSÃO

Neste estudo foram avaliados 10 (dez) pacientes com fixadores lineares,

constituindo a amostra final 5 (cinco) pacientes, devido os outros participantes

receberem alta hospitalar ou a retirada do fixador externo, antes de completarem as 5

sessões propostas no trabalho. Por ser um hospital de referência de alta e média

complexidade, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência apresenta uma

grande rotatividade de pacientes por ser referência em trauma, o que também contribuiu

para a redução desta amostra.

Os estudos relacionados à fisioterapia e a traumatologia são freqüentes na

literatura, porém são escassos os achados a respeito dos efeitos dos exercícios

terapêuticos em pacientes internados em hospital de trauma e nenhum até o momento

sobre os efeitos dos exercícios terapêuticos em pacientes com fixadores lineares.

Os pacientes que sofrem fratura podem apresentar comprometimento que são

resultado primário da fratura ou resultado secundário de lesão de tecidos moles que

podem ter ocorrido no momento do acidente7.

Doenças sistêmicas, articulares, neurológicas e musculares; lesões cirúrgicas ou

traumáticas; ou apenas inatividade ou imobilidade; podem levar a diminuição da ADM,

o que torna os exercícios de alongamento essenciais dentro do tratamento para recuperar

a flexibilidade5. Neste estudo foi encontrado um grande ganho de abdução do quadril o

que nos leva a acreditar, de acordo com a lesão desses pacientes, que os mesmos

apresentavam um encurtamento da cadeia adutora e com os exercício de alongamento

ganharam flexibilidade neste movimento.

A adaptação mais comum do músculo ou grupo muscular após o exercício de

fortalecimento é o aumento da capacidade máxima de produzir força,ou seja um

aumento na força muscular5.


No trabalho de Veldhuizen et al8 após quatro semanas de imobilização as

medidas de força isocinética dos extensores e flexores do joelho mostrou uma queda no

pico de torque de 53%. O que não ocorreu neste estudo, pois os pacientes foram

atendidos poucos dias depois da cirurgia, por isso não houve grande perda de força, o

que impossibilitou um resultado significante quando foi comparado o grau de força

inicial com o final.

A ação de eversão é criada primariamente pelo grupo muscular fibular, que fica

lateralmente ao eixo longo da tíbia, o fibular longo é um eversor e abdutor 9, durante o

movimento de dorsoflexão realizado neste estudo, essa musculatura foi fortalecida, o

que explica o grande ganho de amplitude de movimento.

Em um estudo com análise de tomografia computadorizada, constatou-se que

após quatro semanas de imobilização no membro inferior resulta em redução de área de

secção transversa quadríceps femoral (14% a 21%)8. Neste estudo, os resultados em

relação à perimetria não foram estatisticamente significantes, pois pode ocorrer

simultaneamente o ganho de massa muscular e perda de edema impossibilitando aferir

esta mudança por meio da fita métrica e também devido a uma amostra insuficiente.

A fisioterapia pode ser considerada de grande valia na reabilitação precoce de

indivíduos, proporcionando a estes melhora da função motora e sensibilidade, além de

aumento de força muscular, independente da frequência, ou seja, número de

atendimentos10. Neste estudo com apenas cinco sessões de fisioterapia, os dados

sugerem ganho de força, porém sem diferença estatisticamente significante, mas com o

ganho da Amplitude de Movimento.


CONCLUSÃO

Neste estudo os resultados demonstram que a fisioterapia nos pacientes

portadores de fixadores lineares de tíbia, tendo em vista os exercícios terapêuticos

obteve significância estatística no ganho ADM, para os seguintes movimentos de

quadril, flexão com joelho estendido bilateralmente, flexão com joelho fletido do lado

D, extensão bilateralmente, abdução bilateralmente; para flexão de joelho

bilateralmente; flexão plantar do lado D, e para eversão bilateralmente. Acredita-se que

se a amostra, bem como, os números de sessões fossem maiores, os resultados poderiam

ser ainda mais relevantes, o que gera novas possibilidades para outros estudos.

REFERÊNCIAS

1-Hebert S, Xavier R, Pardini AG, Filho TEPB, et al. Ortopedia e traumatologia

princípios e prática. 3ª ed. São Paulo: Artmed; 2003.

2-Ferreira JCA, Abuquerque CS, Giriboni EO, Alves MW, Ferreira RA, Caron M.

Estudo Comparativo entre aparelho gessado e haste intramedular bloqueada no

tratamento da fratura fechada da diáfise da tíbia. Revista Brasileira de Ortopedia. 2006;

41:405-410. Disponível em < http://www.rbo.org.br/materia.asp?

mt=1787&idIdioma=1> acesso em 06 de agosto de 2008.

3-Ferreira JCA. Fraturas da diáfise dos ossos da perna. Revista Brasileira de Ortopedia.

2000; 35:375-383. Disponível em < http://www.rbo.org.br/pdf/2000_out_or11.pdf>

acesso em 06 de agosto de 2008.

4-Balbachevsky D, Belloti JC, Martins CVE, Fernandes HJA, Faloppa F, Reis FB.

Como são tratadas as fraturas de tíbia no Brasil? Estudo transversal. Acta Ortopédica

Brasileira. 2005; 13:229-232. Disponível em <


http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/657/65713503.pdf> acesso em 03 de agosto de

2008.

5- Kisner C, Colby LA, tradutora Ribeiro LB Exercícios Terapêuticos. 4ª Ed. São Paulo:

Manole, 2005

6- Magee DJ. Avaliação Musculoesquelética. 4ª ed. São Paulo: Manole, 2005.

7- Moffat M, Rosen E, Smith SR. Fisioterapia do Sistema Músculo Esquelético. Rio de

Janeiro: Guanabara Koogan, 2007

8- Veldhuizen JW, Vertappen FTJ, Vromen JPAM et al. Functional and Morphological

adaptations following four weeks of knee immobilization. T J Sports Med. 1993; 14.

Disponivel em < http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8365837> acessado em outubro

de 2009.

9- Hamill J, Knutzen KM, tradutora Ribeiro LB. Bases Biomecânicas do Movimento

Humano. São Paulo: Manole, 1999.

10- Valente SCF, De Paula EB, Abranches M et AL. Resultados da Fisioterapia

Hospitalar na Função do Membro Superior Comprometido após Acidente Vascular

Encefálico. Revista Neurociências. 2006; 14:122-126.

TABELAS

Tabela 1. Comparação dos Graus de força muscular inicial e final da articulação do


quadril em pacientes com fixadores externos, HMUE, ANANINDEUA – PA (N=5).
Inicial Final
Grau de força p-valor*
Quadril Média DP Média DP

Adução D 4,8 0,4472 5 0 0,3739

Adução E 3,6 1,5165 4,4 1,3416 0,2419

Flexão D 5 0 5 0 -

Flexão E 4,4 0,8944 4,8 0,4472 0,1777


Extensão D 5 0 5 0 -

Extensão E 3,6 1,5165 4,6 0,8944 0,1419

Abdução D 4,8 0,4472 5 0 0,3739

Abdução E 3,6 1,9493 4,4 1,3436 0,2419


Fonte: Pesquisa de campo, 2009.
DP: Desvio Padrão.
-:Não calculado pois não teve alteração entre o inicial e final.
* Teste t de Student para amostras dependentes pareadas (nível α = 5%).

Tabela 2. Comparação dos Graus de força muscular inicial e final da articulação do


joelho e tornozelo em pacientes com fixadores externos, HMUE, ANANINDEUA – PA
(N=5).
Inicial Final
Grau de força p-valor*
Joelho e tornozelo
Média DP Média DP

Flexão E 4 1,4142 4,4 0,8944 0,3739

Flexão D 5 0 5 0 -

Extensão E 3,6 1,5165 4,2 1,3038 0,3739

Extensão D 5 0 5 0 -

Flexão plantar D 4,6 0,5477 5 0 0,1777

Flexão plantar E 3,6 1,6733 4,6 0,5477 0,1419

Dorso flexão D 4,6 0,5477 5 0 0,1777

Dorso flexão E 4 1,4142 4,4 0,8944 0,1777


Fonte: Pesquisa de campo, 2009.
DP: Desvio Padrão.
-:Não calculado pois não teve alteração entre o inicial e final.
* Teste t de Student para amostras dependentes pareadas (nível α = 5%)

Tabela 3. Comparação da perimetria inicial e final acima da patela em pacientes com


fixadores externos, HMUE, ANANINDEUA – PA (N=5).
Inicial Final
Perimetria p-valor*
Acima Média DP Média DP
5cm D 36,4cm 4,6556 36,6cm 4,7222 0,1777

5cm E 38,3cm 3,8013 38,6cm 4,6151 0,6903

10cm D 40cm 4,7565 40cm 5,4313 0,8545

10cm E 39,9cm 3,8470 39,5cm 4,6368 0,6541

15cm D 43,7cm 5,7943 45,1cm 5,7489 0,2900

15cm E 42,8cm 3,8826 42,7cm 5,0941 0,9364

20cm D 47,6cm 5,8566 48,3cm 6,4961 0,3508

20cm E 46,1cm 4,6690 46,2cm 5,8906 0,9400


Fonte: Pesquisa de campo, 2009.
DP: Desvio Padrão.
* Teste t de Student para amostras dependentes pareadas (nível α = 5%)

Tabela 4. Comparação da perimetria inicial e final abaixo da patela em pacientes com


fixadores externos, HMUE, ANANINDEUA – PA (N=5).
Inicial Final
Perimetria p-valor*
abaixo Média DP Média DP

5cm D 33,3cm 4,1623 33,6cm 3,3615 0,6213

5cm E 35,3cm 3,6674 35,6cm 3,9115 0,5291

10cm D 32,2cm 3,6331 32,3cm 3,4205 0,8899

10cm E 34,9cm 3,6469 35cm 3,8729 0,8757

15cm D 33,5cm 3,7914 33,3cm 3,6674 0,7943

15cm E 35cm 4,7434 34,8cm 4,6583 0,778

20cm D 31,3cm 3,5637 31,7cm 3,6674 0,3375

20cm E 33cm 5,5339 33,4cm 5,4129 0,6135


Fonte: Pesquisa de campo, 2009.
DP: Desvio Padrão.
* Teste t de Student para amostras dependentes pareadas (nível α = 5%)

Tabela 5. Comparação da ADM inicial e final na articulação do quadril em pacientes


com fixadores externos, HMUE, ANANINDEUA – PA (N=5).
Inicial Final
ADM p-valor*
Quadril Média DP Média DP
(em graus)
Flexão c/ joelho 81,8 10,4019 89,6 13,7949 0,0271*
estendido D
Flexão c/ joelho 69,4 17,9248 87,8 16,7092 0,0221*
estendido E
Flexão c/ joelho 102,6 5,5946 119,6 11,4367 0,0279*
fletido D
Flexão c/ joelho 72,2 32,4067 97,8 20,2410 0,0854
fletido E
Extensão D 13,4 5,0793 20,6 9,6850 0,0336*

Extensão E 15,6 11,1937 22,6 10,7377 0,0052*

Abdução D 45,2 11,0995 71,4 6,7305 0,0251*

Abdução E 44,6 9,2897 64,8 8,8713 0,0356*


Fonte: Pesquisa de campo, 2009.
DP: Desvio Padrão.
* Teste t de Student para amostras dependentes pareadas (nível α = 5%)

Tabela 6. Comparação da ADM inicial e final nas articulações do joelho e tornozelo em


pacientes com fixadores externos, HMUE, ANANINDEUA – PA (N=5).
Inicial Final
ADM p-valor*
Joelho e tornozelo
Média DP Média DP
(em graus)

Flexão D 121,4 16,0872 133,4 15,0266 0,0271*

Flexão E 75,8 43,4821 91,8 42,1687 0,0281*

Extensão D 183,6 2,0736 184,2 2,4899 0,1185

Extensão E 179 7,0710 180 6,3245 0,4129

Flexão plantar D 28 8,7464 35,4 7,3006 0,0416*

Flexão plantar E 26 13,4721 37,4 13,1263 0,1089

Dorso flexão D 15,8 11,1220 20,6 11,3490 0,0512


Dorso flexão E 10,4 13,2211 11,4 15,4854 0,6213

Inversão D 24,6 20,6228 33,4 18,8095 0,4344

Inversão E 23,8 15,4660 35,4 17,6436 0,4011

Eversão D 15 9,8488 23,6 13,1263 0,0263*

Eversão E 4,8 8,5556 14 10,4642 0,0051*


Fonte: Pesquisa de campo, 2009.
DP: Desvio Padrão.
* Teste t de Student para amostras dependentes pareadas (nível α = 5%)

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