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Gramática

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Gramática
Classificação
Comunicação
Fonética
Fonologia
Morfologia
Sintaxe
Semântica
Etimologia
Estilística
Literatura

Tipos
Descritiva
Gerativa
Formal
Funcional
Normativa
Transformacional
Universal
Implícita
Contrastiva
Reflexiva
Histórica

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Gramática
Linguística
Lexicologia
Retórica
Língua

Gramática (do grego: γραμματική, transl.


grammatiké, feminino substantivado de
grammatikós) designa um conjunto de
regras que regem o uso de uma língua,
especialmente o modo como as
unidades desta se combinam entre si
para formar unidades maiores. Também
designa um ramo da linguística que
estuda os elementos que compõem a
gramática das línguas. Além disso, ainda
nomeia as obras produzidas a partir
destes estudos, classificadas em
diversos tipos, a depender do elemento
da língua que tomam como escopo:
gramáticas históricas, comparativas,
descritivas, e prescritivas, estas últimas
também chamadas gramáticas
normativas.

Toda língua e suas variantes — desde a


variante padrão ou norma culta às
variantes não-padrão — têm sua própria
gramática, que é conhecida e usada por
todos os falantes daquela determinada
variante, pois é adquirida no processo de
aquisição de linguagem. Esse
conhecimento, contudo, na maioria das
vezes se restringe ao âmbito
epilinguístico, não alcançando o plano
metalinguístico.

O conceito de gramática, quando se


refere às gramáticas normativas, designa
obras de caráter prescritivo que têm
como objetivo ditar as regras segundo as
quais a língua deveria ser usada. As
fontes de elaboração dessas regras
podem ser diversas, a depender do autor
e da época de produção de cada
gramática, podendo variar da referência
à norma culta, isto é, à variante
prestigiada dentro de determinada
comunidade linguística, às obras de
escritores canônicos.
Na Idade Média, a gramática era uma
disciplina de estudo que compunha o
Trivium que, junto com o Quadrivium,
compunham a metodologia de ensino
das sete Artes liberais.[1]

Teoria geral da gramática


Segundo Eckersley e Macaulay,
"gramática é a arte de colocar as
palavras certas nos lugares certos".[2]
Gramática, portanto, numa abordagem
generalista, não se vincula a esta ou
àquela língua em especial, mas a todas.
Ela contém o germe estrutural de todas,
realizando a conexão essencial
subjacente à relação de cada uma com
as demais.

Os diversos enfoques da gramática


(normativa, histórica, comparativa,
funcional e descritiva) estudam a
morfologia e a sintaxe, as quais tratam,
somente, dos aspectos estruturais,
constituindo, uma parte da linguística
que se distingue da fonologia e da
semântica (que seriam estudos
independentes), conquanto estas duas
possam compreender-se, também,
dentro do escopo amplo da gramática.

Dentre os diversos tipos de gramáticas, a


chamada gramática normativa é a mais
conhecida pela população e é estudada
durante o período escolar. É elaborada,
em geral, pelas Academias de Letras de
cada país, nem sempre em
conformidade com o uso corrente da
população, mesmo em amostragens da
porção tida por "mais culta".

Cabe notar, ainda, que nem toda


gramática trata da língua escrita. Como
exemplo, cite-se o caso da Gramática do
Português Falado , em realidade cultural-
linguística brasileira, coleção publicada
pela editora da Universidade de
Campinas.

Acepções
O termo "gramática" é usado em
acepções distintas: pode referir-se ao
manual onde as regras de regulação e
uso da língua estão explicitadas, ou ao
saber que os falantes têm interiorizado
acerca da sua língua materna. Estas
duas acepções distintas remetem aos
conceitos de Gramática Prescritiva ou
Normativa, que impõem determinados
comportamentos linguísticos como
corretos, marginalizando outros que não
se enquadram nos padrões indicados
por essas.

O termo também nomeia teorias sobre


aquisição, geração e funcionamento da
língua. A exemplo, tem-se a Gramática
Gerativa de Noam Chomsky, que
descreve um conjunto finito de regras
que gerariam todas as frases de uma
língua. Outro exemplo é a Gramática
Funcional, segundo a qual as regras
gramaticais estão vinculadas as
necessidades comunicativas dos
falantes.

Atualmente, a linguística procura


descrever o conhecimento linguístico
dos falantes, produzindo as Gramáticas
Descritivas. Estas, ao invés de imporem
paradigmas, descrevem e incorporam
fenômenos que, numa abordagem
puramente prescritiva, não seriam
levados em conta.
A noção do correto e a
mutabilidade linguística

Conquanto "correto" faça remissão


semântica a imutabilidade ("não-desvio")
ou a um pré-determinado ou
estabelecido padrão, neste caso
linguístico, convém observar três
princípios básicos que se fazem
presentes na dinâmica cultural humana:

1. Correto é humanamente relativo, e


depende de variadíssimos fatores:
culturais, de época, étnicos,
desenvolvimentistas, evolutivos,
políticos, econômicos, sociais,
religiosos etc.;
2. A dinâmica cultural-linguística
humana articula ou conjuga os
anseios — aparentemente opostos,
em verdade dialeticamente
complementares — de "imposição
de mudança" e de "necessidade de
permanência";
3. Há de haver certa permanência num
certo espaço-tempo (na acepção
cultural) e isso impõe a
necessidade de regras que definam
limites permissíveis, para que,
durante e naquele espaço-tempo, os
atores sociais possam comunicar-
se com sucesso.
Isso posto, sem demérito para [ou
exclusão de] as variadíssimas
expressões e modalidades de
"gramática", as também variadíssimas
linguagens, as incontáveis tribos
culturais, fica logo claro que "é preciso
alguma ordem na casa, para que as
coisas funcionem a contento". Isso inclui
a "Casa Linguística". Pois o ser humano
— essencial e semioticamente simbólico
que é — necessita de um mínimo de
estrutura de ordem para humanamente
ser a sua existência. O que importa em
regras daqui e dali, inescapavelmente.

Assim, na concepção de gramática como


conhecimento inconsciente de um
determinado falante sobre a sua língua
(independente do grau de escolaridade e
acesso à Gramática Tradicional), não há
lugar para os conceitos de "certo" e
"errado", baseados exclusivamente em
uma norma que, particularmente no caso
do português do Brasil, até podemos
questionar que seja ainda utilizada por
algum falante; há tão somente os
conceitos de sentenças que pertencem a
uma dada língua (gramaticalidade) ou
não (agramaticalidade). Quem sabe
decidir se uma sentença pertence ou não
a uma dada língua é o falante nativo
daquela língua, escolarizado ou não.
Portanto, os conceitos de
gramaticalidade/agramaticalidade não
recobrem de forma alguma os conceitos
de certo/errado da Gramática
Tradicional.[3]

História da gramática
As primeiras gramáticas sistemáticas se
originaram na Idade do Ferro na Índia,
com Yaska (VI a.C.), Pāṇini (IV a.C.) e
seus comentadores Pingala (200 a.C.),
Katyayana, e Patandjáli (II a.C). No
Ocidente, a gramática surgiu como uma
disciplina do helenismo a partir de III.
a.C. com autores como Rhyanus e
Aristarco de Samotrácia. A mais antiga
obra existente, Arte da Gramática ( Τέχνη
Γραμματική), é atribuída ao gramático
grego Dionísio, o Trácio (100 a.C.), e
serviu de base para as gramáticas grega,
latina e de outras línguas europeias até o
Renascimento.

Com o advento do Império Romano, os


romanos receberam essa tradição dos
gregos e traduziram do latim os nomes
das partes da oração e dos acidentes
gramaticais. Muitas destas
denominações chegaram aos nossos
dias. A gramática latina foi desenvolvida
seguindo modelos gregos do século I
a.C., devido ao trabalho de autores como
Lúcio Orbílio Pupilo, Remmius Palaemon,
Marcus Valerius Probus, Marcus Verrius
Flaccus e Aemilius Asper.
Contudo, aceita-se que o estudo formal
da gramática tenha iniciado com os
gregos, a partir de uma perspectiva
filosófica.

No século XVIII, iniciaram-se as


comparações entre as várias línguas
europeias e asiáticas, trabalho que
culminou com a afirmação do filósofo
Leibniz de que a "maioria das línguas
"provinha de uma única língua, a indo-
europeia". No século XIX, surgiu a
gramática comparativa, como enfoque
dominante da Linguística.

Em 1911, com o objetivo de descrever


gramaticalmente a língua dentro de seu
próprio modelo, surgiu o Handbook of
American Indian languages, do
antropólogo Franz Boas, e os trabalhos
do estruturalista dinamarquês Otto
Jespersen, que publicou, em 1924, A
Filosofia da Gramática. Boas desafiou a
metodologia tradicional da gramática ao
estudar línguas não indo-europeias que
careciam de testemunhos escritos. A
análise descritiva, representada por
estes dois autores, desenvolveu um
método preciso e científico, além de
descrever as unidades formais mínimas
de qualquer língua.

Também nos séculos XIX e XX,


estabeleceram-se as bases científicas da
Semiótica como "sistema de signos", a
conectar várias ou todas as áreas do
conhecimento.

Para o linguista suíço Ferdinand de


Saussure, "a língua é o sistema que
sustenta qualquer idioma concreto", isto
é, o que falam e entendem os membros
de qualquer comunidade linguística, pois
"participam da gramática". Em meados
do século XX, Noam Chomsky concebeu
a teoria da "gramática universal",
baseada em princípios comuns a todas
as línguas.

Primeiras gramáticas
Escrita por Fernão de Oliveira, presbítero
secular e professor de retórica em
Coimbra, a primeira gramática
portuguesa escrita de que se há notícia
chama-se Grammatica da lingoagem
Portuguesa data do século XVI e foi
publicada em Lisboa, em 1536, por
ordem de D. Fernando de Almada.
Decorridos quatro anos, surge a
seguinte, autorada por João de Barros e
editada igualmente em Lisboa em
1540.[4]

Outras gramáticas
Na informática, a sintaxe de cada
linguagem de programação é definida
com uma gramática formal, ou
linguagem natural. Na informática e na
matemática, gramáticas formais definem
linguagens formais. A hierarquia de
Chomsky define vários importantes tipos
de gramáticas formais.

Classificação
Costuma-se classificar a Gramática em
partes "autônomas, porém harmônicas
entre si", a fim de facilitar o seu estudo. A
classificação convencional padrão divide
a Gramática em 10 áreas, embora não
pretenda ser uma classificação definitiva,
exaustiva ou única.
Comunicação (chamada de
Pragmática na Linguística);
Fonética;
Fonologia;
Morfologia;
Sintaxe;
Semântica;
Etimologia;
Estilística;
Literatura;
Apêndice.[nota 1]

Tipos de gramática
Tipo de
Descrição Ref.
gramática

Voltada ao processo linguístico e não ao produto do ato linguístico (fala).


Gramática Essa parte das evidências linguísticas para dizer como é a gramática [5]
reflexiva implícita ou a gramática internalizada do falante, isto é, o conhecimento
que o falante tem do sistema da língua.

Gramática
[5]
explícita Buscam explicitar a estrutura, constituição e funcionamento da língua.
ou teórica

Gramática Busca apontar diferenças e semelhanças entre estruturas linguísticas de [5]


contrastiva gramáticas de línguas diferentes.

Gramática [5]
Busca elaborar os princípios aos quais todas as línguas obedecem.
geral

Gramática Classifica os fatos linguísticos que se observam e realizam [5]


universal universalmente.

Gramática Estuda a origem e evolução de um idioma, desde o seu aparecimento até [5]
histórica os dias atuais. São os estudos diacrônicos de uma língua.

Gramática Faz a análise comparativa da evolução nas mais diversas línguas, [5]
comparada buscando pontos em comum entre elas.

Notas
1. Contém os tópicos de "Questões
Notacionais da Língua", e um pouco
de lexicologia, que apesar de ser um
ramo exclusivo da linguística, pode
ser estudado dentro do contexto
gramatical, já que o léxico é
estudado indiretamente, quer ou não
queira, em todas as áreas da
gramática convencional.

Referências
1. Janotti, Aldo ISBN 9788531
(1992). 400858
Origens da 2. Eckersley, C.
universidade: E.; Macaulay,
a Margaret
singularidade (1955).
do caso Brighter
português. Grammar.
[S.l.]: EdUSP. Londres:
p. 199. Longsman,
Green & Co. Biográfico,
Ltd Bibliográfico,
3. Mioto, Carlos Numismático
(2007). Novo e Artístico» .
Manual de João Romano
Sintaxe. Torres - Editor,
Florianópolis: em 1904-1915
Editora (Edição em
Insular. papel), Manuel
pp. 19–20 Amaral
(Edição
4. «Gramática,
electrónica),
Portugal -
em 2000-
Dicionário
2010. 2010.
Histórico,
p. 831
Corográfico,
Heráldico, 5. Santos,
Veraluce L.
dos (2009). Brasil S.A.
Ensino de p. 99.
Língua 224 páginas.
Portuguesa . ISBN 8538708
[S.l.]: IESDE 163

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