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11/06/2019 Prova obtida de forma ilegal pode ser usada, diz Gilmar sobre caso Moro - 11/06/2019 - Poder

ro - 11/06/2019 - Poder - Folha

Prova obtida de forma ilegal pode ser usada, diz


Gilmar sobre caso Moro
Ministro do STF comentou revelação de mensagens entre ex-juiz e procurador

11.jun.2019 às 10h30

Ricardo Della Coletta

BRASÍLIA O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal),


afirmou nesta terça-feira (11) que o fato de os vazamentos divulgados pelo
site Intercept Brasil (https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/site-publica-mensagens-que-mostram-
colaboracao-entre-moro-e-deltan-na-lava-jato.shtml) possivelmente terem sido obtidos de forma

ilegal "não necessariamente" anula provas que venham a ser produzidas a


partir deles.

Desde que veio a público o conteúdo das mensagens trocadas


(https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/site-publica-mensagens-que-mostram-colaboracao-entre-moro-e-deltan-na-

entre o ex-juiz Sergio Moro (hoje ministro da Justiça) e o


lava-jato.shtml)

coordenador da Força Tarefa da Lava Jato, Deltal Dallagnol, advogados


começaram a discutir se o material poderia ser utilizado para anular
condenações feitas por Moro ou mesmo argumentar a sua suspeição. 

Segundo Gilmar, a eventual ilegalidade da forma como as mensagens foram


obtidas não necessariamente anula o seu uso como prova.

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/prova-obtida-de-forma-ilegal-pode-ser-usada-diz-gilmar-sobre-caso-moro.shtml 1/6
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"Não necessariamente [anula]. Porque se amanhã [uma pessoa] tiver sido


alvo de uma condenação por exemplo por assassinato, e aí se descobrir por
uma prova ilegal que ela não é autor do crime, se diz que em geral essa prova
é válida", declarou.

Nos bastidores do Supremo, a opinião de Gilmar é acompanhada por ao


menos outros 2 dos 11 ministros na Corte. 

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O ministro Gilmar Mendes, em sessão plenária do STF - Pedro Ladeira/Folhapress

RESUMO DOS DIÁLOGOS EM 3 PONTOS

1. Troca de colaborações entre o então juiz Sergio Moro e o procurador


Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Lava Jato
2. Dúvidas de Deltan a respeito da solidez das provas que sustentaram a
primeira denúncia apresentada contra o ex-presidente Lula
3. Conversas em um grupo em que procuradores comentam a solicitação
feita pela Folha para entrevistar Lula na cadeia

Mensagens divulgadas no domingo (9) pelo site Intercept Brasil mostram


que Moro e Deltan trocavam colaborações
(https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/entenda-os-episodios-da-lava-jato-discutidos-por-moro-e-deltan-em-

conversas-vazadas.shtml) quando
integravam a força-tarefa da Lava Jato. Os dois
discutiam processos em andamento e comentavam pedidos feitos à Justiça
pelo Ministério Público Federal.

Após a publicação das reportagens, a equipe de procuradores da operação


divulgou nota (https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/associacao-dos-procuradores-defende-lava-jato-e-
condena-obtencao-ilicita-de-dados.shtml) chamando a revelação de mensagens de “ataque

criminoso à Lava Jato”. Também em nota, Moro negou que haja no material

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revelado "qualquer anormalidade ou direcionamento"


(https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/moro-nega-anormalidade-ou-direcionamento-em-troca-de-mensagens-com-

dallagnol.shtml) da sua atuação como juiz.

A Polícia Federal tem ao menos quatro investigações abertas para apurar


ataques de hackers em celulares de pessoas ligadas à Operação Lava Jato
(https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/justica-federal-autoriza-devolucao-de-r-681-milhoes-recuperados-pela-lava-

jato.shtml), em Brasília, São Paulo, Curitiba e Rio. Uma das suspeitas é a de que


os invasores tenham conseguido acesso direto a aplicativos de mensagens
dos alvos, sem precisar instalar programas para espionagem. 

O pacote de diálogos que veio à tona inclui mensagens privadas e de grupos


da força-tarefa no aplicativo Telegram de 2015 a 2018.

Segundo as mensagens, Moro sugeriu ao Ministério Público Federal trocar a


ordem de fases da Lava Jato (https://www1.folha.uol.com.br/especial/2014/petrolao/), cobrou a
realização de novas operações, deu conselhos e pistas e antecipou ao menos
uma decisão judicial. 

Para o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, a troca de


colaborações entre Moro e Deltan põe em xeque a equidistância da Justiça
(https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/mensagens-de-moro-colocam-em-duvida-equidistancia-da-justica-diz-

marco-aurelio-mello.shtml).
"Apenas coloca em dúvida, principalmente ao olhar do
leigo, a equidistância do órgão julgador, que tem ser absoluta. Agora, as
consequências, eu não sei. Temos que aguardar", afirmou o magistrado.

Já o governo Jair  (https://www1.folha.uol.com.br/especial/2018/governo-bolsonaro/)Bolsonaro
(https://www1.folha.uol.com.br/especial/2018/governo-bolsonaro/) adotou cautela em relação

ao vazamento de conversas (https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/site-publica-mensagens-que-


mostram-colaboracao-entre-moro-e-deltan-na-lava-jato.shtml) entre o ex-juiz Sergio Moro e o

procurador Deltan Dallagnol. A equipe do presidente


(https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/demissao-de-moro-jamais-foi-discutida-diz-porta-voz-de-bolsonaro-apos-

vazamentos.shtml) quer
evitar movimentos prematuros, antes que fique clara a
dimensão completa do caso.

Embora aliados do presidente tenham defendido o ministro da Justiça


(https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/05/se-nao-for-possivel-manter-coaf-no-ministerio-da-justica-paciencia-afirma-

https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/prova-obtida-de-forma-ilegal-pode-ser-usada-diz-gilmar-sobre-caso-moro.shtml 4/6
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moro.shtml) e afirmado que Bolsonaro confia em Moro, seus


auxiliares recomendaram que o presidente aguarde a revelação de outros
trechos dos diálogos entre o ex-juiz da Lava Jato
(https://www1.folha.uol.com.br/poder/2019/06/justica-federal-autoriza-devolucao-de-r-681-milhoes-recuperados-pela-lava-

jato.shtml) e integrantes da força-tarefa da operação. 

A equipe do governo, no entanto, prevê agitação no Congresso com a


divulgação das conversas entre o ex-juiz e Deltan. Um assessor diz que os
parlamentares certamente farão “um carnaval”.

Nas conversas privadas, membros da força-tarefa fazem referências a casos


como o processo que culminou com a condenação do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT) (http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/07/1900580-lula-e-condenado-a-9-anos-
por-corrupcao-no-triplex.shtml) por causa do tríplex de Guarujá (SP), no qual o

petista é acusado de receber R$ 3,7 milhões de propina


(https://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/07/1900580-lula-e-condenado-a-9-anos-por-corrupcao-no-triplex.shtml) da

empreiteira OAS em decorrência de contratos da empresa com a Petrobras.

O valor, apontou a acusação, se referia à cessão pela OAS do apartamento


tríplex ao ex-presidente, a reformas feitas pela construtora nesse imóvel e ao
transporte e armazenamento de seu acervo presidencial. Ele foi condenado
pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. 

Preso em decorrência da sentença de Moro (https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/04/lula-


e-preso.shtml), Lula foi impedido de concorrer à Presidência
(https://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/09/tse-barra-candidatura-de-lula-e-pt-tem-dez-dias-para-indicar-

substituto.shtml) na eleição do ano passado. A sentença de Moro foi confirmada em


segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região
(http://www1.folha.uol.com.br/poder/2018/01/1953026-tribunal-aumenta-pena-e-condena-lula-a-12-anos-e-um-mes-de-

prisao.shtml) e depois chancelada também pelo STJ (Superior Tribunal de


Justiça).

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