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DIREITO TRIBUTÁRIO

Professor Dr. Arthur Mendes Lobo


arthurmendeslobo@gmail.com
1
PACTO PEDAGÓGICO

• 1º Encontro: 09/03/2019
• 2º Encontro: 16/03/2019
• 3º Encontro: 23/03/2019
• Trabalhos e Participação: 100 pontos.
• Desligue o celular durante as aulas, exceto se o Professor
autorizar, por exemplo, para alguma atividade de pesquisa
sobre a matéria.

2
PACTO PEDAGÓGICO
• Ementa
• Estudo das relações jurídicas entre os entes dotados de competência
impositiva e/ou administrativa-arrecadatória e aqueles que são
compelidos às prestações, positivas ou negativas, relativas à exigência,
fiscalização e arrecadação dos tributos.

• Bibliografia

AMARO, Luciano. Direito Tributário Brasileiro. São Paulo: Saraiva.


BALEEIRO, Aliomar. Direito Tributário Brasileiro. Rio de Janeiro: Forense.
BECKER, Alfredo Augusto. Teoria Geral Direito Tributário. São Paulo: Lejus.
CARRAZA, Roque Antonio. Curso de Direito Constitucional Tributário. São Paulo:
Malheiros.
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Saraiva.
COELHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro. Rio de
Janeiro: Forense. 3
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
O que é Direito?

Um conjunto de normas que são


impostas para regular as condutas
humanas e assim prevenir os conflitos.

Seu objetivo, portanto, é prevenir a paz


social de qualquer ameaça.

O Direito é o que se produz a partir da


solução dos conflitos sociais.

4
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO

O que é norma jurídica?

As normas jurídicas também são normas de natureza social, sua


função também é regular a conduta do homem.

Entretanto, elas se diferenciam das demais normas sociais – como a


moral.

E isso pode ser facilmente percebido quando lembramos que para


garantir a eficiência das normas jurídicas o Estado pode utilizar sua
força e exercer a coerção. Não são todas as normas sociais que
contam com essa proteção.

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1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
Historicamente, o Direito é dividido em:

 Direito Público: compreendido como aquele em que um dos


sujeitos da relação jurídica é o próprio Estado.

 Direito Privado: compreende os ramos do Direito em que se


disciplinam as relações entre os particulares.

Direito Misto: situa-se entre o Direito Público e o Direito Privado.

6
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
 Os principais ramos do Direito Público são:

• o Direito Constitucional;
• o Direito Administrativo;
• o Direito Tributário;
• o Direito Processual;
• o Direito Penal; e
• o Direito Internacional Público.

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1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO

• O Direito Constitucional é o ramo encarregado das normas jurídicas


que constituem um Estado, definem a sua estrutura e sua forma de
organização, além de versar sobre os direitos e as garantias das
pessoas.

8
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
• O Direito Administrativo é o ramo do Direito que se ocupa das
normas jurídicas, dos princípios que regem as atividades
administrativas do Estado e também da sua organização
administrativa. É dele que são obtidos, por exemplo, os limites dos
gestores da coisa pública, as prerrogativas e as sujeições da
administração e a forma pela qual os interesses sociais serão geridos
pelos nossos representantes. É uma esfera extremamente
importante, já que trata da expressão jurídica dos limites e das
prerrogativas da Administração Pública.

9
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
“A Administração Pública, ao exercer suas atividades administrativas,
deve sempre buscar a satisfação do interesse público, mesmo que para
isso tenha de sacrificar algum interesse ou direito privado.” (João
Rezende Almeida Oliveira e Tágory Figueiredo Martins Costa).

Ex: Fornecimento de medicamentos através do SUS.

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1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
• O Direito Tributário cuida dos critérios pelos quais o Estado
arrecadará os valores necessários (tributos) para bem administrar os
interesses sociais. É nesse campo que o cidadão poderá conhecer os
limites da capacidade de o Estado coletar impostos, taxas e
contribuições. É também nessa seara que os representantes do
Estado compreenderão os procedimentos a serem adotados na
aplicação das receitas públicas para a concretização das atividades
estatais de interesse público.

11
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
• O Direito Processual consiste em um ramo específico do Direito que
congrega as normas que orientam as pessoas (físicas e jurídicas –
incluindo a própria figura estatal) sobre o modo pelo qual podem
obter uma solução do Estado em relação aos conflitos específicos.
Quando uma pessoa fere o direito de outra, dá também a ela o
direito de exigir a reparação de seus danos. São as normas de
natureza processual que regem a maneira pela qual essa cobrança
será realizada: qual a ação judicial a ser apresentada, quais os prazos
processuais, as hipóteses em que se admitirão recursos etc.

12
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
• O Direito Penal também apresenta as normas jurídicas de natureza
pública. Essa afirmação decorre do fato de caber ao Estado a
titularidade pela punição àqueles que cometem crimes. Houve um
tempo em que as coisas eram diferentes: os homens faziam justiça
com as próprias mãos. Esse tempo era chamado de justiça privada
(autotutela). Nos dias de hoje, a sociedade e o Direito entendem que
somente o Estado tem a prerrogativa de aplicar uma pena ao indivíduo
que resolve cometer um crime, ou seja, transgredir uma norma de
natureza penal.

13
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO

• O Direito Internacional Público apresenta normas jurídicas são


bastante peculiares. Partem de princípios e de pressupostos
específicos. A sua alocação entre os ramos do Direito Público se deve
ao fato de as suas normas versarem sobre o relacionamento entre o
Estado e outras pessoas jurídicas de Direito Internacional (como os
outros Estados e os organismos internacionais).

14
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
 Os principais ramos do Direito Privado são:

• o Direito Civil;
• o Direito Empresarial ou Direito Comercial;
• O Direito do Consumidor;
• o Direito do Trabalho; e
• o Direito Internacional Privado.

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1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO

• Direito Civil que por muitos é chamado de Direito Privado Comum, já


que congrega as normas jurídicas gerais sobre as relações pessoais,
familiares e patrimoniais (MONTORO, 1983). No Brasil, grande parte
dessas normas estão dispostas no conhecido Código Civil.

16
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO

• O Direito Empresarial ou Direito Comercial regula a relação entre


empresários ou entre sócios e as empresas que atuam com a
finalidade de lucro, com habitualidade e promovem a circulabilidade
de bens. Com a promulgação do Código Civil de 2002, grande parte das
normas de Direito Empresarial passaram a figurar junto às normas de
Direito Civil. O Código Comercial que temos hoje trata apenas de
algumas normas do comércio marítimo. As normas que versavam
sobre as empresas, por exemplo, estão no Código Civil.

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1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
• O Direito do Consumidor regulamenta a compra e venda de produtos
e serviços ao destinatário final da cadeia produtiva. É comum que o
fornecedor esteja mais bem aparelhado economicamente que o
cliente. Por essa razão, o Código de Defesa do Consumidor tem normas
que procuram restabelecer o equilíbrio da relação de consumo.

18
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
• O Direito do Trabalho regulamenta relações sociais entre particulares.
Nas relações trabalhistas geralmente uma das partes (o empregador)
possui um aparato econômico-financeiro que supera a capacidade do
trabalhador de negociar equilibradamente. Para restaurar tal
equilíbrio, é que suas normas são interpretadas da maneira mais eficaz
a compensar a hipossuficiência do trabalhador. A Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) regulamenta as relações trabalhistas privadas. A
Lei n. 8.112/90 regula as relações estatutárias dos servidores públicos
no serviço público federal.

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1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
• O Direito Internacional Privado. Suas normas tratam dos conflitos de
legislações estrangeiras. É nessa esfera do Direito que vamos encontrar
normas que nos ajudam a resolver o conflito que se estabelece, por
exemplo, quando duas pessoas casadas – sendo que uma é de um país
e outra de outro – resolvem se divorciar. (Decreto-Lei 4657/1942, Redação dada
pela Lei nº 12.376, de 2010 - LIDB).

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1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
• Ordenamento jurídico é as relações entre as normas jurídicas.

• Norma é um imperativo de conduta, que coage os sujeitos a se


comportarem da forma por ela esperada e desejada.

• A diferença entre Norma-Regra e Norma-Princípio.

• Validade, vigência e eficácia

• Fontes do Direito: Lei, Costume, Doutrina, Jurisprudência etc.

21
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
Existem dois tipos principais de fontes do Direito:

• Fontes formais: aquelas que conferem ao Direito a sua obrigatoriedade.


Quando se fala em um direito positivo, imposto, de obediência
necessária, sua origem perpassa quase que invariavelmente pelas suas
fontes formais. São exemplos de fontes formais:

a) a lei: provém de um processo legislativo juridicamente reconhecido e


socialmente legitimado.

22
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
b) os costumes: os atos humanos que vão se repetindo na história,
criam entre os homens o dever de observá-los. Somente serão
observados se coincidem com os valores sociais e jurídicos de um
determinado grupo.

23
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO

c) a jurisprudência: a expressão “jurisprudência” é proveniente do


Direito romano que, já àquela época, compreendia que o Direito se
constrói também a partir do raciocínio prudente das autoridades
julgadoras de um povo. Hoje não é diferente. Os juristas do nosso tempo
também se utilizam das decisões já tomadas pelo Poder Judiciário para
fundamentar suas teses em ações judiciais novas.

24
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
d) A doutrina: esse é o nome que se dá ao conjunto bibliográfico de
raciocínios jurídicos. Quando uma pessoa se torna experiente no campo
do Direito, ou seja, um jurista apto a ensinar aos outros a ciência do
Direito, diz-se dele um doutrinador. Os entendimentos entabulados pela
doutrina também são, por isso, fonte formal do Direito.

25
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
• Fontes materiais: aquelas cujo conteúdo se confunde historicamente
com as normas jurídicas. A sua essência é jurídica, independentemente
da forma como se apresenta à sociedade. As fontes materiais
emergem da realidade social e dos valores. São exemplos de fontes
materiais do Direito:

a) A história: a análise e interpretação dos fatos históricos, do


comportamento de uma dada sociedade ao longo das eras
relativamente a determinado assunto, serve para constituir o Direito
do dia de hoje.

26
1. NOÇÕES GERAIS DO DIREITO
• Fontes materiais:

b) Os valores religiosos: a compreensão humana da sua relação com os


fenômenos relacionados à sua espiritualidade. Serve também para
influenciar a tomada de decisões na hora de construir uma norma
jurídica.

c) A moral: os valores morais, a ética e a delimitação do homem sobre a


aceitabilidade ou não das suas atitudes e dos seus pensamentos
também influenciam no conteúdo de uma norma jurídica, na sua
matéria. Por isso a moral também pode ser compreendida como fonte
material do Direito.

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Fato, Valor e Norma (Teoria de Miguel Reale)

• Os fatos (ontologia) são ordenados pelas normas (deontologia), que


expressam determinados valores (axiologia).
Validade da Norma Jurídica

• Três questões para pensar a validade da norma:

- Ela é obrigatória para os sujeitos? (vigência)

- Ela é cumprida pelos sujeitos? (efetividade)

- Ela é justa (fundamento)


Critérios de Validade Formal

• Ela foi estabelecida por órgão competente (Poder Executivo, Poder


Judiciário, Poder Legislativo)?

• Ela foi estabelecida por pessoa jurídica competente (União, Estado ou


Município)?

• Ela seguiu o procedimento correto?

• Ela tem um mínimo de eficácia?


Critérios de Vigência
• “Vacatio Legis”
• Lei Complementar 95/2008:

“Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo


a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo
conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de
sua publicação" para as leis de pequena repercussão.

§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que


estabeleçam período de vacância far-se-á com a inclusão da data da
publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia
subseqüente à sua consumação integral.

§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a


cláusula ‘esta lei entra em vigor após decorridos (o número de) dias de
sua publicação oficial”.
Eficácia

• A eficácia dispõe saber se as normas válidas estão ou não sendo


cumpridas.

• O fundamento dispõe saber se as normas válidas são ou não


adequadas (boas ou más).
Norma Jurídica

• A norma jurídica é um imperativo de conduta, que coage os


sujeitos a se comportarem da forma por ela esperada e desejada.
Norma jurídica e as acepções de Direito

• Direito objetivo são as regras e instituições normativas genéricas que


regem o comportamento humano.

• Direito subjetivo são situações jurídicas protegidas por normas


jurídicas, na medida em que o direito objetivo tenta coagir pessoas a
proteger essas situações.

• A ciência do direito é o estudo das normas jurídicas.

• O direito positivo é compreendido como o ordenamento jurídico


(conjunto normativo) vigente para uma determinada coletividade.
• Subsunção x ponderação de normas?

• Hierarquia das normas

• Segurança jurídica.

Núcleo de Gestão de Informações 35


2.1 Contrato social, soberania, separação de poderes, funções executiva,
legislativa e judiciária, estrutura e organização dos poderes.
 Origem da Constituição:

Magna Carta do Rei João Sem Terra, ano 1.215.

36
 Revolução Francesa e os preceitos fundamentais.

37
2ª GUERRA MUNDIAL: INOBSERVÂNCIA DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

38
- DIREITOS SOCIAIS
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL:
- DIREITOS METAINDIVIDUAIS

39
SALVATORE MAZZAMUTO: a resolução dos conflitos pelo Estado-juiz se pautava na
igualdade formal e na liberdade de contratar, assim sendo, a autonomia privada
implicava em uma tutela jurisdicional meramente ressarcitória, já que o Estado
deveria se abster de interferir nas relações privadas para viabilizar o
desenvolvimento da economia de mercado.

40
 O que é Constituição?

HANS KELSEN: Todas as normas tem fundamento jurídico em outra


norma de dentro do sistema. A Constituição é a fonte suprema do
direito, pois regula a criação de todas as normas e todas elas dela
derivam.

 Conceito: A Constituição é a lei fundamental de organização do


Estado. Estruturar e delimita seus poderes políticos. Trata das
formas de Estado e de governo, do sistema de governo, do modo
de aquisição, exercício e perda do poder político e dos principais
postulados da ordem econômica e social. Estabelece os limites e
respeito aos direitos individuais. E prevê responsabilização por
eventuais abusos.

41
 Significado da Constituição: A Pirâmide de Kelsen.

42
43
Direitos individuais previstos na CF/88

a) Explícitos:
 Dignidade Humana (arts. 1º, III e art. 170)
Direito à vida e incolumidade da integridade física (art. 5º, caput);
 Liberdade de locomoção;
 Liberdade de pensamento, de expressão e de crença religiosa;
 Direito à intimidade;
 Igualdade perante a lei, segurança.

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Direitos individuais previstos na CF/88

a) Explícitos:
 Direito de propriedade;
 Função social da propriedade;
 Direitos do autor e propriedade industrial;
 Direito de herança;
 Livre iniciativa (art. 1º, inciso IV e art. 170)
 Princípios tributários da legalidade e da anualidade (art. 150)

45
Direitos individuais previstos na CF/88

b) Implícitos:

 Decorrentes dos Princípios adotados pela CF/88;

 Decorrentes de Tratados Internacionais sobre Direitos Humanos (art. 5º,


§2º).

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Direitos Sociais previstos na CF/88

JOSÉ AFONSO DA SILVA propõe a seguinte classificação dos direitos sociais:

 Direitos sociais relativos ao trabalhador (arts. 7º a 11);

 Direitos sociais relativos à seguridade social, abrangendo direito à saúde,


à previdência social e à assistência social (arts. 193 a 204);

 Direitos sociais relativos à família, à criança ao adolescente, ao idoso e às


portadoras de deficiência (art. 226 a 230);

 Direitos sociais relativos ao meio ambiente (art. 225).

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Direitos Sociais previstos na CF/88

Explícitos (art. 6º a 11 – rol não exaustivo):


 Educação
 Saúde
 Alimentação
 Trabalho
 Moradia
 Lazer
 Seguridade Social
 Previdência Social
 Proteção à Maternidade e Infância
 Assistência aos desamparados
 Cultura
 Esporte

48
Direitos Mistos previstos na CF/88

• Explícitos (art. 8º, 10 e 11 – rol não exaustivo):

 Liberdade de associação profissional ou sindical;

 Direitos de greve;

 Participação em órgãos colegiados;

 De representação nas empresas com mais de 200 empregados;

 Direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (art. 225)

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2.2 Política, república, democracia, Estado Democrático

a) REPÚBLICA (é cláusula pétrea - art. 60, § 4º, I).

 Do latim res publica (coisa pública), é a forma de organização de governo


que se caracteriza pela eleição periódica dos membros do Poder Executivo
e Legislativo e um regime de responsabilidade das pessoas que ocupam
cargos públicos.

 A possibilidade de impeachment do Presidente da República e a


necessidade das pessoas que ocupam cargos públicos de prestarem contas
de seus atos.

 Uma das hipóteses de intervenção federal é assegurar a observância da


forma republicana de governo nos Estados-Membros (art. 34, VII, a).

50
2.2 Política, república, democracia, Estado Democrático

b) FEDERAÇÃO

 Federação é a aliança de Estados para a organização de um Estado único,


em que as unidades federadas preservam sua autonomia política,
enquanto a soberania é transferida para o Estado Federal.

 Há diversas esferas de atribuições fixadas na própria Constituição entre a


União e os Estados Federados (art. 22 a 30).

51
2.2 Política, república, democracia, Estado Democrático

c) SEPARAÇÃO DOS PODERES (é cláusula pétrea - art. 60)

 É a organização funcional do poder político do Estado;

 Três são as funções governamentais: Legislativa, Executiva e Judiciária;

 São independentes e especializados.

52
Direito Tributário

Direito Financeiro: É o gênero que compreende o estudo de todas


as receitas e despesas públicas.

Direito Fiscal: Seria o controle e a fiscalização feita pelo Estado.

53
Direito Tributário

• Legislação Tributária: São as leis referente ao aspecto tributário. É


uma parte do Direito Tributário (este inclui normas gerais,
interpretação, aplicação, etc.).

• Legislação Fiscal: São as leis relativas ao fisco.

54
Direito Tributário

• Direito do Imposto: Diz respeito apenas ao estudo do imposto. Este


é uma espécie do gênero tributo.

• Direito Tributário: Diz respeito ao gênero tributo. Expressão


encontrada no inciso I do art. 24 da CF/88. Inclusive a Lei
5.172/1966 – Código Tributário Nacional (CTN).

55
Direito Tributário

“É o ramo do direito público que rege as relações jurídicas entre


o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do
Estado no que se refere à obtenção de receitas que
correspondam ao conceito de tributo”.

(Rubens Gomes de Souza)


Direito Tributário

“É o ramo do direito que se ocupa das relações entre o fisco e


as pessoas sujeitas a imposição tributárias de qualquer
espécie, limitando o poder de tributar e proteger o cidadão
contra os abusos desse poder”.

(Hugo de Brito Machado)


Direito Tributário
• É o conjunto de princípios, de regras e de instituições que regem o
poder fiscal do Estado e suas relações.

• É um conjunto porque forma um todo organizado, um sistema.

• Enfim, seu objetivo é verificar as relações do Estado no que diz


respeito a seu poder de tributar.
Atividade Financeira do Estado

Receita Gestão Despesa

• Direito Financeiro:
Lei de Diretrizes Orçamentária – LDO
Lei de Responsabilidade Fiscal.

• Direito Tributário:
Código Tributário Nacional (CTN) – Lei 5.172/66.
Fontes do Direito Tributário

• Constituição

É a Lei Maior, dá sustentação a todo o ordenamento jurídico,


inclusive o tributário.

As normas jurídicas têm hierarquia diversas, porém compõem um


todo, que se inicia com a constituição.
Fontes do Direito Tributário

• Lei: É a expressão da vontade geral. É a norma emanada do Poder


Legislativo, que estabelece regras de conduta (de forma genérica).

• Lei Complementar: É a regra que contempla matéria a ela entregue


de forma exclusiva (pela CF), com o objetivo de complementar
preceitos básicos determinados pela Lei Fundamental. Ex: CTN
Fontes do Direito Tributário

• Lei Ordinária: São leis comuns federais, estaduais e municipais.

Ex: instituição de tributos, a majoração, a definição do fato gerador, a


fixação da alíquota e base de cálculo, as penalidades, as hipóteses de
exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, dispensa ou
redução de penalidades.
Fontes do Direito Tributário

• Lei Delegada: São leis elaboradas pelo Presidente da Republica,


sobre determinadas matérias, por autorização (delegação) do
Congresso Nacional – não adotadas no Brasil.
Fontes do Direito Tributário

•Resoluções: São utilizadas para regular matéria de competência do


Congresso Nacional e de suas casas, tendo efeitos internos.

•Decreto Legislativo: Tem por função promulgar lei que não


dependam da sanção do Executivo.

Ex: aprovação de tratado e convenções internacionais celebrados


pelo Presidente.
Fontes do Direito Tributário

• Tratados e Convenções Internacionais: São acordos celebrados


pelos Executivos de dois ou mais Estados soberanos que, para
vigorarem em seus territórios, devem ser aprovados pelos
Legislativos respectivos.
Fontes do Direito Tributário

• Medidas Provisórias: Tem força de lei e são emitidas pelo Presidente


para vigorar durante 60 dias.

• Decreto Regulamentar: Normas jurídicas elaboradas e promulgadas


pelo Executivo. Limita-se a dar detalhes de aplicação prática ou
reunir e consolidar, num único texto legal, a legislação esparsa sobre
determinado tributo. Ex: Regulamento do IR
Fontes do Direito Tributário

• Usos e Costumes: São as práticas geralmente adotadas na ausência


de lei. Ajudam a solucionar pendências não esclarecidas pela
legislação.

• Jurisprudência: É o conjunto de decisões reiteradas proferidas pelos


juízos e tribunais, no mesmo sentido e em casos semelhantes.
Tributo

• Código Tributário Nacional:

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo


valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito,
instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.
Tributo

• Prestação pecuniária – significa que o tributo deve ser


pago em unidades de moeda corrente.

• Compulsória – obrigação independente da vontade do


contribuinte.
Tributo

• Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir – os tributos são


expressos em moeda corrente nacional ou por meio de indexadores
(por exemplo: ORTN, OTN, BTN, Ufir).
Tributo

• que não constitua sanção por ato ilícito – as penalidades


pecuniárias ou multas não se incluem no conceito de
tributo.

O pagamento do tributo não decorre de infração de


determinada norma ou descumprimento da lei.
Tributo

• instituída em lei – só existe a obrigação de pagar o


tributo se uma norma jurídica com força de lei
estabelecer essa obrigação.
Tributo

• cobrada mediante atividade administrativa


plenamente vinculada – a autoridade não possui
liberdade para escolher a melhor oportunidade de
cobrar o tributo, a lei estabelece todos os
procedimentos.
Classificação dos Tributos

• Quanto à competência impositiva:

a) Federais – IPI, IR, II, IE, IOF…

b) Estaduais – ICMS, IPVA…

c) Municipais – ISS, IPTU…


Classificação dos Tributos

• Quanto à vinculação com atividade estatal:

a) Vinculados – Taxa e Contribuição de Melhoria.

b) Não-vinculados – Imposto.
Classificação dos Tributos

• Quanto à possibilidade de repasse:

a) Diretos – IR, IPTU…

b) Indiretos – ICMS, IPI…


Classificação dos Tributos

• Quanto à função:

a) Fiscalidade – arrecadação para Estado. Ex.: IR, ICMS

b) Parafiscalidade – arrecadação para atividades que não


são próprias do Estado. Ex.: Contribuições

c) Extrafiscalidade – interferência no domínio econômico.


Ex.: IPI, CIDE.
Classificação dos Tributos

• Quanto às espécies:

1) Impostos – Art 145, I e Art 195, I e III (CF)

2) Taxas – Art 145, II (CF)

3) Contribuições de melhoria – Art 145, III (CF)

4) Empréstimo Compulsório – Art 148 (CF)

5) Contribuições – Art 145 e Art 195, II (CF)


Imposto - Art 145, I e Art 195, I e III (CF)

• Imposto é o tributo que tem por fato gerador uma situação


independente de qualquer atividade estatal específica,
relativa ao contribuinte.

• A situação geradora do tributo independe de qualquer


contraprestação do Estado em favor do contribuinte. Ex:
ICMS, IPI.
Impostos
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
poderão instituir os seguintes tributos:
(Vide artigos 1 a 5º, CTN)

I - impostos;
(Vide artigo 16 e seguintes, CTN)

§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter


pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica
do contribuinte, facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos,
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da
lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas
do contribuinte.
Impostos - Exemplos

•Imposto sobre Importação (União)


•Imposto sobre Exportação (União)
•Impostos sobre a Renda (União)
•Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Rural (União)
•Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (Município)
Impostos - Exemplos

•Impostos sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (União)

•Impostos sobre Grandes Fortunas

•Impostos sobre Transmissão Inter Vivos, a qualquer título, por ato


oneroso, de bens imóveis e de direitos reais sobre imóveis, exceto
os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição.
(Municípios)
Impostos - Exemplos

• Impostos sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de


Quaisquer Bens ou Direitos (Estados e DF)

• Impostos sobre Propriedade de Veículos Automotores


(Estado e DF)
Impostos - Exemplos

• Impostos sobre Circulação de Mercadorias e sobre


Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e
Intermunicipal e de Comunicação, ainda que iniciadas no
exterior (Estado)

• Impostos Extraordinários (iminência ou caso de guerra


externa)
Taxas – Art 145, II (CF)
É espécie de tributo cujo fato gerador é o exercício regular
do Poder de Polícia, ou o serviço público, prestado ou
posto à disposição do contribuinte.

Ex: Taxa de licença de instalação e funcionamento


(Prefeitura)

Ex: Taxa de Bombeiro.


Taxas – Art 145, II (CF)
• Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir os seguintes tributos:

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização,


efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados
ao contribuinte ou postos a sua disposição;
(Vide artigos 77 e seguintes, CTN)

• Vide Lei 7.940/89 (Taxa de fiscalização dos mercados de títulos e valores


mobiliários).
• Vide Lei 7.944/89 (Taxa de fiscalização dos mercados de seguro,
capitalização e previdência privada).
• Vide Lei 8.003/90 (Legislação tributária federal - alterações).
• Vide Súmulas 665 e 670, STF
Taxas – Exemplos

• Taxa de Autorização do Trabalho Estrangeiro

• Taxa de Avaliação in loco das Instituições de Educação


e Cursos de Graduação.

• Taxa de Classificação, Inspeção e Fiscalização de


produtos animais e vegetais ou de consumo nas
atividades agropecuárias.
Taxas – Exemplos

• Taxa de Coleta de Lixo

• Taxa de Combate a Incêndios

• Taxa de Conservação e Limpeza Pública

• Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – TCFA Taxa


de Controle e Fiscalização de Produtos Químicos.
Taxas – Exemplos

• Taxa de Emissão de Documentos (níveis municipais,


estaduais e federais)

• Taxa de Fiscalização da Aviação Civil – TFAC

• Taxa de Fiscalização CVM (Comissão de Valores


Mobiliários)

• Taxa de Fiscalização de Sorteios, Brindes ou Concursos


Taxas – Exemplos

•Taxa de Fiscalização dos Produtos Controlados pelo Exército


Brasileiro - TFPC

•Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar -


TAFIC

•Taxa de Licenciamento Anual de Veículo

•Taxa de Licenciamento para Funcionamento e Alvará Municipal

•Taxa de Pesquisa Mineral DNPM - Portaria Ministerial 503/1999

•Taxa de Serviços Administrativos – TSA – Zona Franca de Manaus


Taxas – Exemplos

•Taxa de Serviços Metrológicos

•Taxas ao Conselho Nacional de Petróleo (CNP)

•Taxa de Outorga e Fiscalização - Energia Elétrica

•Taxa de Outorga - Rádios Comunitárias

•Taxa de Outorga - Serviços de Transportes Terrestres e


Aquaviários
Taxas – Exemplos

•Taxas de Saúde Suplementar - ANS

•Taxa de Utilização do MERCANTE

•Taxas do Registro do Comércio (Juntas Comerciais)

•Taxa Processual Conselho Administrativo de Defesa


Econômica - CADE
Taxas ≠ Tarifas

• Taxas: • Tarifas:

prestação pecuniária, que, receita decorrente da


não sendo dever prestação de serviços
fundamental nem se públicos sob regime de
vinculando às liberdades concessão ou
fundamentais, é exigida permissão.
sob a diretiva do princípio
constitucional do
benefício, como
remuneração de serviços
públicos inessenciais.
Contribuições de Melhoria – Art 145, III (CF)

• É um tributo vinculado, em cujo fato gerador se inclui a valorização


de imóvel do contribuinte, decorrente de obra pública.
Contribuições de Melhoria – Art 145, III (CF)

• Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras


públicas.
(Vide artigos 81 e seguintes, CTN)
Contribuições de Melhoria – Art 148 (CF)

•Funciona como simples antecipação. A União pode instituir para:

a) Atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade


pública, de guerra externa ou sua iminência;

b) No caso de investimentos públicos de caráter urgente e de


relevante interesse nacional.
Empréstimo Compulsório – Art 148 (CF)
• Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá
instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes
de calamidade pública, de guerra externa ou sua
iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e
de relevante interesse nacional, observado o disposto no
artigo 150, III, b.
(Vide artigo 34, parágrafo 12, ADCT)

Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de


empréstimo compulsório será vinculada à despesa que
fundamentou sua instituição.
Contribuições – Art 149 e Art 195 (CF)

• São tributos cobrados para custeio de atividades


paraestatais.

• Atividade Paraestatal: é a atividade que sendo


típica da entidade privada é desenvolvida de
forma continuada por entidade pública (ex: INSS);
ou, sendo a atividade típica de entidade pública,
é desenvolvida por entidade privada (ex: SESC,
SENAC, SESI, SENAI, SEST, SENAT, SEBRAE, etc).
Contribuições – Art 149 e Art 195 (CF)

• Contribuições Sociais.

• Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico.

• Contribuições de Interesse das Categorias Profissionais ou


Econômicas.

• Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação


Pública.
Contribuições Sociais – Exemplos

• Contribuições para a seguridade social

• Contribuições para o custeio de sistemas de previdência e


asistência social – Estados, DF e Municípios

• Contribuições sobre a Movimentação Financeira ou


transmissão de valores e de Crédito e Direitos de Natureza
Financeira – CPMF

• Contribuição para a Educação


Contribuições Sociais – Empregador ( Art 149,
194 e 195, CF)
• As Contribuições Sociais (empregador) incidem sobre:

a) Folha de salário e demais rendimentos do trabalho pagos


ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que preste
serviço, mesmo sem vínculo empregatício (INSS – Lei 8212/91).

b) Receita ou faturamento (PIS – LC 07/70 e Cofins – LC 70/91).

c) Lucro (CSLL – Lei 7689/88).


Contribuições Sociais – Art 149 (CF)

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir


contribuições sociais, de intervenção no domínio
econômico e de interesse das categorias profissionais
ou econômicas, como instrumento de sua atuação
nas respectivas áreas, observado o disposto nos
artigos 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do
previsto no artigo 195, § 6º, relativamente às
contribuições a que alude o dispositivo.
Contribuições Sociais – Art 149 (CF)

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios


instituirão contribuição, cobrada de seus servidores,
para o custeio, em benefício destes, do regime
previdenciário de que trata o artigo 40, cuja
alíquota não será inferior à da contribuição dos
servidores titulares de cargos efetivos da União.
Contribuições Sociais – Art 149 (CF)

§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no


domínio econômico de que trata o caput deste
artigo:

I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de


exportação;

II - incidirão também sobre a importação de


produtos estrangeiros ou serviços;
Contribuições Sociais – Art 149 (CF)
III - poderão ter alíquotas:
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a
receita bruta ou o valor da operação e, no caso de
importação, o valor aduaneiro;
b) específica, tendo por base a unidade de medida
adotada.
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de
importação poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na
forma da lei.
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições
incidirão uma única vez.
Seguridade Social – Art 194, II (CF)

Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto


integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à
saúde, à previdência e à assistência social. (…..)
Seguridade Social – Art 195 (CF)
Art. 195 – a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos
orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das
seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei,
incidentes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a
qualquer título, a pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo
empregatício;
b) a receita ou faturamento;
c) o lucro;
II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social (…)
III – sobre a receita de concursos de prognóstico.
IV – do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a ele equiparar.
Contribuições de Intervenção no Domínio
Econômico - CIDE

São contribuições regulatórias, utilizadas como


instrumento de política econômica para enfrentar
determinadas situações que exijam a intervenção
da União na economia do País.
Ex: CIDE sobre combustíveis.
Contribuições de Interesse das Categorias
Profissionais ou Econômicas

São contribuições destinadas a custear os serviços


dos órgãos responsáveis pela habilitação, registro e
fiscalização das profissões regulamentadas.

Ex: OAB, CRC, CREA, etc.


Contribuição Iluminação Pública

•EC 39, 19/12/2002

Permite aos Municípios e ao Distrito Federal, na


forma das respectivas leis instituir contribuições
para o custeio do serviço de energia elétrica.
Contribuições Iluminação Pública – Art 149-A (CF)

Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal


poderão instituir contribuição, na forma das
respectivas leis, para o custeio do serviço de
iluminação pública, observado o disposto no artigo
150, I e III.

Parágrafo único. É facultada a cobrança da


contribuição a que se refere o caput, na fatura de
consumo de energia elétrica.
Contribuição Iluminação Pública
• Vale lembrar que essas contribuições já foram
cobradas em forma de taxa e consideradas
inconstitucionais. (IPTU)

•Isso abre espaço para a criação de outras


contribuições para o custeio de serviço públicos
prestados pelos Municípios e ao Distrito Federal.

•Estados também devem reivindicar o mesmo


direito de instituir contribuições para o custeio de
serviços públicos.
Princípios Tributários

• José Cretella Jr.:

“princípio de uma ciência são as proposições básicas,


fundamentais, típicas que condicionam todas as
estruturas subsequentes. Princípio, neste sentido, são
os alicerces da ciência”
Princípios Tributários

• Miguel Reale:

“princípios são verdades fundantes de um sistema de


conhecimento, como tais admitidas, por serem
evidentes ou por terem sido comprovadas, mas
também por motivos de ordem prática de caráter
operacional, isto é, como pressupostos exigidos pelas
necessidades da pesquisa.”
Princípios Tributários

• Paulo de Barros Carvalho:

“são linhas diretivas que informam e iluminam a


compreensão de segmentos normativos, imprimindo-
lhes um caráter de unidade relativa e servindo de fator
de agregação num dado feixe de normas”.
Princípios Tributários
• Celso Antônio Bandeira de Melo:

“é, por definição, mandamento nuclear de um sistema,


verdadeiro alicerce dele, disposição fundamental que
se irradia sobre diferentes normas, compondo-lhes o
espírito, e servindo de critério para sua exata
compreensão e inteligência, exatamente por definir a
lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que
lhe confere a tônica e lhe dá sentido harmônico.”
Princípios Tributários

• Enfim, princípios são as proposições básicas que


informam e orientam as ciências.

• Para o Direito, o princípio é seu fundamento, a base


que irá informar e orientar as normas jurídicas.

• As normas jurídicas devem ser editadas em rigorosa


consonância com eles.
Princípios Tributários

•Princípio da Legalidade
•Princípio da Isonomia Tributária
•Princípio da Irretroatividade
•Princípio da Anterioridade
•Princípio da Uniformidade
•Princípio da Capacidade Contributiva
Princípio da Legalidade

CF/88, Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias


asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I – exigir ou aumentar tributos sem lei que o estabeleça.”

Decreto, portaria, instrução normativa ≠ lei

Aumento tributo = alíquota e base cálculo


Princípio da Isonomia Tributária

CF/88, Art. 150. É vedado:

II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que


se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação profissional ou função por
eles exercida, independentemente da denominação
jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.

 Caput do art 5º – princípio geral de isonomia.


Princípio da Irretroatividade

CF/88, Art. 150. É vedado:

III – cobrar tributos:

a – em relação a fatos geradores ocorridos antes do início


da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.

Inciso XXXVI art.5º - Regra Geral.

Inciso XL art.5º - exceção área Penal.


Princípio da Anterioridade

CF/88, Art. 150. É vedado:

III – cobrar tributos:

b – no mesmo exercício financeiro em que haja sido


publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
Princípio da Anterioridade - Exceções

a) alterações de alíquotas em Impostos Federais:

CF/88, Art. 153


§ 1º. É facultado ao Poder Executivo, atendidas as
condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as
alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V.

A saber: imposto de importação (II), imposto de exportação


(IE), imposto sobre produtos industrializados (IPI) e imposto
sobre operações financeiras (IOF).
Princípio da Anterioridade - Exceções

b) contribuições sociais:

CF/88, Art. 195.

§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só


poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da
data da publicação da lei que as houver instituído ou
modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150,
III, b.
Princípio da Noventena

A EC 42/2003 incluiu a alínea “c” no inciso III do art. 150.


É vedado cobrar tributos:

“c) antes de decorridos noventa dias da data em que


haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou,
observado o disposto na alínea b”.

(alínea b – princípio da anterioridade)


Princípio da Uniformidade

CF/88, Art. 151, inciso I.

A tributação da União deverá ser uniforme em todo


território nacional, não podendo criar distinções em
relação aos Estados, aos Municípios e ao Distrito
Federal.
Princípio da Capacidade Contributiva

CF/88, Art. 145, §1º.

Estabelece o princípio da capacidade econômica do


contribuinte, que, por mera definição, seria a
possibilidade de pagar tributos.
Elementos do Tributo

•Fato Gerador

•Contribuinte ou Responsável

•Base de Cálculo

•Alíquota

•Adicional

•Prazo de pagamento
Fato Gerador

É a concretização da hipótese de incidência tributária


prevista em abstrato na lei, que gera a obrigação
tributária. Enfim, conceitua-se como o fato que faz
nascer a obrigação de pagar o tributo.

Exemplos:
a) prestar serviços – ISS,
b) fazer circular mercadorias – ICMS,
c) receber renda – IR.
•Fato Gerador obrigação principal

 Obrigação principal – sempre de natureza pecuniária,


isto é, pagar um tributo.

 CTN, Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a


situação definida em lei como necessária e suficiente à
sua ocorrência.
Ex: ICMS – saída da mercadoria do estabelecimento.
•Fato Gerador obrigação acessória
 Obrigação acessória – cumprimento de formalidades
complementares, destinadas a comprovar a existência e
os limites da operação tributada.

 CTN, Art. 115. Fato gerador da obrigação


acessória é qualquer situação que, na forma da
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção
de ato que não configure obrigação principal.

Ex: emitir notas fiscais, escriturar livros fiscais, fazer


inscrição no CGC, etc.
Contribuinte/Responsável

• Sujeito Ativo – é credor do tribute. Aquele que tem


direito subjetivo de exigir a prestação pecuniária.

• Sujeito Passivo – é a pessoa que tem o dever


jurídico de efetuar o pagamento do tributo. O
sujeito passivo pode ser:

a) Direto ou Contribuinte; ou
b) Indireto ou Responsável, substituto.
•Contribuinte – sujeito passivo da obrigação tributária que
tem relação pessoal e direta com fato gerador.

Ex: proprietário de um prédio – IPTU

•Responsável – pessoal que a lei escolher para responder


pela obrigação tributária, em substituição ao contribuinte
de fato, dada a maior complexidade para alcançá-lo.

Ex: IRRF, INSS.


Contribuinte/Responsável
CTN, Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a
pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou penalidade
pecuniária.

Parágrafo único – O sujeito da obrigação principal diz-se:

I – contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com


a situação que constitua o respectivo fato gerador,

II – responsável, quando sem revestir a condição de


contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa
em lei.
Base de Cálculo

É o valor sobre o qual é aplicada a alíquota (%) para


apurar o valor do tributo a pagar.

Deve ser definida em lei complementar e sua alteração


está sujeito aos princípios da legalidade, da
anterioridade e da irretroatividade.
Alíquota

É o (%) percentual definido em lei que, aplicado


sobre a base de cálculo, determina o montante do
tributo a ser pago.

Deve respeitar aos princípios da legalidade, da


irretroatividade e da anterioridade (exceções na
CF/88).
Adicional

A lei pode determinar o pagamento de mais um valor,


sob o nome de adicional, que incide sobre determinada
base de cálculo que ela fixar.

Ex: adicional do IR – 10% do valor do lucro que exceder


R$ 20.000,00 ao mês.
Prazo de Pagamento

O prazo de pagamento pode ser fixado pelo ente


competente para arrecadar o tributo, por lei ordinária.
Elisão e Evasão Fiscal

•Elisão Fiscal: É a economia resultante da adoção da


alternativa legal menos onerosa ou de lacuna da lei.
Esta é legítima e lícita.

•Evasão Fiscal: prática contrária à lei. Geralmente é


cometida após a ocorrência do fato gerador da
obrigação tributária, objetivando reduzi-la ou ocultá-la.
Planejamento Tributário

É a atividade preventiva que estuda a priori os


atos e negócios jurídicos que o agente econômico
pretende realizar.

Tem a finalidade de obter a maior economia fiscal


possível, reduzindo a carga tributária para o valor
realmente exigido por lei. (Elisão Fiscal)
LEI Gestão Tributária

Tributos
Planejamento Fatos devidos
Tributário Geradores
$
Exemplos de Planejamento Tributário

1) Evitar a incidência do fato gerador do tributo.

Exemplo: Substituir a maior parte do valor do pró-labore


dos sócios de uma empresa, por distribuição de lucros,
pois não sofrem incidência do IR nem na fonte nem na
declaração. Dessa forma, evita-se a incidência do INSS
(20%) e do IR na Fonte (até 27,5%) sobre o valor
retirado como lucros em substituição do pró-labore.
Exemplos de Planejamento Tributário

2) Reduzir o montante do tributo, sua alíquota ou


reduzir a base de cálculo do tributo.

Exemplo: ao preencher sua Declaração de Renda, optar


por deduzir até 20% da renda tributável como desconto
padrão (limitado a R$ 16.754,34) ou efetuar as deduções
de dependentes, despesas médicas, plano de previdência
privada, etc. Você certamente escolherá o maior valor, que
lhe permitirá uma maior dedução da base de cálculo,
para gerar um menor Imposto de Renda a pagar (ou um
maior valor a restituir).
Exemplos de Planejamento Tributário
3) Retardar o pagamento do tributo, adiando o
seu pagamento, sem a ocorrência da multa.

Exemplo: transferir o faturamento da empresa do dia 30


(ou 31) para o 1º dia do mês subsequente. Com isto,
ganha-se 30 dias adicionais para pagamento do PIS,
COFINS, SIMPLES FEDERAL, ICMS, ISS, IRPJ e CSLL
(Lucro Real por estimativa), se for final de trimestre até 90
dias do IRPJ e CSLL (Lucro Presumido ou Lucro Real
trimestral) e 10 a 30 dias se a empresa pagar IPI.
O Planejamento Tributário representa maior
capitalização do negócio, possibilidade de menores
preços e ainda facilita a geração de novos
empregos, pois os recursos economizados poderão
possibilitar novos investimentos.
 EDUARDO SABBAG: a elisão tem o objetivo de impedir a
ocorrência de um determinado fato gerador sendo por
exclusão do contribuinte ou somente pela redução do
montante tributário a ser pago, referindo-se as condutas
lícitas do planejamento do imposto ou economia deste.

RICARDO LOBO TORRES: a elisão pode ser tanto lícita


quanto ilícita, onde a primeira consiste em planejamento
fiscal existente, enquanto que a ilícita consiste em
planejamento fiscal abusivo.

146
Lei Antielisão

LC 108/01, inclui o parágrafo único ao art. 116 - CTN, com


os seguintes termos:

“A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou


negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular
a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos
elementos constitutivos da obrigação tributária,
observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei
ordinária.”
Preocupações da Gestão Tributária

Lei S/A, art. 153:

“O administrador da companhia deve empregar, no


exercício de suas funções, o cuidado e a diligência
que todo homem ativo e probo costuma empregar
na administração dos seus próprios negócios.”
Crimes Tributários. Lei 8.137/90.

Art. 1º – Constitui crime contra a ordem tributária


suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e
qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:

I – Omitir informação, ou prestar declaração falsa às


autoridades fazendárias;

II – fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos


inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em
documento ou livro exigido pela lei fiscal;
Crimes Tributários. Lei 8.137/90. Art. 1º.
III – falsificar ou alterar nota fiscal fatura, duplicata,
nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à
operação tributável;

IV – elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar


documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;

V – negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório,


nota fiscal ou documento equivalente, relativa à venda
de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente
realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.
Crimes Tributários. Lei 8137/90. Art. 1º.

Pena: reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo único: A falta de atendimento da exigência


da autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que poderá ser
convertido em horas em razão da maior ou menor
complexidade da matéria ou da dificuldade quanto ao
atendimento da exigência, caracteriza a infração
prevista no inciso V.
Crimes Tributários. Lei 8.137/90.

Art. 2º. Constitui crime da mesma natureza:

I – fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre


rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude,
para eximir-se, total ou parcialmente, de
pagamento de tributo;

II –deixar de recolher, no prazo legal, valor de


tributo ou contribuição social, descontado ou
cobrado, na qualidade de sujeito passivo de
obrigação que deveria recolher aos cofres públicos;
Crimes Tributários. Lei 8.137/90, Art. 2º.

III –exigir, pagar ou receber, para si ou para o


contribuinte beneficiário, porcentagem sobre a
parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de
contribuição como incentivo fiscal;

IV –deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com


o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de impostos
liberados por órgãos ou entidades de
desenvolvimento;
Crimes Tributários. Lei 8.137/90, Art. 2º.

V – utilizar ou divulgar programa de processamento


dos dados que permita ao sujeito passivo da
obrigação tributária possuir informação contábil
diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda
Pública.

Pena: detenção, de 6 (seis) a 2 (dois) anos, e multa.


Crimes Tributários. Lei 9430/96.

Art. 83. A representação fiscal para fins penais


relativa aos crimes contra a ordem tributária
definida nos arts. 1º e 2º da Lei 8137/1990, será
encaminhada ao Ministério Público depois de
proferida a decisão final, na esfera administrativa,
sobre a exigência fiscal do crédito tributário
correspondente.
Crimes Tributários. Lei 9.430/96. Art. 83.

Parágrafo único: as disposições contidas no


caput do art. 34 da Lei 9249/1995, aplicam-se
aos processos administrativos e aos inquéritos e
processos em curso, desde que não recebida a
denúncia pelo juiz.
Crimes Tributários. Lei 9.249/1995

Art. 34. Extingue-se a punibilidade dos crimes


definidos na Lei 8137, de 27 de dezembro de 1990, e
na Lei 4729, de 14 de julho de 1965, quando o agente
promover o pagamento do tributo ou contribuição
social, inclusive acessórios, antes do recebimento da
denúncia.
Crimes Tributários. Lei 4.729/65.

Art. 1º. Constitui crime de sonegação fiscal:

I – prestar declaração falsa ou omitir, total ou


parcialmente, informação que deva ser produzida a
agentes das pessoas jurídicas de direito público
interno, com a intenção de eximir-se, total ou
parcialmente, do pagamento de tributos, taxas e
quaisquer adicionais devidos por lei;
Crimes Tributários. Lei 4.729/65. Art. 1º.
II – inserir elementos inexatos ou omitir rendimentos
ou operações de qualquer natureza em documentos
ou livros exigidos pelas leis fiscais, com a intenção de
exonerar-se do pagamento de tributos devidos à
Fazenda Pública;

III – alterar faturas e quaisquer documentos relativos


a operações mercantis com o propósito de fraudar a
Fazenda Pública;
Crimes Tributários. Lei 4.729/65. Art. 1º.
IV – fornecer ou omitir documentos graciosos ou
alterar despesas, majorando-as com o objetivo de
obter dedução de tributos devidos à Fazenda Pública,
sem prejuízo das sanções administrativas cabíveis;

V – exigir, pagar ou receber, para si ou para o


contribuinte beneficiário, qualquer percentagem
sobre a parcela dedutível ou deduzida do Imposto
sobre a Renda como incentivo fiscal.
Crimes Tributários. Lei 4.729/65. Art. 1º.

Pena: detenção, de seis meses a dois anos, e multa


de duas a cinco vezes o valor do tributo.

§ 1º quando se tratar de criminoso primário, a


pena será reduzida à multa de 10 (dez) vezes o
valor do tributo.
Crimes Tributários. Lei 4.729/65. Art. 1º

§2º se o agente cometer o crime prevalecendo-se do


cargo público que exerce, a pena será aumentada da
sexta parte.

§ 3º o funcionário público com atribuições de


verificação, lançamento ou fiscalização de tributos, que
concorrer para a prática do crime de sonegação fiscal,
será punido com a pena deste artigo, aumentada da
terça parte, com abertura obrigatória do competente
processo administrativo.
Crimes Tributários. Lei 4.729/65.

Art. 3º somente os atos definidos nesta Lei poderão constituir crime


de sonegação fiscal.
Crédito Tributário

• O intervalo entre “Fatos Geradores” e “Tributos


devidos” é preenchido pela constituição do Crédito
Tributário.

LEI Gestão Tributária

Tributos
devidos
Planejamento Fatos
Tributário Geradores $
Crédito tributário

Corresponde ao direito do Estado de exigir do


contribuinte ou do responsável o pagamento do
tributo, uma vez ocorrido o fato gerador.
Fato Gerador

• Fato Gerador obrigação principal

Obrigação principal – sempre de natureza


pecuniária, isto é, pagar um tributo.

“Art. 114 fato gerador da obrigação principal é a


situação definida em lei como necessária e
suficiente à sua ocorrência.”(CTN)

Ex: ICMS – saída da mercadoria do estabelecimento.


• Fato Gerador Obrigação Acessória

Obrigação acessória – cumprimento de formalidades


complementares, destinadas a comprovar a
existência e os limites da operação tributada.

“Art. 115 fato gerador da obrigação acessória é


qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que
não configure obrigação principal.”(CTN)

Ex: emitir notas fiscais, escriturar livros fiscais etc.


Lançamento

•Quando ocorre o fato gerador in concreto, nasce a


obrigação tributária.

•Essa obrigação ao surgir, apresenta um sujeito ativo,


um sujeito passivo e um objeto.
Lançamento

•Lançamento é um ato administrativo declaratório


não faz nascer o tributo, apenas declara o seu
montante.

•Seus efeitos retroagem à data da ocorrência do


fato imponível. (art.142 – CTN)
Lançamento

• O lançamento é o ato administrativo de aplicação


da norma tributária material ao caso concreto.

• É um mecanismo jurídico que dá liquidez, certeza e


exigibilidade ao tributo, que lhe é lógica e
cronologicamente anterior.
O lançamento determina alguns dos elementos da
obrigação tributária, tais como:

a) o contribuinte,
b) o quantum devido ao Fisco;
c) o local onde se deve efetuar o paramento do tributo;
d) a forma que se deve efetuar o pagamento do tributo; e
e) quando se deve efetuar o pagamento do tributo.
Lançamento:

•De ofício

•Por declaração

•Por homologação
Lançamento de ofício

Quando é feito por iniciativa da autoridade


administrativa, independentemente de qualquer
colaboração do sujeito passivo.
Lançamento por declaração

É o que deve ser feito em atuação conjunta da


administração e do sujeito passivo da
obrigação tributária, é feito em face de
declaração fornecida pelo contribuinte ou por
terceiros.
Lançamento por homologação

É que corresponde a tributo cuja iniciativa de


apuração e de pagamento competem ao sujeito
passivo, devendo ser homologado por parte da
autoridade administrativa.
Extinção do Crédito Tributário

• Pagamento
• Compensação
• Transação (parcelamento)
• Remissão
• Conversão do Depósito em Renda
• Decadência
• Prescrição
Extinção do Crédito Tributário por Remissão

 Remissão: é o perdão, é dispensa, é dar como pago.

 Só pode ser concedida pela autoridade administrativa


para tanto expressamente autorizada por lei; também
pode ser concedida diretamente pela lei.
Extinção do Crédito Tributário por Remissão

 o despacho que concede a remissão há de ser


fundamentado, justificado em um dos itens do art 172 do
CTN.
Extinção do Crédito Tributário por Remissão

CTN, Art. 172 - A lei pode autorizar a autoridade


administrativa a conceder, por despacho fundamentado,
remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:

I - à situação econômica do sujeito passivo;


II - ao erro ou ignorância escusáveis do sujeito passivo, quanto
a matéria de fato;
III - à diminuta importância do crédito tributário;
Extinção do Crédito Tributário por Remissão
IV - a considerações de equidade, em relação com as
características pessoais ou materiais do caso;

V - a condições peculiares a determinada região do território


da entidade tributante.

Parágrafo único. O despacho referido neste artigo (remissão)


não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o
disposto no artigo 155. (CTN)
Extinção do Crédito Tributário
Pagamento: tempo / local / forma

Compensação

Transação (parcelamento)

Decisão Administrativa Irreformável


Extinção do Crédito Tributário

Consulta/Recurso administrativo: se for provida(o).

Extinção da exigência do CT

Decisão Judicial Transitada em Julgado;

Decadência;

Prescrição;
Extinção do Crédito Tributário
•Prescrição:

• 05 anos para receber a cobrança do Crédito


Tributário por via judicial (contados dia a dia);

• Inércia de 05 anos: perda da pretensão de cobrar;

• Pagamento de CT prescrito não gera direito à


repetição de indébito.
Extinção do Crédito Tributário
•Decadência:

•Contribuinte não fez o lançamento;

•05 anos p/ o Poder Público lançar (contados por


Exercício Fiscal);

•Inércia de 05 anos (s/ lançamento);

•Pagamento feito pelo contribuinte gera direito à


repetição do indébito.
Suspensão do Crédito Tributário

• Suspende-se temporariamente o direito de poder


cobrar o crédito tributário.

• Formas:

1. Moratória;
a) Lei autorizando;
b) Prazo maior para pagamento;
c) Sem multa.
Suspensão do Crédito Tributário

• Formas:

2. Consulta (iniciativa do contribuinte)


Sistema Tributário Brasileiro

• Quem cobra: a União Federal, os Estados e os


Municípios têm competência para a cobrança de
tributos.

• Tributos são:
• impostos,
• taxas,
• contribuições de melhoria,
• outras contribuições e
• empréstimos compulsórios
Sistema Tributário Brasileiro

• Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato


gerador uma situação independente de qualquer
atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.

• Os impostos podem ser instituídos pelas três


esferas de governo, de acordo com a competência
específica a eles atribuída pela CF/88.
Exemplos: IR, IPVA, ICM
Sistema Tributário Brasileiro

• Taxas têm como fato gerador o exercício regular do


poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial,
de serviço público específico e divisível, prestado ao
contribuinte ou posto à sua disposição.

• Taxa vs. Preço: coatividade.


Sistema Tributário Brasileiro

• Contribuição de melhoria - benefício econômico trazido


por obras públicas para o patrimônio imobiliário do
contribuinte.
Sistema Tributário Brasileiro
• Outras Contribuições. União Federal pode cobrar as
seguintes contribuições:
(a) sociais
(b) de intervenção no domínio econômico,
(c) de interesse das categorias profissionais ou
econômicas, e
(d) para financiamento da seguridade social.
Sistema Tributário Brasileiro

• Somente a União Federal pode instituir empréstimos


compulsórios em caso de investimento público urgente e
de relevante interesse nacional; ou para atender a
despesas extraordinárias, decorrentes de calamidades
públicas ou de guerra externa.
Sistema Tributário Brasileiro

Limitações constitucionais:

• PRINCÍPIO DA LEGALIDADE (os tributos somente podem


ser instituídos ou majorados por lei);

• PRINCÍPIO DA ISONOMIA (os contribuintes em situação


equivalente devem ter tratamento tributário idêntico);
Sistema Tributário Brasileiro

• PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE (não se pode cobrar


tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do
início da vigência da lei que os instituiu ou majorou);

• PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE (não se pode cobrar


tributo no mesmo exercício financeiro em que seja publicada
a lei que o instituiu ou majorou); [EXCEÇÕES]

• PRINCÍPIO DO NÃO-CONFISCO (o tributo não pode ter


caráter confiscatório).
Sistema Tributário Brasileiro
• Impostos Federais:
 impostos sobre importação (II),
 exportação (IE),
renda e proventos de qualquer natureza (IR),
produtos industrializados (IPI),
operações de crédito, câmbio e seguro ou relativas a
títulos e valores mobiliários (IOF),
propriedade territorial rural (ITR) e
grandes fortunas (IGF).
Sistema Tributário Brasileiro

• Impostos dos Estados e do Distrito Federal:

transmissão causa mortis e doação, de quaisquer


bens ou direitos (ITD);
sobre operações relativas à circulação de mercadorias
e serviços de transporte interestadual e intermunicipal
e de comunicação (ICMS); e
propriedade de veículos automotores (IPVA).
Sistema Tributário Brasileiro

• Impostos Municipais e do Distrito Federal:

propriedade predial e territorial urbana (IPTU);


transmissão inter vivos de bens imóveis (ITBI); e
serviços de qualquer natureza (ISS).
Sistema Tributário Brasileiro

• Imposto de Renda é cobrado sobre:

a) a renda e acréscimos patrimoniais auferidos por


pessoas físicas de fontes nacionais e estrangeiras
(15% ou 27,5%) e

a) sobre os lucros, rendimentos ou ganhos de


capital auferidos no Brasil ou no exterior pelas
pessoas jurídicas.
A base de cálculo do IR cobrado sobre o resultado
operacional das pessoas jurídicas é:

a) em regra, o lucro real. O lucro real corresponde ao


lucro líquido (apurado em balanços trimestrais ou
anuais) ajustado pelas adições e exclusões definidas
na legislação fiscal pertinente; ou

b) Também o lucro presumido e o arbitrado.


• Imposto de Renda:

O lucro tributável é determinado após deduzir os


custos e despesas necessários à produção da
receita anual dos ganhos brutos decorrentes da
atividade normal da empresa e de qualquer outro
negócio.

Alguns custos e despesas não são dedutíveis por


natureza ou pela quantia.
• Imposto de Renda:

Os prejuízos gerados em um exercício poderão ser


integralmente compensados com os lucros auferidos no
mesmo exercício. Em princípio, o prejuízo operacional só
poderá ser compensado com lucros da mesma natureza.

Prejuízos fiscais acumulados. O lucro líquido somente


poderá ser reduzido com prejuízos fiscais acumulados em
até 30% por ano.

Não há limite temporal para a compensação dos prejuízos


fiscais acumulados.
Sistema Tributário Brasileiro

• Imposto de Renda:

A alíquota do IR sobre o lucro real, presumido ou


arbitrado é de 15%, qualquer que seja o tipo de
atividade da pessoa jurídica.

Há incidência de um adicional do imposto, à


alíquota de 10%, sobre a parcela do lucro real,
presumido ou arbitrado que exceder a R$
20.000,00 ao mês.
Sistema Tributário Brasileiro
• Imposto de Renda:

 Os lucros ou dividendos calculados com base nos


resultados apurados a partir de 1.1.1996, se pagos
ou creditados pelas pessoas jurídicas que já foram
tributadas com base no lucro real, presumido ou
arbitrado, não pagam IR na fonte nem integram a
base de cálculo do IR do beneficiário, pessoa física
ou jurídica, domiciliado no Brasil ou no exterior.
Sistema Tributário Brasileiro

Receita de
atividades

Paga IR sobre
seus
Lucros

Paga
Lucros
aos Sócios
Sistema Tributário Brasileiro

• O IOF tem como fato gerador a realização de


operações de crédito, câmbio e seguros, ou relativas
a títulos e valores mobiliários, cuja alíquota varia em
função das operações realizadas.

•A alíquota do IOF varia de acordo com o tipo de


operação, sendo reduzida ou aumentada com alguma
frequência.
O Imposto sobre Operações Financeiras:
 operações de crédito contratadas por instituições
financeiras;

 operações de câmbio contratadas por instituições


autorizadas a operar em câmbio;

 operações de seguros contratadas por sociedades


seguradoras;

 operações relativas a valores mobiliários, quando


contratadas por instituições autorizadas a operar no
mercado de títulos e valores mobiliários; e

 operações relativas a mútuos realizados entre


empresas e entre empresas e pessoas físicas.
Sistema Tributário Brasileiro

O ICMS:

Onera a fase de industrialização e


comercialização, inclusive importação e sobre a
prestação de serviços de transporte
interestadual e intermunicipal e de
comunicação.
Sistema Tributário Brasileiro

 ICMS - não-cumulativo, o valor do imposto é


compensado com os créditos relativos ao
imposto cobrado na compra de matérias-
primas, produtos intermediários e materiais de
embalagem.
Sistema Tributário Brasileiro

 ICMS - Alíquotas internas entre 7% e 33%, alíquota


genérica de 18% (RJ, SP, MG e RS) ou 17% (demais
Estados e DF).

Operações interestaduais: alíquotas de 7% ou 12%,


dependendo da destinação.

O imposto não incide nas operações de exportação


Sistema Tributário Brasileiro

• O ISS:

É cobrado sobre a prestação de determinados


serviços definidos em lei complementar federal.

Alíquotas de 0,25% a 10%

A alíquota mais comum é de 5%.


Sistema Tributário Brasileiro

• Contribuições sociais para financiamento da


seguridade social:

 A base de cálculo do PIS/PASEP e COFINS é o


faturamento da empresa, definido como a receita
bruta, entendida como a totalidade das receitas
auferidas pela pessoa jurídica, independentemente da
atividade por ela exercida e da classificação contábil.
Sistema Tributário Brasileiro
Contribuição para o Programa de Integração Social (PIS):
incide sobre a receita operacional bruta das pessoas
jurídicas, apurada mensalmente, à alíquota de 0,65%;

Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social


(COFINS): incide, mensalmente, sobre a receita bruta, à
alíquota de 3%.

Os valores pagos a título de PIS/PASEP e de COFINS são


considerados como despesas dedutíveis da base de cálculo
do IRPJ e da CSL.
Sistema Tributário Brasileiro
• Contribuição para a Seguridade Social sobre a folha de
pagamentos e salários (CINSS):

 As pessoas físicas assalariadas pagam essa


contribuição, por alíquotas que variam entre 8% e 10%; os
autônomos sujeitam-se à alíquota de 20%; em ambos os
casos, a base de cálculo da contribuição é limitada a 10
salários mínimos.

 As pessoas jurídicas pagam a CINSS, à alíquota de 20%,


sobre os pagamentos efetuados a pessoas físicas, a título
de remuneração por serviços prestados, sem limite.
Sistema Tributário Brasileiro
• Contribuições sociais para a seguridade social:

 Lei Complementar 110/2001

 A contribuição social que tem por fato gerador a


despedida de empregado sem justa causa, sendo
de 10% dos depósitos do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço - FGTS, acrescidos de outras
verbas.
Sistema Tributário Brasileiro
Contribuição Social sobre o Lucro das Pessoas
Jurídicas (CSL):

É devida sobre o resultado, antes da provisão para


o IR, apurado ao final de cada período de apuração
de acordo com a legislação comercial e ajustado por
adições e exclusões previstas em lei.

A Alíquota é de 8% mas, até 31.12.2002, havia um


adicional de 1%, totalizando 9%.
Sistema Tributário Brasileiro
•Na CSL:

A base de cálculo dessa contribuição é o lucro


líquido ajustado pelas adições, exclusões e
compensações previstas na legislação
tributária.

A CSL não é dedutível para efeitos de


determinação de lucro real (base de cálculo do
imposto de renda das pessoas jurídicas).
Sistema Tributário Brasileiro
• Na CSL:

A base de cálculo apurada poderá ser reduzida


por compensação da base de cálculo negativa
apurada em períodos anteriores até o limite de
30%. Não há limite temporal para o
aproveitamento da base negativa de CSL.
Sistema Tributário Brasileiro

CURIOSIDADE: A Contribuição Provisória sobre a


Movimentação Financeira (CPMF) foi instituída com
base na Emenda Constitucional nº 3/93. Sua
cobrança iniciou-se em janeiro de 1997 e foi
prolongada até junho de 2002 pela Emenda
Constitucional n° 21/99. A alíquota era de 0,3%.
Sistema Tributário Brasileiro

A Lei nº 10.336, de 19 de dezembro de 2001 trata da CIDE


Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
incidente sobre a importação e a comercialização de
petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados,
e álcool etílico combustível.
Sistema Tributário Brasileiro
• Na CIDE:

Fatos geradores as operações, realizadas pelos contribuintes


referidos no art. 2º, de importação e de comercialização no
mercado interno de:
I – gasolinas e suas correntes;
II - diesel e suas correntes;
III – querosene de aviação e outros querosenes;
IV - óleos combustíveis (fuel-oil);
V - gás liqüefeito de petróleo, inclusive o derivado de gás
natural e de nafta; e
VI - álcool etílico combustível.

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