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Validação de um instrumento para avaliar a utilização de práticas da TIV

Márcio Antonio dos Santos Souza (IFAM) marcio_antonioss@yahoo.com.br


Daniel Nascimento-e-Silva (IFAM) danielnss@gmail.com

A Tecnologia da Informação Verde (TIV) é definida como sendo uma prática que permite
reduzir o impacto da TI no meio ambiente. Sendo assim, faz-se necessário a utilização de
modelo conceitual que capture as percepções das práticas da TIV de forma precisa e
confiável nas organizações. Neste sentido, este estudo tem como objetivo de validar a
consistência interna e externa do instrumento de coleta de dados para avaliar a utilização de
práticas da TIV. Por meio de estudo qualitativo, os dados primários foram coletados através
do método de levantamento Survey, e com auxílio de um questionário fechado, tendo como
sujeitos da pesquisa os docentes e técnicos-administrativos de um Instituto de Educação, e foi
utilizado o teste de alfa de Cronbach. Como resultado da análise da confiabilidade pelo
método da consistência interna, que apresentou para as dimensões da pesquisa em conjunto,
uma confiabilidade de 0,9 que é classificada com excelente. A conclusão mostra que, o
instrumento de coleta de dados, o questionário, tem validação interna e externa confiável, ou
seja, está preparando para medir as práticas da TIV com precisão e aplicabilidade.

Palavras-chave: TIV; Meio Ambiente; Validação Interna e Externa.

1. Introdução
A Tecnologia da Informação pode trazer diversas vantagens no seu uso nas
organizações, mas ela pode proporcionar desvantagens em relação a sua má concepção e
utilização, isso ocorre porque os recursos provenientes da Tecnologia da Informação
contribuem para a emissão de gases de efeito estufa (GEE), neste caso, especificamente, o
CO2 (dióxido de carbono). Uma vez que esses recursos se forem descartados, diretamente, no
meio ambiente é bastante prejudicial, pois eles são formados por matérias-primas com
elementos químicos que comprometem o meio ambiente e, consequentemente, a saúde da
sociedade.
Neste contexto, a Tecnologia da Informação Verde (TIV) está se tornando cada vez
mais importante para as organizações e sociedade, isso pode ser observado pelo fato de está
ganhando mercado, com iniciativas de sucesso em relação às inovações tecnológicas e com as
preocupações voltadas para as questões ambientais. Deste modo, a adoção dessas práticas
verdes somado com atingimento dos objetivos de produção, proporciona as organizações uma
concepção de produtos e utilização de recursos de TI, de forma a reduzir os impactos
ambientais, e que a auxilie no desenvolvimento sustentável.
Para este estudo, a TIV foi definida como sendo uma prática que permite a adoção dos
4P´s, postura, práticas, política e produção, de forma eficiente e sustentável para os recursos
de TI com a finalidade de economizar energia, custos e meio ambiente. Este conjunto de
iniciativas consiste em maximar a eficiência e eficácia dos recursos da TI utilizados na
produção, e permitir reduzir custos e aumentar e aplicar aplicabilidade com minimização do
impacto ambiental. Através de uma consciencia ambiental que implemente economia de
energia, administração de insumos na produção com aspectos sustentáveis e descarte de forma
sustentável.

A partir dessas dimensões que se pretende mensurar quais são práticas da TIV de fato
estão sendo institucionalizadas, como forma de reduzir o impacto ambiental. Para isso, faz-se
necessário que o questionário seja validado, como forma de avaliar a sua consistência interna
que garanta a confiabilidade na medição, assim como a validade externa está de fato sendo
medida. Ao mesmo tempo em que o objetivo deste estudo é validar a consistência interna e
externa do instrumento de coleta de dados criado para avaliar a utilização de práticas da TIV.

2. Fundamentação teórica
2.1 Tecnologia da Informação Verde
As preocupações com as TIV têm crescido além de ser apenas uma tendência para se
tornar uma prioridade para todos os que precisam atingir reduções consideráveis de emissões
de carbono e redução de custos. As maiores discussões sobre o assunto abordam o consumo
eficiente de energia, pois através de boas práticas e soluções eficientes na concepção de
produtos e utilização de equipamentos, pode representar economia energética e uma redução
significativa na emissão de carbono que é prejudicial ao meio ambiente.
Chou e Chou (2012), Mola e Cooper (2009), Cameron (2009) e Murugesan (2008)
definem a TIV como uma prática de concepção, fabricação, utilização e descarte eficiente dos
recursos de computação, levando-se em consideração aspectos ambientais, para minimizar o
impacto ambiental. A partir desse princípio a TIV inclui preocupações sustentáveis que
compreendem desde o processo de planejamento (projeto) até o seu descarte. Isto é,
produzindo recursos provenientes da área TI com insumos que possam ser sustentáveis e que
possam implementar soluções com eficiência energética, eliminando os desperdícios. Em
função disso, se faz necessário que durante todo esse ciclo, os procedimentos sejam geridos
de forma eficiente e eficaz para garantir que as necessidades de produção sejam atendidas e,
consequentemente, sejam praticadas de forma sustentável. Portanto, esses indicadores de
produção devem garantir tecnologias que evitem um pequeno impacto ou nenhum ao meio
ambiente.
De acordo com Chowdhury (2012) e Mueen e Azizah (2012), o objetivo da TIV é
possibilitar reduzir o impacto ambiental global da TI, através da adoção de práticas ou
procedimentos desde o ambiente de produção, utilização de equipamentos e instalações para
otimizar o uso de equipamentos de TI com a finalidade de reduzir o consumo de energia em
qualquer fase. Diante disso, a TIV deve nortear na implementação na organização, o estudo e
a prática de conceitos relacionados com técnicas e práticas que contemplem virtualização de
servidores, computação em nuvem e outsourcing e gerenciamento de energia. Esses são
alguns exemplos de procedimentos que produzem resultados satisfatórios no consumo de
energia nas fases de um processo produtivo, de utilização ou na administração de
computadores, servidores, periféricos, dispositivos de armazenamento, de rede e sistemas de
comunicação.
Bose e Luo (2011) mostram que as principais motivações de se implementar
iniciativas de TI verde são a redução de custos devido a cortes de orçamento, restrições de
recursos, estar em conformidade com a legislação local. Isso a torna uma atitude maior do que
responsabilidade social para as organizações porque pode ser encarada como uma
oportunidade para o crescimento dos negócios, com benefícios econômicos e de estabilidade
operacional, como ressalta Sudworth (2010). Por outro lado, Ruth (2009) ressalta que apesar
de representar pouco o consumo de energia em relação ao consumo global de energia elétrica,
a TIV faz parte de um movimento com manifestações representativas. Em que demonstram
como a utilização de TI e a suas consequências no meio ambiente devem ser discutidas em
todos os seguimentos em se tratando de práticas sustentáveis.
É por isso que autores como Murugesan (2010) afirmam que a área de TI deve apoiar
iniciativas ambientais e ajudar a conceber uma prática de consciência verde. E Inclui as
dimensões da sustentabilidade ambiental, eficiência energética, e o custo total de propriedade,
que compreende ao custo de descarte e reciclagem (MURUGESAN, 2008). Essas dimensões
consideram práticas de consumir os recursos naturais sem comprometer o seu esgotamento,
desta forma, garantindo atendimento das necessidades futuras. Com o comprometimento de
projetar soluções tecnológicas que atendam aos requisitos de desempenho energético com
economia de energia. E ao seu custo total de propriedade que compreende num modelo do
ciclo de vida de um equipamento, produto ou serviço, que leva em consideração os custos
voltados para a aquisição, operação, propriedade e manutenção ao longo da sua vida útil.
Molla, Cooper e Pittayachawan (2009) ainda afirmam que TI Verde é capacidade de
uma organização de demonstrar através da combinação de atitude, política, prática, tecnologia
e governança a aplicação de critérios ambientais para sua infraestrutura de TI para resolver
problemas de sustentabilidade. Nesse contexto, é tratado como uma perspectiva holística da
aplicação da TIV na organização, pois, geralmente, a literatura apresenta em um processo
industrial de um equipamento. E esses conjuntos de políticas e práticas devem ser capazes de
garantir que as atividades de uma organização sejam produzidas com o menor impacto ao
meio ambiente (SILVA; SOUSA, 2012).
A conclusão mostra que a TIV é uma prática que permite a adoção dos 4P´s, postura,
práticas, política e produção, de forma eficiente e sustentável para os recursos de TI com a
finalidade de economizar energia, custos e meio ambiente. Este conjunto de iniciativas
consiste em maximar a eficiência e eficácia dos recursos da TI utilizados na produção, e
permitir reduzir custos e aumentar a aplicabilidade com minimização do impacto ambiental.
Por meio de uma consciência ambiental que implemente economia de energia na concepção e
utilização de tecnologias, administração de insumos na produção com aspectos sustentáveis e
o descarte de forma sustentável.

2.2 As Dimensões analíticas do fenômeno TIV – 4P’s


Uma organização que adote medidas ecologicamente corretas, práticas socialmente
justas e economicamente viáveis, passa a integrar um modelo de entidade com características
sustentáveis, baseado nesse tripé da sustentabilidade composto com esses componentes
essenciais, de acordo com Elkington (2012). Neste contexto, as organizações veem
procurando se adequar a essa nova realidade na garantia de atender os seus objetivos
institucionais e ao mesmo tempo garantir que os recursos e materiais possam ser aplicados de
forma sustentável. Portanto, a contribuição da TIV é de fundamental importância no sentido
de possibilitar uma produção, política, prática e uma postura que contribua de forma efetiva
no alcance dos objetivos de maneira mais sustentável.
Essas práticas na área de Tecnologia da Informação abrangem soluções para software,
hardware e utilização, com as finalidades de otimização nos gastos com energia e poluir
menos, no sentido de preservar o meio ambiente. Neste sentido, uma abordagem holística da
TIV se faz necessário com o objetivo de implementar essas práticas compostas de uma série
de iniciativas no sentido de pôr em prática como guia nas organizações. Para este estudo, as 4
(quatro) dimensões analíticas foram identificadas e são constituídas por uma Postura Verde,
Prática Verde, Política Verde e uma Produção Verde, como ilustra a Figura 1.
FIGURA 1 – Os 4P´s da TIV. Fonte: Autores do estudo.
Neste estudo, o sentido da palavra “práticas” se refere ao conjunto práticas, composto
por todas as dimensões analíticas identificadas na análise do fenômeno da TIV. E a esse
conjunto será apresentado, exclusivamente, com o acrônimo intitulado de 4P’s da TIV.

2.2.1 Postura Verde


A dimensão que compreende a Postura Verde (PosV) compreende a medida dos
conhecimentos sobre as tecnologias da informação verde, ou seja, o quanto a instituição
conhecer, conceber ou aplicar soluções tecnológicas sustentáveis. Através da adoção de uma
postura alicerçada na sustentabilidade ambiental, que preconiza a redução de energia e da
emissão de carbono, e no aumento da consciência ambiental, que por sua vez, devem seguir
todas as leis, normas e diretrizes ambientais vigentes e reguladoras.
Molla e Cooper (2009), Tenhunen e Penttinen (2011) definem que a Postura Verde é
uma medida que os profissionais de TI e de negócios são conscientes e interessados sobre as
questões ambientais com o uso de TI e o papel de TI na resolução de problemas ambientais.
Nesse contexto de negócios, os autores Barbour (2010), Jain, Benbunan-fich e Mohan (2011)
ressaltam que as empresas podem avaliar ou praticar as iniciativas da TIV com uma variedade
de outras razões, essas que por sua vez focalizam reduzir o impacto ambiental de processos
industriais e de tecnologia.
A Postura Verde (PosV) é uma prática que permite a uma organização compreender e
avaliar os seus conhecimentos sobre as tecnologias da informação verde, ou seja, o quanto a
instituição conhecer, conceber ou aplica soluções tecnológicas sustentáveis de forma eficiente
e eficaz para tornar o ambiente de negócio rentável, sustentável e amigável. Neste contexto,
após uma análise sobre a dimensão analítica Postura Verde, os elementos resultantes que se
destacam nessa abordagem compreendem nas categorias analíticas. Essas que por sua vez
foram identificadas como sendo:
a) Sustentabilidade: Os autores como Torressi (2010), Veiga e Zatz (2008), Cayzer (2010) e
Erek et al (2009) salientam que o termo sustentabilidade tem sido melhor definido como
sendo, "O desenvolvimento sustentável é desenvolvimento que satisfaz as necessidades do
presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias
necessidades".
b) Gestão Sustentável: Em um contexto institucional, muitos líderes empresariais e gestores
dos mais diversos tipos de organizações, estão ligando a sustentabilidade à sua estratégia
corporativa, de acordo com Watson et al (2008) e Sarkar e Young (2009). Deste modo, esses
autores destacam ainda que as organizações proativas devem ter um foco muito elevado à
estratégia ambiental.
c) Leis, Normas e Diretrizes: Com base nessas fontes motivadoras externas, várias iniciativas
governamentais e normas internacionais são desenvolvidas com o intuito de normatizar e
regulamentar a criação novos projetos, aquisições e utilização de recursos e promover a
preservação do meio ambiente. Essas especificações e padrões visam auxiliar a organização a
alcançar práticas ambientalmente sustentáveis, tais como ISO 14001, Selo Verde, RoHS, etc.
d) Redução de Carbono: Em se tratando de emissão de carbono, as estimativas sobre essas
emissões que são provocadas pelos os recursos de TI, as estatísticas revelam que essa área de
tecnologia da informação é responsável entre 2-3% de emissões globais de CO2, conforme
ressaltam esses autores em suas obras, Murugesan 2008, Przychodzki (2009), Capra e Caleffi
(2010), Cayzer (2010) e Gatner (2012).

2.2.2 Política Verde


A dimensão Política Verde (PolV) permite promover ou avaliar se as políticas estão de
fato sendo institucionalizadas com iniciativas que garantam a sustentabilidade nas atividades
da organização. As iniciativas devem contemplar diretrizes para que possa promover uma
política de sustentabilidade ambiental em toda a organização de modo a efetivar boas práticas
ambientais referentes a todas as atividades que compreendem a infraestrutura de TI da
organização. Neste sentido, autores como Molla, Cooper e Pittayachawan (2009) ressaltam
que as políticas verdes da TIV englobam as estruturas de uma organização pondo em prática,
através da aplicação de critérios ambientais em suas atividades relacionadas à área de TI.
A Política Verde é uma prática que permite aplicar critérios ambientais na estrutura
organizacional relacionadas às atividades da infraestrutura de TI e avaliar se as políticas estão
de fato sendo institucionalizadas com base nas iniciativas ambientais, para que possam
garantir uma sustentabilidade ambiental para toda a infraestrutura de TI da organização. Neste
contexto, após uma análise sobre a dimensão analítica Política Verde, os elementos resultantes
que se destacam nessa abordagem compreendem nas categorias analíticas. Essas que por sua
vez foram identificadas como sendo: Aquisição, Substituição de Ativos e Descarte.
a) Aquisição: Dick e Burns (2011) ressaltam a crescente preocupação das organizações e o
potencial da TIV vem promovendo através da adoção de políticas que visem exigir ou
incentivar que as aquisições sejam, preferencialmente, adquiridas por fornecedores que
seguem em seus negócios com práticas ambientais. Essa, de maneira geral, é a leitura que tem
sido feita quando se pretende orientar aos consumidores a comprarem produtos com
características de sustentabilidade.
b) Substituição de Ativos: As organizações precisam estabelecer uma política que visa
substituir os seus equipamentos de TI como forma, principalmente, de obter sempre
tecnologias que visem o consumo de energia e componentes ambientalmente sustentáveis.
Para que isso ocorra se faz necessário que a instituição estabeleça um ciclo de vida útil para
cada tipo de equipamento.
c) Descarte: As organizações e as pessoas precisam implementar práticas verdes que
possibilite o descarte de forma consciente e organizada desses equipamentos e componentes
em lugares apropriados, pois se despejados diretamente na natureza podem ocasionar poluição
do solo e contaminação da água. Uma vez que esses equipamentos sem uso nas instituições,
classificados como lixo eletrônico, poderiam passar por um processo que envolveria a
reutilização, recondicionamentos e reciclagem, de acordo com Murugesan (2008).
2.2.3 Prática Verde
A evolução da Tecnologia da Informação está relacionada ao atendimento do aumento
das necessidades atuais tanto em um contexto pessoal quanto das organizações. Muitos desses
recursos provenientes da área de TI estão presentes como ferramenta de suporte as atividades
empresariais, órgãos públicos e no cotidiano da sociedade. Mas, os fatores que compreendem
ao mau uso, a uma produção com insumos não renováveis e um descarte inadequado desses
equipamentos, podem contribuir para o aumento da ineficiência energética e comprometer os
aspectos ambientais. Neste contexto, a implementação de práticas verdes pelos profissionais
é fundamental considerar os seguintes aspectos, dentre eles, a sustentabilidade ambiental em
aquisições de bens e serviços, gerenciamento eficaz de energia dos equipamentos, otimizar o
uso de materiais e suprimentos de TI e também o seu descarte, implementação de projetos
tecnológicos sustentáveis.
A dimensão Prática Verde (PraV) permite avaliar se de fato as práticas, com base em
iniciativas que minimizem os impactos ambientais, estão sendo aplicadas na organização para
garantir a sustentabilidade ambiental, diante dos recursos de TI. Os autores como Mueen e
Azizah (2012), Molla, Cooper e Pittayachawan (2009), ressaltam que os profissionais de TI
devem desempenhar um papel importante em trazer TIV para as organizações, desde que os
mesmos sejam preparados, com a finalidade de desenvolver as capacidades necessárias para
conduzir e apoiar as iniciativas de sustentabilidade. Neste contexto, após uma análise sobre a
dimensão analítica Prática Verde, os elementos resultantes que se destacam nessa abordagem
compreendem nas categorias analíticas. Essas que por sua vez foram identificadas como
sendo:
a) Racionalização de Energia: O consumo de energia pode ser reduzido com pequenas
mudanças na forma como utilizamos os computadores e equipamentos. Neste sentido, a
adoção de práticas voltadas para o gerenciamento de energia elétrica podem representar
economia e reduzir os impactos que essas tecnologias mal utilizadas podem contribuir de
forma negativa ao meio ambiente. Assim, alguns tipos de práticas que podem ser aplicadas
com esse propósito, tais como, desligar os computadores e monitores quando não estiver em
uso, implementar DataCenter Verde, Virtualização de Servidores, Videoconferência e
Computação em Nuvem.
b) Racionalização de Insumos e Materiais: A racionalização no uso dos insumos e materiais
que área de TI, como forma de aderir às iniciativas sustentáveis. Neste contexto, seguem
algumas práticas da TIV sob essa perspectiva, tais como, configurar as impressoras para
imprimir em modo econômico de impressão, implementar centralização de impressão,
imprimir frente e verso e digitalizar documentos.
c) Gerenciamento de Ativos: O autor Murugesan (2008) ressalta que o consumo total de
energia consumida por servidores, monitores, equipamentos de comunicação de dados e
sistemas de refrigeramento para os data centers estão crescendo gradualmente. Neste sentido,
a aplicação de práticas como gerenciamento de impressão, gerenciamento de consumo em
PCs e monitores, gerenciamento de energia em impressoras e outros periféricos, ajudam a
reduzir o consumo de energia elétrica, de acordo com Przychodzki (2009).
2.2.4 Produção Verde
A dimensão Produção Verde (ProV) permite avaliar e praticar as preocupações
ambientais em cada fase do processo de produção de um equipamento, ou uma tecnologia de
hardware ou software, desde de sua fase de projeto até o seu descarte.
Chou e Chou (2012), Murugesan (2008) definem Produção Verde como uma
construção de computadores, dispositivos e componentes eletrônicos, e outros subsistemas
associados com um impacto mínimo sobre o meio ambiente. Por outro lado, Watson et al
(2008) ressalta que este tipo produção que considera questões ambientais, também comprende
em projetos de concepção e fabricação voltados para software. Isto é mais visivel na
concepção e implementação de sistemas de informação que contribuam para processos de
negócios sustentáveis. Neste contexto, após uma análise sobre a dimensão analítica Produção
Verde, os elementos resultantes que se destacam nessa abordagem compreendem nas
categorias analíticas. Essas que por sua vez foram identificadas como sendo: Projeto,
Fabricação e Tecnologia.
a) Projeto: A prática de projeto consiste em projetar componentes, computadores, servidores e
equipamentos de refrigeração (cooling) e subsistemas associados, com eficiência energética e
ambientalmente corretos (MURUGESAN, 2008).
b) Fabricação: É a prática que consiste na fabricação de componentes eletrônicos,
computadores e outros derivados ou subsistemas associados a eles, com um impacto mínimo
ou nenhum sobre o meio ambiente MURUGESAN (2008). Dessa forma, todos os insumos
necessários para compor o processo de fabricação de um produto poderiam ser utilizados com
materiais menos nocisos ao meio ambiente, e com possibilidade de serem reaproveitados.
c) Tecnologia: As práticas de projetar e fabricar equipamentos de área de Tecnologia da
Informação abrangem soluções tanto para software e hardware, com finalidade de otimização
nos gastos com energia elétrica e com característica principal de poluir menos. Com isso
possui tecnologia que atenda as necessidades da organização, ao mesmo tempo em que é
atendido também as necessidades de manter e preservar o meio ambiente. Assim, as
organizações tem um papel fundamental de responsabilidade social e empresarial com o
intuito de preservar e proteger o meio ambiente (MURUESAN, 2008).

3. Metodologia da pesquisa
Como procedimento metodológico adotado, em função do objetivo, foi concebido
como uma pesquisa descritiva. Esse tipo de pesquisa consiste em observar e descrever as
características do objeto a ser estudado bem como as práticas da TIV. Gil (2010) e Babbie
(1999) ressaltam que a pesquisa descritiva tem por objetivo estudar as características de um
grupo, tais como, sexo, nível de escolaridade, entre outras. A preocupação do pesquisador em
descobrir neste caso não é o porquê da distribuição de certos traços e atributos da população a
ser estudada, e sim com o que ela é de fato.
Neste estudo, de forma a validar o instrumento de coleta de dados para avaliar a
utilização de práticas da TIV. A pesquisa obedeceu aos seguintes aspectos, com base no objeto
e nos objetivos da pesquisa:
- Quanto à caracterização e delineamento da pesquisa teve com cenário de estudo um
Instituto de Educação, no qual foi realizada a coleta dos dados. O enquadramento da pesquisa
é de natureza teórico-empírico, e teve como método de pesquisa, um levantamento do tipo
Survey. O tipo de estudo compreendeu em dados de natureza qualitativa. E teve como sujeitos
da pesquisa, os servidores do tipo docentes e técnicos-administrativos, compreendendo a uma
população de 30 respondentes, escolhidos intencionalmente. Neste contexto, a unidade de
análise foi individual, com o nível de análise organizacional. E como perspectiva de análise
transversal, uma vez que as medições foram realizadas em um único intervalo de tempo.
- Quanto aos fundamentos científicos e procedimentos metodológicos da pesquisa
consistiu nos seguintes encaminhamentos metodológicos: Marco teórico, onde consistiu na
definição da arquitetura teórica do fenômeno da TIV, no mapeamento das dimensões
analíticas e no mapeamento das categorias analíticas.

A fundamentação teórica foi constituída com base na literatura nacional e


internacional. Para gerar a resposta, foi utilizado o método bibliográfico conceitual
desenvolvido por Nascimento-e-Silva (2012), que consiste na formulação de uma pergunta de
pesquisa, coleta de dados bibliográficos em bases de dados (especialmente
http://scholar.google.com, www.scielo.org e www.sciencedirect.com), organização dos dados
e formulação da resposta. A partir dessa arquitetura conceitual, o instrumento de pesquisa, o
questionário, foi construído com questões fechadas do tipo controle, demográficas e
explicativas com a finalidade de obter explicação sobre o fenômeno da TIV. Neste sentido, as
questões explicativas foram elaboradas com base nas categorias analíticas das dimensões
PosV, PolV, PraV e ProV da TIV. O Quadro 1 ilustra as variáveis demográficas, dimensões
analíticas e suas respectivas categorias analíticas.

QUADRO 1 – Variáveis Demográficas e Mapeamento das dimensões e categorias analíticas.


Variáveis Dimensões Categorias Analíticas
Demográficas Analíticas

Postura Verde Sustentabilidade, Gestão Sustentável, Leis,


Normas e Diretrizes e Redução de Carbono.
Tipo de Servidor,
Sexo, Idade, Exerce
Política Verde Aquisição, Substituição de Ativos e Descarte.
função de chefia,
Tempo de serviço Prática Verde Racionalização de Energia, Racionalização de
total e Escolaridade Insumos e Materiais e Gerenciamento de Ativos.
(completa/incompleta)
Produção Verde Projeto, Fabricação e Tecnologia.
Fonte: Autores da pesquisa.
Para o preenchimento do questionário foi solicitado ao respondente que analisasse
cada uma das questões e marcasse aquela que represente com exatidão o que ele pensava, de
acordo com o seguinte esquema: se você discordar da questão, faça um X em “Discordo”; se
você achar que a questão exatamente do jeito que você pensa, faça um X em “Concordo”. E,
caso você não tem opinião formada ou não sabe o que responder faça um X em “Não sei”.
Na aplicação do questionário foram realizados alguns procedimentos com a finalidade
de verificar e avaliar a consistência externa, em que consistiu na análise e observação no
tempo de duração da coleta de dados, a compreensão das afirmações propostas, assim como
da coerência das mesmas no contexto do fenômeno da Tecnologia da Informação Verde. Os
dados foram coletados através da uma pesquisa de campo, sendo conduzido um levantamento
das percepções do tipo Survey, com o auxílio de um questionário fechado, que foram
respondidas pelos docentes e técnicos-administrativos da Instituição de Ensino em estudo.
Após os procedimentos de coleta dos dados, a próxima fase consistiu na organização e
análise dos dados, onde os dados foram organizados, inicialmente, através de tabelas, como a
ajudar de softwares aplicativos voltados para planilhas eletrônicas. Uma vez que as linhas
correspondiam aos respondentes (R1,...,R30) enquanto as colunas (P1,...,P40) as variáveis,
obedecendo a ordem numérica de preenchimento correlacionada com o número de
alternativas. No caso, das questões explicativas, foi convencionado para a opção “Não sei” o
número 99. Logo em seguida, toda a massa de dados foi, posteriormente, transferida para o
Statistical Package for Social Sciences (SPSS). Deste modo, os dados inseridos nesse tipo
específico de software permitiram o processamento e análise dos dados, com o objetivo de
avaliar a consistência interna. Uma vez iniciado uma sessão no SPSS, será disponibilizada a
janela do editor de dados (Data Editor), onde foram definidas todas as variáveis, na guia
Variable view (visualização das variáveis).
Em sua estrutura foram definidas as seguintes especificações: o tipo de variável (Type)
como sendo numérica, com um total de 8 caracteres (Width) sem atribuir casas decimais
(Decimals), e para cada variável foi definida uma descrição (Label) mais detalhada da
natureza da variável. Nas respostas (Value) foram atribuídos rótulos para os vários níveis,
codificadas por números. E foram preservadas as configurações padrões para Missing Values,
Columns, Align. Na coluna Measure foi classifica nominal para as variáveis do tipo controle e
demográficas e as demais variáveis referentes às dimensões como sendo escalar. Diante das
definições da estrutura dos dados, o passo seguinte foi selecionar a guia intitulada de
Visualizador de Variáveis (Variable View) para inserir os dados na tabela. Esses que por sua
vez foram originados de planilhas eletrônicas, e transferidos para a ferramenta através dos
comandos CTRL+C e CTRL+V, envolvendo todo o range dos dados.
Uma vez que os dados obtidos através do instrumento de coleta, o questionário,
utilizados neste estudo em questão, foi submetido ao teste Alfa de Cronbach, através da
ferramenta de análise "Reliability Analysis" do SPSS, com a finalidade de verificar a
confiabilidade de medição das dimensões analíticas Postura Verde, Política Verde, Prática
Verde e Produção Verde. A análise obedeceu a seguinte classificação proposta por Hill e Hill
(2008), na qual foram classificadas as dimensões em conjunto e, em separado, de acordo com
os seguintes coeficientes: coeficientes maiores que 0,9 indicam confiabilidade excelente; entre
0,8 e 0,9 é boa; entre 0,7 e 0,8 é razoável; entre 0,6 e 0,7 é fraca; e abaixo de 0,6 é inaceitável.
Para obter o coeficiente de somente uma dimensão analítica, foi selecionado os
seguintes passos no menu Analyze>Scale>Reliability Analysis. Assim, foi possível selecionar
todos os itens de variáveis pertencentes à dimensão a ser analisada, movendo-as para a caixa
Itens, através do botão [►]. Em seguida, pressionando o botão [OK], que logo aparecerá o
resultado com o coeficiente na janela Ouput Viewer. Por outro lado, quando for obter o
coeficiente com base em todas as dimensões analíticas, os procedimentos seguem os mesmos
passos, anteriormente, explicitados. Uma vez que todos os itens de variáveis das dimensões
devem ser selecionados e submetidos à análise, com a finalidade de obter o coeficiente, para
logo em seguida, classificá-lo de acordo com a escala de Hill e Hill (2008).
As limitações do estudo proposto se aplicam somente a um campus de um Instituto de
Educação, onde foram obtidos todos os dados sobre as dimensões Postura Verde, Política
Verde, Prática Verde e Produção Verde, como forma de validar a consistência do instrumento.
Uma vez em que as percepções dos respondentes foram sistematizadas em uma visão
holística, com a finalidade de se obter de modo geral as suas perspectivas em relação à
utilização de práticas da TIV.
4. Apresentação dos resultados
Nesta seção apresentam-se os resultados da análise da Validade de Constructo e
Validade Interna dos itens pertencentes a cada uma das dimensões empregadas no processo de
avaliar as práticas da TIV. Como o questionário completo é composto por 6 itens de questões
demográficas e 34 itens de questões explicativas, cada dimensão foi analisada em particular, e
logo após, em conjunto.

4.1 Validade de Constructo


A validade de constructo tem a finalidade de examinar se os conceitos sobre o
construto da TIV estão de fato sendo medido. Neste sentido é importante que ela seja obtida
no instrumento de coleta de dados neste estudo, pois é possível garantir que existe um
relacionamento entre o construto e suas variáveis observáveis. Esse é um tipo de validade que
tem a intenção de indicar que o construto ou características a escala está medindo
(MALHOTRA, 2006).
Neste sentido, a aplicação do questionário resultou na apresentação de algumas
percepções que foram registradas pelos respondentes no próprio instrumento de coleta. Deste
modo, orientou na necessidade da realização de poucos ajustes percebidos pelos respondentes,
mas considerados relevantes neste estudo como forma de contribuição para que esta pesquisa
desde sua concepção até os seus resultados que possam apresentar confiabilidade e qualidade
em todas as suas fases na construção desse estudo. As observações dos respondentes foram
explicitadas da seguinte forma:
- O respondente de sequência de número 24, observou na questão de número 12, que o
termo intitulado de organização é mais utilizado em empresas de natureza privada. Neste
sentido, foi sugerida a substituição para o termo instituição ou instituto com forma de
caracterização em um ambiente público. Vale ressaltar que em grande parte dos
questionamentos do instrumento de coleta foi utilizado às derivações com base no radical
instituto, tal afirmação do respondente reforça a importância da aplicação da padronização dos
termos no questionário.
- O respondente de sequência de número 29, observou também na questão de número
12, que a mesma poderia ser mais objetiva através da exclusão da frase de contextualização,
pois a frase que seguinte, ou seja, a afirmação referente ao questionamento necessitava apenas
adicionar a palavra “carbono” para ter a compreensão e permitir facilidade para o
entendimento do respondente. Este participante apontou ainda a necessidade de retirar a
palavra “Todas” na questão 13, e ainda, como sugestão na questão 31, a reorganização a
questão afirmativa para melhor compreensão.
QUADRO 2 – Alterações sugeridas pelos respondentes.
Respondente Questão Itens observados no questionário Alterações Sugeridas

24 12 “organização” “instituição ou instituto”

29 12 A infraestrutura de TI da A Instituição utiliza soluções e serviços


Instituição pode contribuir para a tecnológicos de maneira eficiente em sua
emissão de carbono. Neste sentido, infraestrutura de TI, como forma de
a organização utiliza soluções e reduzir essas emissões de carbono.
serviços tecnológicos de maneira
eficiente, para reduzir essas
emissões.

29 13 Todas as solicitações de aquisições As solicitações de aquisições de


de equipamentos da área de TI equipamentos da área de TI levam em
levam em consideração consideração especificações de eficiência
especificações de eficiência energética.
energética.

29 31 A Instituição considera na A Instituição considera o uso de novas


implementação de novas técnicas e materiais novos, na
tecnologias, o uso de novas implementação de novas tecnologias.
técnicas e materiais novos.
Fonte: Autores da pesquisa.
O Quadro 2 ilustrou todas as observações que foram relatadas no questionário pelos
respondentes durante a aplicação do questionário. Após a análise das mesmas, observou-se
que todas tinham contribuição significativa para este estudo, ou seja, para uma melhor
compreensão. Deste modo, todas as sugestões foram acatadas como forma de compor uma
coleta definitiva, logo após esses testes realizados nesse instrumento de coleta de dados. Este
quadro em questão sintetizou as alterações que foram realizadas no instrumento de coleta,
com base nas seguintes informações: respondente, questão, itens observados no questionário e
alterações sugeridas.

4.2 Validade Interna


A validade Interna tem a finalidade de avalia a estabilidade e a consistência da
medição. Neste sentido é importante que ela seja obtida no instrumento de coleta de dados
neste estudo, pois é possível garantir que no somatório das variáveis internas possam explicar
sobre o fenômeno da TIV. Esse é um tipo de abordagem que avalia a consistência interna do
conjunto de itens somados com a finalidade de formar um escore total para a escala, de acordo
com Malhotra (2006).
A análise da confiabilidade da consistência interna foi utilizada para verificar o
fenômeno da TIV que é composto por 4 dimensões, Postura Verde, Política Verde, Prática
Verde e Produção Verde. Assim, os dados obtidos foram submetidos ao teste Alfa de
Cronbach, para verificação da confiabilidade de medição das dimensões, com a finalidade de
validar as dimensões propostas. Neste sentido, estes testes representam uma forma de estimar
a confiabilidade do questionário, aplicados sobre cada dimensão analítica da TIV. E a partir de
resultados classificados como satisfatórios implicará para esse estudo, o quanto esse
instrumento mede com qualidade o comportamento do fenômeno da TIV na instituição em
questão. Os resultados dos testes aplicados sobre as dimensões são ilustrados na Tabela 1.

TABELA 1 – Resultado do teste Alfa de Cronbach sobre as dimensões da TIV.

Dimensão N Alfa de Num. de Variáveis


Cronbach Itens %
Postura Verde (PosV) 0,8 6 17,6
Política Verde (PolV) 0,9 8 23,5
Prática Verde (PraV) 30 0,8 13 38,2
Produção Verde (ProV) 0,8 7 20,6
TIV (PosV + PolV+ PraV + ProV) 30 0,9 34 100%
Fonte: Autores da pesquisa.
O resultado da aplicação do teste de Alfa de Cronbach em cada dimensão analítica,
individualmente, apresentou os seguintes resultados, para um número de 30 respondentes, que
representa a população da pesquisa. Assim, cada coeficiente obtido através dos testes
representou um resultado satisfatório, pois todos eles não apresentaram um valor de 0,6 ou
menor, que indicam que a confiabilidade da consistência interna é considerada nesses casos
como sendo insatisfatória, de acordo com o autor MALHOTRA (2006). Neste sentido, os
itens que foram agrupados em cada dimensão medem os diferentes aspectos que
compreendem uma visão holística da TIV, proposta para este estudo.
A dimensão analítica “Postura Verde”, corresponde ao primeiro bloco de questões
explicativas que obteve após o teste o coeficiente de 0,8. E que por sua vez é classificado
como uma confiabilidade “boa”, de acordo com os autores (HILL; HILL, 2008). Nesta
dimensão encontram-se as questões 7 até 12, perfazendo um número total de itens de valor 6
(seis) expressos, respectivamente, como sendo P7, P8, P9, P10, P11 e P12, e com a massa de
dados presente no apêndice 1. Neste contexto, este grupo de questões corresponde a 17,6% do
total de itens que compõem o questionário, implicando para este estudo em um percentual que
permitirá representar o comportamento da TIV na Instituição, com base nessa dimensão
analítica.
A dimensão analítica “Política Verde” foi a que obteve o maior coeficiente de 0,9 e
corresponde ao segundo bloco de questões explicativas. Esse coeficiente é classificado como
uma confiabilidade “excelente”, de acordo com os autores (HILL; HILL, 2008). Nesta
dimensão encontram-se as questões 13 até 20, perfazendo um número total de itens de valor 8
(oito) ilustrados, respectivamente, de acordo com P13, P14, P15, P16, P17, P18, P19 e P20, e
sua massa de dados demonstrada no apêndice 1. Neste sentido, este conjunto de questões
corresponde a 23,5% do total de itens que compõem o questionário, uma vez que implica para
este estudo em percentuais que possibilitará representar o comportamento da TIV na
Instituição, baseada nessa dimensão analítica.
A dimensão analítica “Prática Verde”, corresponde ao terceiro bloco de questões
explicativas que obteve após o teste o coeficiente de 0,8. E que por sua vez é classificado
como uma confiabilidade “boa”, de acordo com os autores (HILL; HILL, 2008). Nesta
dimensão encontram-se as questões 21 até 33, perfazendo um número total de itens de valor
13 (treze) informados, respectivamente, como sendo P21, P22, P23, P24, P25, P26, P27, P28,
P29, P30, P31, P32, P33, e com sua massa de dados ilustrada de acordo com o apêndice 1.
Este grupo de questões corresponde a 38,2% do total de itens que compõem o questionário,
com o maior número de questionamentos para explicar essa dimensão nas organizações.
A dimensão analítica “Produção Verde”, corresponde ao quarto bloco de questões
explicativas que obteve após o teste o coeficiente de 0,8. E que por sua vez é classificado
como uma confiabilidade “boa”, de acordo com os autores (HILL; HILL, 2008). Nesta
dimensão encontram-se as questões 34 até 40, perfazendo um número de itens de valor 7
(sete) demonstrados, respectivamente, como sendo P34, P35, P36, P37, P38, P39, P40, e com
sua massa de dados referente a essa dimensão informados conforme o apêndice 1. Este
conjunto de questões corresponde a 20,6% do total de itens que compõem o questionário, com
a finalidade de explicar como ocorrer esse fenômeno da TIV nas organizações com base nessa
dimensão em questão.
Na aplicação do teste de Alfa de Cronbach para as variáveis voltadas à medição das 4
(quatro) dimensões analíticas da TIV realizadas em conjunto, obteve como resultado em um
coeficiente de confiabilidade acima de 0,9. Neste contexto, os autores Hill e Hill (2008)
ressaltam que este coeficiente é classificado com uma confiabilidade “excelente”. Neste
sentido, a análise da confiabilidade, levando-se em consideração o bloco inteiro de questões,
ou seja, com a representação da TIV (PosV + PolV + PraV + ProV), obteve como resultado
uma classificação satisfatória do instrumento expressos, respectivamente, de modo confiável,
como sendo as práticas da TIV (“Boa” + “Excelente” + “Boa” + “Boa”), com base nas
perguntas explicativas.

4.3 Discussão dos resultados

O marco teórico foi consistente nas recomendações da literatura nacional e


internacional, com base em dados científicos, que permitiu investigar e constituir os conceitos
sobre o construto da TIV. E a partir dessas definições foi possível construir toda a arquitetura
teórica deste estudo, identificando as suas dimensões analíticas e, por conseguinte, as suas
categorias analíticas. Uma vez que foi utilizado o método bibliográfico conceitual
desenvolvido por Nascimento-e-Silva (2012), que gerou a resposta da literatura sobre esse
fenômeno em questão. Neste contexto, teve como resultado um modelo conceitual que
permitirá medir as práticas da TIV na Instituição de Ensino em estudo.
Os questionamentos sobre cada dimensão analítica teve melhor representatividade, a
partir da especialização de suas dimensões, expressos pelos seus conjuntos de categorias
analíticas, que foram constituídas através de uma análise dos conceitos sobre a TIV. Uma vez
que cada categoria especializada foi elaborada uma questão, ou seja, uma afirmação que
melhor capturasse as percepções dos respondentes sobre cada componente investigado. Em
função disso, foi possível investigar todos os componentes de forma individual, ou analisados
em conjunto, com base em sua dimensão. Neste contexto, este estudo focou seus esforços na
investigação da precisão e aplicabilidade do seu instrumento de coleta de dados, através de
sua validação interna e externa.
O instrumento de medida utilizado nesta investigação foi o questionário, composto de
perguntas de forma estruturadas, classificadas como sendo dicotômicas, uma vez que
apresentaram duas alternativas de respostas, "discordo" ou "concordo". Neste contexto, soma-
se a isto, a suplementação por uma alternativa neutra intitulada de "Não sei" como resposta.
Neste sentido, seguindo de perto as reflexões do autor Malhotra (2006), a opção foi utilizada
por acreditar numa provável proporção de entrevistados fosse considerada como sendo neutra,
ou seja, não teria certeza necessária para assinalar a sua percepção sobre alguns
questionamentos baseado nas dimensões da TIV.
Aplicou-se o questionário que tinha com finalidade capturar os aspectos mais
essências sobre a TIV na organização em questão, em outras palavras, as percepções dos
respondentes, em relação as dimensões analíticas Postura Verde, Política Verde, Prática Verde
e Produção Verde. Neste sentido, quanto às contribuições percebidas para a validade externa,
observou-se nenhuma proporção de informações ausentes registradas na aplicação do
questionário. Mas, as questões de número 12, 13 e 31, foram percebidas e registradas as
sugestões mudanças com a finalidade de uma melhor compreensão da afirmativa e,
consequentemente, maior precisão no assinalamento do respondente. Os respondentes de
números 24 e 29 solicitaram alteração referente à questão de número 12, em perspectivas
diferentes, quanto ao sinônimo mais adequado a um ambiente de serviço público, e em
relação às redundâncias de termos na mesma questão, respectivamente. Esse conjunto de
questões corresponde a 7% de um total de 40 questões, foram analisadas e acatadas as
contribuições, mesmo sabendo que não alteraria a semântica das questões, ou seja, não
comprometeu o sentido que se propunha a questão. Portanto, o instrumento de medida
apresentou uma clareza de linguagem e uma boa compreensão dos itens do questionário, que
demonstra o entendimento pelo que se propunha analisar sobre a TIV.
Os elementos que compõem a dimensão “Postura Verde” foram constituídos das
seguintes categorias analíticas: Sustentabilidade; Gestão Sustentável; Leis, Normas e
Diretrizes, e Redução de Carbono. E teve como representatividade para cada uma dessas
categorias os seguintes números (2, 2, 1, 1), respectivamente, de variáveis. Ao mesmo tempo
em que apresentou o menor conjunto de itens do questionário em relação às outras dimensões.
E obteve o coeficiente de 0,8, uma vez que o somatório de suas variáveis consegue medir esta
parte do fenômeno, mesmo apresentando esse número de variáveis. Assim, o resultado do
teste confirma, efetivamente, a precisão e a aplicabilidade na medição de práticas da TIV em
relação à dimensão em questão analisada.
Ao mesmo tempo em que a dimensão “Política Verde” apresentou como base as
seguintes categorias analíticas: Aquisição, Substituição de Ativos e Descarte. Uma vez que foi
constituída para cada uma delas, respectivamente, os seguintes números (2, 2, 3) de variáveis.
Neste contexto, o conjunto de variáveis relacionadas com esses itens, obteve o maior conceito
proposto por Hill e Hill (2008), ou seja, o coeficiente 0,9 que demonstra o quanto essa
dimensão consegue explicar com precisão essa parte do fenômeno. Portanto, esse resultado do
teste confirma de modo efetivo que os resultados que foram gerados a partir dessa dimensão
são aplicáveis com excelência.
Em se tratando da dimensão analítica “Prática Verde” os elementos resultantes da
literatura com base nessa perspectiva, foram representados de acordo com as seguintes
categorias analíticas: Racionalização de Energia, Racionalização de Insumos e Materiais e
Gerenciamento de ativos. Atribuiu-se a cada uma delas, os seguintes números (8, 3, 2) de
variáveis, respectivamente. Neste sentido, essa dimensão foi a que apresentou o maior número
de variáveis em relação às outras dimensões e obteve o coeficiente de 0,8. Uma das
justificativas para a quantidade de variáveis é pelo fato do estudo ter sistematizado as práticas
da TIV, no qual obteve esse valor mais expressivo em relação às outras dimensões, como
forma de garantir que no seu somatório dessas variáveis pudesse explicar o fenômeno diante
desta perspectiva. Por outro lado, o aumento das variáveis não foi pelo fato de obter ganhos
em coeficientes, que mesmo assim poderia ocasionar riscos em redundâncias e desistências
por parte dos respondentes, em função de grande número de variáveis expressas no
questionário.
No que se refere à dimensão intitulada de “Produção Verde” é quarta instituída em
função da análise dos conceitos sobre a TIV, e a partir de sua contextualização foi possível
identificar as suas categorias analíticas: Projeto, Fabricação e Tecnologia. Com base nelas
foram atribuídos os seguintes quantitativos (1, 4, 2), respectivamente, de variáveis, com
finalidade de medir essas práticas com referência a essa análise de perspectiva de dimensão.
Este bloco de quesitos se enquadra nas fases que compreende tanto na produção de softwares
quanto de hardware, inclusive nos aspectos que diz respeito a equipamentos ou componentes
referentes ao contexto de TI. Neste contexto, após as coletas das percepções e a realização do
teste de validade interna, apresentou o coeficiente de 0,8 demonstrando, assim com as demais
a garantia de uma mensuração precisa para práticas da TIV na organização em questão.
Portanto, a investigação do fenômeno da Tecnologia da Informação Verde teve como
resultado de forma exclusiva, os 4P’s de práticas da TIV. Essas quatro práticas compuseram as
dimensões (“Postura Verde”; “Política Verde”; “Prática Verde”; “Produção Verde”)
correlacionadas com os seguintes resultados dos testes de alfa de Cronbach (0,8; 0,9; 0,8;
0,8), respectivamente, atenderam as condições recomendadas para esses tipos de testes de
forma individual ou em conjunto, ou seja, na média de todas as dimensões. E esses resultados
atendem se comparados com outras investigações com o mesmo tipo de teste em questão, e
com escores com essa combinação de valores ou maior. Desta forma, o teste de alfa de
Cronbach determinada neste estudo, estar preparada para medir as práticas da TIV, em outras
palavras, a escala é realmente confiável, pois avalia de forma como cada item reflete a sua
confiabilidade.

5. Conclusão

Este estudo demonstrou que o instrumento de coleta de dados criado para avaliar a
utilização de práticas da Tecnologia da Informação Verde em um campus de um Instituto tem
validade interna e de construto. Neste estudo, as estimativas da consistência interna
excederam o padrão de 0,70, uma vez que foi possível atingir a homogeneidade dos itens
pertencentes a cada dimensão. Neste sentido, as perguntas utilizadas com a finalidade de
capturar as percepções dos respondentes sobre as dimensões da TIV, atingiu esse objetivo.
Assim, este instrumento de coleta de dados tem confiabilidade para dar prosseguimento nos
estudos na aplicação de outros procedimentos na garantia de fornecer dados acuráveis, ou
seja, atingir os objetivos sobre avaliação deste fenômeno nas organizações em análise, como
precisão e aplicabilidade.
Por outro lado, a validação externa do instrumento de coleta de dados, pode ser
entendida como sendo uma medida válida, implicando ao mesmo tempo numa medida
confiável. Isso ocorre porque foi construída com base numa fundamentação teórica
consistente, e refinada pelos respondentes como contribuição para esta investigação, que foi
expressa nos itens que compõem o questionário. Ao mesmo tempo em que a validade externa
procura responder as questões teóricas acerca da razão pelas quais a escala funciona, sobre a
natureza do construto da TIV que está sendo medido. Portanto, a escala produzirá resultados
consistentes, com base nos coeficientes apresentados pelas dimensões da TIV, pode-se afirma
que as medições apresentadas explicam o fenômeno, e permitirá dar prosseguimento na
realização testes e procedimentos em um projeto de pesquisa mais abrangente.

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Apêndice 1: Massa de Dados das dimensões da TIV.
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36 P37 P38 P39 P40
R1 1 1 5 2 5 4 2 2 2 2 99 99 2 99 2 99 99 99 2 99 1 2 1 2 2 99 99 1 1 1 1 99 1 2 99 99 99 1 1 99
R2 1 1 5 99 99 5 2 99 2 2 1 2 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 99 1 1 1 2 1 1 1 2 1 2 99 2 1 1 1
R3 1 2 5 2 6 4 2 99 2 2 1 2 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 99 1 1 1 2 1 1 1 2 1 2 99 2 1 1 1
R4 1 2 5 2 6 4 99 99 99 99 99 99 2 1 2 2 2 2 2 99 1 1 1 99 99 99 99 99 2 1 1 1 1 2 99 2 99 2 1 1
R5 1 2 3 2 2 4 1 1 99 99 2 99 99 99 99 2 99 99 2 99 1 1 1 99 99 99 99 1 1 1 1 1 1 99 1 99 99 1 1 99
R6 1 2 5 2 6 4 99 99 2 99 2 99 2 2 99 2 99 99 2 99 2 2 1 99 2 99 99 1 1 2 1 1 1 99 2 99 99 99 1 2
R7 2 1 5 2 5 3 2 99 1 99 99 1 99 99 2 2 99 99 2 99 1 1 1 99 99 99 99 2 2 1 99 1 1 99 1 1 99 99 99 1
R8 2 1 5 2 5 4 1 1 1 1 2 99 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1
R9 2 1 2 2 2 3 2 1 1 1 99 99 1 1 1 2 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 99 99 99
R10 2 2 5 99 5 2 1 99 99 99 99 99 99 99 99 99 1 1 1 1 1 2 1 99 99 99 99 1 99 1 1 99 1 99 1 1 1 1 1 99
R11 2 1 3 2 2 3 1 1 99 1 1 1 2 1 2 2 1 1 2 1 1 2 1 2 2 99 99 1 2 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1
R12 2 2 5 2 5 5 99 99 99 99 99 99 2 99 1 2 99 99 2 1 2 1 2 99 99 99 99 1 99 2 99 1 2 99 99 99 99 1 99 1
R13 2 2 5 2 3 4 1 1 1 99 99 99 99 99 1 1 1 2 1 1 2 1 1 99 99 99 99 1 1 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1
R14 2 1 4 2 3 2 1 2 1 1 1 1 2 1 2 2 2 2 2 2 1 1 2 2 1 99 99 2 2 1 2 1 2 2 1 1 1 1 1 1
R15 2 2 5 2 6 5 1 99 99 99 1 99 1 99 1 1 99 1 1 1 1 1 1 99 99 99 99 1 2 1 99 1 1 99 99 99 2 99 99 1
R16 2 1 3 2 2 3 1 1 1 1 99 1 2 99 2 99 99 99 99 1 1 1 1 1 1 99 99 2 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1
R17 2 1 5 2 5 3 99 99 2 99 99 99 2 99 2 99 2 2 99 99 99 1 99 99 99 99 99 99 2 99 99 2 99 99 99 2 99 99 2 2
R18 2 2 5 2 5 4 99 99 99 99 99 99 99 99 99 99 99 99 99 99 1 1 1 99 99 99 99 99 99 1 99 99 1 99 99 99 99 99 99 99
R19 2 2 5 2 6 3 99 99 99 99 99 99 99 99 99 99 99 99 99 99 1 1 1 99 99 99 99 1 99 1 1 1 1 99 1 1 99 99 99 99
R20 2 2 3 2 3 5 99 99 1 1 99 99 99 99 99 99 99 99 2 1 1 1 1 99 99 1 1 1 2 1 1 1 1 99 1 1 1 1 1 1
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