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1 Introdução
disponha sobre o tema (art. 124, II, do CTN (LGL\1966\26), conjugado com o art. 146,
III, da CF/1988 (LGL\1988\3)). É o que examinaremos neste texto.
2 Estrutura normativa e a imprescindibilidade de identificação dos elementos
constituidores do vínculo obrigacional: a regra-matriz de incidência tributária e a norma
de responsabilidade tributária
A exigência de que as obrigações sejam veiculadas por lei está posta, de forma explícita,
na CF/1988 (LGL\1988\3), cujo art. 5.º, II, prescreve que “ninguém será obrigado a
fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Houve por bem o
constituinte, ainda, repetir tal preceito para fins especificamente tributários,
prescrevendo no art. 150, I, do Texto Supremo que “sem prejuízo de outras garantias
asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios: I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”.
Nota-se que o constituinte optou por ser enfático e repetitivo, pretendendo, com isso,
evitar possíveis tentativas de burlar o princípio da legalidade, sob a infundada alegação
de não ter sido ele especificamente previsto para a esfera tributária.
Não restam dúvidas, assim, de que apenas o órgão legislativo, por meio de lei ordinária
(ou de lei complementar, quando expressamente exigida pela Constituição), tem
competência para instituir ou aumentar tributos.
Ressalte-se, ainda, que, para a instituição de qualquer tributo, é preciso que a lei
(ordinária ou complementar, conforme o caso) traga em seu bojo todos os critérios
identificadores do fato jurídico tributário e da relação jurídica tributária, não podendo
qualquer dos aspectos da regra-matriz de incidência ser introduzido por veículo diverso.
É o que se costuma denominar princípio da tipicidade tributária.
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Como bem ensina Paulo de Barros Carvalho, o princípio da tipicidade tributária se define
em duas dimensões, quais sejam, o plano legislativo e o da facticidade. No primeiro está
a necessidade de que a norma geral e abstrata traga todos os elementos descritores do
fato jurídico tributário e os dados prescritores da relação obrigacional, ao passo que no
segundo tem-se a exigência da estrita subsunção do fato à previsão genérica da norma
geral e abstrata, vinculando-se à correspondente obrigação.
O princípio da tipicidade tributária exige a perfeita adequação do fato à norma para que
surja a obrigação tributária. Por isso mesmo, o surgimento do vínculo obrigacional está
condicionado ao fenômeno da subsunção, que é a plena correspondência entre o fato
jurídico tributário e a previsão normativa veiculada na hipótese de incidência, fazendo
surgir a obrigação correspondente, nos exatos termos previstos em lei.
Neste ponto, cumpre lembrar que a estrutura lógica da norma jurídica compõe-se de
uma proposição condicional, que determina a relação de implicação entre hipótese e
consequência: a hipótese descreve os critérios identificadores de um fato e funciona
como implicante da consequência; esta última, por seu turno, prescreve o regramento
de uma conduta intersubjetiva. Em suma: (i) “hipótese” é a parte da norma que tem a
função de descrever uma situação objetiva de possível ocorrência, descrição esta feita
mediante a indicação de notas (conotação) que, coincidentes com os caracteres
apresentados em determinados fatos, permite seu ingresso no universo jurídico; (ii)
consequência é o componente da norma que tem por função prescrever condutas
intersubjetivas, apresentando-se como uma proposição relacional que enlaça dois ou
mais sujeitos de direito em torno de uma conduta regulada como proibida, permitida ou
obrigatória.
Considerado o conjunto das normas jurídicas, muito embora as estruturas lógicas sejam
homogêneas, diferenciam-se elas por seus conteúdos. Chamamos de regra-matriz de
incidência tributária a norma jurídica por meio da qual se institui o tributo,
verificando-se, na hipótese e na consequência normativa, critérios que permitem o
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Considerações sobre a responsabilidade tributária de
empresas pertencentes a grupo econômico
Essa unidade conceptual fica bem evidenciada pelas relações que se estabelecem entre
os diversos critérios da regra-matriz de incidência tributária. Assim é que, por exemplo,
o critério espacial (local em que se considera ocorrido o acontecimento tributável)
interfere na determinação do critério pessoal ativo (sujeito ativo); do mesmo modo, a
base de cálculo (elemento do critério quantitativo) há de ser mensuradora do fato
jurídico tributário, delimitando o signo presuntivo de riqueza eleito no critério material;
e, o que mais de perto nos interessa para os fins deste estudo, o sujeito indicado no
critério pessoal passivo há de ser aquele que pratica o fato posto na hipótese tributária,
desempenhando, em determinadas condições de tempo e de espaço, o comportamento
expresso no critério material, consistentes em “determinados negócios jurídicos,
estados, situações, serviços e obras públicas, dispostos na constituição, que
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representem fenômeno revelador de riqueza”.
Essas noções sobre a estrutura da norma que institui o tributo evidenciam que o sujeito
passivo da obrigação de pagar tributo, com a acepção referida pelo art. 3.º do CTN
(LGL\1966\26), é o contribuinte. Trata-se da pessoa física ou jurídica de quem se exige
o cumprimento da prestação pecuniária tributária. Considerando a estrutura da
regra-matriz de incidência, é aquele que tem relação jurídica com o fato, tendo-o
praticado. Isso porque: (i) conquanto o critério pessoal figure no consequente
normativo, está ele umbilicalmente ligado ao critério material; (ii) muito embora a
Constituição não costume indicar diretamente quem são os sujeitos passivos, ao
relacionar a ação ou estado a ser tributado essa delimitação traz implicações para o
legislador infraconstitucional, que deve escolher pessoa ligada a essa ação ou estado; e
(iii) se o legislador escolher pessoa diversa daquela relacionada no critério material,
estará tributando sujeito que não apresenta o “signo presuntivo de riqueza”.
Por esses motivos, tem-se que sujeito passivo da obrigação de pagar tributo, nos
estritos termos da regra-matriz de incidência tributária, é apenas o contribuinte.
Preenchido o requisito normativo para que alguém figure no polo passivo da demanda
tributária, o modo pelo qual o adimplemento obrigacional pode ser exigido também
apresenta variações. Pode a obrigação ser (i) exclusiva; (ii) subsidiária; ou (iii) solidária.
A exclusividade ocorre quando se tem apenas um sujeito passivo; a subsidiariedade
consiste em forma de responsabilidade suplementar, a ser exercida se e quando
comprovada a impossibilidade de cobrança do devedor principal (originário); a
solidariedade indica a situação em que mais de um sujeito é suscetível de ser chamado
para responder pelo débito, em sua íntegra e sem benefício de ordem. É dessa terceira
modalidade que nos ocuparemos.
3 Veículo normativo apto para dispor sobre responsabilidade tributária
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Com efeito, a lei complementar é veículo normativo com função de disciplinar matérias
específicas que a Constituição lhe atribui, mediante aprovação cujo procedimento exige
quorum qualificado (art. 69 da CF/1988 (LGL\1988\3)). Quando editada para fins do
disposto no art. 146 da Constituição, age como um mecanismo de ajuste que assegura o
funcionamento do sistema jurídico, orientando a produção legislativa ordinária para que
esta se realize em sintonia com os mandamentos constitucionais. Assevera Manoel
Gonçalves Ferreira Filho que o constituinte elegeu a lei complementar como veículo
adequado à regulação de assuntos específicos “por considerar a especial importância
dessas matérias, frisando a necessidade de receberem um tratamento especial. Só
nessas matérias, só em decorrência dessas indicações expressas, é que cabe a lei
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complementar”.
Na esfera tributária, duas são as hipóteses de sua utilização: (a) para introduzir as
chamadas “normas gerais de direito tributário” (art. 146, da CF/1988 (LGL\1988\3)); e
(b) como veículo deliberadamente escolhido pelo legislador constituinte, tendo em vista
a disciplina jurídica de certos temas. Na primeira hipótese, a lei complementar visa à
uniformidade e à harmonia do sistema jurídico, o que faz mediante (i) disposições
relativas a conflitos de competência entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios;
(ii) regulação das limitações constitucionais ao poder de tributar e (iii) determinação de
elementos jurídicos intrinsecamente relacionados ao fenômeno da percussão tributária,
tais como sujeição passiva, decadência, prescrição, lançamento etc. Enfim, tudo o que
deva ser praticado de forma igualitária pelos entes tributantes, em toda a extensão do
território nacional.
A responsabilidade tributária, portanto, deve ter sua disciplina jurídica feita por lei
complementar.
Sobre o assunto, em 25.10.1966, foi editada a Lei 5.172, conhecida pelo nome de
Código Tributário Nacional. Trata-se de lei ordinária, veículo normativo que, à época, era
apto para dispor sobre o sistema tributário nacional. Embora a Lei 5.172/1966 tenha
sido votada como simples lei ordinária, revestiu, desde logo, o caráter nacional, por
introduzir disposições de caráter geral, aplicáveis às relações tributárias envolvendo
quaisquer das pessoas de direito constitucional interno.
Com o advento da Carta de 1988, as normas veiculadas por esse Diploma, que não
apresentassem incompatibilidade com a nova ordem constitucional, foram recepcionadas
(art. 34, § 5.º, do ADCT (LGL\1988\31)). E, considerando que a atual Constituição exige
lei complementar para introduzir normas gerais de direito tributário (art. 146, I ao III), a
Lei 5.172/1966, não obstante seja lei ordinária, possui força de lei complementar, de
modo que só outra lei complementar pode alterar suas disposições. Desse modo, é no
CTN (LGL\1966\26) que encontramos os preceitos reguladores das hipóteses de
responsabilidade tributária.
O fato de o art. 124, II, desse Diploma Normativo prescrever que são solidariamente
responsáveis as pessoas designadas em lei não autoriza que a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios veiculem, nas respectivas leis, novas hipóteses de
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Nos termos do art. 124, a solidariedade passiva tributária pode dar-se quando dois ou
mais sujeitos praticam o fato jurídico tributário ou quando a lei o determine. Por certo,
esse dispositivo deve ser interpretado no contexto da Constituição que, como
demonstrado, exige lei complementar para dispor sobre o tema.
4 Definição do conceito de solidariedade passiva tributária
Para bem compreender a operatividade desse mecanismo, cumpre tecer algumas notas
sobre as possibilidades relacionais no âmbito jurídico.
Como é cediço, o direito pressupõe dois sujeitos distintos nos polos adversos, como
imperativo de sua fundamental bilateralidade, representada pela fórmula lógica S’RS”.
Trata-se, com efeito, de referência simplificadora, para retratar requisito mínimo
inerente à estrutura da relação jurídica, em que se tem dois sujeitos de direito ligados
por liames de vetor oposto (direito e dever). Além dessa espécie de relação, de caráter
unívoco (envolvendo um único elemento subjetivo em cada polo), o número de
coobrigados e de cocredores pode variar, admitindo-se relações jurídicas uniplurívocas,
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pluriunívocas e pluriplurívocas. Expliquemos: havendo mais de um credor (S’) para
vários devedores (S”), tem-se relação pluriunívoca; fala-se em liame pluriplurívoco
quando presentes diversos credores simultâneos, de um mesmo objeto, perante mais de
um devedor.
Dentre tais modalidades, a que nos interessa, nesta ocasião, é a relação do tipo
uniplurívoca, em que há um só nome no polo ativo e vários no passivo. Nesse caso,
respondendo os devedores integralmente pelo débito, estabelece-se solidariedade entre
eles. E, tratando-se de débito tributário, fala-se em solidariedade passiva tributária.
No âmbito civil, havendo a divisibilidade do objeto, a regra geral atribui a cada devedor
o dever de arcar apenas com a parcela que lhe corresponde. A solidariedade possui
caráter excepcional, decorrendo da deliberação das partes nesse sentido ou de
determinação legal (art. 265 do CC).
Na esfera tributária, o assunto é disciplinado pelo art. 124 do CTN (LGL\1966\26), nos
seguintes termos:
I – as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da
obrigação principal;
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem”.
Sobre a obrigação solidária, anota Pontes de Miranda que “o credor pode exigir toda a
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prestação, simultânea ou sucessivamente, a todos os devedores solidários”. Isso
significa que o credor está habilitado a demandar o adimplemento obrigacional de
qualquer dos devedores, não cabendo a estes questionar as razões pelas quais a
cobrança tenha sido feita em relação a um e não a outro. O pleito fazendário pode
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Quanto ao surgimento do dever solidário, pode decorrer de dois fatores, indicados nos
incisos do art. 124: (i) o interesse comum na situação que constitua o “fato gerador da
obrigação principal”; ou (ii) a expressa determinação em lei. Por certo, em ambos os
casos o fundamento para a exigência há de ser sempre legal, em vista da estrita
legalidade e da tipicidade tributária. Compreendemos que o inc. II alude a pessoas que
não apresentam interesse comum na situação, mas que, mesmo assim, são colocadas
como devedoras. Vejamos, pois, que se entende por interesse comum.
5 O “interesse comum” desencadeador da solidariedade passiva tributária
Cumpre distinguir, inicialmente, duas espécies de sujeição passiva solidária: (i) a que se
estabelece entre contribuintes, também chamada de solidariedade passiva paritária; e
(ii) a que se estabelece entre contribuinte e responsáveis, denominada solidariedade
passiva dependente.
O inc. II do art. 124, por seu turno, implica a chamada solidariedade passiva dependente
, cujo surgimento não se opera, pura e simplesmente, com a aplicação da regra-matriz
de incidência tributária. A atribuição da responsabilidade em caráter solidário é veiculada
por norma jurídica distinta, com hipótese e consequência próprios. Assim, para o
surgimento do liame obrigacional de responsabilidade são necessários pelo menos dois
requisitos: (i) o surgimento da obrigação tributária relativamente ao contribuinte, em
virtude do signo presuntivo de riqueza por ele praticado, e, para além disso, (ii) a
circunstância fática delimitada na hipótese da norma de responsabilidade, com a
específica aplicação desta.
Sobre o assunto, convém trazer à baila o entendimento exarado pela Procuradoria Geral
da Fazenda Nacional. Esta, ao emitir o Parecer PGFN/CRJ/CAT 55/2009 reconhece que
na solidariedade dependente há pluralidade de liames obrigacionais. Assim é que, ao
aludir à responsabilidade tributária imposta ao administrador, nos termos do art. 135 do
CTN (LGL\1966\26), evidencia que a obrigação tributária do contribuinte decorre da
prática de fato lícito, indicado na hipótese da norma que institui o tributo. De modo
diverso, a responsabilidade do administrador resulta de ato ilícito. Por isso, conclui que
as naturezas das obrigações são distintas, encontrando-se elas conectadas entre si por
um nexo de adimplemento, visto que o cumprimento de qualquer desses liames extingue
o outro. Confira-se:
sim, duas ou mais obrigações, ligadas pelo vínculo da solidariedade. É o que a doutrina
antiga chamava de solidariedade imprópria. (...)
O inc. I, por seu turno, ao estipular o “interesse comum” como requisito suficiente para
instalar-se o vínculo de solidariedade passiva, parece dispensar qualquer suporte
legislativo. Conclusão dessa natureza não encontra respaldo no ordenamento brasileiro,
pois, como demonstrado, nenhum débito tributário pode surgir sem prévia disposição
legal. Para que se tenha a possibilidade de atribuição de solidariedade passiva tributária.
o sujeito imputado deve, imprescindivelmente, ter desempenhado o fato previsto em lei,
qual seja, o fato jurídico tributário (cujos critérios se encontram na hipótese da
regra-matriz de incidência tributária).
Isso significa que os sujeitos, para ser considerados com “interesse comum” no fato
gerador da obrigação tributária, encontrem-se no mesmo polo da relação de direito
privado configuradora do critério material da exação. Assim se caracteriza a
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solidariedade passiva paritária, bem definida por Zelmo Denari como aquela verificada
quando “dois ou mais sujeitos realizam ou participam da situação base, de sorte que há
equivalência dos interesses convergentes no momento da constituição da obrigação”.
Convém esclarecer, desde logo, a inexistência de previsão legal, nos termos do que
exige o inc. II do art. 124 do CTN (LGL\1966\26), que estabeleça responsabilidade
solidária a empresas integrantes de um grupo econômico. Referido veículo normativo,
considerado o disposto no art. 146, III, da Constituição, há de lei complementar, como
acima demonstrado. Por esse motivo, nem mesmo o art. 30, IX, da Lei 8.212/1991 está
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habilitada a disciplinar o assunto.
Feito esse registro, voltemos atenção para o art. 124, I, do CTN (LGL\1966\26),
examinando que haveria “interesse comum” entre as empresas de um mesmo grupo
econômico, justificando a responsabilidade solidária entre elas. A resposta a tal
indagação é negativa.
1. "Na responsabilidade solidária de que cuida o art. 124, I, do CTN (LGL\1966\26), não
basta o fato de as empresas pertencerem ao mesmo grupo econômico, o que por si só,
não tem o condão de provocar a solidariedade no pagamento de tributo devido por uma
das empresas" (HARADA, Kiyoshi. Responsabilidade tributária solidária por interesse
comum na situação que constitua o fato gerador).
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empresas pertencentes a grupo econômico
termos do que estipula o art. 146, III, da Constituição. Atualmente, essa função é
exercida pelo Código Tributário Nacional, ali se encontrando as prescrições concernentes
ao tema.
Inexiste regra específica para grupo econômico, sendo inaplicável, para o caso, a
disposição do art. 124, I, do CTN (LGL\1966\26). Para que se configure o requisito nele
estipulado, isto é, para que se tenha o “interesse comum na situação que constitua o
fato gerador da obrigação principal”, há de estar presente a similitude de
posicionamento na situação ou negócio jurídico que dá ensejo ao débito do tributo. O
interesse econômico ou interesse de qualquer outra natureza, que não juridicizado, é
imprestável para desencadear efeitos jurídico-tributários.
8 Bibliografia
________. Curso de direito tributário. 27. ed., São Paulo: Saraiva, 2016.
________. Direito tributário, linguagem e método. 6. ed. São Paulo: Noeses, 2015.
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 23. ed. vol. 2. São Paulo: Saraiva,
2008.
FERRAGUT, Maria Rita. Responsabilidade tributária e o Código Civil de 2002. São Paulo:
Noeses, 2005.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Do processo legislativo. São Paulo: Saraiva, 1968.
SOARES DE MELO, José Eduardo. Curso de direito tributário. São Paulo: Dialética, 1997.
TOMÉ, Fabiana Del Padre. A prova no direito tributário. 3. ed. São Paulo: Noeses, 2011.
5 Art. 264, CC: “Há solidariedade quando na mesma obrigação concorre mais de um
credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda”.
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empresas pertencentes a grupo econômico
13 STJ, REsp 884.845/SC, 1.ª T., rel. Min. Luiz Fux, DJ 05.02.09. No mesmo sentido:
REsp 834044/RS, 1.ª T., rel. Min. Denise Arruda, DJe 15.12.2008.
10. Aos recursos sobrestados, que aguardavam a análise da matéria por este STF,
aplica-se o art. 43-B, § 3º, do CPC (LGL\2015\1656).” (STF, RE 562.276, rel. Min. Ellen
Gracie, Tribunal Pleno, 03.11.2010 – destaquei).
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17 STJ, REsp 834044/RS, 1.ª T., rel. Min. Denise Arruda, DJe 15.12.2008 (destaquei).
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