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TEMA I: QUESTÃO 08 - A que número decimal corresponde a
figura a seguir?
INTERAGINDO COM
NÚMEROS E FUNÇÕES
D16 – ESTABELECER RELAÇÕES ENTRE REPRESENTAÇÃO A) 2,8 B) 0,5 C) 0,2 D) 0,1
FRACIONÁRIA E DECIMAL DOS NÚMEROS RACIONAIS
QUESTÃO 09 - (SARESP) O resultado de 0,9 x 0,08 é:
QUESTÃO 01 - (ANRESC) Das alternativas abaixo, qual
5 A) 7,2 B) 0,72 C) 0,072 D) 0,0072
é a fração equivalente a ?
4
4 2 25 50
A) B) C) D) QUESTÃO 10 - (UECE) O valor da expressão ,
50 25 20 2
para x = 0,3333..., é
A) R$ 51,00 C) R$ 51,80
QUESTÃO 05 - Que número obtemos simplificando a
√18 B) R$ 51,40 D) R$ 52,20
expressão ?
√2
QUESTÃO 13 - (SARESP) O gráfico abaixo mostra o
A) 3 B) 4 C) 6 E) 9 valor a ser pago por uma conta no valor de R$ 200,00,
em função no número de dias de atraso no
pagamento.
210 x 27
A= . O valor de A é:
25
2
QUESTÃO 14 - (UFRJ) Um comerciante vende os QUESTÃO 20 - (UECE) Aplicando R$ 10.000,00 a juros
produtos de sua loja com pagamento para 30 dias simples de 1,2% ao mês (considere 1 mês com 30 dias),
sem juros. No entanto, comprando à vista, o durante 18 dias obtém-se um rendimento de:
comerciante oferece um desconto de 20%. Assim,
A) R$ 120,00 C) R$ 72,00
existe, nos produtos, um juro embutido de:
B) R$ 81,00 D) R$ 68,00
A) 15% B) 17,5% C) 20% D) 22,5% E) 25% QUESTÃO 21 - Paula emprestou R$ 200,00 a Luiza
com juros simples de 3% ao mês e somente após
4 meses Luiza pagou o empréstimo e os juros
QUESTÃO 15 - (FGV-SP) Um capital C foi aplicado a decorrentes desse período. Qual foi o montante
juros simples durante 10 meses, gerando um montante que Luiza pagou por esse empréstimo?
de R$ 10.000,00; esse montante, por sua vez, foi
também aplicado a juros simples, durante 15 meses, à A) R$ 206,00 D) R$ 225,10
mesma taxa da aplicação anterior, gerando um B) R$ 212,00 E) R$ 824,00
montante de R$ 13.750,00. Qual o valor de C? C) R$ 224,00
A) R$ 10.000,00
D20 – RESOLVER PROBLEMAS ENVOLVENDO JUROS
B) R$ 7.000,00
COMPOSTO
C) R$ 9.000,00
D) R$ 6.000,00 QUESTÃO 22 - (SARESP) Marcos fez um empréstimo de
E) R$ 8.000,00
R$ 120 000,00 que deverá pagar com juros de 1%
QUESTÃO 16 - (Unesp) Uma loja vende um produto no sobre o valor emprestado a cada mês. Sabendo que
valor de R$ 200,00 e oferece duas opções de ele pagou R$ 6 000,00 de juros, quantos meses levou
pagamento aos clientes, à vista, com 10% de para pagar o empréstimo?
desconto, ou em duas prestações mensais de mesmo
valor, sem desconto, a primeira sendo paga no A) 3 meses B) 4 meses C) 5 meses D) 6 meses
momento da compra. A taxa mensal de juros QUESTÃO 23 - (SARESP) Certo investimento rende 1%
embutida na venda a prazo é de: ao mês. Aplicando 100 reais hoje, em um ano o valor
A) 5% B) 10% C) 20% D) 25% E) 90% deste investimento será:
A) 100.(0,1)12 C) 100.(0,01)12
B) 100.(1,1)12 D) 100.(1,01)12
QUESTÃO 17 - (UECE) Aplicando R$ 10.000,00 a juros
simples de 1,2% a.m. (considere 1 mês com 30 dias), QUESTÃO 24 - (SARESP) Um capital foi aplicado a juros
durante 18 dias obtém-se um rendimento de: compostos de 1% ao mês. O gráfico que melhor traduz
a evolução deste capital com o tempo é:
A) R$ 120,00 B) R$ 81,00 C) R$ 72,00 D) R$ 68,00
A B
QUESTÃO 18 - (UVA) Que taxa mensal de juro simples
faz com que um capital triplique de valor em 1 ano e
4 meses?
A) 12,5% ao mês
C D
B) 8% ao mês
C) 12,8% ao mês
A) 44 B) 46 C) 47 D) 48 E) 50
B (Dados:
A
) )
)
4
QUESTÃO 35 - (SARESP) Considerando A = a3 – 2a2 + 3 QUESTÃO 41 - (UECE) Para valores de a diferentes de
e B = a3 – 2a2 – a + 5, termos que A – B é igual a: -1, 0 e 1, a expressão
A) a – 2
B) – a + 8
é igual a
C) – 4a2 – a + 8
A) 1 - 4ª B) 1 - 4a-1 C) a – 1 D) a-1 – 1
D) 2a3 – 4a2 – a + 8
A) -2ax
B) (x - a)2
D28 – RECONHECER A REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA OU
C) (x + a)2 GRÁFICA DA FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU.
a) c)
C) D)
b) d)
5
QUESTÃO 45 - (SARESP) Dentre as funções abaixo, QUESTÃO 48 - (SARESP) A temperatura interna de uma
identifique aquela que melhor representa o gráfico geladeira, ao ser instalada, decresce com a
mostrado ao lado. passagem do tempo, conforme representado no
gráfico. A equação algébrica que relaciona a
temperatura interna da geladeira (T) ao tempo (t),
para o trecho representado no gráfico é
A) T = 32 - 2 t
B) T = 32 - 0,5 t
C) T = 32 - 4 t
D) T = 32 - 6 t
A) B)
C) h = 2t + 10 D) h = 5t + 10
E) h = 10t + 2
6
QUESTÃO 51 - (PUC-MG) O gráfico da função f(x) = ax QUESTÃO 58 - O número de soluções da equação 3(x
+ b está representado na figura. – 1)(x + 1)(x – i)(x + i) = 0 é:
A) 0 B) 1 C) 2 D) 3 E) 4
A) 1 B) 3 C) 2 D) 4
QUESTÃO 56 - A fatoração do polinômio P(x) = 2x4 – Uma expressão algébrica que representa essa
função é
20x3 + 70x2 – 100x + 48, cujas raízes são 1, 2, 3 e 4, é
A) y = 0,5x + 1,5
dada pelo item:
B) y = 0,5x + 3
A) P(x) = 2(x – 1)(x – 2)(x – 3)(x – 4) C) y = 1,5x + 1,5
D) y = 3x + 0,5
B) P(x) = 3(x – 2)(x – 4)(x – 6) E) y = 3x + 1,5
D) S = {–3, 0, 5} E) S = {–4, 0, 4}
7
A) y = 3x – 2 A) 42% B) 48% C) 54% D) 60%
B) y = 2x – 2
C) y =2/3 x + 3
D) y = 3/2 x – 2
QUESTÃO 70 - (SARESP) De um grupo de 28 jogadores
E) y = – 2x + 3
de futebol, 12 jogaram em times de São Paulo, 10 em
QUESTÃO 65 - (SAEPE-2016) Uma reta passa pelos times do Rio de Janeiro e 4 já jogaram nas duas
pontos (3, 0) e (0, – 6). cidades. Um jogador do grupo é escolhido, ao acaso.
A equação dessa reta é A probabilidade de que ele tenha jogado nas duas
A) y = – 6x + 3 cidades é
B) y = – 2x – 6
1 3 2 5
C) y = 2x – 6 A) 7 B) 14 C) 7 D) 14
D) y = 3x – 6
E) y = 6x + 3
A medida x, em metros, é
A) 15
B) 30
C) 45
D) 55
QUESTÃO 88 - Observe os triângulos I e II representados
A) 18
abaixo.
B) 28
C) 30
D) 32
10
QUESTÃO 90 - Observe as figuras abaixo. Quais delas A) 140 B) 70 C) 100 D) 140
são semelhantes entre si?
QUESTÃO 95 - (SARESP) A altura de uma árvore é 3 m
e ela está a 20 m de um edifício cuja altura é 18m.
A) 15 m.
B) 18 m.
A) As figuras 1 e 2 são semelhantes. C) 20 m.
B) As figuras 2 e 3 são semelhantes.
C) As figuras 1 e 3 são semelhantes. D) 25 m.
D) As figuras 1, 2 e 3 são semelhantes.
QUESTÃO 91 - desenhou o triângulo DEF semelhante
ao de Diana. Conforme as medidas dos triângulos
abaixo, qual o valor de x? QUESTÃO 96 - (SARESP) Uma praça tem a forma de um
A) 9 triângulo retângulo, com uma via de passagem pelo
gramado, que vai de um vértice do ângulo reto até a
B) 8 calçada maior, como ilustrado pela figura abaixo.
Sabendo que esta via divide o contorno maior do
C) 7 gramado em dois pedaços, um de 32 m e outro de 18
m, o contorno b mede, em metros,
D) 6
𝑥 3 2
A) C)
2 2
B) x
3
D)
2
C) x 2
QUESTÃO 98 - (SARESP) A altura de uma árvore é 7 m.
D) 3x
Será fixada uma escada a
QUESTÃO 94 - (SARESP) A trave AB torna rígido o 1 m de sua base para que
portão retangular da figura. Seu comprimento, em um homem possa podar os
centímetros, é seus galhos. Qual o menor
comprimento que esta
escada deverá ter?
A) 2 3 m C) 5 2 m
B) 4 3 m D) 7 2 m
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QUESTÃO 99 - Uma torre tem 20 m de altura e uma DESCRITOR 51 - RESOLVER PROBLEMAS USANDO AS
pomba voou em linha reta do seu topo até o ponto PROPRIEDADES DOS POLÍGONOS. (SOMA DOS
M. A distância do centro da base do monumento até ÂNGULOS INTERNOS, NÚMERO DE DIAGONAIS E
o ponto M é igual a 15m, como mostra a ilustração CÁLCULO DO ÂNGULO INTERNO DE POLÍGONOS
abaixo. REGULARES).
B) 2m
C) 3m
D) 4m
QUESTÃO 101 - (SARESP) O sólido representado na QUESTÃO 104 - (ANRESC) A construção de uma praça
figura é um prisma reto retangular, e tem dimensões na forma de um pentágono regular terá calçadas
que ligam os vértices (cantos) não consecutivos desse
medindo 6 cm, 8 cm e 10 cm. Qual é, em centímetros,
pentágono. Nessas condições, a praça possui um
a soma das medidas dos segmentos AM e MP?
número de calçadas igual a
A) 3
B) 5
C) 10
D) 11
QUESTÃO 105 - (SARESP) Considere o polígono. A soma
dos seus ângulos internos é:
A) 20 B) 10√2 C) 10 + 10√2 D) 24
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QUESTÃO 106 - (SARESP) O número de diagonais da ângulos internos do polígono formado são todos
iguais. O valor deste ângulo é:
figura ao lado é:
A) 30º
B) 90º
C) 120º
D) 150º
A) C)
C)
D)
B) D)
A)
C)
QUESTÃO 115 - Observe o dado representado pela
figura abaixo.
B) D)
14
QUESTÃO 118 - (SARESP) Bia recortou a figura abaixo e, Curiosa, Talita desmontou a barraca para ver sua
em seguida, fez uma colagem para obter um sólido de forma. Qual das figuras representa a barraca
papelão. desmontada?
A) B)
C) D)
D)
A)
A) B)
C) D)
C)
3 3 4 4
A) 5 B) 2 C) 3 D) 5
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QUESTÃO 123 - (SARESP) No triangulo retângulo ABC QUESTÃO 126 - Um avião parte do aeroporto numa
abaixo, a hipotenusa BC mede 1. Quanto o cateto trajetória retilínea, formando com o solo um ângulo de
AB? 30°. Qual a distância que ele terá percorrido quando
atingir 2.000 m de altitude?
A) 1
B) sen θ A) 1.000m
C) cos θ
B) 2.000m
D) tg θ
C) 4.000m
QUESTÃO 124 - (SIMAVE) Duas ruas de uma cidade D) 6.000m
mineira encontram-se em P formando um ângulo de
30º. Na rua Rita, existe um posto de gasolina G que
QUESTÃO 127 - De acordo com a figura abaixo, qual
dista 2 400 m de P, conforme mostra a ilustração
a altura, em metros, da rampa?
abaixo.
A) 1
B)
C)
Sabendo que cos 30º ≈0,86, sen 30º ≈0,50 e tg 30º
≈0,68, a distância d, em metros, do posto G à Rua D) 4
Reila é aproximadamente igual a
QUESTÃO 128 - Um avião decola de um aeroporto
A) 1 200 B) 1 392 C) 2 064
formando um ângulo de 30° com o solo, como mostra
D) 2 790 E) 4 800 a figura abaixo.
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A largura aproximada do rio é de: QUESTÃO 133 - (Cesgranrio) A área do triângulo cujos
vértices são os pontos (1,2), (3,5) e (4,–1) vale:
A) 285m B) 350m C) 410m D) 715m
A) 4,5 B) 6 C) 7,5 D) 9 E) 15
QUESTÃO 130 - (SARESP) O teodolito é um instrumento
utilizado para medir ângulos. Um engenheiro aponta
um teodolito contra o topo de um edifício, a uma
QUESTÃO 134 - (UVA) As intersecções das retas y = x,
distância de 100 m, e consegue obter um ângulo de
y = – x e y = 4 em IR são vértices de um triângulo cujas
55º.
unidades de área são:
A) 12 B) 16 C) 18 D) 20
A) 6
B) 10
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QUESTÃO 139 - (Fatec-SP) Se os pontos (1; 4), (3; 2) e QUESTÃO 145 - (SARESP) Os pontos (1, 1), (3, 5) e (6, k)
(7; y) são vértices consecutivos de um retângulo, são colineares. O valor de k é:
então a sua área, em unidades de superfície, é
A) –9 B) 9 C) 10 D) 11
A) 8 B) 8 C) 16 D) 16 E) 32
QUESTÃO 146 - (SARESP) No gráfico abaixo, você vê
QUESTÃO 140 - A área do quadrilátero FGHI, em que uma reta que corta o eixo X no ponto de abscissa 8, e
as coordenadas dos vértices são F(–6, –2), G(–4, o eixo Y no ponto de ordenada 6. A equação dessa
5), H(4, 9) e I(3, –1) é: reta é:
A) são coincidentes.
B) são paralelas e distintas.
A) y = x + 4 B) y = 4x + 2 C) y = x – 2 D) y = 2x + 4
C) são perpendiculares.
QUESTÃO 144 - (SARESP) A reta que passa pelo (0,5) e D) formam um ângulo agudo e outro obtuso.
tem inclinação de 45º com o sentido positivo do eixo QUESTÃO 150 - No plano cartesiano, uma reta passa
horizontal é: pelo ponto (0, -1) e forma um ângulo de 30º com o
eixo das abscissas. Quais as coordenadas do ponto de
A) y = 5x + 3
intersecção dessa reta com o eixo das abscissas,
B) y = x + 5 sabendo que ele não passa no 3o quadrante?
C) y = 3 A) (30, 0) D) (0, )
D) y = 3x + 5 B) (0, 30) E)
C) ( , 0)
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QUESTÃO 151 - (UVA) O triângulo ABC, desenhado no Qual das equações a seguir representa uma
referencial cartesiano abaixo, é equilátero, e seus circunferência?
lados têm 4 unidades de comprimento. Descubra a
A) 2x2 + 3y2 – 2x + 4y + 1 = 0
equação da reta que contém o lado BC do triângulo.
B) x2 – y2 + 3x – 6y + 8 = 0
C) x2 + y2 – 2xy + 2x – 1 = 0
C) y = x-4 A) x2 + 3y2 – 6x + 4y – 9 = 0
B) x2 + 6x – 4y + 1 = 0
D) y = x
C) x2 + y2 + 4xy – 2 = 0
QUESTÃO 152 - (UECE) Uma reta passa pelos ponto (1,
2) e intercepta os semi-eixos positivos formando um D) x2 + y2 – 2x + 4y + 6 = 0
triângulo retângulo. Se a área deste triângulo é 4 E) –x2 – y2 + 8x – 7 = 0
unidades de área, então o coeficiente angular da
reta é: QUESTÃO 158 - (UFV-MG) Quais os valores de R para
que o gráfico da equação x2 + y2 + 4x + 6y + R = 0 seja
A) - 4 B) - 3 C) -2 D) -1 uma circunferência?
Descritor 56 - Reconhecer, dentre as equações do 2° A) R < 8 B) R> 6 C) R < 13 D) R > 2 E) R < 10
grau com duas incógnitas, as que representam
circunferências.
QUESTÃO 153 - (Ulbra-RS) Das equações seguintes, QUESTÃO 159 - Quais os valores de a, b e c para que
indique aquela que é equação de circunferência. a equação ax2 + y2 + bxy + 6x + 8y + c = 0 represente
uma circunferência de raio 6?
A) x2 + y2 + 2x – 3y – 4 = 0
A) a = 0, b = 0, c = 0
B) 2x2 + y2 – x – y + 2 = 0
B) a = 1, b = 0, c = 1
C) x2 + y2 + 3xy – 2x – 1 = 0
C) a = 2, b = 1, c = 3
D) Todas são equações de circunferência.
D) a = 1, b = 0, c = -11
E) Nenhuma é equação de circunferência.
E) a = -9, b = 12, c = 3
QUESTÃO 154 - Qual das equações abaixo representa
uma circunferência? QUESTÃO 160 - (Cefet-CE) O que representa
geometricamente a igualdade y2 + 2xy + x2 = 0?
A) (x – 1)2 + (y + 3)2 = 36
A) Circunferência
B) (x – 1)2 + (y – 7)2 = – 64 B) Parábola
C) Bissetriz dos quadrantes pares
C) (y – 5)2 – (x – 4)2 = 72
D) Elipse
D) (y + 7)2 – (x – 9)2 = – 125
QUESTÃO 161 - (UECE) A equação x2 – y2 – 2x + 4y – 3
E) (y + 9)2 – (x + 10)2 = 144 = 0 representa um (a):
QUESTÃO 155 - (Cefet-CE) O maior valor inteiro de k, A) circunferência
para que a equação x2 + y2 + 4x – 6y + k = 0 represente B) Parábola
uma circunferência, é: C) Elipse
D) Par de retas concorrentes
A) 13 B) 12 C) 11 D) 10
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QUESTÃO 162 - (SARESP) Uma circunferência está C) (3, 2); (5, –3); (2, 3); (–3, –4); (–5, 0)
inscrita em um quadrado conforme indica a figura
D) (–4, –3); (3, 2); (–3, 5); (2, 3); (0, –5)
abaixo. A equação desta circunferência é:
E) (2, 3); (–3, –4); (3, 2); (–5, 0); (–3, 5)
A) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 1
QUESTÃO 166 - Na figura abaixo encontram-se
B) (x – 2)2 + (y – 1)2 = 2
representados no plano cartesiano os pontos M, N, P
e Q.
C) (x + 2)2 + (y + 1)2 = 2
D) (x + 2)2 + (y + 1)2 = 1
A) 1 B) 5 C) 10 D) 25
B) E)
C)
20
A) N. B) M C) O. D) P. E) Q.
A) C1
Uma pessoa saiu da esquina indicada pelo ponto P e B) C4
percorreu o seguinte percurso:
C) D4
• caminhou 300 metros na direção Sul;
D) B6
• depois caminhou 200 metros na direção Leste;
A) Q. B) R. C) S. D) T.
QUESTÃO 172 - De acordo com o sistema cartesiano
QUESTÃO 169 - Paulo e Miguel estão jogando uma ortogonal abaixo, qual é o ponto que pertence ao
partida de batalha naval. Nessa partida, Miguel já eixo das abscissas?
acertou uma parte do submarino de Paulo, como
A) A
mostra a figura abaixo.
B) B
C) C
D) D
E) E
C) (0, 4)
D) (2, 0)
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Descritor 58 - Interpretar geometricamente os QUESTÃO 177 - (UFPE) Na figura a seguir as retas r e s
coeficientes da equação de uma reta. são paralelas, e a distância da origem (0,0) à reta s é
A) 0
B) 10
C) 20
D) 30
E) 40
Os valores dos coeficientes a e b são
QUESTÃO 178 - (UFMG) Observe a figura a seguir.
A) a = 1 e b = 2. B) a = - 1 e b = - 2. Nessa figura, está representada a reta r de equação
y = ax + 6. Se A = (-a ;- 4, -a - 4) pertence à reta r, o
C) a = - 2 e b = - 2. D) a = 2 e b = -2. valor de a é
E) a = - 1 e b = 2.
A) x; crescente; (b/a)
E) x e y; crescente; (c/a)
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QUESTÃO 181 - (PUC-MG) O gráfico da função f(x) = QUESTÃO 184 - Carlos viajou de São Camilo para
ax + b está representado na figura. Palmares. Veja na figura abaixo a distância entre
essas cidades.
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QUESTÃO 190 - (SARESP) Um período de tempo de sete QUESTÃO 195 - Maria vai contornar com renda uma
horas e meia corresponde a quantos minutos? toalha circular com 50 cm de raio, conforme a figura
A) 750 B) 650 C) 550 D) 450 abaixo.
A) 4 B) 6 C) 8 D) 10
24
quadra, uma parte quadrada para o canteiro de A) 11 m2 B) 14 m2 C) 16 m2 D) 20 m2 E) 22 m2
flores e outra, também quadrada, para o gramado.
QUESTÃO 203 - Qual a área da figura abaixo?
A) 36 cm2
B) 24 cm2
C) 16 cm2
D) 10 cm2
Sabe-se que o perímetro da parte destinada ao
gramado é de 20 m, e o do canteiro de flores, é de 12
m.
Qual o perímetro da parte destinada à piscina? QUESTÃO 204 - Qual a área do quadrado circunscrito
numa circunferência de raio 4 cm?
A) 8 m B) 15 m C) 16 m D) 32 m
A) 8 cm2
QUESTÃO 200 - A piscina de um hotel recebeu uma
grade de proteção na faixa indicada na figura B) 16 cm2
abaixo.
C) 32 cm2
D) 64 cm2
A) 17
B) 32
O comprimento total dessa grade é
C) 40
A) 84 m B) 68 m C) 38 m
D) 30 m E) 12 m D) 160
QUESTÃO 201 - O pátio de uma escola tem o formato QUESTÃO 206 - Qual a área do círculo abaixo?
da f gura ABCDEFGH e possui dimensões CD = EF
A) 100 π cm²
= 4m e AB = BC = DE = FG = 2m.
B) 25 π cm²
C) 20 π cm²
D) 10 π cm²
B) 16π cm2
Descritor 67 - Resolver problema envolvendo o cálculo
de área de figuras planas. C) 25π cm2
QUESTÃO 202 - A figura D) 34π cm2
abaixo representa um pátio
em forma de trapézio. QUESTÃO 208 - Um campo de futebol vai ser gramado
novamente apenas nas duas pequenas áreas do
Para pavimentar esse pátio, goleiro. Essas áreas são formadas por dois retângulos
quantos metros quadrados de lados que medem 3m e 7m, como mostra a figura
de cerâmica são abaixo.
necessários?
25
QUESTÃO 212 - Cada triângulo tem área igual a um
centímetro quadrado. Qual a área total, em
centímetros quadrados, da figura em destaque?
A) 21
B) 19
C) 15
Qual é a área desse campo que vai receber gramado
novo? D) 12
A) 8 m2 C) 42 m2
A) 22 B) 24 C) 44 D) 144 E) 288
C) 51 A) (90 + 10 )cm2
B) 90 cm2
D) 560
C) 10 cm2
QUESTÃO 211 - A figura abaixo mostra o projeto
D) (10 + 90 )cm2
original da árvore de natal da cidade em que Roberto
mora. Como consideraram a árvore muito grande, E) 10 cm2
fizeram um novo projeto, de modo que suas QUESTÃO 216 - Qual a área total de um prisma
dimensões se tornaram 2 vezes menores que as do hexagonal regular de 5 cm de aresta lateral e 3 cm de
projeto original. aresta da base?
A) 8(10 + )cm2
B) 280 cm2
C) 80 cm2
D) 9(10 + 3 )cm2
E) 110 cm2
Para o novo projeto, as dimensões foram QUESTÃO 217 - Qual a área total de uma escultura em
A) multiplicadas por 2. forma de uma pirâmide quadrangular, cuja altura
B) divididas por 2. mede 4 m e o apótema da base 3 m?
C) subtraídas em duas unidades.
D) divididas por 4. A) 12 m2 B) 36 m2 C) 48 m2 D) 96 m2 E) 144 m2
26
QUESTÃO 218 - (SARESP) A pirâmide regular de base QUESTÃO 222 - (SARESP) Uma lata em forma de um
quadrada representada na figura tem a aresta da cilindro tem 20 cm de altura e sua base é um circulo
base medindo 3 cm e a aresta lateral medindo 5 de raio igual a 6 cm. A área do papel necessário para
cobrir toda a superfície dessa lata, incluindo a tampa
cm. Qual é a medida da altura dessa pirâmide?
e o fundo, é de, aproximadamente:
A) 6 cm B) 5 cm C) 4 cm D) 3 cm A) 751 cm2
B) 867 cm2
QUESTÃO 219 - (SARESP) A figura seguinte representa C) 936 cm2
uma pirâmide regular de base quadrada. Nessa figura D) 980 cm2
podem ser identificados os seguintes elementos da
pirâmide: QUESTÃO 223 - (SARESP) Um reservatório cilíndrico de
raio da base 3 m e altura 7 m, tem área da superfície
lateral igual a
A) 42 m2 B) 35 m2 C) 32 m2 D) 21 m2
A) 64 cm2 B) 80 cm2 C) 120 cm2 D) 144 cm2 QUESTÃO 225 - (UECE) O volume de um cilindro
QUESTÃO 220 - (SARESP) Uma pequena torre, circular reto é (36 ) cm3. Se a altura desse cilindro
representada abaixo, tem um telhado com a forma
mede 6 cm, então a área total desse cilindro, em
de pirâmide regular de base quadrada que coincide
cm2, é:
com o topo do corpo
da torre, que tem a A) 72π B) 84 π C) 92 π D) 96 π
forma de um
paralelepípedo reto
de base quadrada.
QUESTÃO 226 - (UECE) O volume, em m3, e a área
A altura h da torre é total, em m2, de um cilindro circular reto são expressos
de aproximadamente pelo mesmo número. Se a medida do raio da base
A)10 m deste cilindro, em metros, é um número inteiro, seu
menor valor é:
B) 9,6 m
A) 1 B) 2 C) 3 D) 4
C) 7,6 m
QUESTÃO 227 - Em um cone reto, o raio da base
D) 2,6 m
mede 4 cm e a geratriz 6 cm. Qual é a área total
desse cone?
QUESTÃO 221 - (Cefet-CE) A área total da pirâmide A) 64 π cm2 B) 60 π cm2 C) 40 π cm2 D) 24 π cm2
triangular regular, com todas as arestas iguais a 5 cm,
vale, em cm2: QUESTÃO 228 - (UEMG) Dado um cone reto, no qual a
27
QUESTÃO 229 - (Cefet-RJ) A geratriz de um cone de QUESTÃO 235 - (UCDB-MT) Uma secção feita numa
revolução forma com o eixo um ângulo de 30º. Sendo esfera a 2 cm do centro tem 5π cm2 de área. Então a
12 cm o perímetro da secção meridiana do cone, a área da superfície esférica é igual a:
sua área total será, em cm2: A) 38π cm2
B) 32π cm2
A) 10 π B) 11 π C) 12 π D) 13 π E) 14 π
D) 40π cm2
D) 36π cm2
QUESTÃO 230 - Para uma festa de aniversário, serão
confeccionados chapéus de papel na forma de
QUESTÃO 236 - (Fuvest-SP) Uma superfície esférica de
cones retos com 15 cm de altura e 12 cm de diâmetro.
Qual a quantidade mínima de papel a ser utilizada na raio 13 cm é cortada por um plano situado a uma
confecção de cada um desses chapéus? distância de 12 cm do centro da superfície esférica,
A) 100,12 cm2 determinando uma circunferência. O raio desta
B) 403,64 cm2 circunferência, em cm, é:
C) 502,35 cm2
D) 304,45 cm2 A) 1 B) 2 C) 3 D) 4 E) 5
28
Um prisma reto de base pentagonal foi desdobrado ser 4/5 da altura e o reservatório deve ter capacidade
obtendo-se essa figura, na qual as linhas pontilhadas para 720 m3, qual deverá ser a medida aproximada
indicam as dobras. O volume desse prisma é: do lado da base?
A) 8,7 m D) 15,0 m
A) 6 +
B) 12,0 m E) 16,0 m
C) 13,9 m
B) QUESTÃO 243 - (UFPE) Na figura abaixo o cubo de
aresta medindo 6 está dividido em pirâmides
C) 30 + congruentes de bases quadradas e com vértices no
centro do cubo. Qual o volume de cada pirâmide?
D) 6 + A) 36
B) 48
QUESTÃO 240 – Observe a imagem abaixo.
C) 54
D) 64
E) 72
A) r = B) r = C) r = D) r = E) r =
30
Frequência
Tipo de revista
percentual (%)
TEMA IV: 40
30
Semanal
Mensal
TRATAMENTO DA 15 Bimestral
15 Trimestral
INFORMAÇÃO Qual o gráfico que representa os dados acima
apresentados?
Descritor 76 - Associar informações apresentadas em
listas e/ou tabelas aos gráficos que as representam e
vice-versa.
OS ALVOS DA DOENÇA
As cidades mais castigadas pela dengue em
2002
Cidades Casos confirmados
Rio de Janeiro 7690
Campo Grande 341
Recife 1319
Goiânia 235
O gráfico de barras que melhor representa esta QUESTÃO 257 – (SARESP) Foi perguntando a um total
tabela é de 100 pessoas em uma cidade se frequentavam
cinema e se frequentavam teatro. A tabela abaixo
resume o resultado desta pesquisa.
CINEMA
SIM NÃO
SIM 52 8
TEATRO
NÃO 36 4
Se os dados dessa pesquisa forem transportados para
o gráfico abaixo, a coluna pintada de preto deve
representar o número de pessoas que:
B)
D
C)
)
E)
QUESTÃO 259 – No quadro abaixo encontram-se as QUESTÃO 261 – O Índice de Desenvolvimento Humano
idades de 20 estudantes que praticam vôlei. (IDH) criado pela Organização das Nações Unidas
(ONU), em 1990, é o resultado de uma série de
pesquisas que avaliam aspectos como renda per
capta, distribuição de renda, situação educacional e
condições da saúde da população de um país ou de
Reunindo estas informações num gráfico, obtemos uma região. O IDH é um número que varia de 0 a 1, e
quanto mais próximo de 1 esse número estiver, mais
desenvolvido é a região a qual ele se refere.
QUESTÃO 260 – Observe o gráfico de barras que O gráfico que apresenta as informações desse quadro
mostra o número de helicópteros da frota brasileira, no é
período de 1997 a 2002.
32
QUESTÃO 264 – O histograma abaixo apresenta a
distribuição das faixas salariais numa pequena
empresa. Qual a média salarial aproximada em reais,
baseada nos dados?
A) 195,31
B) 234,37
C) 312,50
D) 640,62
E) 890,62
A) Apenas a moda
B) Apenas mediana
C) Média e moda
D) Mediana e moda
E) Média e mediana
C) 36
D) 60
33
QUESTÃO 268 – (SARESP) Numa turma de 58 alunos, foi
aplicado e corrigido um teste, atribuindo-se notas de
0 a 10. O histograma a seguir apresenta a frequência
das notas para cada intervalo de notas com
amplitude 2.
A) 24 B) 27 C) 39 D) 54
A) 91 pontos
B) 93 pontos
C) 94 pontos
D) 100 pontos
A) 11
B) 12
C) 13
D) 14
34
Língua Portuguesa
35
flor. Se, ao contrário, você é de dormir cedo, então
36
absolutamente não era nada. Dava-se por muito feliz verdadeira combustão, mas uma combustão sem
por ter tido a oportunidade de oferecer aquela flor à chamas, que se faz dentro de pequenas formações
moça que ali estava. E sem ousar olhar novamente que existem nas células, as mitocôndrias, que são
para ela, disse: nossas verdadeiras usinas de energia.
– Mais flores daria se mais flores eu tivesse! TOSI, Lúcia. Química da digestão. Rio de Janeiro, Ciência Hoje na Escola ,
Rio de Janeiro, n.6, 1998. p.48.
Assim é Pedro – o homem da flor. Discreto, sorridente
e amável, mesmo na sua pobreza. Vende flores quase QUESTÃO 03. (SARESP) O texto afirma que o nosso
sempre e oferece flores quando se emociona. Foi o
corpo pode ser comparado a uma fábrica porque
que aconteceu na noite em que, mal chegado a (A) reage quimicamente pela combustão.
Copacabana, viu o povo que rodeava o corpo do (B) move-se à base de gasolina ou álcool.
homem morto, vítima de um mal súbito. Só depois é
(C) produz energia a partir dos alimentos.
que se soube que Pedro o conhecia do tempo em (D) utiliza oxigênio como combustível.
que era porteiro de um bar no Lido. Na hora não. Na
hora ninguém compreendeu, embora todos se Leia o texto a seguir para a questão 04.
comovessem com seu gesto, ali abaixado a colocar ABELHAS CONTRA ARMAS DE GUERRA
todas as suas flores sobre as mãos do homem morto.
Enxames de abelhas treinadas são a esperança
Pois foi o que Pedro fez, voltando em seguida para a
mais recente para combater uma praga que infesta
sua favela do Esqueleto. Naquela noite não
dezenas de países, as minas terrestres. Tais armas
trabalhou.
PONTE PRETA, Stanislaw. Dois amigos e um chato. São Paulo: Moderna, 1986. p. 5-6. estão entre as perversas invenções do homem.
Custam poucos dólares, mas para removê-las são
QUESTÃO 02. (SARESP) A personagem Pedro vendia
necessários milhares de dólares e, muitas vezes, o
flores em
custo de vidas humanas. Há milhares de mutilados,
(A) bares de Copacabana.
muitos deles crianças, em dezenas de países. Num
(B) favelas no Esqueleto.
artigo na revista científica “Optics Express”, o
(C) portarias no Lido.
americano Joseph Shaw e seus colegas contam
(D) repartições públicas.
como treinaram abelhas para encontrar minas com
Leia o texto a seguir para a questão 03. 97,5% de acurácia. Eles desenvolveram um sistema a
QUÍMICA DA DIGESTÃO laser que marca e identifica as abelhas rapidamente.
Para viver, entre outras coisas, precisamos de energia. As abelhas, na verdade, aprendem a reconhecer o
Como não podemos tirar energia da luz do sol para cheiro de uma substância presente nas minas e que é
viver, como os vegetais, essa energia usada pelo inserida numa mistura doce com a qual são
nosso organismo vem das reações químicas que alimentadas. Segundo Shaw, o olfato dos insetos é
acontecem nas nossas células. melhor que o de cães e o risco de acidentes é
Podemos nos comparar a uma fábrica que funciona reduzido a quase zero.
Revista O Globo. Rio de Janeiro, n. 55, ago. 2005, adaptado, p. 50.
24 horas por dia. Vivemos fazendo e refazendo os
materiais de nossas células. Quando andamos, QUESTÃO 04. (SARESP) No texto, afirma-se que
cantamos, pensamos, trabalhamos ou brincamos, (A) muitas crianças ficam mutiladas em função de
estamos consumindo energia química gerada pelo minas terrestres.
nosso próprio organismo. E o nosso combustível vem (B) muitos países gastam milhões de dólares
dos alimentos que comemos. fabricando minas terrestres.
No motor do carro, por exemplo, a gasolina ou o (C) o emprego de laser para desarmar minas terrestres
álcool misturam-se com o ar, produzindo uma é barato.
combustão, que é uma reação química entre o (D) o cheiro das abelhas propicia o desarmamento
combustível e o oxigênio do ar. Do mesmo modo, nas de minas terrestres.
células do nosso organismo, os alimentos reagem com Leia o texto a seguir para a questão 05.
o oxigênio para produzir energia. No nosso corpo, os DEBAIXO DA PONTE
organismos são transformados nos seus componentes
mais simples, equivalentes à gasolina ou ao álcool, e, Moravam debaixo da ponte. Oficialmente, não é
portanto, mais fáceis de queimar. O processo se faz lugar onde se more, porém eles moravam. Ninguém
através de um grande número de reações químicas lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de
que começam a se produzir na boca, seguem no condomínio: a ponte é de todos, na parte de cima;
estômago e acabam nos intestinos. As substâncias de ninguém, na parte de baixo. Não pagavam conta
presentes nesses alimentos são decompostas pelos de luz e gás, porque luz e gás não consumiam. Não
fermentos digestivos e se transformam em substâncias reclamavam contra falta d’água, raramente
orgânicas mais simples. Daí esses componentes são observada por baixo de pontes. Problema de lixo não
transportados pelo sangue até as células. Tudo isso tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora
também consome energia. não conviesse atirá-lo em parte alguma, se dele
A energia necessária para todas essas transformações vinham muitas vezes o vestuário, o alimento, objetos
é produzida pela reação química entre esses de casa. Viviam debaixo da ponte, podiam dar esse
componentes mais simples, que são o nosso endereço a amigos, recebê-los, fazê-los desfrutar
combustível, e o oxigênio do ar. Essa é uma comodidades internas da ponte.
37
À tarde surgiu precisamente um amigo que morava – O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua
nem ele mesmo sabia onde, mas certamente morava: conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
nem só a ponte é lugar de moradia para quem não Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e
dispõe de outro rancho. Há bancos confortáveis nos enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita
jardins, muito disputados; a calçada, um pouco e linda.
menos propícia; a cavidade na pedra, o mato. Até o – Mas, que coisa. . .
ar é uma casa, se soubermos habitá-lo, Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar
principalmente o ar da rua. O que morava não se o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando
sabe onde vinha visitar os de debaixo da ponte e mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador
trazer-lhes uma grande posta de carne. Nem todos os ou pensava em outra coisa.
dias se pega uma posta de carne. Não basta procurá- – Ora, sim senhor. . .
la; é preciso que ela exista, o que costuma acontecer E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse
dentro de certas limitações de espaço e de lei. um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor"
Aquela vinha até eles, debaixo da ponte, e não tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe
estavam sonhando, sentiam a presença física da tivesse feito um presente de rei.
ponte, o amigo rindo diante deles, a posta bem (BRAGA, Rubem. A outra noite. In: PARA gostar de ler: crônicas. São Paulo:
Ática, 1979. v. 2.)
pegável, comível. Fora encontrada no vazadouro,
supermercado para quem sabe freqüentá-lo, e QUESTÃO 06. (SARESP) O autor conta que em São
aqueles três o sabiam, de longa e olfativa ciência. Paulo e no Rio estava uma noite de
(A) calor e chuva.
Comê-la crua ou sem tempero não teria o
mesmo gosto. Um de debaixo da ponte saiu à caça (B) lua cheia.
de sal. E havia sal jogado a um canto de rua, dentro (C) luar lindo.
(D) vento e chuva.
da lata. Também o sal existe sob determinadas regras,
mas pode tornar-se acessível conforme as Leia o texto a seguir para a questão 07.
circunstâncias. E a lata foi trazida para debaixo da Aumentam casos de virose misteriosa
ponte. Debaixo da ponte os três prepararam comida. Duas pessoas já morreram e dezenas estão
Debaixo da ponte a comeram. Não sendo operação apresentando os mesmos sintomas de uma virose
diária, cada um saboreava duas vezes: a carne e a provavelmente relacionada à salmonela paratify, em
sensação de raridade Santarém, no Oeste do Pará. O número de
da carne. E iriam aproveitar o resto do dia dormindo atendimentos no pronto-socorro municipal triplicou
(pois não há coisa melhor, depois de um prazer, do nos últimos dias. Mais de dois mil casos foram
que o prazer complementar do esquecimento), registrados desde janeiro.
quando começaram a sentir dores. (AUMENTAM casos de virose misteriosa. Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, p. A4,
Dores que foram aumentando, mas podiam 8 abr. 2003. Adaptação.)
ser atribuídas ao espanto de alguma parte do QUESTÃO 07. (SARESP) A virose misteriosa
organismo de cada um, vendo-se alimentado sem (A) matou centenas de paraenses.
que lhe houvesse chegado notícia prévia de (B) contaminou dezenas de pessoas.
alimento. Dois morreram logo, o terceiro agoniza no (C) quadriplicou o número de atendimentos.
hospital. Dizem uns que morreram da carne, dizem (D) atingiu cerca de mil habitantes.
outros que do sal, pois era soda cáustica. Há duas
vagas debaixo da ponte. Leia o texto a seguir para a questão 08.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Debaixo da ponte. In: Obra Completa, “Hércules e o carroceiro”
Rio de Janeiro: José Aguilar Editora, 1967, p. 896-897. Um carroceiro levava a carroça muito
QUESTÃO 05. (SARESP) No primeiro parágrafo, ao carregada por uma estrada lamacenta. As rodas
introduzir o cenário, o narrador já anuncia o afundaram na lama e os cavalos não conseguiram
envenenamento das personagens quando diz desatolar. Ele ficou se lamentando desesperado e
(A) Ninguém lhes cobrava aluguel. implorou a ajuda de Hércules, até que o herói
(B) Não pagavam conta de luz e gás. apareceu.
(C) Não reclamavam contra falta d’água. — Se você fizer força para arrancar as rodas da
(D) Problema de lixo não tinham. lama, se você dirigir bem os cavalos, eu posso ajudar.
Mas se você não levantar um dedo para tentar sair do
Leia o texto a seguir para a questão 06. buraco, ninguém — nem mesmo Hércules - pode
A outra noite ajudar.
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma O céu ajuda a quem se ajuda.
Esopo. in: O livro das virtudes: uma antologia de William J. Bennett. R. de Janeiro: Nova
noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Fronteira, 1995
Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo QUESTÃO 08. (BAHIA) Por que o carroceiro não
e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá recebeu ajuda?
em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de A) A carroça estava muito carregada.
Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a B) Ele ficou se lamentando desesperado.
cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de C) A estrada estava lamacenta.
sonho, alvas, uma paisagem irreal. D) Ele não fez esforço para resolver a situação.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer
aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
38
Leia o texto a seguir para a questão 09. Verifique com seu médico se você está tomando
“Advertência” algum medicamento ou se teve alguma reação
anterior a uma injeção contra gripe.
Quem ainda não conseguiu enquadrar-se no
Se você deseja ser vacinado na semana de17 de
consumo este mês, ultrapassando a cota calculada maio, por favor, notifique a diretora de pessoal. Áurea
pela Coelba, vai receber, junto com a conta de Ramos, até sexta-feira, 7 de maio. A data e a hora
energia que será entregue em julho, uma advertência serão determinadas de acordo com a disponibilidade
sobre o descumprimento. “A primeira carta é uma da enfermeira, o número de participantes e o horário
advertência, mas, se o consumidor tornar a exceder o conveniente para a maioria do pessoal. Se você
consumo, poderá ter a energia cortada, na primeira deseja estar vacinado neste inverno, mas não pode
vez por três dias, podendo se estender por quatro a comparecer no período estipulado, por favor informe
seis dias nos casos de reincidência, além de pagarem Áurea Ramos. Uma sessão alternativa pode ser
sobretaxa”, informou José Antonio.
Advertência. A Tarde, Salvador, p. 7, 4 jun. 2001.
marcada se houver um número suficiente de
participantes. Para obter informações, por favor
QUESTÃO 09. (BAHIA) Segundo o texto qual a contatar Áurea Ramos no ramal 5577.
punição extrema que poderá ser aplicada ao
usuário? QUESTÃO 10. (PISA) A afirmativa que descreve uma
A) Sobretaxa na conta de energia. característica do programa de vacinação contra
B) Corte temporário de energia. gripe da ACOL é:
C) Advertência na conta de energia. A) Aulas diárias de exercícios serão realizadas durante
D) Corte definitivo de energia. o inverno.
B) As vacinações serão realizadas durante o horário
Leia o texto a seguir para a questão 10. de trabalho.
PROGRAMA ACOL de vacinação VOLUNTÁRIA C) Os participantes receberão um pequeno abono.
CONTRA A GRIPE D) Um médico aplicará as vacinas.
Como você certamente sabe, a gripe pode atacar
rápida e amplamente durante o inverno. Suas vítimas Descritor 2 - Inferir informação em texto verbal.
podem ficar doentes durante semanas. Depreender a informação a partir de informações
A melhor forma de lutar contra o vírus é manter o dadas.
corpo em forma e saudável. Exercícios diários e uma
dieta que inclua muitas frutas e legumes são Leia o texto a seguir para a questão 11.
altamente recomendáveis para ajudar o sistema Nelson Mandela e “a nova África do Sul”
imunológico a combater a invasão desse vírus . Em 1999 para a felicidade do mundo inteiro, Nelson
A ACOL decidiu oferecer a seus funcionários a Mandela se tornou o primeiro presidente negro da
oportunidade de se vacinar contra a gripe como África do Sul. Depois de 28 anos de prisão por sua luta
meio adicional de prevenir que esse vírus insidioso se contra o apartheid, Mandela foi libertado em 1990 e
espalhe entre nós. A pedido da ACOL, uma o então presidente, F. W. de Klerk, pediu-lhe que o
enfermeira virá administrar a vacina na empresa ajudasse a pôr um fim àquele terrível período da
durante um período de meio expediente em horário história do país. O trabalho de ambos levou a África
de trabalho, na semana de 17 de maio. Este do Sul a um recomeço e por isso receberam o Prêmio
programa é gratuito e disponível a todos os Nobel da Paz. Em episódios históricos, eles
funcionários. organizaram eleições livres e pela primeira vez os
A participação é voluntária. Será solicitado ao negros da África do Sul puderam escolher seu
funcionário que se dispuser a tomar a vacina que governo.
assine a declaração de consentimento indicando A África do Sul agora tem sua Carta de Direitos, de
que não sofre de alergias e que está ciente de que modo que todos são iguais perante a lei e igualmente
poderá vir a sofrer pequenos efeitos colaterais. protegidos por ela. Graças a pessoas como Nelson
De acordo com os médicos, a imunização não Mandela, esse tipo de transformação é possível. Ele é
provoca a gripe. Entretanto, pode causar alguns um verdadeiro herói dos direitos humanos.
efeitos colaterais como fadiga, febre baixa e Todos temos direitos. São Paulo: Ática, 1999.
39
escapam pais, professores, chefes nem colegas de desagradou, e fui substituído por um mudo, que narra
trabalho. Afinal, ninguém é de ferro. Paulo Autran por meio de sinais, e arranca os maiores aplausos.
treme nas bases nos primeiros minutos de cada ANDRADE, Carlos Drummond de
apresentação, mesmo que a peça já tenha sido QUESTÃO 13. (SARESP) No texto História para o rei, não
encenada 500 vezes. Só depois da primeira risada, da há identificação do lugar onde se passa a história
primeira reação do público, é que o ator relaxa e nem da época em que ela ocorre.
parte tranqüilo para o resto do espetáculo. Eu, para A) O narrador não dispunha desta informação.
ser absolutamente sincero, fico inseguro a cada artigo B) O reino era pequeno e pouco importante e, por
que escrevo e corro desesperado para ver os primeiro isso, não aparecia no mapa.
e-mails que chegam. [...] C) A história é uma representação do
Você sempre será um ninguém, a não ser que comportamento das pessoas, não importando onde
outros o validem como alguém. Validar o outro e quando.
significa confirmá-lo, como dizer: “Você tem D) O narrador preferiu omitir esta informação por
significado para mim”. Validar é o que um namorado causa do comportamento do Rei.
ou namorada faz quando lhe diz: “Gosto de você
Leia o texto a seguir para a questão 14.
pelo que você é”. Quem cunhou a frase “Por trás de
um grande homem existe uma grande mulher” (e “Hércules e o carroceiro”
vice-versa) provavelmente estava pensando nesse Um carroceiro levava a carroça muito carregada por
poder de validação que só uma companheira uma estrada lamacenta. As rodas afundaram na
amorosa e presente no dia-a-dia poderá dar. [...] lama e os cavalos não conseguiram desatolar. Ele
Por falta de validação, criamos um mundo ficou se lamentando desesperado e implorou a ajuda
consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de Hércules, até que o herói apareceu.
de validação, criamos um mundo onde todos querem — Se você fizer força para arrancar as rodas da lama,
mostrar-se ou dominar os outros em busca de poder. se você dirigir bem os cavalos, eu posso ajudar. Mas
Validação permite que pessoas sejam aceitas se você não levantar um dedo para tentar sair do
pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos buraco, ninguém — nem mesmo Hércules - pode
que fossem. Mas, justamente graças à validação, elas ajudar.
começarão a acreditar em si mesmas e crescerão O céu ajuda a quem se ajuda.
para ser o que queremos. Esopo. in: O livro das virtudes: uma antologia de William J. Bennett. R. de Janeiro: Nova
Fronteira, 1995
Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e
melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova QUESTÃO 14. (BAHIA) Qual o dito popular que tem
competência: validar alguém todo dia. Um elogio relação com o texto?
certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma A) “Ninguém acredita quando o mentiroso fala a
salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um verdade”.
“valeu, cara, valeu” .Você já validou alguém hoje? B) “O trabalho é o verdadeiro tesouro”.
Então comece já, por mais inseguro que você esteja. C) “Dizer é fácil, fazer é que é difícil”.
KANITZ, Stephen. Ponto de vista. Revista Veja. 20 de junho, 2001. p.22. D) “É bom pensar duas vezes antes de agir”
QUESTÃO 12. (SARESP) A que meio de comunicação o Leia o texto a seguir para a questão 15.
autor se refere quando afirma “corro desesperado “Advertência”
para ver os primeiros e-mails” (linha 5)? Quem ainda não conseguiu enquadrar-se no
A) Televisão. consumo este mês, ultrapassando a cota calculada
B) Rádio. pela Coelba, vai receber, junto com a conta de
C) Computador. energia que será entregue em julho, uma advertência
D) Fax. sobre o descumprimento. “A primeira carta é uma
Leia o texto a seguir para a questão 13. advertência, mas, se o consumidor tornar a exceder o
“Histórias para o Rei consumo, poderá ter a energia cortada, na primeira
Nunca podia imaginar que fosse tão agradável a vez por três dias, podendo se estender por quatro a
função de contar histórias, para qual fui nomeado por seis dias nos casos de reincidência, além de pagarem
decreto do Rei. A nomeação colheu-me de surpresa, sobretaxa”, informou José Antonio.
Advertência. A Tarde, Salvador, p. 7, 4 jun. 2001.
pois jamais exercitara dotes de imaginação, e até me
exprimo com certa dificuldade verbal. Mas bastou QUESTÃO 15. (BAHIA) O que a empresa de energia
que o Rei confiasse em mim para que as histórias me elétrica recomenda, no texto, com a palavra
jorrassem da boca à maneira de água corrente. Nem “advertência” (linha 2)?
carecia inventá-las. Inventavam-se a si mesmas. A) Pagamento da conta de energia.
Este prazer durou seis meses. Um dia, a Rainha foi falar B) Cumprimento da conta de energia.
ao Rei que eu estava exagerando. Contava tantas C) Consumo de baixa cota de energia.
histórias que não havia tempo para apreciá-las, e D) Atenção com a cota de energia.
mesmo para ouvi-las. O Rei, que julgava minha Leia o texto a seguir para a questão 16.
facúndia uma qualidade, passou a considerá-la Instruções
defeito, e ordenou que eu só contasse meia história Em caso de incêndio, torça a válvula A na
por dia, e descansasse aos domingos. Fiquei triste, pois direção de Meca. Espere até o ponteiro do mostrador
não sabia inventar meia história. Minha insuficiência chegar à área verde e só então — atenção: só então!
40
pressione a válvula B, designada no aparelho pela (A) têm um aparelho de posicionamento por satélite.
letra C. Dirija o jato de espuma para a chama, tendo (B) seguem as rotas de aviões e helicópteros.
o cuidado de evitar que os indicadores D e E (ou D?, (C) possuem um meio natural de navegação.
no caso do Modelo E?) se encontrem, pois neste caso (D) escolhem o caminho mais curto para casa.
o extintor se incendiará. Distorça a válvula A com uma Leia o texto a seguir para a questão 19.
mão, ajuste a válvula B com a outra e pressione a
válvula F com a outra, até que... Olha, é melhor Sem sinalização
chamar os bombeiros. Recentemente, precisei de um mapa para chegar
VERÍSSIMO, Luís Fernando. A Velhinha de Taubaté. ??. ed. Porto Alegre: LPM, 1994 a um lugar à beira da Marginal Tietê. É claro que o
QUESTÃO 16. (BAHIA) A intenção do autor deste texto mapa de nada adiantou, pois os nomes das pontes
é: estão afixados “nas” pontes e não “antes” delas. E
A) satirizar textos de instrução. não há placas anunciando a qual ponte se está
B) colaborar com o leitor no conserto de extintor. chegando. Ao ver que chegara a uma ponte de
C) levar o mecânico a fazer o conserto do extintor. onde deveria ter saído antes, precisei passar por
D) ensinar a usar o extintor de incêndio. debaixo dela, pegar a alça e cruzá-la. Pergunto à CET
ou ao DSV: custa muito fazer placas com os nomes
Leia o texto a seguir para a questão 17. das pontes das Marginais do Pinheiros e do Tietê, para
Retrato que o cidadão saiba de qual ponte está se
Eu não tinha este rosto de hoje, / assim calmo, assim aproximando? Por que isso ainda não foi feito?
triste, assim magro, / nem estes olhos tão vazios, / nem COSTA, Cláudia. Sem sinalização. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 31 out.
2004.)
o lábio amargo. // Eu não tinha estas mãos sem força,
/ tão paradas e frias e mortas; / eu não tinha este QUESTÃO 19. (SARESP) A pessoa que escreve a carta
coração que nem se mostra. // Eu não dei por esta relata que acabou errando o caminho porque
mudança, / tão simples, tão certa, tão fácil. / — Em (A) as placas estão no lugar errado.
que espelho ficou perdida / a minha face? (B) as pontes estão muito afastadas.
MEIRELES, Cecília. Poesia completa. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1193. (C) desconhecia a Marginal dos Pinheiros.
QUESTÃO 17. (BAHIA) Qual a intenção de Cecília (D) deixou de consultar um mapa.
Meireles com os versos da última estrofe do poema Leia o texto a seguir para a questão 20.
Retrato?
A) Demonstrar a perplexidade diante da
transformação.
B) Mostrar alegria ao falar sobre a transformação.
C) Evidenciar a indiferença à transformação sofrida.
D) Vibrar de felicidade com a transformação.
Leia o texto a seguir para a questão 18.
“Pombos e rodovias”
Já se desconfiava que pombos-correios seguiam
grandes rodovias e ferrovias para voltar para casa.
Isso chegou a ser observado em estudos feitos a partir
de aviões e helicópteros.
Para testar essa hipótese, pesquisadores
colocaram nas costas dessas aves um diminuto
aparelho de posicionamento global por satélite –
QUESTÃO 20. (SARESP) O fato relatado indica que
mais conhecido pela sigla, em inglês, GPS – para
(A) não há um espaço adequado para o animal viver.
mapear com precisão o movimento dos animais. Por
(B) há muita gente distraída no parque.
três anos foram observados 216 vôos de pombos-
(C) o macaco é violento.
correios já experientes que cumpriram trajetórias de
(D) as pessoas das cidades são desumanas.
até 50 km nas redondezas de Roma.
A conclusão é que eles realmente seguem grandes
estradas na volta ao lar, principalmente no início e
no meio da jornada. E isso ocorre mesmo quando
essa rota os afasta do percurso mais curto para
casa. Segundo os autores, ao optar por essa
estratégia, os pombos podem tornar a navegação
mais simples, sem precisar ativar sua “bússola” interna,
e, assim, dedicar, por exemplo, mais atenção a
possíveis predadores.
(POMBOS e rodovias. Ciência Hoje, Rio de Janeiro, set. 2004.)
41
Descritor 3 - Inferir o sentido de palavra ou expressão. as horas de folga para estudar. E acaba de vir lá de
Depreender o sentido de palavras ou expressões a dentro, com os olhos vermelhos do esforço, a
partir do contexto. reclamar:
– Puxa! Estudei uma vela inteira.
Leia o texto a seguir para a questão 21. Comigo mesmo aconteceu de recorrer a tais
medidas, que quase sempre medem melhor ou, pelos
menos, dão uma ideia mais aproximada daquilo que
queremos dizer. Foi noutro dia quando certa senhora,
outrora tão linda e hoje tão gorda, me deu um
prolongado olhar de convite ao pecado. Fingi não
perceber, mas pensei:
“Há uns quinze quilos atrás, eu teria me perdido”.
(In Flora Bender e Ilka Laurito, Crônica: história, teoria e prática. São Paulo:
Scipione, 1993, p. 96-97)
importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir QUESTÃO 24. (SARESP) Em: "Alguns são laicos e outros
embalado pelo mundo. fundamentalistas", pode-se deduzir que o povo
(Texto extraído do livro Menina a caminho, Companhia das Letras. São Paulo, 1997. p.71)
fundamentalista tem posições relacionadas com
QUESTÃO 23. (SARESP) A expressão “sem ferir o (A) doutrinas religiosas.
decoro”, no texto, significa (B) modernidade.
(A) sem abalar as regras morais. (C) industrialização.
(B) sem decorar os fatos. (D) desorientação.
(C) sem ferir os outros. Leia o texto a seguir para a questão 25.
(D) sem magoar os outros.
Herói da Língua
Leia o texto a seguir para a questão 24. Vocês se lembram do meu amigo Toninho Vernáculo.
Já falei dele uma vez, contei histórias da mania que
Por que o mundo está tão desorientado tem de corrigir erros de português. Daí o apelido.
Domenico de Masi
Se eu tivesse de indicar qual denominador comum Cansei de falar: deixa, Toninho, esta língua é
complicada mesmo, até autor consagrado escreve
psicológico caracteriza a sociedade atual no mundo
com dicionários e gramáticas à mão.
inteiro, não teria dúvida. Alguns povos são
dominadores, outros, submissos; alguns são tímidos, - Pelo menos eles têm a humildade de consultar os
outros agressivos. Há os desorganizados e os mestres antes de dar a público o que escrevem –
respondia o Toninho na sua linguagem em roupa de
extremamente metódicos. Alguns são laicos e outros
fundamentalistas. Também existem os povos voltados domingo.
para a modernidade e outros que são tradicionalistas. Lembram-se dele? Quando encontra erros de
português no seu caminho, telefona para os
No entanto, todos os povos do mundo estão, hoje,
responsáveis, exige correções em nome da língua
desorientados.
O que leva a essa desorientação é a rapidez e a pátria e da educação pública. Coisas assim:
- A placa do seu estabelecimento é um atentado
multiplicidade das mudanças. Seis séculos antes de
contra a língua, induz as pessoas a achar que o errado
Cristo, quando as transformações ocorriam
lentamente, Heráclito escreveu: "É na mudança que é o certo, espalha a confusão.
as coisas se assentam". Mas poderíamos dizer isso Ultimamente andava se controlando, me telefonava
muito menos do que antes, relatando atentados mais
hoje? A invenção das técnicas para dominar o fogo,
o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio na graves contra a boa linguagem, praticados por
Mesopotâmia, as grandes descobertas científicas e quitandeiros, padeiros, donos de restaurantes,
prestadores de serviços em geral – e pasmem: até
geográficas realizadas entre os séculos XII e XVI
pela prefeitura (em nomes de ruas), por publicitários,
representam saltos. No entanto, nenhuma dessas
mudanças se realizou em espaço de tempo inferior à jornais.
Dom Quixote da gramática, Toninho não se dava
vida média de uma pessoa. Nenhum ser humano
descanso. (...) Quixoteava lições, fosse qual fosse o
pôde assistir ao processo inteiro.
Hoje as coisas são diferentes. Ao longo de poucas interlocutor:
décadas, passamos de uma economia industrial - Não é "fluído" que se diz, é fluido, com a tônica no u.
"Fluído" é verbo, é particípio verbal, não pode ser uma
centrada na produção de automóveis e de
eletrodomésticos a uma economia pós-industrial coisa. "Gratuíto" não existe, é gratuito que se diz, som
centrada na produção de serviços, informação, mais forte no u. Homem não diz "obrigada", isso é coisa
de menino criado entre mulheres; menino fala
símbolos, valores e estética. Passamos de uma cultura
moderna de livros e de jornais a uma pós-moderna "obrigado". (...) Bom, um dia desses, telefonaram-me
feita de televisão e internet. Saímos do poder exercido de madrugada: Toninho havia sido preso como
pichador de rua. Quê, um homem de 70 anos? Havia
por capitães da indústria para o de cientistas, artistas
algum engano, com certeza. Fomos para a
e da mídia de massa. (...)
É como se, de improviso, uma imensa avalanche, delegacia, uma trinca de amigos.
Engano havia e não havia. Nosso amigo fora
uma enorme massa d’água, uma erupção vulcânica
realmente flagrado pela polícia com spray e latinha
e um terremoto se abatessem de uma só vez sobre
uma região tranqüila, aterrorizando seus habitantes. de tinta com pincel, atuando na fachada de uma
Alguns desses habitantes talvez até contassem com a casa comercial do bairro onde mora.
Explicou-se: estava corrigindo os erros de português
destruição, mas a grande maioria foi surpreendida
durante o sono e vive agora na maior dos pichadores! Começamos os esforços para livrá-lo
desorientação.(...) da multa e da denúncia, explicamos ao delegado
que o ocorrido era fruto de uma mania dele, loucura
43
leve. Por que penalizá-lo por coisa tão pouca? Não ia observada por baixo de pontes. Problema de lixo não
acontecer de novo. Aí o delegado tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora
explicou qual era a bronca. O Toninho havia pedido não conviesse atirá-lo em parte alguma, se dele
para ler seu depoimento, datilografado pelo escrivão, vinham muitas vezes o vestuário, o alimento, objetos
e começou a apontar erros de português no texto do de casa. Viviam debaixo da ponte, podiam dar esse
funcionário. A autoridade tinha a pretensão de ser endereço a amigos, recebê-los, fazê-los desfrutar
também autoridade em gramática. Aí melou, "teje" comodidades internas da ponte.
preso por desacato. Com dificuldade, convencemos À tarde surgiu precisamente um amigo que
o escrivão da loucura mansa do nosso amigo, e ele morava nem ele mesmo sabia onde, mas certamente
liberou o herói da língua pátria. morava: nem só a ponte é lugar de moradia para
(Ivan Ângelo Veja São Paulo, ano 40, no 2. 17 de janeiro de 2007. p.130)
quem não dispõe de outro rancho. Há bancos
QUESTÃO 25. (SARESP) A expressão: na sua linguagem confortáveis nos jardins, muito disputados; a calçada,
em roupa de domingo., significa que Toninho usava um pouco menos propícia; a cavidade na pedra, o
(A) a linguagem de qualquer jeito. mato. Até o ar é uma casa, se soubermos habitá-lo,
(B) as palavras mais simples. principalmente o ar da rua. O que morava não se
(C) uma linguagem pouco culta. sabe onde vinha visitar os de debaixo
(D) a melhor linguagem possível. da ponte e trazer-lhes uma grande posta de carne.
Nem todos os dias se pega uma posta de carne.
Leia o texto a seguir para a questão 26.
Não basta procurá-la; é preciso que ela exista, o que
Dr. Mabuse perde (*) costuma acontecer dentro de certas limitações de
Há alguns anos, numa das raras vezes em que resolvi espaço e de lei. Aquela vinha até eles, debaixo da
comprar um DVD pela Internet, mandei vir um filme ponte, e não estavam sonhando, sentiam a presença
italiano de terror, “A máscara do Diabo”, um pequeno física da ponte, o amigo rindo diante deles, a posta
clássico do gênero. Bastou essa compra para que a bem pegável, comível. Fora encontrada no
memória do computador da empresa vendedora vazadouro, supermercado para quem sabe
decretasse que eu era um especialista em filmes de freqüentá-lo, e aqueles três o sabiam, de longa e
terror, principalmente italianos, e passasse a me olfativa ciência.
invadir com as novidades. Não houve filme de Comê-la crua ou sem tempero não teria o mesmo
vampiro “al dente”(**), comédia de lobisomem gosto. Um de debaixo da ponte saiu à caça de sal. E
calabrês ou drama envolvendo raviólis envenenados havia sal jogado a um canto de rua, dentro da lata.
que não me fosse oferecido. Estamos deixando a Também o sal existe sob determinadas regras, mas
máquina interferir demais na nossa vida. Na Inglaterra, pode tornar-se acessível conforme as circunstâncias.
já há uma câmera de vídeo em circuito fechado para E a lata foi trazida para debaixo da ponte.
cada 14 cidadãos. A nova carteira de identidade, Debaixo da ponte os três prepararam comida.
que todos lá estão sendo obrigados a tirar, contém Debaixo da ponte a comeram. Não sendo operação
mais de 150 informações sobre a pessoa, como diária, cada um saboreava duas vezes: a carne e a
endereço particular, registro profissional eDNA. sensação de raridade da carne. E iriam aproveitar o
Quando esses dados forem conectados às câmeras, resto do dia dormindo (pois não há coisa melhor,
o sujeito poderá ser vigiado até dentro de casa. depois de um prazer, do que o prazer complementar
É preciso resistir. De mim, até agora, os mil olhos do do esquecimento), quando começaram a sentir
ciberespaço só sabem que sou louco pela múmia e dores.
pelo monstro da lagoa negra. Dores que foram aumentando, mas podiam ser
(*) Dr. Mabuse personagem de filme de terror. atribuídas ao espanto de alguma parte do organismo
(**) al dente -ao dente. Na culinária italiana, indica um de cada um, vendo-se alimentado sem que lhe
ponto de cozimento de uma massa. houvesse chegado notícia prévia de alimento. Dois
(Adaptado de Ruy Castro. Folha de S. Paulo, 25/08/2007, p. 2)
morreram logo, o terceiro agoniza no hospital. Dizem
QUESTÃO 26. (SARESP) A expressão “os mil olhos do
uns que morreram da carne, dizem outros que do sal,
ciberespaço” está diretamente relacionada à pois era soda cáustica. Há duas vagas debaixo da
expressão ponte.
(A) especialista em filmes de terror. ANDRADE, Carlos Drummond de. Debaixo da ponte. In: Obra Completa, Rio de Janeiro:
José Aguilar Editora, 1967, p. 896-897.
(B) vigiado até dentro de casa.
(C) a nova carteira de identidade. QUESTÃO 28. (SARESP) Ao terminar o texto com a
(D) só sabem que sou louco pela múmia. afirmação “Há duas vagas debaixo da ponte.”, o
Leia o texto a seguir para a questão 27. narrador sugere que a tragédia será
(A) repetida.
DEBAIXO DA PONTE (B) transformada.
Moravam debaixo da ponte. Oficialmente, não é (C) revertida.
lugar onde se more, porém eles moravam. Ninguém (D) averiguada.
lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de
condomínio: a ponte é de todos, na parte de cima;
de ninguém, na parte de baixo. Não pagavam conta
de luz e gás, porque luz e gás não consumiam. Não
reclamavam contra falta d’água, raramente
44
Leia o texto a seguir para a questão 29. A política municipal oferece, contudo, uma versão
menos qualificada e reprimida pelo direito eleitoral:
INTOLERÂNCIA AOS MORADORES DE RUA
Assistimos cotidianamente a uma maratona de a do clientelismo político. Não se vêem mais, em
agressões de toda espécie, qualificadas de atos grande parte do Brasil, os currais eleitorais
violentos. (...) fisicamente considerados. Temos, porém, currais
Esse não é um fenômeno novo. Ao contrário. psicológicos (seja permitida a liberdade da
Estudos mostram a indignação diante da miséria e o definição) ou econômicos, com variados graus de
influência, neste país heterogêneo. (...)
medo desses “animais urbanos” – mulheres e homens
Ainda é possível aprimorar o processo eleitoral
pauperizados – e ocultam atividades que
desenhavam a estética e as emoções da cidade brasileiro, confirmando a noção do Estado
Democrático de Direito. (...)
ainda nos séculos 18 e 19.
O caminho da participação democrática, da
É com este olhar sobre o passado, que desnuda as
contradições do presente, que proponho dois eixos liberdade de manifestação, do exercício livre da
de leitura sobre o massacre dos moradores de rua no informação e do acesso, sem censura, aos meios de
comunicação social merece ser lembrado nesta
Brasil. O primeiro refere-se à natureza do fenômeno.
Sua origem está nas “raízes do Brasil”, em seu modelo véspera de eleição municipal, quando o povo está
de sociedade excludente, desigual, que gera uma próximo de seus candidatos, mais apto a valorá-los
por si mesmos, com qualificação para viver a beleza
espécie de violência estrutural, pelo fato de que a
da democracia e ter alguma compreensão de seus
riqueza socialmente produzida concentra-se em
poder de poucos, pela fragilidade das políticas defeitos.
(CENEVIVA, Walter. Democracia se fortalece... Folha de S. Paulo, São Paulo,
públicas não só de segurança, mas de trabalho, p. C2, 2 out. 2004. Adaptação.)
habitação, lazer e, sobretudo, de educação, a
principal fonte de formação da cidadania QUESTÃO 30. (SARESP) No segundo parágrafo, a
expressão "currais psicológicos" pretende definir
emancipatória. (...)
(A) a compra e venda de votos que visam à troca
O segundo se refere à natureza das práticas
cotidianas dos moradores de rua. Essas desestabilizam de atendimentos psicológicos nos mais diversos
as “instituições imaginárias da sociedade”, pois as municípios.
(B) um comércio em que as pessoas trocam votos por
práticas de violência surgem a partir de conflitos de
valores, tornando compreensível uma situação de bens psicológicos distintos, por estarem presas ao
ameaça e desequilíbrio da sociedade. Como os político de sua confiança.
(C) um conjunto de pessoas que ficam presas ao
moradores de rua estão excluídos dos mundos
político por armadilhas feitas por ele, para obter votos
socialmente aceitos (a casa, a família e o trabalho),
suas práticas incomodam nossa sociedade fáceis naquele reduto.
(D) a freguesia política em que as pessoas não
extremamente preconceituosa, haja vista que os
trocam votos por bens materiais, mas influenciam-se
mendigos dos grandes centros urbanos brasileiros
continuam sendo vistos como parasitas, com outras coisas.
prevalecendo ainda, na contemporaneidade, a visão
Descritor 4 - Interpretar textos não verbais e textos que
higienista das elites brasileiras do passado. Como não
cidadãos, os moradores de rua são “bodes articulam elementos verbais e não-verbais.
expiatórios” da banalização da violência em nosso Textos como: placas, fotos, quadros, gravuras, mapas,
país. (...) tirinhas, tabelas, etc.
CARVALHO, Denise Bomtempo Birche de. Intolerância aos moradores de rua. Jornal da
Universidade de Brasília, 14 de setembro de 2004. página da Internet,
Observe a imagem a seguir para a questão 31.
htpp.www.unb.org.br, artigos, editado em 01/09/2005. (adaptado)
45
Observe a imagem a seguir para a questão 32. Observe a imagem a seguir para a questão 34.
46
Observe a imagem a seguir para a questão 36. Observe a imagem a seguir para a questão 39.
47
D) Ele desapareceu completamente. uma grande perda óssea, acarretando uma
E) Essa informação não foi fornecida. sensação desconfortável de insegurança constante.
Isso o impede de ter um convívio social normal e
Descritor 5 - Identificar o tema ou assunto de um texto. saudável.
Identificar o núcleo temático que confere unidade Uma nova técnica vem ganhando adeptos nos
semântica ao texto. consultórios odontológicos: é o implante de carga
imediata. Esse procedimento surgiu através de
Novo crocodilo pré-histórico descoberto em São estudos realizados na Suécia há alguns anos.
Paulo Atualmente, o implante de carga imediata é a
solução ideal para quem perdeu um ou mais dentes,
Encontrados onze esqueletos quase completos de
exigindo apenas que o profissional seja o mais preciso
espécie que viveu há 90 milhões de anos. Um parente
possível no diagnóstico e planejamento, e domine a
distante dos crocodilos atuais que viveu há cerca de
técnica. A maior expectativa é preenchida pelo
90 milhões de anos acaba de ser descrito por
resultado estético e funcional, aumentando inclusive
pesquisadores brasileiros. Onze esqueletos quase
a auto-estima do paciente.
completos da espécie primitiva, chamada
"Baurusuchus salgadoensis", foram encontrados no Como funciona?
interior do estado de São Paulo, numa descoberta No implante de carga imediata, o cirurgião-dentista
que já é considerada uma das mais importantes da faz uma incisão na gengiva e instala um parafuso de
paleontologia brasileira. A preservação desses fósseis titânio na região óssea, ao qual fixa um pilar externo
mostra como podem ter sido as catástrofes que sustentará a coroa. Na maioria dos casos, o
ecológicas ocorridas na Terra no Cretáceo e ajuda a paciente pode sair no mesmo dia com o tratamento
entender as condições do planeta nesse período. finalizado.
A origem da descoberta remonta ao início dos anos Indicações?
1990 na cidade de General Salgado (SP), quando um O tratamento de implante imediato é indicado
professor do ensino fundamental e médio encontrou também para pacientes que utilizam dentadura,
os primeiros fósseis da nova espécie com a ajuda de para aqueles que perderam um ou mais dentes, e
seus alunos. para aqueles que não estão satisfeitos com o sorriso.
(Jornal Vidaqui, 29 set. a 12 out.2006, p.11)
O "Baurusuchus salgadoensis" viveu no período
Cretáceo, há cerca de 90 milhões de anos, quando QUESTÃO 42. (SARESP) O assunto tratado no texto
os continentes ainda estavam reunidos em um grande refere-se
bloco, chamado Gondwana. Esse Crocodilo morfo - (A) às pessoas que gostam de sorrir.
como são chamados os parentes distantes dos (B) ao aspecto social dos indivíduos.
crocodilos atuais - media cerca de três metros de (C) a um novo tratamento odontológico.
comprimento e pesava aproximadamente 400 kg. Era (D) aos profissionais nascidos na Suécia.
carnívoro e suas grandes mandíbulas faziam dele um
excelente predador. Suas pernas eram bem mais Observe o texto a seguir para a questão 43.
longas que as dos crocodilos de hoje, já que ele O Homem de Meia-Idade
precisava andar muito mais tempo sobre o solo, em (Lenda chinesa)
comparação com os crocodilos atuais - na época em Havia outrora um homem de meia-idade que
que o "B. salgadoensis" viveu, a Terra passava por uma tinha duas esposas. Um dia, indo até a mais jovem,
situação climática instável, com grandes períodos de esta lhe disse:
seca e escassez de água. — Eu sou moça e você é velho; não gosto de morar
Antes da descoberta do "Baurusuchus", espécies com você. Vá habitar com sua esposa mais velha.
semelhantes só haviam sido encontradas no Para poder ficar, o homem arrancou da cabeça os
Paquistão, na Ásia. Segundo os pesquisadores, isso cabelos brancos. Mas quando foi visitar a esposa mais
pode sugerir que houve um possível movimento velha, esta lhe disse, por sua vez:
migratório desses animais entre os continentes. — Eu sou velha e tenho a cabeça branca;
(Adaptado de Cathia Abreu. 10/06/05 Especial para a CH On-line. arranque, pois, os cabelos pretos que tem.
http://ich.unito.com.br/3393)
Então o homem arrancou os cabelos pretos para
QUESTÃO 41. (SARESP) O texto trata
ficar de cabeça branca. Como repetisse sem tréguas
(A) de uma catástrofe ecológica.
tal procedimento a cabeça tornou-se-lhe
(B) do período Cretáceo.
inteiramente calva. A essa altura, ambas as esposas
(C) de uma espécie em extinção.
acharam-no horrível e ambas o abandonram.
(D) de um crocodilo pré-histórico. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, RÓNAI, Paulo, (orgs.) Mar de histórias.
Observe o texto a seguir para a questão 42. QUESTÃO 43. (PROVA BRASIL) A ideia central do texto
É possível ter um sorriso renovado é
O sorriso é definitivamente o mais positivo dos sinais (A) o problema da calvície masculina.
corporais que alguém pode enviar, especialmente (B) a impossibilidade de agradar a todos.
aquele que é autêntico, confiante e oportuno. Um dos (C) a vaidade dos homens.
grandes desafios da odontologia é a reabilitação dos (D) a insegurança na meia-idade.
maxilares, já que o uso prolongado das próteses totais
(dentaduras) faz com que esses pacientes tenham
48
Observe o texto a seguir para a questão 44. Tem o que dizem, quando estão contigo?”
Passaredo E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Chico Buarque de Holanda Pois só quem ama pode ter ouvido
Ei, pintassilgo Capaz de ouvir e de entender estrelas.”
Oi, pintaroxo BILAC, Olavo. Soneto XIII. In: Via Láctea. São Paulo: Abril Educação, 1980, p.18.
Melro, uirapuru
Ai, chega-e-vira
Engole-vento QUESTÃO 45. (SARESP) O poema pode ser
Saíra, inhambu considerado como um hino
Foge asa-branca (A) ao amor.
Vai, patativa (B) à vida.
Ei, quero-quero (C) ao leitor.
Oi, tico-tico (D) à amada.
Anum, pardal, chapim (E) dos elementos que compõem o corpo humano.
Xô, cotovia
Xô, pescador-martim
Some, rolinha
Anda, andorinha Observe o texto a seguir para a questão 46.
Te esconde, bem-te-vi
Voa, bicudo
Voa, sanhaço
Vai, juriti
Bico calado
Muito cuidado
Que o homem vem aí
O homem vem aí
O homem vem aí
Tordo, tuju, tuim
Xô, tié-sangue
Xô, tié-fogo
Xô, rouxinol sem fim
QUESTÃO 46. (SARESP) Nesse poema, ao falar de
Some, coleiro
moças bonitas e de soldados barbudos, o poeta
Anda, trigueiro
expressa
Te esconde colibri
(A) a alegria de ver os que passam.
Voa, macuco
(B) a angústia de perder a namorada.
Voa, viúva
(C) o prazer diante do movimento.
Utiariti
(D) a monotonia de sua vida na cidade.
Bico calado
Toma cuidado Observe o texto a seguir para a questão 47.
Que o homem vem aí
Como o beija-flor fica suspenso no ar?
O homem vem aí
O homem vem aí
(HIME, Francis; BUARQUE, Chico. Passaredo. Letra. Disponível em:
http://chico_buarque.letras.terra.com.br/letras/80825. Acesso em: 5 nov. 2004.)
50
Como funciona? região tranquila, aterrorizando seus habitantes. Alguns
No implante de carga imediata, o cirurgião-dentista desses habitantes talvez até contassem com a
faz uma incisão na gengiva e instala um destruição, mas a grande maioria foi surpreendida
parafuso de titânio na região óssea, ao qual fixa um durante o sono e vive agora na maior
pilar externo que sustentará a coroa. Na maioria dos desorientação.(...)
casos, o paciente pode sair no mesmo dia com o Quem está desorientado passa, de fato, por uma
tratamento finalizado. profunda sensação de crise, e quem se sente em crise
Indicações deixa de projetar o próprio futuro. Quando uma
O tratamento de implante imediato é indicado pessoa, uma família ou um país renuncia a projetar
também para pacientes que utilizam dentadura, para seu futuro, outro o projetará no lugar deles. E não fará
aqueles que perderam um ou mais dentes, e para por bondade altruísta, mas em proveito próprio.
aqueles que não estão satisfeitos com o sorriso. (Revista Época, p. 92, 13/09/2007)
(Jornal Vidaqui, 29 set. a 12 out.2006, p.11)
“Passamos de uma cultura moderna de livros e de
QUESTÃO 51. (SARESP) Após o implante, é possível ter jornais a uma pós-moderna feita de televisão e
um sorriso renovado porque internet”.
(A) a melhoria da estética dentária aumenta a auto- QUESTÃO 52. (SARESP) Indique o trecho em que o
estima. autor emite uma opinião a respeito da constatação
(B) a nova técnica de implante provoca uma apresentada acima:
sensação desconfortável. (A) “Saímos do poder exercido por capitães da
(C) é feita uma pequena incisão nos lábios do indústria para o de cientistas, artistas e da mídia de
paciente. massa.“
(D) o paciente é orientado pelo dentista a mudar de (B) “E não fará por bondade altruísta, mas em proveito
atitude. próprio”.
Observe o texto a seguir para a questão 52. (C) “No entanto, nenhuma dessas mudanças se
realizou em espaço de tempo inferior à vida média de
Por que o mundo está tão desorientado
Domenico de Masi
uma pessoa”.
(D) “É como se, de improviso, uma imensa avalanche
Se eu tivesse de indicar qual denominador comum
(...) se abatessem de uma só vez sobre uma região
psicológico caracteriza a sociedade atual no mundo
inteiro, não teria dúvida. Alguns povos são tranqüila, aterrorizando seus habitantes”.
dominadores, outros, submissos; alguns são tímidos,
Observe o texto a seguir para a questão 53.
outros agressivos. Há os desorganizados e os
extremamente metódicos. Alguns são laicos e outros
fundamentalistas. Também existem os povos voltados
para a modernidade e outros que são tradicionalistas.
No entanto, todos os povos do mundo estão, hoje,
desorientados.
O que leva a essa desorientação é a rapidez e a
multiplicidade das mudanças. Seis séculos antes de
Cristo, quando as transformações ocorriam
lentamente, Heráclito escreveu: "É na mudança que
as coisas se assentam". Mas poderíamos dizer isso
hoje? A invenção das técnicas para dominar o fogo,
o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio na
Mesopotâmia, as grandes descobertas científicas e
geográficas realizadas entre os séculos XII e XVI
representam saltos. No entanto, nenhuma dessas
mudanças se realizou em espaço de tempo inferior à
vida média de uma pessoa. Nenhum ser humano
pôde assistir ao processo inteiro.
Hoje as coisas são diferentes. Ao longo de poucas
décadas, passamos de uma economia industrial
centrada na produção de automóveis e de
eletrodomésticos a uma economia pós-industrial
Considere o fato abaixo:
centrada na produção de serviços, informação,
símbolos, valores e estética. Passamos de uma cultura "O macaco [...] atacava pessoas."
moderna de livros e de jornais a uma pós-moderna QUESTÃO 53. (SARESP) Reflete uma opinião sobre este
feita de televisão e internet. Saímos do poder exercido fato, a frase:
por capitães da indústria para o de cientistas, artistas (A) o animal que vive no parque.
e da mídia de massa. (...) (B) o macaco não tem culpa.
É como se, de improviso, uma imensa avalanche, uma (C) nenhuma das vítimas foi à audiência.
enorme massa d’água, uma erupção vulcânica e um (D) foram registrados cerca de 40 casos.
terremoto se abatessem de uma só vez sobre uma
51
estereótipos alienantes criados pela tevê e sua
Observe o texto a seguir para a questão 54. estimulante linguagem. A vida, revivida nas novelas,
representaria o sonho dourado tornado possível,
como o efeito alucinógeno de uma droga fatal, um
estado de estranha paz, de aparente ausência de dor
e de conflito.
[...]MENESES, Ildefonso. As duas faces da telenovela. São Paulo: Moderna.
1998.
52
QUESTÃO 58. (PROVA BRASIL) O período que “Já perdi tudo, até a vergonha”, diz a voz quase
apresenta uma opinião do autor é inaudível. Perdeu a família, que lhe virou as costas
(A) “foram criados sistemas de busca.” quando se tornou um peso difícil de sustentar. Perdeu
(B) “essa avalanche de informações pode as condições de trabalhar “Eu era uma mulher
atrapalhar.” trabalhadeira. Perdeu o interesse pela a vida. Não
(C) “sempre há centenas de sites sobre qualquer sabe quem é o presidente da República, nem o
assunto.” Governador, nem, o Prefeito. “E eles sabem que eu
(D) “A internet é o maior arquivo público do mundo.” existo?” Ninguém sabe nem que estou viva”!
(E) “Há vários tipos.”
QUESTÃO 60. (SIMAVE) Em qual das citações abaixo
Observe o texto a seguir para a questão 59. expressa uma opinião do jornalista, autor do texto?
HANSEN A BORDO DO NAVIO DE CASTRO ALVES A) “ Ainda é cedo, oito da noite...”
B) “parece até serena, quase adormecida...”
(...) Castro Alves juntou as tintas mais negras para dar
C) “a cabeça apoiada em pedaços dobrados de
“um quadro dantesco” que ajudou a formar uma
consciência contra a escravidão, mas sabemos que papelão...”
esse quadro pecava por muito – e por pouco. Por D) “o movimento de carros e pessoas é intenso.”
muito – porque nem sempre todas as circunstâncias Descritor 7 - Diferenciar a informação principal das
referidas no poema se conjugavam. Por pouco secundárias em um texto.
porque muitos outros elementos dramáticos, Reconhecer a informação principal.
“dantescos”, não foram utilizados. (...) Castro Alves
não quis (nem podia) fazer um poema documental. A Observe o texto a seguir para a questão 61.
maldade era o tráfico. Trazer o negro custava A vida sem casamento
dinheiro e trabalho, e era do interesse do traficante Afinal, o que as mulheres querem? No campo das
proteger a sua mercadoria, que lhe dava lucros aspirações femininas mais fundamentais, essa é uma
fabulosos no Brasil. É certo que a ganância permitia pergunta facílima de responder. Por razões sociais,
que os navios trouxessem carga superior à sua culturais e biológicas, a maioria absoluta das mulheres
arqueação e que a morte se instalava a bordo para aspira a encontrar um companheiro, casar-se,
fazer a viagem de volta, reduzindo de um terço o construir família e, por intermédio dos filhos, ver
número de fôlegos, eliminados por varíola, escorbuto, cumprido o imperativo tão profundamente
beribéri, ou envenenados pela comida deteriorada. entranhado em seu corpo e em sua psique ao longo
Muitos negros, por desleixo dos capitães, chegavam de centenas de milhares de anos de história evolutiva.
aos navios atacados de bexigas ou de lepra. (...) A diferença a que se assiste hoje é que não existe mais
Enfureceu-se com a dança do convés, que era um um calendário fixo para que isso aconteça. A
costume salutar, pois dava ar puro e movimento aos formidável mudança que eclodiu e se consolidou ao
corpos emperrados e angustiados na estreiteza dos longo do último século, com o processo de
porões, mas apenas observou que a escravaria emancipação feminina, o acesso à educação e a
viajava acorrentada – “presa nos elos de uma só conquista do controle reprodutivo, permitiu a um
cadeia” – sem tirar todo o proveito poético desse fato. número crescente de mulheres adiar a
As correntes serviam para inocentar os traficantes – “programação” materno-familiar. As mulheres que
toda a carga humana podia ser lançada ao mar sem dispõem de autonomia econômica e vida
deixar vestígios – quando a Marinha Inglesa passou a independente não são mais consideradas
interceptar os navios de escravos e a processar, com balzaquianas aos 30 anos — apenas 30 anos! -,
extremo rigor, os seus capitães. (...) encalhadas aos 35 e aos 40, reduzidas
CARNEIRO, Edison. Hansen a bordo do Navio de Castro Alves. In: Castro Alves. Navio
Negreiro. Brasília: Imprensa Nacional, 1988. (adaptado)
irremediavelmente à condição de Solteironas,
quando não agregadas de baixíssimo status social,
QUESTÃO 59. (SARESP) O texto alterna a exposição de melancolicamente mexendo tachos de comida para
fatos históricos com opiniões e comentários do autor. os sobrinhos nas grandes cozinhas das famílias
Qual o comentário doa autor? multinucleares do passado. Imaginem só chamar de
(A) A maldade era o tráfico. titia uma profissional em pleno florescimento, com um
(B) Os navios traziam carga superior à sua arqueação. ou mais títulos universitários — e um corpinho bem-
(C) Muitos escravos morriam envenenados. cuidado que enfrenta com honras o jeans de cintura
(D) A Marinha Inglesa interceptava os navios de baixa ou o biquíni nos intervalos dos compromissos de
escravos. trabalho. Além de fora de moda, o termo pode ser até
Observe o texto a seguir para a questão 60. ofensivo. O contraponto a esses avanços é que,
Deitada na calçada, Dona Belarmina, 71 anos, quanto mais as mulheres prorrogam o casamento,
parece até serena, quase adormecida embaixo do mais se candidatam a uma vida inteira sem alcançá-
cobertor quadriculado, a cabeça apoiada em lo.
pedaços dobrados de papelão, que lhe servem QUESTÃO 61. (SPAECE) A principal informação desse
também de colchão. Ainda é cedo, oito da noite, e o texto é que as mulheres
movimento de carros e pessoas é intenso. Ninguém (A) aspiram casar-se e construir família.
presta atenção. (B) desejam, através de seus filhos, perpetuar a
evolução.
53
(C) dispõem de autonomia econômica. - Evite caminhar em lugares poluídos e debaixo de sol
(D) enquanto avançam no profissional, adiam o forte.
casamento. - Em um trekking, um tênis adequado, meias novas e
(E) tem se preocupado mais com a forma física. uma garrafa de água ou cantil não podem faltar.
Chapéu, protetor solar, lanterna, capa de chuva,
Observe o texto a seguir para a questão 62. repelente de insetos e um cajado também são
recomendáveis.
(Folhaequilíbrio, São Paulo, 9 mar. 2006, p. 8)
QUESTÃO 63. (SARESP) As primeiras recomendações
feitas para uma boa caminhada salientam a
importância
(A) do jejum. (C) do café da manhã.
(B) das frutas. (D) da hidratação
Observe o texto a seguir para a questão 64.
Pílulas de Saúde - Driblando o jet lag
Em viagens nas quais há diferença de fuso horário
entre a origem e o destino, podem ocorrer sintomas
como cansaço, dificuldade de concentração,
alteração no sono e irritabilidade. Esse transtorno,
conhecido como jet lag, é resultado da
dessincronização entre o relógio biológico e o fuso do
local.
Para driblar o jet lag, se puder, habitue-se aos novos
horários antes de viajar. Ao chegar, coma pouco
QUESTÃO 62. (PROVA BRASIL) O fragmento que
(prefira proteínas) e exercite-se. Se o destino for para
contem a informação principal é
leste por exemplo, Europa a adaptação é mais difícil.
(A) “A Sombra do Meio-Dia (...) diplomata Sérgio
Portanto, deve-se dormir e acordar mais cedo.
Danese”. (l. 1-2)
Caso a viagem seja para oeste, como para o Chile, o
(B) “O livro trata da glória (efêmera) e da desgraça
ideal é dormir e acordar mais tarde. Se a estada for
(duradoura) de um glost-writer” (l.2-3)
inferior a 48 horas, não mexa em seu relógio.
(C) “Não são apenas discursos que ele encomenda” (DEMENATO, Paulo. TAM Magazine, n 41, jul.2007, p.19)
(l.10) QUESTÃO 64. (SARESP) A frase que se refere à parte
(D) “Nosso escritor de aluguel vai se exaurindo”. (l.12) principal do texto é:
(E) “Na forma de palavras (...) é a alma que põe em (A) acostumar-se ao novo fuso.
continuada venda”. (l. 13-14) (B) comer muito carboidrato.
Observe o texto a seguir para a questão 63. (C) consultar um mapa astral.
PASSO A PASSO (D) ler o horóscopo do dia.
- A hidratação deve ser feita antes, durante e após a
Observe o texto a seguir para a questão 65.
caminhada.
- A desidratação causa diminuição de 30% no
rendimento do praticante.
- Gestantes e pessoas na terceira idade têm de tomar
mais cuidado com a hidratação. Nesse caso, é
essencial levar uma garrafa de água para beber
durante a caminhada.
- Não espere ficar com sede para beber água. A sede
é o primeiro sinal de desidratação.
- Em até 60 minutos de caminhada, beber somente
água é o suficiente.
- Se a caminhada ultrapassar os 60 minutos, a ingestão
de bebidas isotônicas ou de água-de-coco é
recomendada.
- Nunca faça uma caminhada em jejum. Por serem
ricas em fibras e terem carboidratos de baixo índice
glicêmico, as frutas são o alimento mais
recomendado para antes da prática. Deixe o café da
manhã, o almoço ou o jantar para depois.
- É preciso tomar cuidado ao ouvir música no
caminho. A distração pode causar acidentes.
- Prefira roupas leves e claras para caminhar. Escolha
bem a bermuda: alguns trajes causam assaduras nas
coxas.
54
QUESTÃO 65. (SARESP) A parte principal do texto está Certificado de Garantia. E. diz que a empresa
(A) no aviso sobre manter o medicamento longe das realmente o procurou. Ele conta que não levará o
crianças. aparelho até um serviço autorizado, pois não irá
(B) nas possíveis reações adversas ao tratamento. pagar pelo conserto. Ele alega que só procuraria tal
(C) nas informações básicas, necessárias ao paciente. serviço se a empresa fosse arcar com o conserto. [...]
(Diário de S.Paulo, 22/9/2003, p.B4)
(D) no fato de a embalagem conter 30 comprimidos
revestidos. QUESTÃO 67. (SARESP) A queixa principal de E.L.P. é
que
Observe o texto a seguir para a questão 66.
(A) o aparelho desbloqueia sozinho e gera despesa.
(B) o atendimento da empresa X não é muito bom.
(C) o aparelho é muito dispendioso.
(D) a central de vendas quis vender-lhe um novo
aparelho
Observe o texto a seguir para a questão 68.
Soneto CCXXLV
Seus lábios feitos pela mão do Amor
O som lançaram que dizia “Odeio”;
Mas quando ela notou a minha dor,
– Ela, toda a razão do meu anseio –
A piedade tomou-lhe o coração,
E repreendendo a língua que jamais
Proferira cruel condenação,
Ensinou-a a alegrar-me uma vez mais:
O “Odeio” ela alterou com um final
Que o seguiu como à noite o dia terno,
Quando a sombra, imitando o Anjo do Mal,
Do céu se precipita para o inferno:
– Salvando a minha vida, logo a ouvi
QUESTÃO 66. (SARESP) No texto “Animais no espaço”,
Acrescentar: “um outro, não a ti”.
uma das informações principais é: (William Shakespeare, trad. Péricles Eugênio da Silva Ramos. Sonetos de Shakespeare. São
(A) “A cadela Laika (...) foi o primeiro ser vivo a ir ao Paulo, Saraiva, 1953, p.163)
55
QUESTÃO 69. (SARESP) Segundo o relato, o assunto Observe o texto a seguir para a questão 71
principal do texto é: RECADO AO SENHOR 903
A) Quem não está constantemente com animais sofre Vizinho,
menos de estresse e de doenças do coração. Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia,
(B) Está na moda ter animaizinhos de estimação para consternado, a visita do zelador, que me mostrou a
os momentos de lazer. carta em que o senhor reclamava contra o barulho
(C) Há inúmeras terapias para ajudar pessoas com em meu apartamento. Recebi depois a sua própria
problemas físicos ou psicológicos. visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua
(D) Animais ajudam a equilibrar emoções e até a veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou
restabelecer funções do organismo. desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O
Observe o texto a seguir para a questão 70. regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o
O diagrama abaixo mostra a estrutura da população senhor ainda teria ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem
ativa ou “população em idade produtiva” de um país. trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno e
A população total do país em 1995 era de cerca de é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos
3,4 milhões. e músicas no 1003. Ou melhor: é impossível ao 903
Levantamento anual da população ativa em 31 de dormir quando o 1003 se agita; pois como não sei o
março de 1995 (000s)1 seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos
reduzidos a ser dois números, dois números empilhados
entre dezenas de outros. Eu, 1003, me limito a Leste
pelo 1005, a Oeste pelo 1001, ao Sul pelo Oceano
Atlântico, ao Norte pelo 1004, ao alto pelo 1103 e
embaixo pelo 903 – que é o senhor. Todos esses
números são comportados e silenciosos; apenas eu e
o Oceano Atlântico fazemos algum ruído e
funcionamos fora dos horários civis; nós dois apenas
nos agitamos e bramimos ao sabor da maré, dos
ventos e da lua. Prometo sinceramente adotar, depois
das 22 horas, de hoje em diante, um comportamento
de manso lago azul. Prometo. Quem vier à minha casa
(perdão; ao meu número) será convidado a se retirar
às 21:45, e explicarei: o 903 precisa repousar das 22 às
7 pois às
8:15 deve deixar o 783 para tomar o 109 que o levará
até o 527 de outra rua, onde ele trabalha na sala 305.
Nossa vida, vizinho, está toda numerada; e reconheço
que ela só pode ser tolerável quando um número não
incomoda outro número, mas o respeita, ficando
dentro dos limites de seus algarismos. Peço-lhe
desculpas – e prometo silêncio. Mas que me seja
Os números de pessoas são dados em milhares (000s). permitido sonhar com outra vida e outro mundo, em
A população em idade produtiva é formada pelas que um homem batesse à porta do outro e dissesse:
pessoas com idade entre 15 e 65 anos. "Vizinho, são três horas da manhã e ouvi música em
As pessoas “economicamente inativas” são aquelas tua casa. Aqui estou". E o outro respondesse: "Entra,
que não estão procurando ou não estão disponíveis vizinho, e come de meu pão e bebe de meu vinho.
para o trabalho. Aqui estamos todos a bailar e cantar, pois
QUESTÃO 70. (PISA) Quais são os dois principais grupos descobrimos que a vida é curta e a lua é bela". E o
nos quais a população em idade produtiva está homem trouxesse sua mulher, e os dois ficassem entre
dividida? os amigos e amigas do vizinho entoando canções
A) Empregados e desempregados. para agradecer a Deus o brilho das estrelas e o
B) Pessoas em idade produtiva e em idade não- murmúrio da brisa nas árvores, e o dom da vida, e a
produtiva. amizade entre os humanos, e o amor e a paz.
BRAGA, Rubem. Recado ao senhor 903. In: Para gostar de ler. Crônicas. 12 ed.
C) Trabalhadores em tempo integral e meio período. São Paulo: Ática, 1989. v. 1. p. 74-75.
D) População ativa e inativa.
QUESTÃO 71. (SARESP) Pode-se afirmar que este texto
Descritor 8 - Formular hipóteses sobre o conteúdo do é uma crônica
texto. (A) objetiva esclarecer e orientar as pessoas
(B) procura colher informações sobre os vizinhos.
Avaliar a capacidade da criança em apoiar-se em (C) trata de forma pessoal e bem humorada um fato
elementos textuais, como: manchete, título, cotidiano.
formatação do texto para formular hipóteses sobre o (D) visa a convencer o leitor a mudar o seu
conteúdo do texto. comportamento.
56
Observe o texto a seguir para a questão 72 Talvez Olavo Bilac tenha pousado por aqui, alguma
O SINO E O SONO vez, e, desistindo de dormir, tenha tomado de um
Pareceu-me ouvir um sino bater: consultei o relógio. papel e começado a escrever:
Uma hora da madrugada! Para quem quer sair do “No ar sossegado um sino canta,
hotel, aí pelas sete horas, é preciso aproveitar o tempo Um sino canta no ar sombrio ...”
e dormir bem. É quase sempre assim: sobre uma adversidade, abre-
(Eu tenho uma amiga que sempre verifica de que são se a flor da poesia. O som da poesia. Um sino muito
feitos os colchões dos hotéis. Penso nisto porque este alto, no meio da noite, no meio do sono ...
MEIRELES, Cecília. Escolha o seu sonho. (crônicas). 25 ed. Rio de Janeiro: Record, 2002,
não me parece muito cômodo.) p.109 – 111.
A noite me infunde um sentimento de infinita QUESTÃO 72. (SARESP) O tratamento dado ao tema e
humildade: entre as outras orações, cada um de nós o modo como as informações são organizadas
podia dizer ainda: “Deus, recebe-me em Teus braços, permitem classificar o texto como uma
toma conta de mim, sou, na Tua vontade, como um (A) crônica reflexiva, que avalia criticamente um
pássaro caído no mar!” Mas é curioso: neste quarto assunto polêmico, apresentando opiniões e
de hotel essas palavras e esses sentimentos não argumentos.
produzem aquele efeito de aconchego e ternura que (B) crônica narrativa, que recupera condensamente
parecem palpáveis no ambiente da minha casa! Até fatos e impressões experimentados por um sujeito.
as paredes são diferentes em sensibilidade – penso. E (D) crônica de viagem, que relata detalhamente as
fecho os olhos pensando. descobertas de uma experiência de deslocamento.
(É verdade que eu não uso travesseiro. Mas seria difícil
usar travesseiros como estes. De que serão feitos? Observe o texto a seguir para a questão 73
Aquela minha amiga examina os travesseiros, CANÇÃO DO VENTO E DA MINHA VIDA
também.) O vento varria as folhas,
O sino torna a bater. Ah! Estamos perto de um relógio O vento varria os frutos,
que marca todos os quartos de hora! Meu Deus, como O vento varria as flores...
o tempo voa! É preciso dormir antes que seja uma E a minha vida ficava
hora e meia.. Cada vez mais cheia
(Mas esta cama acaba logo ali ... Se eu medisse um De frutos, de flores, de folhas.
metro e oitenta, não me seria possível ocupá-la! Que O vento varria as luzes
coisa estranha: no infinito da noite e do sono, este O vento varria as músicas,
limite de madeira, ameaçador! Mas uma noite passa O vento varria os aromas...
depressa, não tem importância. No entanto, como é E a minha vida ficava
difícil descansar assim!) Cada vez mais cheia
(Novamente o sino bate: uma hora e meia!) De aromas, de estrelas, de cânticos.
Recordo vários métodos de conciliar o sono. Deixar o O vento varria os sonhos
corpo solto como um vestido abandonado. Ir E varria as amizades...
pensando em coisas cada vez mais distantes: a rua, a O vento varria as mulheres.
cidade, a estrada, o país, o Mundo, o espaço, a E minha vida ficava
eternidade ... Cada vez mais cheia
(Mas o sino bate uma hora e quarenta e cinco De afetos e de mulheres.
minutos!) O vento varria os meses
Continuo a recordar. Como se dorme mais E varria os teus sorrisos...
facilmente? Sobre o lado direito ou o esquerdo? Ah, O vento varria tudo!
onde foi que eu li que é bom pensar nas pontas dos E minha vida ficava
pés, para desviar a circulação etc. ... etc.? E quem Cada vez mais cheia
disse que é bom tomar um copo de leite morno com De tudo.
bolachas, ao deitar, para o sono vir mais depressa? BANDEIRA, Manuel. Antologia poética. 12 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2001. p. 120-121.
(O sino bate duas horas.)
Duas horas! Agora dormirei com certeza. Já estou QUESTÃO 73. (SARESP) Pode-se afirmar que “Canção
cansada de lutar com o comprimento da cama, com do vento e da minha vida” é um poema porque
os pensamentos sobre a arte de dormir ... Fechai-vos, (A) está estruturado em frases e parágrafos repetidos.
olhos meus, e esqueçamos tudo ... (B) está organizado em versos com ritmo e
(Ah, mas o sino bate duas e um quarto!) sonoridade.
Que ideia, construir-se um hotel em cima de um sino! (C) conta, em linguagem figurada, uma história de
E este sino onde fica? Abro a janela para ver. O sino amor.
está na minha frente. É um gigantesco relógio, que me (D) compara vida e natureza alterando a estrutura
fita com todos os seus números e ponteiros. Belo de das estrofes.
ver. Belo de ouvir, também. Mas... Observe o texto a seguir para a questão 74
(E são duas e meia ...) POEMA N. 9
E não há nada a fazer, o sino vai batendo de quarto A ciência pode classificar e nomear os órgãos de um
em quarto, de hora em hora, todas as horas da noite sabiá, mas não pode medir seus encantos.
... três, quatro, cinco ...
57
A ciência não pode calcular quantos cavalos de QUESTÃO 76. No texto, o leitor da revista usou a
força existem nos encantos de um sabiá. Quem expressão “adoooooro!”, escrita de forma diferente,
acumula muita informação perde o condão de para exprimir
adivinhar: divinare. Os sabiás divinam. (A) admiração. (D) gratidão.
BARROS, Manoel de. Livro sobre o nada. 10 ed. Rio de Janeiro: Record, 2002, p.53.
(B) agradecimento. (E) reconhecimento.
QUESTÃO 74. (SARESP) O texto de Manoel de Barros é (C) entusiasmo.
um poema, que apresenta Observe a tirinha a seguir para a questão 77.
(A) nove estrofes e nove versos.
(B) refrão e rimas externas.
( C) nove versos e três estrofes.
(D) três versos e dois refrãos.
Observe o texto a seguir para a questão 75.
O diagrama abaixo mostra a estrutura da população
ativa ou “população em idade produtiva” de um país.
A população total do país em 1995 era de cerca de
3,4 milhões.
Levantamento anual da população ativa em 31 de
março de 1995 (000s)1
58
Estádio Jornalista Mário Filho, popularmente
conhecido como Maracanã (nome de um pássaro).
Tribuna de Minas. Quarta-feira.22/07/2009. caderno 2, p. 6
59
Observe o texto a seguir para a questão 83. recebidas, requerer a Vossa Senhoria, a expedição de
sua carteira de sócio da Cidade da Música Edições
Históricas. Nesta oportunidade, representa a senha
com três nomes de filhos ilustres da cidade de Tietê,
ligados à cultura: Cornélio Guarnieri (compositor de
música erudita) e Itamar Assumção (cantor e
compositor de música popular) com o fim de solicitar
o envio do kit contendo a obra completa de Cornélio
Pires, recentemente lançado sob o patrocínio da
Prefeitura Municipal. Ainda para o fim de obter esse
brinde, solicita seja desconsiderado o requerimento
anterior, em que listava, como parte da senha, o
nome do sambista carioca Zeca Pagodinho.
Nestes termos,
Pede deferimento
Olímpia (SP), 12 de junho de 2016.
QUESTÃO 85. (SARESP-adaptada) Esse texto é
A) um memorando.
B) um ofício.
C) um requerimento
QUESTÃO 83. (SARESP) A bula de remédio é um texto D) uma declaração.
instrucional que tem como característica
Observe o texto a seguir para a questão 86.
A) apresentar texto curto em linguagem não-verbal,
para uma leitura rápida.
B) trazer informações sobre sua composição,
indicação e posologia.
C) utilizar uma linguagem clara, informal e subjetiva.
D) Usar recursos como a ambiguidade.
Observe o texto a seguir para a questão 84.
BENEDITO JOÃO DOS SANTOS SILVA BELELEU, RG. QUESTÃO 87. (SAERS) Esse texto serve para
23.035.455, estudante interessado em cultura A) anunciar produtos.
brasileira, tendo feito o pagamento, via internet, do B) ensinar como fazer uma comida.
valor estipulado, vem, em atendimento às instruções C) informar a composição de um alimento.
D) vender ingredientes.
60
Observe o texto a seguir para a questão 88. QUESTÃO 89. (SARESP) As características do texto o
*Valores diários de referência por porção de 15g com identificam com
base em uma dieta de 2500 calorias. INFORMAÇÃO NUTRICIONAL
QUESTÃO 88. (SARESP) Ao ler o aviso, indicado na Maionese Reduzido Valor
Maionese Convencional
Calórico
tabela "Valores diários de referência por porção de
15 g com base em uma dieta de 2 500 calorias". Quantidade Porção
100g 100 g % VD*
Entende-se que os valores apresentados no rótulo por de 15 g
servem de referência para Valor Calórico 620 kcal 330 kcal 50 kcal 2
(A) qualquer pessoa que se alimente bem. Carboidratos 3g 8g 1g 0
(B) pessoas que consomem 2.500 calorias por dia. Proteínas
menor que menor
0g 0
(C) pessoas que consomem 2.500 calorias por mês. 1g que 1 g
Gorduras Totais 68 g 33 g 5g 6
(D) atletas que queimam 2.500 calorias por semana.
Saturadas 10 g 5g 1g 4
Observe o texto a seguir para a questão 89. Colesterol 30 mg 30 mg 5 mg 2
Fibra Alimentar 0g 0g 0g 0
SOCORRO! Quero um vizinho Cálcio 0 mg 0 mg 0 mg 0
(Jornal Diário do Nordeste, 03/09/2000) Ferro 0 mg 0 mg 0 mg 0
Ainda era cedo. Pouco depois das 20h. (...) A mente Sódio 740 mg 950 mg 140 mg 6
vagava por ideais desconexas. De repente, uma bola
de futebol cruza meu caminho, em uma das ruelas do (A) uma crônica, ocasionada por um imprevisto, que
Montese. Condicionado, reduzi a velocidade: "Onde leva à reflexão sobre a vizinhança e sobre o passado.
tem bola, tem menino atrás". Não deu outra. Lá estava (B) um conto, porque discute problemas existenciais e
o garoto, olhar fixo na "gorducha", como se, naquele sociais da personagem.
instante, ela fosse a única coisa importante no mundo. (C) uma notícia que o narrador redige porque a bola
Talvez fosse. Passado o susto, comecei a refletir sobre o despertou de suas ideias.
aquele modelo de vizinhança. Pude então observar (D) um editorial, porque descreve o comportamento
crianças brincando nas calçadas. Uma turma de dos vizinhos e emite sua opinião.
adolescentes em um banco de praça. Alguns adultos Observe o texto a seguir para a questão 90.
conversando com a porta aberta. [...] Concluí que a
Um repórter de jornal redigiu a seguinte notícia e a
construção civil no Ceará, a exemplo dos grandes
entregou ao seu chefe:
centros, evoluiu bastante em tecnologia, mas deu
A greve dos motoristas de ônibus de São Paulo pegou
passos para trás no modelo de moradia. Não falo das
a população desprevenida. Desde a madrugada,
fachadas, layouts internos, acabamentos, ou
milhares de trabalhadores irritados aguardavam nos
equipamentos de ponta, que avançaram. Refiro-me
pontos os ônibus que os grevistas não permitiram que
ao enfoque social da habitação, aos
saíssem das garagens. Alguns motoristas insistiram em
relacionamentos. Em síntese, continuamos
furar o bloqueio e foram agredidos pelos colegas.
construindo um modelo vertical de habitação que,
Houve casos de depredação de veículos e de
em um mesmo lugar, junta as unidades e separa as
instalações das empresas. Os carros do Metrô
pessoas. Moro, particularmente, em um condomínio
passaram a circular superlotados, o que também
vertical com 96 unidades. Uma população de quase
acabou por gerar uma série de tumultos. Os grevistas
400 pessoas. Devo saber o nome de umas 6, no
argumentam que o movimento se deve à defasagem
máximo. É ridículo. Quando lembro da rua onde
salarial, mas o fato é que iniciativas radicais como
morava, em Quixeramobim, no interior do estado,
essa merecem uma dura resposta das autoridades.
vejo que muito mudou. Tomávamos banho de chuva
na rua, adultos e crianças, com os vizinhos. O carro do QUESTÃO 90. (SARESP) As características do texto se
leite parava e forçava, naturalmente, a aglomeração identificam com
dos vizinhos. Quem não lembra de um amigo de (A) uma crônica.
infância ou adolescência, conquistado na rua. (B) uma notícia.
"Menino, só quer saber de andar na rua", mamãe (C) uma reportagem.
gritava. Que saudade! Em alguns casos, ainda existe (D) um relato.
hoje o "mãe, vou descer" ; e também a contrapartida:
"Menino, só quer saber de viver lá embaixo". Mas não Descritor 10 - Identificar o propósito comunicativo
é a mesma coisa. A rua não acaba. Transforma-se em em diferentes gêneros.
outras, em mato. O muro do condomínio tem um fim. Observar o grau de complexidade da tarefa, de
[...] Nossa sociedade entendeu que o chique é menos acordo com o gênero ou sequência discursiva mais
apartamentos por andar e menos ainda por utilizada em cada ano de escolaridade.
condomínio. [...] Trocaria toda essa evolução por um Observe o texto a seguir para a questão 91.
vizinho parado à porta de minha casa, pedindo um No dia 1o, o fiscal me impediu de expor na feira do
alicate, ou um martelo emprestado. Trianon. Me inscrevi em 2004, fiz teste de aptidão,
(Paulo Angelim Consultor em Marketing e Mercado Imobiliário.
www.pauloangelim.com.br)
paguei taxas de uso de solo e de licença, e comecei
a trabalhar na semana seguinte. O juiz que cassou a
liminar provavelmente nem leu o processo. Nossa
advogada anexou documentos provando a
61
legalidade dos expositores que estão com problemas - Em um trekking, um tênis adequado, meias novas e
porque funcionários da Prefeitura perderam os uma garrafa de água ou cantil não podem faltar.
documentos de quem fez teste em 2004. Nós, Chapéu, protetor solar, lanterna, capa de chuva,
artesãos, criamos objetos de arte considerados repelente de insetos e um cajado também são
cultura no mundo todo menos no Brasil. E, aos 63 anos, recomendáveis.
não tenho perspectiva de conseguir outro trabalho. (Folhaequilíbrio, São Paulo, 9 mar. 2006, p. 8)
62
tivesse a primeira habilitação (que deveria ser começo e digo: A partida de Belém, como vossa
temporária ou condicional), com blitzes contínuas e Alteza sabe, foi, segunda-feira 9 de Março. Sábado,
sobretudo severas e minuciosas. 14 do dito mês, entre as 8 e 9 horas, nos achamos entre
Minha opinião não é voz isolada; em encontros de as Canárias, mais perto da Grã-Canária, onde
motociclistas, esporádicos ou planejados, esse andamos todo aquele dia em calma, à vista delas,
assunto sempre vem à tona. Mesmo quando se para obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito
em qualquer lugar buscando proteção da chuva, não mês, às dez horas, pouco mais ou menos, houvemos
raro sempre se relata acontecidos envolvendo os dois vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de
tipos de veículos e a conclusão a que se chega é que São Nicolau, segundo o dito Pêro Escobar, piloto.
a culpa é do motorista do CARRO. Alguns com Na noite seguinte, segunda-feira, ao amanhecer, se
detalhes bizarros: um caso relatado foi o de que um perdeu da frota Vasco de Ataíde com a sua nau, sem
carro derrubou uma moto e o ocupante e a haver tempo forte ou contrário para que tal
condutora do veículo que bateu saiu do carro ainda acontecesse. Fez o capitão suas diligências para o
falando ao celular, apesar de achar que tinha toda a achar, a uma e outra parte, mas não apareceu mais!”
razão! QUESTÃO 95. (SARESP- adaptada) Qual o trecho que
Saudações, contém a finalidade da carta acima?
(Juarez Belém Motociclista Mossoró/RN)
(A) “Tome vossa Alteza, porém, minha ignorância por
(site: http://www.correiodatarde.com.br/carta_do_leitor/ consulta: 03/9/2007) boa vontade”.
QUESTÃO 93. (SARESP) O Leitor escreve a carta para (B) “não deixarei de também de dar minha conta
(A) mudar as leis de trânsito. disso a Vossa Alteza”.
(B) explicar as regras de trânsito. (C) “se perdeu da frota Vasco de Ataíde com a sua
(C) criticar uma reportagem do jornal. nau”.
(D) agradecer aos motociclistas (D) “ou melhor, da ilha de São Nicolau, segundo o dito
Observe o tirinha a seguir para a questão 94. Pêro Escobar, piloto”.
Observe o texto a seguir para a questão 96.
“Empacotadores veteranos”
Supermercados criam oportunidades para quem tem
mais de 50 anos
Projeto de inclusão social, via trabalho. É o que
começam a fazer as Sendas, no Rio, e o Compre Bem,
em São Paulo, ao lançar o "Programa
Empacotadores". A ideia é contratar mil pessoas
acima de 50 anos para atuar na área de atendimento
de suas lojas.
A princípio, o projeto começa em 12 lojas Sendas e 20
unidades Compre Bem – o que representa 460 novos
postos de trabalho dirigidos à terceira idade. É
QUESTÃO 94. (SARESP) A charge destina-se a gente que vai trabalhar quatro dias por semana, com
(A) criticar o conflito existente entre gerações. carga horária de seis horas diárias. Essa primeira turma,
(B) conscientizar os leitores da importância de que já foi selecionada em agosto, tem, em sua
preservar a natureza. maioria, nível médio, além de perfil para lidar com
(C) apontar o desperdício de um desmatamento mal público. Em breve, outras oportunidades serão
planejado. abertas.
(D) salientar um processo ainda rudimentar de No Grupo Pão de Açúcar, já existem mil empregados
trabalho rural. acima de 50 anos, que ficam não somente na área
Observe o texto a seguir para a questão 95. de atendimento, mas desenvolvem carreira dentro
da empresa. Segundo a companhia, os clientes
“Senhor, posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e
também aprovaram a iniciativa da rede de
assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a
supermercados.
notícia do achamento desta vossa terra nova, que
– Ao inseri-los no mercado de trabalho, entendemos
nesta navegação agora se achou, não deixarei de
que estamos cumprindo um papel social importante,
também de dar minha conta disso a Vossa Alteza, o
ao mesmo tempo que começamos a romper
que melhor puder, ainda que - para o bem contar e
paradigmas e mostrar o potencial de uma nova classe
falar o saiba pior que todos fazer!
de trabalhadores no Brasil – diz Maria Aparecida
Tome vossa Alteza, porém, minha ignorância por boa
Fonseca, diretora executiva de Recursos Humanos do
vontade, e creia bem por certo que, para alindar nem
Grupo Pão de Açúcar.
afear, não porei aqui mais do que aquilo que vi e me
(EMPACOTADORES veteranos. O Globo, Rio de Janeiro, 3 out. 2004.)
pareceu.
Da marinhagem e singraduras [navegação diária] do
caminho não darei aqui conta a vossa Alteza - porque
o não saberei fazer e os pilotos devem ter este
cuidado. Portanto, Senhor, do que hei de falar
63
QUESTÃO 96. (SARESP) A notícia tem a finalidade de (C) insistir na necessidade de sempre respeitar as
(A) convencer cada leitor a trabalhar em novo ordens médicas.
supermercado. (D) identificar o laboratório responsável pela
(B) criticar a iniciativa de alguns supermercados fabricação de remédios.
brasileiros. Observe o texto a seguir para a questão 99.
(C) lamentar a chance de inclusão social para
pessoas da terceira idade.
(D) noticiar uma iniciativa de inclusão social para
pessoas acima de 50 anos.
Observe o texto a seguir para a questão 97.
67
Pôs a mão no tronco de uma árvore pequena, Observe os textos a seguir para a questão 111.
sacudiu um pouco, e recebeu nos cabelos e na cara TEXTO I
as gotas de água como se fosse uma benção. Ali Profissão de fé
perto mesmo a cidade murmurava, estava com seus (fragmento)
ruídos vespertinos, ranger de bondes, buzinar
impacientes de carros, vozes indistintas; mas ele via Invejo o ourives quando escrevo:
apenas algumas árvores, um canto de mato, uma Imito o amor
pedra escura. Ali perto, dentro de uma casa fechada, Com que ele, em ouro, o auto-relevo
Faz de uma flor BILAC, Olavo. In Língua e literatura. Vol. Único. São Paulo: Ática, 199
um telefone batia, silenciava, batia outra vez, TEXTO II
interminável, paciente, melancólico. Alguém, com Estou farto do lirismo comedido
certeza já sem esperança, insistia em querer falar com Do lirismo bem comportado
alguém. Do lirismo funcionário público com livro de ponto
Por um instante, o homem voltou seu pensamento expediente
para a cidade e sua vida. Aquele telefone tocando (protocolo e manifestações de apreço ao sr. Diretor.
em vão era um dos milhões de atos falhados da vida Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no
urbana. Pensou no desgaste nervoso dessa vida, nos dicionário o (cunho vernáculo de um vocábulo
desencontros, nas incertezas, no jogo de ambições e (BANDEIRA, Manuel. In: Língua e Literatura, Vol. Único São Paulo: Ática, 1998.
vaidades, na procura de amor e de importância, na
caça ao dinheiro e aos prazeres. Ainda bem que de QUESTÃO 111. (SPAECE) Os fragmentos dos poemas “
Profissão de fé” e “ Poética” tem em comum
todas as cidades do mundo o Rio é a única a permitir
a evasão fácil para o mar e a floresta. Ele estava ali (A) a obediência às normas de pontuação.
num desses limites entre a cidade dos homens e a (B) a predominância da ordem inversa
(C) a presença de rimas ricas.
natureza pura; ainda pensava em seus problemas
(D) a utilização do verso livre.
urbanos – mas um camaleão correu de súbito, um
passarinho piou triste em algum ramo, e o homem (E) o emprego dos verbos na 1ª pessoa.
ficou atento àquela humilde vida animal e também à Observe os textos a seguir para a questão 112.
vida silenciosa e úmida das árvores, e à pedra escura,
TEXTO I
com uma pele de musgo e seu misterioso coração
No mais interno fundo das profundas
mineral.
Cavernas altas, onde o mar se esconde,
Rubem Braga
Lá donde as ondas saem furibundas,
QUESTÃO 110. (PROVA BRASIL) No texto, o elemento
que gera a história narrada é Quando às iras do vento o mar responde,
Netuno mora e moram as jucundas
(A) a preocupação do homem com os problemas
Nereidas e outros Deuses do mar, onde
alheios.
(B) a proximidade entre a casa do homem e o morro As águas campo deixam às cidades
com mato viçoso. Que habitam estas úmidas Deidades.
CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. Obras Completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar,
(C) o desejo do homem de buscar alento próximo da 1988.
natureza TEXTO II
(D) o toque insistente do telefone em uma casa A Onda
fechada e silenciosa. a onda anda
(E) os ruídos vespertinos da cidade, com seus aonde anda
murmúrios constante. a onda?
a onda ainda
ainda onda
aonde?
a onda a onda
TEMA III: BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olimpio, 1998.
68
Observe os textos a seguir para a questão 113. Observe os textos a seguir para a questão 115.
Fragmento A Texto I
— Diabo! A mó que é o Joli do Pedro Surdo? e Pálida, à luz da lâmpada sombria
comuma pedra o espanta. Sai porquera! Não ouve o Sobre o leito de flores reclinada,
carro? Como a lua por noite embalsamada,
Não tem medo de morrê masgaiado? Entre as nuvens do amor, ela dormia!
ALVARES, Azevedo
LOBATO, Monteiro. Cidades mortas. São Paulo: Brasiliense, 1965.
Fragmento B Texto II
[...] O homem transfigura-se. Empertiga-se, “Uma noite, eu me lembro... ela dormia
estadeando novos relevos, novas linhas na estatura e Numa rede encontrada molemente...
Quase aberto o roupão... solto o cabelo
no gesto; e a cabeça firma-se-lhe, alta, sobre os
E o pé descalço no tapete rente.”
ombros possantes, aclarada pelo olhar ALVES, Castro
desassombrado e forte; e corrigem-se-lhe, prestes, QUESTÃO 115. (SPAECE) Com base na leitura dos
numa descarga nervosa instantânea, todos os efeitos textos acima, percebe-se, em relação ao tema, que
do relaxamento habitual dos órgãos; e da figura (A) o texto I é típico da segunda geração romântica
vulgar do tabaréu canhestro, reponta, idealiza a mulher, o seu caráter inacessível... já o texto
inesperadamente, o aspecto dominador de um titã II pertence à terceira geração romântica, revela um
acobreado e potente, num desdobramento erotismo mais explícito e uma visão mais realista da
surpreendente de força e agilidade extraordinárias. mulher.
CUNHA, Euclides da. Os sertões. 27. ed. Brasília:. UNB, 1963.
(B) os dois textos não apresentam diferentes
QUESTÃO 113. (BAHIA) Nota-se, nos fragmentos, concepções da mulher, pois tratam de paixões
diferenças de linguagem. Inatingíveis no plano terreno.
Em que alternativa ocorre um exemplo dessas (C) o texto II é típico do modernismo, pertencendo a
diferenças? geração de 45.
A) Fragmento A – linguagem regionalista bem (D) ambos os textos são do Classicismo brasileiro,
elaborada. apresentando, como temática, a beleza da mulher.
B) Fragmento A – linguagem basicamente denotativa. (E) os dois textos pertencem à geração do arcadismo,
C) Fragmento A – linguagem regionalista e popular. enfocando a pátria como tema principal.
D) Fragmento B – função poética da linguagem bem
evidente. Observe os textos a seguir para a questão 116.
E) Fragmento B – utilização intensa de recursos
sonoros.
Observe os textos a seguir para a questão 114.
Texto I
As meninas da gare
Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis
Com cabelos mui pretos pelas espáduas
E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas
Que de nós as muito bem olharmos
Não tínhamos nenhuma vergonha.
ANDRADE, Oswald de. Poesia Pau Brasil. São Paulo: Globo, 1990.
Texto II
A Carta de Caminha
[...] Ali andavam entre eles três ou quatro moças bem
moças e bem gentis com cabelos muito pretos
compridos pelas espáduas e suas vergonhas tão altas
e tão saradinhas e tão limpas das cabeleiras que de
as nós muito bem olharmos não tínhamos nenhuma
vergonha.
[...]
CORTESÃO, Jaime (org). A Carta de Pero Vaz de Caminha. Rio de janeiro: Livros de
Portugal, 1943.
competentes sobre esses níveis, produzidos também QUESTÃO 121. (SAERS) Em relação à redução da
por outras fontes, como antenas de rádio e TV. jornada de trabalho, os dois textos apresentam
Adroaldo Raizer, professor de eletromagnetismo opiniões
Casa Claudia, mar. 2004, ano 28, n. 3. *Adaptado: Reforma Ortográfica. (P120102ES_SUP) A) complementares.
QUESTÃO 119. Nesses dois textos, as opiniões emitidas B) contrárias.
pelos professores são C) favoráveis.
A) complementares. D) inconsistentes. D) semelhantes.
B) divergentes. E) semelhantes. Observe os textos a seguir para a questão 122.
C) iguais. TEXTO I
Observe os textos a seguir para a questão 120. “A água evapora dos. oceanos, cai sobre a terra, aflui
Texto I para os rios e escorre de volta para o mar - e parece,
“Sou completamente a favor da flexibilização das assim, ser um recurso ilimitado. Mas apenas 2,5 % da
relações trabalhistas, pois a velhíssima legislação água do planeta é doce e a maior parte dela está
brasileira, além da anacrônica, vem comprometendo congelada nos pólos. Assim, de toda a água doce
seriamente a nossa competitividade global” existente, apenas 0,6 % pode ser utilizada. Para piorar,
mudanças climáticas podem alterar a distribuição dos
Texto II locais e dos períodos ele cheias, e a elevação do nível
“ É uma falácia dizer que com a eliminação dos dos mares pode tornar salobra a água doce dos
direitos trabalhistas se criarão mais empregos. O litorais
trabalhador brasileiro já é por demais castigado para [ ... ]
suportar mais essa provocação”. Cada pessoa necessita de pelo menos meio metro
O Povo, 17 abr. 1997.
cúbico de água limpa por dia, para beber, cozinhar e
71
manter a higiene pessoal. Mas um sexto da
população mundial tem de se contentar com menos
do que isso.
O fantasma da sede National Geographic Brasil n 12 Abril 2001
TEXTO II
PLANETA ÁGUA
Guilherme Arantes
Água que nasce na fonte serena no mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua
Na corrente do ribeirão
Aguas escuras dos rios que levam a fertilidade ao
sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede da QUESTÃO 123. (SARESP) Pode-se dizer que há um
população "diálogo" entre o quadro e a letra da música porque
ambos
Águas que caem das pedras no véu das cascatas,
(A) tratam da seca e do êxodo da população.
Ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas no leito dos lagos, (B) foram feitos na mesma época.
No leito dos lagos (C) foram inspirados na mesma família.
(D) retratam a condição do trabalhador urbano do
Águas dos igarapés, onde lara. a mãe dágua
É misteriosa canção nordeste.
Água que evapora, pro céu vai embora Observe os textos a seguir para a questão 124.
Virar nuvem de algodão Gotas de água da chuva,
TEXTO I
alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão triste, são lágrimas na Criança que joga videogame tem inteligência
superior
inundação
(fragmento)
Águas que movem moinhos são as mesmas águas
que O mexicano Guillermo Orozco, mestre e doutor
em Educação pela Universidade Harvard, afirma que
Encharcam o chão
criança e adolescentes que jogam muito videogame
E sempre voltam humildes pro fundo da
Terra,, Pro fundo da terra Terra, planeta água .. e não saem da internet tem inteligência superior. Os
Fonte: palanetaagua guirlermearante letrasdemusicas.com.brr jogos, diz, fazem com que eles aprendam a utilizar
métodos científicos. É preciso descobrir as regras,
QUESTÃO 122. (SPAECE) Esses dois textos de trabalhar com hipóteses e achar soluções. “ O jogo é
assemelham quanto ao estimulante e gratificante por que o desafio é
(A) espaço. permanente”, diz.
(B) gênero. A tecnologia, os jogos, a internet podem ajudar
(C) objetivo. de várias maneiras. Desenvolvem diferentes
(D) tema. habilidades cognitivas, como dedução e indução,
(E) tempo. antecipação de cenários ou tomada de decisões.
Internet: http://txt.estadao.com.br/editoriais/2006/22/ger124736.xml.acesso em
Observe o texto e a imagem a seguir para a questão 24/11/2007
123.
Último pau-de-arara TEXTO II
Videogame alivia a dor de criança em hospital, diz
A vida aqui só é ruim Quando não chove no chão
Mas se chover dá de tudo estudo
Fartura tem de montão (fragmento)
Segundo os médicos de um hospital de Adelaide, na
Tomara que chova logo
Austrália,a imersão da criança em um mundo virtual
Tomara, meu Deus, tomara
Só deixo o meu Cariri repleto de monstros e seres extraterrestres ajudou a
No último pau-de-arara aliviar a dor sentida por criança que havia sofrido
queimaduras graves.
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso As crianças reportam muito menos dor quando
E puder com o chocalho estavam jogando o videogame do que quando
estavam apenas sob o efeito de analgésicos.
Pendurado no pescoço
Eu vou ficando por aqui Os pesquisadores dizem que, ao se deslocarem para
Que Deus do céu me ajude! “um outro mundo”, as crianças prestam menos
atenção aos estímulos que lhes causam dor.
Quem sai da terra natal http;//www.bbc.uk/portuguese/ciência/story/2005/03/050303_videogamedorro,shtml.
Em outros cantos não pára
(http://members.tripod.com/mpbrasil/f/ulti)mopa.html QUESTÃO 124. (SPAECE) A partir da comparação entre
os textos, pode-se afirmar que
A) o primeiro texto defende o uso do brinquedo para
adolescentes; o segundo afirma que o brinquedo
pode substituir analgésicos.
72
B) Os textos apresentam ideias coincidentes, porque Observe os textos a seguir para a questão 126.
os autores criticam o uso do brinquedo, pois ele faz TEXTO 1
com que os usuários tornem-se viciados nos jogos.
C) Ambos defendem o uso do videogame: o primeiro,
para estimular o desenvolvimento intelectual do
jogador, e o segundo, para aliviar dores de crianças.
D) O primeiro texto afirma que o videogame traz
benefícios, pois distrai crianças e adolescentes; o
segundo texto é contra o brinquedo, pois provoca
experiências dolorosas.
E) O primeiro texto afirma que crianças e
adolescentes que jogam não respeitam regras;
segundo também condena o brinquedo, pois ele cria
um mundo distante da realidade.
Observe os textos a seguir para a questão 125.
TEXTO I
A ética na TV
A família exerce seu próprio controle, a escola possui
regras frias, a televisão não tem nada disso. A
televisão aposta na violência e no desprezo pela
vida, pelas normas éticas, pelos valores. A televisão
despreza de forma agressiva, banalizando. Na telinha
tudo é possível e nada produz resultados ou TEXTO 2
conseqüências. Num filme, duzentas pessoas são
assassinadas e não acontece nada. Essa distorção
acaba gerando um tipo de cultura de banalização
da vida. Como na televisão tudo é banal, parece que
se perde o sentido do trágico, do quanto o crime é
trágico, do quanto a falta de ética é trágica. Eu acho
que a televisão, como um todo tinha de ser
educativa. A sociedade precisa ter o direito de
controlar a TV. Não o direito de censura, mas de
controle. A TV exerce um efeito muito grande sobre a
sociedade, e a sociedade não exerce qualquer QUESTÃO 126. (PROVA BRASIL) Sobre o “casamento
controle sobre TV. É unilateral esse negócio. arranjado”, o texto l e o texto II apresentam opiniões
(SOUZA, Herbert de. In Produção Textual no Ensino Médio. Edições Livro Técnico, 2002)
(A) complementares.
(B) duvidosas.
TEXTO II
(C) opostas.
(D) preconceituosas.
(E) semelhantes.
73
QUESTÃO 127. (PROVA BRASIL) Uma declaração do Cansei de falar: deixa, Toninho, esta língua é
segundo texto que CONTRADIZ o primeiro é: complicada mesmo, até autor consagrado escreve
(A) a mata atlântica está sendo recuperada no Rio de com dicionários e gramáticas à mão.
Janeiro. - Pelo menos eles têm a humildade de consultar os
(B) as encostas cariocas estão cada vez mais mestres antes de dar a público o que escrevem –
povoadas. respondia o Toninho na sua linguagem em roupa de
(C) as favelas continuam surgindo nos morros domingo.
cariocas. Lembram-se dele? Quando encontra erros de
(D) o replantio segura encostas ameaçadas de português no seu caminho, telefona para os
desabamento responsáveis, exige correções em nome da língua
pátria e da educação pública. Coisas assim:
- A placa do seu estabelecimento é um atentado
74
Observe o texto a seguir para a questão 130. Observe o texto a seguir para a questão 131.
Cascas de barbatimão
Eu ia para Araxá, isto foi em 1936, ia fazer uma
reportagem para um jornal de Belo Horizonte.
O trem parou numa estação, ficou parado muito
tempo, ninguém sabia por quê.
Saltei para andar um pouco lá fora. Fazia um
mormaço chato. Vi uma porção de cascas de
árvores. Perguntei o que era aquilo, e me
responderam que eram cascas de barbatimão que
estavam ali para secar. Voltei para meu assento no
trem e ainda esperei parado algum tempo. A certa
altura peguei um lápis e escrevi no meu caderno:
“Cascas de barbatimão secando ao sol.”
Perguntei a algumas pessoas para que serviam
aquelas cascas. Umas não sabiam; outras disseram
que era para curtir couro, e ainda outras explicaram
que elas davam uma tinta avermelhada muito boa.
Como repórter, sempre tomei notas rápidas, mas
nunca formulei uma frase assim para abrir a matéria -
“cascas de barbatimão secando ao sol.” Não me
lembro nunca de ter aproveitado esta frase. Ela não
tem nada de especial, não é de Euclides da Cunha,
meu Deus, nem de Machado de Assis; podia ser mais
facilmente do primeiro Afonso Arinos, aquele do buriti.
Ela me surgiu ali, naquela estaçãozinha da Oeste de
Minas, não sei se era Divinópolis ou Formiga.
Um dia, quando eu for chamado a dar testemunho QUESTÃO 131. (SARESP) Nos versos: "Voaram três
sobre a minha jornada na face da terra, que poderei dentes e gritei" e "gritei, gritei, gritei até a cratera
afirmar sobre os homens e as coisas do meu tempo? exaurir-se" a repetição das palavras em destaque
Talvez me ocorra apenas isto, no meio de tantas sugere:
fatigadas lembranças: “cascas de barbatimão (A) pausas entre as ações.
secando ao sol.” (B) ações simultâneas.
(Rubem Braga. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 7.ed, 1998, p.175)
(C) ações inacabadas.
QUESTÃO 130. (SARESP) A continuidade do texto se (D) uma ruptura radical das ações.
baseia
(A) nas diferentes opiniões emitidas por algumas Observe o texto a seguir para a questão 132.
pessoas a respeito da utilidade das cascas de
barbatimão.
(B) na alternância entre a 1ª pessoa verbal, para
marcar a visão pessoal do autor e a 3 pessoa, como
um narrador de fora dos acontecimentos.
(C) na sequência de presente, passado e futuro,
respectivamente, marcada pelos tempos verbais, que
garante o desenvolvimento cronológico do assunto.
(D) no uso da frase entre aspas, sempre repetida, que
une a narrativa da viagem a uma reflexão pessoal, na
segunda parte do texto.
75
QUESTÃO 132. (PROVA BRASIL) O tempo é a principal que toca à patria. Respeitamos sempre os
solução para os problemas. A frase que reproduz essa magistrados e as leis. Perante elas, todos os atenienses
idea é são iguais, iguais na vida privada, iguais na solução
(A) “Antigos sabiamente pintaram o amor menino...” dos diferentes entre particulares, iguais na obtenção
(B) “Atreve-se o tempo a colunas de mármore...” das honras as quais são devidas aos méritos e não à
(C) “O primeiro remédio que dizíamos, é o tempo.” classe.
(D) “(...) o tempo tira a novidade às cousas...” ( PÉRICLES
(E) “(...) partem do centro para a circunferência...” QUESTÃO 135. (SAERS) Na frase “Perante elas, todos os
Observe o texto a seguir para a questão 133. atenienses são iguais, iguais na vida privada, iguais na
solução dos diferentes entre particulares, iguais na
obtenção das honras as quais são devidas aos méritos
e não à classe.”, a expressão destacada refere-se a
A) solução
B) elas
C) iguais
D) obtenção
E) honras
Observe o texto a seguir para a questão 136.
Afinal, o que é ser belo? Lendas, condicionamentos
sociais, imposição de modelos de raça, cor, tamanho
e volume, tudo faz parte de um padrão de beleza que
sempre muda muito com o tempo.
O afã de embelezar-se implica riscos para a saúde. A
empresária carioca Márcia Pinheiro Brasil sofreu uma
parada cardíaca durante uma lipoaspiração e ficou
em coma 12 dias. Sete anos depois, não recuperou
ainda com plenitude a visão. Tem sequelas
QUESTÃO 133. No trecho “Essa é do tempo do seu neurológicas que a impedem de ler ou fazer cálculos
pai (seu avô)”., a palavra sublinhada refere-se à simples como dois e dois. Deficiências do tato não
(A) revista permitem sequer abotoar a roupa. “A vaidade pode
(B) história custar caro”, afirma ela. Para o presidente da
(C) inspiração Sociedade de Cirurgia Plástica, casos como o de
(D) ciência Márcia são acidentais. “É o mesmo risco de atravessar
a rua.”
Observe o texto a seguir para a questão 134. Os psiquiatras diagnosticaram uma forma inversa de
Leituras anorexia nervosa, chamada disformia muscular, que
Não, não te recomendo a leitura de Joaquim Manuel ataca os homens. É quando o sujeito se diz fraco e
de Macedo ou de José de Alencar. Que ideia foi essa mirrado, quando é grande e musculoso. O distúrbio
do teu professor? Para que havias tu de os ler, se tua afetivo causa ansiedade, depressão, compulsão
avozinha já os leu? E todas as lágrimas que ela chorou, obsessiva e distúrbios de alimentação. Estudos
quando era moça como tu, pelos amores de Ceci e mostram que 15% dos adolescentes americanos já
da Moreninha ficaram fazendo parte do teu ser, para usaram “bombas” (anabolizantes) para inflar os
sempre. Como vês, minha filha, a hereditariedade nos músculos, correndo o risco de derrame, infarto e
poupa muito trabalho. esterilidade. Isso ocorre quando o modelo de beleza
QUINTANA, Mário. Poesia Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006, p.
239. se torna patológico. Não é o caso de Leandro Xavier
Fraga, 18 anos, do curso de Administração de
QUESTÃO 134. (SAERS) No fragmento “E todas as
Empresas da Ulbra. Ele nunca usou anabolizantes para
lágrimas que ela chorou”, a expressão destacada
virar um Arnold Schwarzenegger. “Está fora de moda.
refere-se à
Mas não importa porque sempre haverá uma garota
A) avozinha
a fim de um cara musculoso. Eu era fraco e feio.
B) Ceci
Em dois anos de musculação e dieta, ganhei 15 quilos.
C) Moreninha
O assédio feminino aumentou”, conta o rapaz. As
D) filha
garotas flertam com a anorexia, que pode ser fatal
Observe o texto a seguir para a questão 135. quando a pessoa consome menos de 400 calorias
A nossa constituição não inveja as leis dos nossos diárias. Emagrecer à custa de dietas inadequadas
vizinhos (…) Não imitamos os outros. Pelo contrário, provoca descontrole da glândula tiróide, taquicardia
servimos de modelo a alguns. Esse modelo, próprio de e arritmia, além de distúrbios nos rins. “A pele fica
Atenas, recebeu o nome de democracia, porque a ressecada e pode até cair cabelo. Estrias nas pernas
sua direção não está na mão de um pequeno grupo, não devem ser descartadas. Sem falar em problemas
mas sim da maioria. (…) Um temor salutary impede- emocionais como ansiedade e depressão”, afirma o
nos de faltar ao cumprimento dos nossos deveres no endocrinologista Jorge Bastos Garcia.
76
QUESTÃO 136. No trecho “…que pode ser fatal”, a falecida avó media na base do novelo. Pobre que
palavra destacada refere-se ao termo era, aceitava encomendas de crochê e disso tirava o
A) anorexia seu sustento. Muitas vezes ouvimo-la dizer: – Hoje estou
B) “bombas” um pouco cansada. Só vou trabalhar três novelos. Nós
C) dietas todos sabíamos que ela levava uma média de duas
D) anabolizantes horas para tecer cada um dos rolos de lã. Por isso,
E) lipoaspiração ninguém estranhava quando dizia que queria jantar
dali a meio novelo. Era só fazer a conversão em horas
Descritor 15 - Identificar a tese de um texto. e botar a comida na mesa sessenta minutos depois.
Identificar a ideia defendida no texto. Os índios, por sua vez, marcavam o tempo pela lua.
Isso é ponto pacífico, embora, há alguns anos, por
Observe o texto a seguir para a questão 137. distração, eu assistisse a um desses terríveis filmes de
No dia 1, o fiscal me impediu de expor na feira do carnaval do Oscarito, em que apareciam diversos
Trianon. Me inscrevi em 2004, fiz teste de aptidão, índios, alguns dos quais, com relógio de pulso.
paguei taxas de uso de solo e de licença, e comecei Sim, os índios medem o tempo pelas luas, os ricos
a trabalhar na semana seguinte. O juiz que cassou a medem o valor dos semelhantes pelo dinheiro, vovó
liminar provavelmente nem leu o processo. Nossa media as horas pelos seus novelos e todos nós, em
advogada anexou documentos provando a maior ou menor escala, medimos distâncias e dias
legalidade dos expositores que estão com problemas com aquilo que melhor nos convier.
porque funcionários da Prefeitura perderam os Agora mesmo houve qualquer coisa com a Light
[companhia de luz] e a luz faltou. Para a maioria, a
documentos de quem fez teste em 2004. Nós,
escuridão durou duas horas; para Raul, não. Ele, que
artesãos, criamos objetos de arte considerados
se prepara para um exame, tem que aproveitar todas
cultura no mundo todo menos no Brasil. E, aos 63anos, as horas de folga para estudar. E acaba de vir lá de
não tenho perspectiva de conseguir outro trabalho. dentro, com os olhos vermelhos do esforço, a
José Eduardo Pires reclamar:
– Puxa! Estudei uma vela inteira.
Vila Maria Alta
Comigo mesmo aconteceu de recorrer a tais
A Prefeitura responde:
Com referência à feira do Trianon, jamais houve perda medidas, que quase sempre medem melhor ou, pelos
de documentos. No início de 2006, a Sub Pinheiros menos, dão uma ideia mais aproximada daquilo que
queremos dizer. Foi noutro dia quando certa senhora,
entregou as pastas de documentação para a Sub Sé.
outrora tão linda e hoje tão gorda, me deu um
Na análise técnica do material, viu-se que havia
expositores trabalhando irregularmente, sem que as prolongado olhar de convite ao pecado. Fingi não
perceber, mas pensei:
aprovações fossem publicadas no Diário Oficial da
“Há uns quinze quilos atrás, eu teria me perdido”.
Cidade de São Paulo, obrigatórias para que a (In Flora Bender e Ilka Laurito, Crônica: história, teoria e prática. São Paulo: Scipione, 1993,
comunidade saiba quem foram os aprovados e as p. 96-97)
atividades para as quais estão autorizados. QUESTÃO 138. (SARESP-adaptada) Qual dos trechos
Andrea Matarazzo contém a tese da crônica?
Secretário das Subprefeituras e Subprefeito da Sé (A) “Para a maioria, a escuridão durou duas horas;
(São Paulo Reclama. O Estado de S.Paulo, 12 de agosto de 2007, p. C2)
para Raul, não”.
QUESTÃO 137. (SARESP) A Prefeitura defende a tese de (B) “Era só fazer a conversão em horas e botar a
que comida na mesa sessenta minutos depois”.
(A) os funcionários devem ser responsabilizados por (C) “Agora mesmo houve qualquer coisa com a Light
terem desviado documentos, prejudicando os [companhia de luz] e a luz faltou”.
artesãos queixosos. (D) “todos nós, em maior ou menor escala, medimos
(B) os fiscais se precipitaram ao impedir o distâncias e dias com aquilo que melhor nos convier”.
funcionamento da feira de artesanato antes de
encontrarem os documentos perdidos. Observe o texto a seguir para a questão 139.
(C) os artesãos queixosos aparentemente têm razão Por que o mundo está tão desorientado
suficiente para reclamações, mas os responsáveis já Domenico de Mais
estão tomando as medidas cabíveis. Se eu tivesse de indicar qual denominador comum
(D) os requisitos legais exigidos para expor e vender psicológico caracteriza a sociedade atual no mundo
trabalhos na feira de artesanato devem ser cumpridos inteiro, não teria dúvida. Alguns povos são
por todos os envolvidos nessa situação. dominadores, outros, submissos; alguns são tímidos,
outros agressivos. Há os desorganizados e os
Observe o texto a seguir para a questão 138. extremamente metódicos. Alguns são laicos e outros
Medidas, no espaço e no tempo, de Stanislaw Ponte fundamentalistas. Também existem os povos voltados
Preta para a modernidade e outros que são tradicionalistas.
Sérgio Porto No entanto, todos os povos do mundo estão, hoje,
A medida, no espaço e no tempo, varia de acordo desorientados.
com as circunstâncias. E nisso vai temperamento de O que leva a essa desorientação é a rapidez e a
cada um, o ofício, o ambiente em que vive. Nossa multiplicidade das mudanças. Seis séculos antes de
77
Cristo, quando as transformações ocorriam armários, que você não sabia antes como era
lentamente, Heráclito escreveu: "É na mudança que conduzida. Convém não responder aos olhares
as coisas se assentam". Mas poderíamos dizer isso interrogativos, deixando crescer, por instantes, a
hoje? A invenção das técnicas para dominar o fogo, intensa expectativa que se instala. Mas não exagere
o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio na na medida e suba sem demora ao quarto, libertando
Mesopotâmia, as grandes descobertas científicas e aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do
geográficas realizadas entre os séculos XII e XVI corpo como se retirasse a importância das coisas,
representam saltos. No entanto, nenhuma dessas pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até
mudanças se realizou em espaço de tempo inferior à em pêlo, mas sem ferir o decoro (o seu decoro, está
vida média de uma pessoa. Nenhum ser humano claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa
pôde assistir ao processo inteiro. verdade provisória, toda mudança de
Hoje as coisas são diferentes. Ao longo de poucas comportamento. Feito um banhista incerto, assome
décadas, passamos de uma economia industrial em seguida no trampolim do patamar e avance dois
centrada na produção de automóveis e de passos como se fosse beirar um salto, silenciando de
eletrodomésticos a uma economia pós-industrial vez, embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada
centrada na produção de serviços, informação, de grandes lances. Desça, sem pressa, degrau por
símbolos, valores e estética. Passamos de uma cultura degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!)
moderna de livros e de jornais a uma pós-moderna dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão
feita de televisão e internet. Saímos do poder exercido enquanto se comprimem ao pé da escada. Passe por
por capitães da indústria para o de cientistas, artistas eles calado, circule pela casa toda como se andasse
e da mídia de massa. (...) numa praia deserta (mas sempre com a mesma cara
É como se, de improviso, uma imensa avalanche, uma de louco ainda não precipitado) e se achegue
enorme massa d’água, uma erupção vulcânica e um depois, com cuidado e ternura, junto à rede
terremoto se abatessem de uma só vez sobre uma languidamente envergada entre plantas lá no
região tranquila, aterrorizando seus habitantes. Alguns terraço. Largue-se nela como quem se larga na vida,
desses habitantes talvez até contassem com a e vá ao fundo nesse mergulho: cerre as abas da rede
destruição, mas a grande maioria foi surpreendida sobre os olhos e, com um impulso do pé (já não
durante o sono e vive agora na maior importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir
desorientação.(...) embalado pelo mundo.
Quem está desorientado passa, de fato, por uma (Texto extraído do livro Menina a caminho, Companhia das Letras. São Paulo,
1997. p.71)
profunda sensação de crise, e quem se
sente em crise deixa de projetar o próprio futuro. QUESTÃO 140. (SARESP) O autor, em seu texto,
Quando uma pessoa, uma família ou um país defende a ideia de que
renuncia a projetar seu futuro, outro o projetará no (A) a vida é muito boa, mas as pessoas trabalham
lugar deles. E não fará por bondade altruísta, mas em muito.
proveito próprio. (B) as pessoas fazem fofoca e isso atrapalha a vida.
(Revista Época, p. 92, 13/09/2007) (C) o leitor, em alguns momentos, deve deixar o
QUESTÃO 139. (SARESP-adaptada) Qual a tese trabalho e curtir a vida.
defendida pelo texto? (D) as pessoas devem passear pela cidade, em alguns
(A) Alguns povos são dominadores; outros, submissos. momentos.
(B) Alguns povos são tímidos; outros, agressivos. Observe o texto a seguir para a questão 141.
(C) É desnecessário fazer projetos para o futuro.
Iniciação literária
(D) Todos os povos do mundo estão, hoje,
Leituras! Leituras!
desorientados.
Como quem diz: Navios... Sair pelo mundo voando na
Observe o texto a seguir para a questão 140. capa vermelha de Júlio Verne*.
Mas por que me deram para livro escolar a Cultura
Aí pelas Três da Tarde
Raduan Nassar dos Campos, de Assis Brasil? O mundo é só fosfatos -
Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, lotes de 25 hectares
- soja - fumo -alfafa -batata-doce - mandioca
onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom
senso do mundo, aplicando-se em ideias claras - pastos de cria - pastos de engorda.
apesar do ruído e do mormaço, seguros ao e Se algum dia eu for rei, baixarei um decreto
condenando este Assis a ler sua obra.
pronunciarem sobre problemas que afligem o homem (Carlos Drummond de Andrade. Boitempo & A falta que ama. Rio de
moderno (espécie da qual você, milenarmente Janeiro: José Olympio, 2. ed., p. 126)
cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue * Júlio Verne: escritor francês, famoso por seus
tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha romances de aventura e fantasia.
uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos QUESTÃO 141. (SARESP) Ao estabelecer uma relação
mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê direta entre Leituras! e Navios..., o poeta está
um largo "ciao" ao trabalho do dia, assim como quem (A) alertando para os livros cuja leitura nos afasta da
se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, nossa vida, desviando nos do nosso rumo.
com sua presença em hora tão insólita, os que (B) criticando os livros de leitura aborrecida e pesada,
estiveram em casa ocupados na limpeza dos em que parecemos naufragar.
78
(C) elogiando os livros que nos fornecem proveitosos Custam poucos dólares, mas para removê-las são
roteiros de viagens de turismo. necessários milhares de dólares e, muitas vezes, o
(D) enaltecendo a propriedade que têm certos livros, custo de vidas humanas. Há milhares de mutilados,
quando nos fazem viver grandes aventuras muitos deles crianças, em dezenas de países. Num
artigo na revista científica “Optics Express”, o
Observe o texto a seguir para a questão 142.
americano Joseph Shaw e seus colegas contam
Canção de todos
como treinaram abelhas para encontrar minas com
”Duas almas deves ter...
97,5% de acurácia. Eles desenvolveram um sistema a
É um conselho dos mais sábios;
laser que marca e identifica as abelhas rapidamente.
Uma, no fundo do Ser,
As abelhas, na verdade, aprendem a reconhecer o
Outra, boiando nos lábios!
cheiro de uma substância presente nas minas e que é
Uma, para os circunstantes,
inserida numa mistura doce com a qual são
Solta nas palavras nuas
alimentadas. Segundo Shaw, o olfato dos insetos é
Que inutilmente proferes,
melhor que o de cães e o risco de acidentes é
Entre sorrisos e acenos:
reduzido a quase zero.
A alma volúvel das ruas,
Que a gente mostra aos passantes, Revista O Globo. Rio de Janeiro, n. 55, ago. 2005, adaptado, p. 50.
Larga nas mãos das mulheres,
QUESTÃO 143. (SARESP) Considerando as principais
Agita nos torvelinhos,
informações presentes no texto, um outro título
Distribui pelos caminhos
pertinente para ele é:
E gasta sem mais nem menos,
(A) Novas armas de guerra a custo zero.
Nas estradas erradias,
(B) Insetos treinados combatem erros humanos.
Pelas horas, pelos dias... (...)
(C) Países reúnem-se para discutir uso de minas.
A outra alma, pérola rara,
(D) Acidentes com abelhas cambatidos a laser.
Dentro da concha tranqüila,Profunda, eterna e tão
cara
Observe o texto a seguir para a questão 144.
Que poucos podem possuí-la,
É alma que nas entranhas INTOLERÂNCIA AOS MORADORES DE RUA
Da tua vida murmura Assistimos cotidianamente a uma maratona de
Quando paras e repousas. agressões de toda espécie, qualificadas de atos
A que assiste das Montanhas violentos. (...)
As livres desenvolturas Esse não é um fenômeno novo. Ao contrário. Estudos
Do panorama das cousas(...) mostram a indignação diante da miséria e o medo
Fonte do Sonho, jazida desses “animais urbanos” – mulheres e homens
Que se esconde aos garimpeiros, pauperizados – e ocultam atividades que
Guardando, em fundos esteiros, desenhavam a estética e as emoções da cidade
O ouro da tua Vida.” ainda nos séculos 18 e 19.
(LEÔNI, Raul de. Canção de todos. Obtido em
http://www.jornaldepoesia.jor.br/ra.html#cancao com cortes)
É com este olhar sobre o passado, que desnuda as
contradições do presente, que proponho dois eixos
QUESTÃO 142. (SARESP-adaptada) Qual a tese
de leitura sobre o massacre dos moradores de rua no
defendida no poema?
Brasil. O primeiro refere-se à natureza do fenômeno.
(A) Todos os seres humanos devem ter duas caras:
Sua origem está nas “raízes do Brasil”, em seu modelo
uma verdadeira, para exibir aos outros, e outra falsa,
de sociedade excludente, desigual, que gera uma
para guardar para si.
espécie de violência estrutural, pelo fato de que a
(B) Os seres humanos devem desenvolver uma alma
riqueza socialmente produzida concentra-se em
para fora, a fim de ser usada na vida cotidiana, e
poder de poucos, pela fragilidade das políticas
outra para dentro, guardada para os momentos mais
públicas não só de segurança, mas de trabalho,
importantes.
habitação, lazer e, sobretudo, de educação, a
(C) Todos os seres humanos deveriam ser autênticos
principal fonte de formação da cidadania
para com os outros, pois a verdade faz com que a
emancipatória. (...)
vida cotidiana seja vivida com mais intensidade e
O segundo se refere à natureza das práticas
leveza.
cotidianas dos moradores de rua. Essas
(D) Os seres humanos não devem cultivar uma vida
desestabilizam as “instituições imaginárias da
interior; a intensidade dos momentos vividos tem de
sociedade”, pois as práticas de violência surgem a
estar presente no mundo exterior, mais do que na
partir de conflitos de valores, tornando compreensível
subjetividade.
uma situação de ameaça e desequilíbrio da
Observe o texto a seguir para a questão 143. sociedade. Como os moradores de rua estão
excluídos dos mundos socialmente aceitos (a casa, a
ABELHAS CONTRA ARMAS DE GUERRA
família e o trabalho), suas práticas incomodam nossa
Enxames de abelhas treinadas são a esperança mais
sociedade extremamente preconceituosa, haja vista
recente para combater uma praga que infesta
que os mendigos dos grandes centros urbanos
dezenas de países, as minas terrestres. Tais armas
brasileiros continuam sendo vistos como parasitas,
estão entre as perversas invenções do homem.
prevalecendo ainda, na contemporaneidade, a visão
79
higienista das elites brasileiras do passado. Como não Descritor 16 - Estabelecer relação entre tese e os
cidadãos, os moradores de rua são “bodes argumentos oferecidos para sustentá-la.
expiatórios” da banalização da violência em nosso Reconhecer qual(is) o(s) argumento(s) que
país. (...) sustenta(m) a ideia defendida no texto.
CARVALHO, Denise Bomtempo Birche de. Intolerância aos moradores de rua. Jornal da Universidade de
Brasília, 14 de setembro de 2004. página da Internet, htpp.www.unb.org.br, artigos, editado em
01/09/2005. (adaptado)
Observe o texto a seguir para a questão 146.
QUESTÃO 144. (SARESP) A autora, para resolver o
problema, defende uma ação efetiva das
(A) políticas públicas. (C) famílias brasileiras.
(B) entidades partidárias. (D) elites nacionais.
80
Observe a imagem a seguir para a questão 148. saúde” baseia-se no argumento de que as pessoas
devem
A) adotar planos que remuneram corretamente os
médicos.
B) buscar planos com equilíbrio entre mensalidade e
atendimento.
C) evitar os planos que se despreocupam totalmente
com o lucro.
D) optar por planos que pagam todos os exames
necessários.
Observe o texto a seguir para a questão 151.
Horário de verão
Aí vem novamente o horário de verão, desta vez
depois das eleições, talvez para evitar que o distúrbio
QUESTÃO 148. (SARESP) A afirmação “Exija dele o no ritmo espontâneo interfira na escolha do nosso
Cartão de Regularidade Profissional expedido pelo candidato. É espantoso ninguém perceber que no
Sistema COFECI-CRECI (Conselho Federal de verão o consumo de energia elétrica é menor,
Corretores de Imóveis – Conselho Regional de simplesmente porque os dias são mais longos e
Corretores de Imóveis)" garante mais quentes, não por causa dessa idiotice de
(A) lucros imediatos nas transações imobiliárias. horário de verão. Além dos sistemas automáticos,
(B) lucros a médio prazo nas transações imobiliárias. cujas células fotoelétricas e termostatos não sabem
(C) menores custos na aquisição de imóveis. que estamos no horário de verão, ninguém olha o
(D) realização de negócios com profissional relógio para acender lâmpadas ou desligar
especializado. aquecedores. Se adiantar uma hora no verão
Observe a imagem a seguir para a questão 149. economiza energia elétrica, a recíproca deve ser
verdadeira. Por que não atrasar uma hora no
inverno? E que tal bagunçar de vez nosso relógio
biológico adiantando meia hora na primavera e
atrasando meia hora no outono? Bolas!
(CARLQUIST, Ivan. Horário de verão. O Estado de São Paulo,
São Paulo, 5 out. 2004. Carta aos Leitores, p. A2.)
81
QUESTÃO 152. Um argumento que sustenta a tese de (correío Brazilíense, 10/02/2003, Gabarito. p. 2.)
que “a sociedade moderna tem utilizado de forma QUESTÃO 154. Em “A comunidade poderia interagir e
irracional seus recursos hídricos” é que participar de atividades interessantes.”, a palavra
A) a água acompanha a história através dos séculos. destacada indica
B) a água possibilitou o surgimento de grandes (A) alternância.
civilizações. (B) oposição.
C) a importância da água é reconhecida ao longo da (C) adição.
história. (D) explicação.
D) o equilíbrio biológico do planeta está em risco.
E) o homem tem sempre se fixado às margens dos rios. Observe o texto a seguir para a questão 155.
Aí pelas Três da Tarde
Observe o texto a seguir para a questão 153. Raduan Nassar
Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis,
onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom
senso do mundo, aplicando-se em ideias claras
apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se
pronunciarem sobre problemas que afligem o homem
moderno (espécie da qual você, milenarmente
cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue
tudo de repente sob os olhares a sua volta, componha
uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos
mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê
um largo "ciao" ao trabalho do dia, assim como quem
se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde,
com sua presença em hora tão insólita, os que
estiveram em casa ocupados na limpeza dos
armários, que você não sabia antes como era
conduzida. Convém não responder aos olhares
interrogativos, deixando crescer, por instantes, a
intensa expectativa que se instala. Mas não exagere
na medida e suba sem demora ao quarto, libertando
aí os pés das meias e dos sapatos, tirando a roupa do
corpo como se retirasse a importância das coisas,
pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até
QUESTÃO 153. (PROVA BRASIL) A tese da em pêlo, mas sem ferir o decoro (o seu decoro, está
dinamicidade da língua comprova-se pelo fato de claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa
que verdade provisória, toda mudança de
(A) as regras gramaticais podem transformar-se em comportamento. Feito um banhista incerto, assome
exceção. em seguida no trampolim do patamar e avance dois
(B) a gramática permite que as regras se tornem passos como se fosse beirar um salto, silenciando de
opções. vez, embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada
(C) a língua se manifesta em variados contextos e de grandes lances. Desça, sem pressa, degrau por
situações. degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!)
(D) os manuais de redação são práticos para criar dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão
ideias. enquanto se comprimem ao pé da escada. Passe por
(E) é possível buscar soluções práticas na hora de eles calado, circule pela casa toda como se andasse
escrever numa praia deserta (mas sempre com a mesma cara
de louco ainda não precipitado) e se achegue
Descritor 17 - Reconhecer o sentido das relações depois, com cuidado e ternura, junto à rede
lógico-discursivas marcadas por conjunções, languidamente envergada entre plantas lá no
advérbios, etc. terraço. Largue-se nela como quem se larga na vida,
Relações semânticas expressas por conectivos. e vá ao fundo nesse mergulho: cerre as abas da rede
sobre os olhos e, com um impulso do pé (já não
Observe o texto a seguir para a questão 154.
importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir
Acho uma boa ideia abrir as escolas no fim de
embalado pelo mundo.
semana, mas os alunos devem ser supervisionados por (Texto extraído do livro Menina a caminho, Companhia das Letras. São
alguém responsável pelos jogos ou qualquer opção Paulo, 1997. p.71)
de lazer que se ofereça no dia. A comunidade QUESTÃO 155. (SARESP) Este texto recorre, de forma
poderia interagir e participar de atividades bastante significativa, a advérbios de lugar que
interessantes. Poderiam ser feitas gincanas, festas e concretizam
até churrascos dentro da escola. (A) as ordens do narrador.
Juliana Araújo e Souza (B) o sonho do narrador.
82
(C) a indignação do narrador. fragilidade das políticas públicas não só de segurança, mas
(D) os desejos de outras pessoas. de trabalho, habitação, lazer e, sobretudo, de educação,
a principal fonte de formação da cidadania
Observe o texto a seguir para a questão 156. emancipatória. (...)
Cascas de barbatimão O segundo se refere à natureza das práticas cotidianas dos
moradores de rua. Essas desestabilizam as “instituições
Eu ia para Araxá, isto foi em 1936, ia fazer uma
imaginárias da sociedade”, pois as práticas de violência
reportagem para um jornal de Belo Horizonte. surgem a partir de conflitos de valores, tornando
O trem parou numa estação, ficou parado muito compreensível uma situação de ameaça e desequilíbrio da
tempo, ninguém sabia por quê. Saltei para andar um sociedade. Como os moradores de rua estão excluídos dos
pouco lá fora. Fazia um mormaço chato. Vi uma mundos socialmente aceitos (a casa, a família e o
porção de cascas de árvores. Perguntei o que era trabalho), suas práticas incomodam nossa sociedade
aquilo, e me responderam que eram cascas de extremamente preconceituosa, haja vista que os mendigos
barbatimão que estavam ali para secar. Voltei para dos grandes centros urbanos brasileiros continuam sendo
meu assento no trem e ainda esperei parado algum vistos como parasitas, prevalecendo ainda, na
contemporaneidade, a visão higienista das elites brasileiras
tempo. A certa altura peguei um lápis e escrevi no
do passado. Como não cidadãos, os moradores de rua são
meu caderno: “Cascas de barbatimão secando ao
“bodes expiatórios” da banalização da violência em nosso
sol.” Perguntei a algumas pessoas para que serviam país. (...)
aquelas cascas. Umas não sabiam; outras disseram CARVALHO, Denise Bomtempo Birche de. Intolerância aos moradores de rua. Jornal da Universidade de
Brasília, 14 de setembro de 2004. página da Internet, htpp.www.unb.org.br, artigos, editado em 01/09/2005.
que era para curtir couro, e ainda outras explicaram (adaptado)
que elas davam uma tinta avermelhada muito boa. QUESTÃO 157. (SARESP) Segundo a autora o modelo
Como repórter, sempre tomei notas rápidas, mas brasileiro de sociedade excludente tem como causas:
nunca formulei uma frase assim para abrir a matéria - (A) economia e política.
“cascas de barbatimão secando ao sol.” Não me (B) segurança e trabalho.
lembro nunca de ter aproveitado esta frase. Ela não (C) lazer e educação.
tem nada de especial, não é de Euclides da Cunha, (D) habitação e saúde.
meu Deus, nem de Machado de Assis; podia ser mais
facilmente do primeiro Afonso Arinos, aquele do buriti. Observe o texto a seguir para a questão 158.
Ela me surgiu ali, naquela estaçãozinha da Oeste de “São conhecidos os casos de paixão, alguns até
Minas, não sei se era Divinópolis ou Formiga. terminando em morte, que começaram em festas de
Um dia, quando eu for chamado a dar testemunho fim de ano, ...” [...].
sobre a minha jornada na face da terra, que poderei VERÍSSIMO, Luís Fernando. Comédias da vida privada: 101 crônicas
escolhidas. Porto Alegre:
afirmar sobre os homens e as coisas do meu tempo? L&PM. 1994.
Talvez me ocorra apenas isto, no meio de tantas
QUESTÃO 158. (BAHIA) A palavra “que”, neste
fatigadas lembranças: “cascas de barbatimão
fragmento de Comédias da vida privada, relaciona-
secando ao sol.”
(Rubem Braga. Recado de primavera. Rio de Janeiro: Record, 7.ed, 1998, se com:
p.175) A) ano.
QUESTÃO 156. (SARESP) O hábito de tomar notas B) paixão.
rápidas, como afirma o cronista, se deve à C) morte.
circunstância de D) casos.
(A) viajar constantemente, por lugares que E) festas.
desconhecia. Observe o texto a seguir para a questão 159.
(B) estar sujeito a contratempos, em suas viagens.
(C) ser ele um repórter, atento a fatos interessantes. “Sempre lutei muito. Minha família veio para a cidade
porque fui despedido quando as máquinas chegaram
(D) dar testemunho dos fatos ocorridos em sua vida.
lá na Usina [...]”
Depoimento de integrante do Movimento dos
Observe o texto a seguir para a questão 157.
Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), de Corumbá,
INTOLERÂNCIA AOS MORADORES DE RUA
MS.
Assistimos cotidianamente a uma maratona de agressões
de toda espécie, qualificadas de atos violentos. (...) QUESTÃO 159. (BAHIA) No fragmento, quais as
Esse não é um fenômeno novo. Ao contrário. Estudos circunstâncias expressas pelas orações sublinhadas?
mostram a indignação diante da miséria e o medo desses A) Condição e comparação.
“animais urbanos” – mulheres e homens pauperizados – e B) Causa e tempo.
ocultam atividades que desenhavam a estética e as C) Tempo e proporção.
emoções da cidade ainda nos séculos 18 e 19. D) Causa e conformidade.
É com este olhar sobre o passado, que desnuda as
contradições do presente, que proponho dois eixos de
leitura sobre o massacre dos moradores de rua no Brasil. O
primeiro refere-se à natureza do fenômeno. Sua origem está
nas “raízes do Brasil”, em seu modelo de sociedade
excludente, desigual, que gera uma espécie de violência
estrutural, pelo fato de que a riqueza socialmente
produzida concentra-se em poder de poucos, pela
83
Descritor 18 - Reconhecer o sentido do texto e senhor é a décima pessoa hoje que reclama desse
suas partes sem a presença de marcas coesivas. mesmo selo...
Seleções.Dezembro 2007, p.124
Relações semânticas sem a presença de conectivos.
QUESTÃO 162. Nesse texto, o uso da palavra “mesmo”
Observe o texto a seguir para a questão 160. produz, em relação à palavra “selo”, um efeito de
Leia o texto a seguir e depois responda. (A) alternância.
(B) cadência.
A porcentagem de tipos sanguíneos varia em (C) movimento.
diferentes grupos populacionais. Muitos povos (D) repetição.
indígenas, como várias tribos da América, não
possuem o tipo B. No Brasil, os tipos O e A respondem, Observe o texto a seguir para a questão 163.
juntos, por quase 90% dos habitantes. Uma provável Contemplo a Terra. A visibilidade é boa.
explicação para esse fenômeno está em pesquisas Moscou, 12 (AGP)- A voz de Yuri Gagarin, enérgica
ainda não conclusivas: elas indicam que algumas embora ensurdecida por interferências que pareciam
doenças são mais comuns em determinados tipos sublinhar o isolamento do cosmonauta soviético, foi
sanguíneos. O câncer de estômago, por exemplo, retransmitida pelo rádio de Moscou às 16 horas (GMT).
seria mais frequente em pessoas com sangue tipo A: Sua primeira frase foi: “Contemplo a Terra. A
a pneumonia e certos tipos se anemia, no tipo B. visibilidade é boa. Ouço-os muito bem”. Bons contatos
Conforme certas epidemias se tornam mais posteriores, Yuri Gagarin disse: “O voo continua bem,
frequentes, elas matam mais pessoas de certo tipo contemplo a Terra. A visibilidade é boa. Posso ver
sanguíneo- e sobra mais gente dos outros. tudo... Certo espaço está coberto de nuvens”. Depois:
O que determina os diferentes tipos de sangue? Revista Super Interessante, n
195, dezembro de 2003, p.50. Adaptado: reforma Ortográfica
“Prossigo meu vôo... Tudo é normal, tudo funciona
perfeitamente”.
QUESTÃO 160. Na frase Uma provável explicação A última mensagem retransmitida pela rádio de
para esse fenômeno está em pesquisas ainda não Moscou expressava: “Sinto-me bem, de excelente
conclusivas: elas indicam que algumas doenças são moral. Continuo meu voo. Tudo vai bem, a máquina
mais comuns em determinados tipos sanguíneos”, os funciona normalmente”. (...)
dois pontos estabelecem uma relação de Quando voltou à Terra, após abandonar sua cela
(A) temporalidade cósmica, Gagarin descreveu as visões capatdas em
(B) condição. sua viagem dizendo: “O céu é escuro, muito, e a terra
(C) negação. azulada. Vê-se tudo muito bem”.
(D) explicação. Folha de São Paulo, 13 abr. 1961. Fragmento
(E) conclusão. QUESTÃO 163. Na primeira mensagem do astronauta:
Observe a imagem a seguir para a questão 161. “Contemplo a Terra. A visibilidade é boa. Ouço-os
muito bem”.(l. 4 ), a sucessão das curtas orações
expressam
(A) alternância de ideias.
(B) enumeração de ideias.
(C) gradação de ideias.
(D) oposição de ideias.
(E) substituição de ideias.
Observe o texto a seguir para a questão 164.
(...) Os dois amigos tensos, agora preferiam não tomar
conhecimento do dogue. E, por fim, o visitante se foi.
Se despediu, efusivo como chegara, e se foi. Se foi. Se
foi. Mas ainda ia indo, quando o dono da casa
perguntou: “Não vai levar o seu cão?” “Cão? Cão?
Cão? Ah, não! Não é meu, não. Quando eu entrei, ele
QUESTÃO 161. Nesse texto, a palavra “combo” remete entrou naturalmente comigo e eu pensei que fosse
a uma seu”.
FERNANDES, Millor. Fábulas Fabulosas. Rio de Janeiro: Nórdica, 1963, p.102. fragmento
(A) alternativa econômica.
(B) comida nutritiva. QUESTÃO 164. No trecho “Quando eu entrei, ele
(C) escolha saudável. entrou... (l.4-5), a palavra destacada estabelece com
(D) mistura de alimentos. a oração seguinte uma relação de
(E) refeição refinada. A) Afirmação.
B) Dúvida.
Observe o texto a seguir para a questão 162.
C) Lugar.
Piada D) Modo.
Um homem chega à agência dos correios e compra D) Tempo.
um selo. Ele lambe o selo, mas este não gruda no
envelope, por isso volta ao guichê para reclamar. A
funcionária então responde: -Que engraçado. O
84
Observe o texto a seguir para a questão 165. queimadas, reduzir a caça aos animais selvagens e
O leão impedir que mais áreas sejam desmatadas para a
agricultura. Só assim será possível preservar as milhares
O leão parou junto ao tronco da árvore, farejou. Sentiu
de espécies que vivem no cerrado!
que havia seres humanos lá em cima-chegou a CHAGAS, Catarina. Gol contra a natureza. Ciência Hoje das Crianças, São
entortar a cabeçorra e espiar. Pedrinho, que levara Paulo, set. 2004.
Adaptado.
um a pedra no bolso, arremessou-a contra o olho da
fera. QUESTÃO 166. (SARESP) O cerrado corre o risco de
LOBATO, Monteriro. In: Monteiro Lobato- Literatura comentada. São Paulo: desaparecer por ser considerado um
Nova Cultural, 1988. (A) bom lugar para a agricultura e pecuária.
QUESTÃO 165. No trecho “O leão parou junto ao (B) bom lugar para a estratégia de conservação.
tronco da árvore, farejou.” a palavra destacada (C) lugar ruim para animais selvagens.
estabelece com a oração seguinte uma relação de (D) lugar ruim para a agricultura mecanizada.
(A) adição.
(B) adversidade. Observe o texto a seguir para a questão 167.
(C) concessão. ABELHAS CONTRA ARMAS DE GUERRA
(D) condição.
Enxames de abelhas treinadas são a esperança mais
(E) conformidade.
recente para combater uma praga que infesta
Observe o texto a seguir para a questão 166. dezenas de países, as minas terrestres. Tais armas
estão entre as perversas invenções do homem.
GOL CONTRA A NATUREZA
Custam poucos dólares, mas para removê-las são
Uma área maior que dois campos de futebol é necessários milhares de dólares e, muitas vezes, o
destruída por minuto no cerrado Rico e ameaçado. custo de vidas humanas. Há milhares de mutilados,
Assim é o cerrado. A cada minuto, é destruída uma muitos deles crianças, em dezenas de países. Num
área equivalente a 2,6 campos de futebol na região, artigo na revista científica “Optics Express”, o
um ritmo de devastação dez vezes maior do que o da americano Joseph Shaw e seus colegas contam
Mata Atlântica. Os dados – parte de um estudo feito como treinaram abelhas para encontrar minas com
pela Conservação Internacional, uma organização 97,5% de acurácia. Eles desenvolveram um sistema a
não-governamental voltada para a preservação do laser que marca e identifica as abelhas rapidamente.
meio ambiente – indicam que o cerrado pode As abelhas, na verdade, aprendem a reconhecer o
desaparecer até 2030 caso a destruição continue cheiro de uma substância presente nas minas e que é
igual à que se vê hoje. inserida numa mistura doce com a qual são
Pelas características de seu terreno e por ser fácil de alimentadas. Segundo Shaw, o olfato dos insetos é
desmatar, o cerrado é considerado um bom lugar melhor que o de cães e o risco de acidentes é
para a agricultura e a pecuária. E é isso que o põe em reduzido a quase zero.
risco. A destruição desse bioma começou na década Revista O Globo. Rio de Janeiro, n. 55, ago. 2005, adaptado, p. 50.
de 1960, quando a construção de estradas facilitou a QUESTÃO 167. A única opção que apresenta
chegada de muitos criadores de gado. Pouco depois, informações do texto dispostas na ordem
na década de 1980, foi a vez de as plantações “fato/conseqüente opinião sobre ele” é
invadirem a região. Com a agricultura mecanizada (A) treinamento de abelhas/ esperança no combate
de soja, algodão, milho e girassol, a vegetação nativa às minas terrestres.
foi rapidamente removida. (B) perversidade dos homens /mau-trato às abelhas.
Dos 204 milhões de hectares ocupados pelo cerrado (C) mutilação de criança/ cura com sistema a laser.
no passado, a maior parte já foi desmatada. Da área (D) acurácia no olfato das abelhas/ substituição de
que sobrou, metade foi bastante modificada pelo abelhas pelos cães.
homem e não conserva as características e a
variedade de plantas e animais originais. A cada ano, Observe o texto a seguir para a questão 168.
estima-se que dois milhões de hectares do cerrado UM ALERTA
são desmatados, sendo que as áreas mais afetadas Como todos os furacões, o Katrina, que está
estão em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e provocando mortes e destruição em larga escala em
Minas Gerais, além do oeste da Bahia. Nova Orleans e outras cidades americanas, tem sua
Se a degradação continuar, no entanto, o cerrado origem na evaporação da água dos oceanos, sob
pode desaparecer até 2030. Já imaginou que perda ação do calor do sol. O vapor que se forma sobe e se
isso representaria para o Brasil e o mundo? Pois é para condensa novamente ao encontrar camadas
reverter esse quadro que, há três anos, pesquisadores atmosféricas mais frias. A condensação é um
da Conservação Internacional procuram formas de processo que libera calor; em resultado, o ar em volta
recuperar as áreas já afetadas e evitar a destruição é aquecido e passa a subir também. De maneira
de outros ambientes. Esses profissionais, por exemplo, semelhante ao que acontece com a água que desce
estudam a vegetação nativa por meio de imagens por um ralo, este ciclo ascendente forma um
enviadas por satélite e, assim, podem descobrir onde movimento giratório que pode ganhar a intensidade
está ocorrendo o desmatamento e elaborar uma de um furacão quando determinados fatores
estratégia de conservação. Segundo os adicionais estão presentes.
pesquisadores, é necessário ainda acabar com as
85
Parece natural imaginar que, com o aquecimento O motorista põe a cabeça para fora da janela e
global, furacões mais fortes e mais frequentes se acelera. O escapamento do caminhão libera a
formarão; e, de fato, cientistas americanos, por meio fumaça: preta, quase asfixiante. O estudante
de simulações em computador, concluíram que isso paulistano Felipe Arditti, de 17 anos, fecha os olhos,
tende a acontecer. Naturalmente, não se pode tenta prender a respiração, mas se mantém firme em
afirmar que a violência do Katrina já seja efeito do seu posto. No escapamento do veículo, segura o
aumento da temperatura do planeta: é impossível equipamento que construiu para medir a poluição da
estabelecer relação de causa e efeito em casos fumaça emitida por caminhões. O dispositivo usa os
isolados. princípios físicos da óptica para determinar
Mas não deixa de ser irônico que o país cujo governo exatamente a cor da fumaça. Quanto mais escura,
decidiu rejeitar o Protocolo de Kioto – que até hoje é mais poluente. Terminado o teste, Felipe limpa o rosto
a única tentativa séria, ainda que tímida, de conter a e os braços, cobertos pela fuligem negra. O caminhão
emissão de dióxido de carbono e outros gases do não passou no teste. O experimento de Felipe, sim. Foi
efeito estufa, responsável pelo aquecimento global – assim, comendo fumaça, que o estudante levou o
esteja agora sendo atingido com tanta violência por primeiro lugar na categoria Ensino Médio da edição
um furacão que bem pode ter sua origem nesse deste ano do Prêmio Jovem Cientista, promovido pelo
mesmo aquecimento. CNPq e pela Fundação Roberto Marinho.
E a ironia é dupla, pois o departamento que constatou O Objetivo do prêmio é promover a pesquisa
a correlação entre a intensidade dos furacões e o científica no país. Desde 1999, ele também inclui
aquecimento dos mares, e que monitora as estudantes do ensino médio. É uma forma de
condições atmosféricas e oceânicas, é ligado ao despertar o interesse pela pesquisa nos jovens. No
Departamento de Comércio do próprio governo dos Brasil, são poucas as escolas que investem em
Estados Unidos. metodologia que estimule a prática de ciências. A
Por certo que o problema não é apenas americano, grande maioria aposta na formação voltada
é de todo o mundo. Mesmo efeitos indiretos, como o exclusivamente para os exames vestibulares e acaba
aumento de preços do petróleo, atingem preparando os alunos apenas para os tipos de provas
praticamente todos os países. Mas como os EUA são, mais comuns.
de longe, o maior emissor de gases do efeito estufa, (Adaptado de Marcela Buscato. Época, 05/03/07, p. 80)
se a devastação causada pelo Katrina servir para QUESTÃO 169. A afirmação de que o país não
conscientizar o governo americano de que é preciso consegue formar uma geração de cientistas é uma
rever sua posição, então os efeitos do furacão não conseqüência que decorre do fato indicado em:
terão sido inteiramente destrutivos. (A) Levou o primeiro lugar na categoria Ensino Médio.
“Opinião”. O Globo. Rio de Janeiro, 30 ago. 2005, p. 6.
(B) O objetivo do prêmio é promover a pesquisa
Informação auxiliar: cientifica no país.
Protocolo de Kioto: acordo firmado entre vários (C) É uma forma de despertar o interesse pela
representantes das nações do mundo, em reunião na pesquisa nos jovens.
cidade japonesa de Kioto, em 1997, (D) acaba preparando os alunos apenas para os tipos
comprometendo-se a reduzir, em 5,2%, as emissões de de provas mais comuns.
gases poluentes, com base no nível de emissões
registrado em 1990. Pretende-se que os países Descritor 19 - Reconhecer o efeito de sentido
industrializados, os que mais respondem pelo efeito decorrente da escolha de palavras, frases ou
estufa, tomem medidas efetivas de redução da
expressões.
emissão dos gases poluentes, que ameaçam florestas,
aumentam o calor no mundo, causam enchentes e Palavras, frase ou expressões que sejam percebidas
furacões. Curiosamente, os EUA, o país mais
pelo leitor como mais uma maneira de o autor
industrializado do planeta e que responde por 25% da
manifestar suas intenções comunicativas.
emissão desses gases, recusou-se a assinar o
documento. Observe o texto a seguir para a questão 170.
QUESTÃO 168. (SARESP) Dentre os efeitos do Katrina A beleza total
que atingem outros paises, além dos Estados Unidos, o A beleza de Gertrudes fascinava todo mundo e a
autor destaca própria Gertrudes. Os espelhos pasmavam diante de
(A) a ação do calor do sol. seu rosto, recusando-se a refletir as pessoas da casa e
(B) a emissão de gases do efeito estufa. muito menos as visitas. Não ousavam abranger o
(C) o aumento no preço dos combustíveis. corpo inteiro de Gertrudes. Era impossível, de tão belo,
(D) o aumento na temperatura dos mares. e o espelho do banheiro, que se atreveu a isto, partiu-
Observe o texto a seguir para a questão 169. se em mil estilhaços.
A moça já não podia sair à rua, pois os veículos
Nossos futuros cientistas
paravam à revelia dos condutores, e estes, por sua
Quem são os jovens estudantes que superaram a falta
vez, perdiam toda capacidade de ação. Houve um
de cultura científica do Brasil. Sem cultura de pesquisa
engarrafamento monstro, que durou uma semana,
nas escolas, o país não consegue formar uma
embora Gertrudes houvesse voltado logo para casa.
geração de cientistas
86
O Senado aprovou lei de emergência, proibindo cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões
Gertrudes de chegar à janela. A moça vivia de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
confinada num salão em que só penetrava sua mãe, Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer
pois o mordomo se suicidara com uma foto de aproveitou um sinal fechado para voltar-se para mim:
Gertrudes sobre o peito. – O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua
Gertrudes não podia fazer nada. Nascera assim, este conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
era o seu destino fatal: a extrema beleza. E era feliz, Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e
sabendo-se incomparável. Por falta de ar puro, enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita
acabou sem condições de vida, e um dia cerrou os e linda.
olhos para sempre. Sua beleza saiu do corpo e ficou – Mas, que coisa. . .
pairando, imortal, O corpo já então enfezado de Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar
Gertrudes foi recolhido ao jazigo, e a beleza de o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando
Gertrudes continuou cintilando no salão fechado a mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador
sete chaves. ou pensava em outra coisa.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: José – Ora, sim senhor. . .
Olympio, 1985.
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse
QUESTÃO 170. (PROVA BRASIL) Em que oração, um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor"
adaptada do texto, o verbo personificou um objeto? tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe
(A) O espelho partiu-se em mil estilhaços. tivesse feito um presente de rei.
(B) Os veículos paravam contra a vontade dos (BRAGA, Rubem. A outra noite. In: PARA gostar de ler: crônicas. São Paulo: Ática, 1979. v.
2.)
condutores.
(C) O Senado aprovou uma lei em regime de QUESTÃO 172. (SARESP) Em “havia uma outra noite”,
urgência. a expressão sublinhada refere-se a uma noite
(D) Os espelhos pasmavam diante do rosto de (A) de céu fechado.
Gertrudes. (B) de vento e chuva.
(C) preta e enlameada.
Observe o texto a seguir para a questão 171. (D) pura e perfeita.
Iniciação literária Observe o texto a seguir para a questão 173.
Leituras! Leituras! Linguagem
Como quem diz: Navios... Sair pelo mundo
Há um desgaste mais doloroso que o da roupa, e é o
voando na capa vermelha de Júlio Verne*.
Mas por que me deram para livro escolar da linguagem, mesmo porque sem recuperação.
Certa moça dizia-me de um seu admirador entrado
a Cultura dos Campos, de Assis Brasil?
em anos, homem que brilhava no Rio de Machado de
O mundo é só fosfatos -lotes de 25 hectares
-soja -fumo -alfafa -batata-doce -mandioca Assis e Alcindo Guanabara: – Ele é tão velho, que me
-pastos de cria -pastos de engorda. encontrando à porta de uma perfumaria disse: Boa
idéia, vou te oferecer um vidro de água de cheiro!
Se algum dia eu for rei, baixarei um decreto
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Confissões de Minas. Rio de Janeiro:
condenando este Assis a ler sua obra. Aguilar, 1967. p.601.)
(Carlos Drummond de Andrade. Boitempo & A falta que ama. Rio de
Janeiro: José Olympio, 2. ed., p. 126) QUESTÃO 173. (SARESP) O uso da expressão "vidro de
* Júlio Verne: escritor francês, famoso por seus água de cheiro" indica que
romances de aventura e fantasia. (A) a água deve ser inodora.
QUESTÃO 171. (SARESP) A enumeração fosfatos – lotes (B) a moça prefere perfume.
de 25 hectares – soja – fumo – alfafa – batata-doce – (C) o galanteador da moça era idoso.
mandioca – pastos de cria – pastos de engorda tem, (D) o admirador não gosta de perfume.
no poema, a função de Observe o texto a seguir para a questão 174.
(A) desenvolver um argumento favorável à adoção
de um livro escolar. APELO
(B) descrever os tópicos de um livro que encantou o Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de
eu poético. casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti
(C) indicar assuntos que não podiam interessar a um falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa
leitor de aventuras. de esquina. Não foi ausência por uma semana: o
(D) demonstrar que mesmo assuntos técnicos podem batom ainda no lenço, o prato na mesa por
despertar emoções. engano, a imagem de relance no espelho.
Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A
Observe o texto a seguir para a questão 172. notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de
A outra noite jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo
Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e
noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. até o canário ficou mudo. Para não dar parte de
Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma
e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá hora da noite eles se iam e eu ficava só, sem o perdão
em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de de sua presença a todas as aflições do dia, como a
Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a última luz na varanda.
87
E comecei a sentir falta das pequenas brigas por Observe o texto a seguir para a questão 176.
causa do tempero na salada – o meu jeito de querer Leite
bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram quando
não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho a gente comprava leite em garrafa, na leiteira da
botão na camisa, calço a meia furada. Que fim esquina?(..)
levou o saca-rolhas? Nenhum de nós sabe, sem a Mas vocês não se lembram de nada, pô! Vai ver nem
Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas sabem o que é vaca. Nem o que é leite. Estou falando
mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. isso porque agora mesmo peguei um pacote de leite
(TREVISAN, Dalton. Apelo. In: BOSI, Alfredo (Org.). O conto brasileiro contemporâneo.
São Paulo: Cultrix, 1974. p. 190.) — leite em pacote, imagina, Tereza! — na porta dos
QUESTÃO 174. (SARESP) Expressões como “leite fundos e estava escrito que é pasterizado ou
coalhou”, “corredor deserto”, “canário mudo” foram pasteurizado, sei lá, tem vitamina, é garantido pela
usadas para simbolizar o modo pelo qual embromatologia, foi enriquecido e o escambau.
(A) a ausência da mulher se tornou insuportável. Será que isso é mesmo leite? No dicionário diz que leite
(B) o narrador era sempre descuidado com a casa. é outra coisa: “líquido branco, contendo água,
(C) o narrador ignorava a ausência da mulher. proteína, açúcar e sais minerais”. Um alimento pra
(D) os objetos e animais sentiam a falta da mulher. ninguém botar defeito. O ser humano o usa há mais
de 5.000 mil anos. É o único alimento só alimento. A
Observe o texto a seguir para a questão 175. carne serve pro animal andar, a fruta serve para fazer
ELEIÇÕES À VISTA outra fruta, o ovo serve pra fazer outra galinha (...) O
Surge mais uma oportunidade para, através do voto leite é só leite. Ou toma ou bota fora.
livre, mudarmos o paradigma de nossa vida. O povo Esse aqui examinando bem, é só pra botar fora. Tem
brasileiro irá novamente às urnas. Cada candidato chumbo, tem benzina, tem mais água do que leite,
surge com seu próprio estilo, com sua singularidade. tem serragem, sou capaz de jurar que nem vaca tem
Um visitando famílias, conhecendo a intimidade de por trás desse negócio.
cada lar. Assim, vê bem de perto o sofrimento no Depois o pessoal ainda acha estranho que os meninos
fundo dos olhos de cada eleitor. Promete, naquela não gostem de leite. Mas, como não gostam? Não
oportunidade, que no seu governo aquilo irá mudar. gostam como? Nunca tomaram! Múúúúúúú!
Um assegura um mundo sem violência, sem bala, sem Millôr Fernandes. O Estado de São Paulo. 22/08/1999.
morte, faz o céu vir à terra. Outro defende uma QUESTÃO 176. (PROVA BASIL) Ao criar a palavra
sociedade justa, que todos possuam moradia, “embromatologia” (f. 6), o autor pretendeu ser
trabalho, escola, lazer e mesa farta. Promete tudo, (A) conciso.
enfim. (B) sério.
Cá, com meus 48 anos, já vi e vivi muitos pleitos, muitas (C) formal.
promessas, muita falácia, muita retórica vazia. Nossa (D) cordial.
pátria vive um pesadelo. Estamos assombrados. (E) irônico.
Assaltos ocorrem a cada sinal luminoso. Minha mulher,
uma vez, minha irmã, empresária, duas vezes. Cada Observe o texto a seguir para a questão 177.
cliente que chega à minha clínica conta, trêmula, um Soneto do amor total
caso seu. Quem assiste ao jornal nacional tem, Amo-te tanto, meu amor... não cante
conhecimento dos engravatados que, lá no poder, O humano coração com mais verdade...
assaltam, não carteiras ou bolsas nos semáforos, mas Amo-te como amigo e como amante
fortunas do patrimônio do povo brasileiro. Mas não Numa sempre diversa realidade.
quero desencantar. Quero sim, reanimar. Revitalizar.
Leonardo Buscaglia diz, em sua obra “Amor”, que a Amo-te afim, de um calmo amor prestante
vida é uma festa. Vamos, então, festejá-la. Vamos E te amo além, presente na saudade
Amo-te, enfim, com grande liberdade
viver este momento nos palanques, nas passeatas e
nas praças. Vamos sentir de perto as propostas de Dentro da eternidade e a cada instante.
cada candidato, empunhar sua bandeira, unirmo-nos Amo-te como um bicho, simplesmente,
a um deles, fortalecer seu projeto, como gente De um amor sem mistério e sem virtude
politizada e, amanhã, vitoriosos, nos tornamos Com um desejo maciço e permanente.
participes da transformação desejada e conquistada. E de te amar assim muito e amiúde
QUESTÃO 175. (SPAECE) O autor ao empregar a É que um dia em teu corpo de repente
expressão “faz céu vir à terra” tem a intenção de Hei de morrer de amar mais do que pude.
(A) argumentar em favor dos políticos. MORAES, Vinícius de. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1987.
(B) mostrar o exagero das promessas. QUESTÃO 177. (BAHIA) A repetição da expressão
(C) incentivar os eleitores a votarem. “amo-te”, no início de alguns versos:
(D) defender uma possível vida melhor. A) reforça a intensidade do amor que o eu lírico
(E) buscar sua própria eleição. demonstra.
B) revela gradativamente a trajetória sentimental do
eu lírico.
C) deixa explícita a banalização progressiva do amor.
88
D) diminui a tensão dramática que o poema poderia Nossa falecida avó media na base do novelo. Pobre
exprimir. que era, aceitava encomendas de crochê e disso
E) minimiza a explosão sentimental, típica do poeta tirava o seu sustento. Muitas vezes ouvimo-la dizer: –
romântico. Hoje estou um pouco cansada. Só vou trabalhar três
Observe o texto a seguir para a questão 178. novelos.
Nós todos sabíamos que ela levava uma média de
duas horas para tecer cada um dos rolos de lã. Por
isso, ninguém estranhava quando dizia que queria
jantar dali a meio novelo. Era só fazer a conversão em
horas e botar a comida na mesa sessenta minutos
depois.
Os índios, por sua vez, marcavam o tempo pela lua.
Isso é ponto pacífico, embora, há alguns anos, por
distração, eu assistisse a um desses terríveis filmes de
carnaval do Oscarito, em que apareciam diversos
índios, alguns dos quais, com relógio de pulso.
Sim, os índios medem o tempo pelas luas, os ricos
medem o valor dos semelhantes pelo dinheiro, vovó
media as horas pelos seus novelos e todos nós, em
maior ou menor escala, medimos distâncias e dias
com aquilo que melhor nos convier.
Agora mesmo houve qualquer coisa com a Light
[companhia de luz] e a luz faltou. Para a maioria, a
escuridão durou duas horas; para Raul, não. Ele, que
se prepara para um exame, tem que aproveitar todas
as horas de folga para estudar. E acaba de vir lá de
QUESTÃO 178. (SARESP) No poema, ao repetir a
dentro, com os olhos vermelhos do esforço, a
expressão "Meus olhos espiam", o autor expressa sua
reclamar:
(A) admiração.
– Puxa! Estudei uma vela inteira.
(B) infidelidade.
Comigo mesmo aconteceu de recorrer a tais
(C) conformidade.
medidas, que quase sempre medem melhor ou, pelos
(D) passividade.
menos, dão uma ideia mais aproximada daquilo que
Observe o texto a seguir para a questão 179. queremos dizer. Foi noutro dia quando certa senhora,
outrora tão linda e hoje tão gorda, me deu um
prolongado olhar de convite ao pecado. Fingi não
perceber, mas pensei:
“Há uns quinze quilos atrás, eu teria me perdido”.
(In Flora Bender e Ilka Laurito, Crônica: história, teoria e prática. São Paulo: Scipione, 1993,
p. 96-97) Releia no texto as frases a seguir.
importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir QUESTÃO 183. (SARESP) O texto em negrito tem a
embalado pelo mundo. função de
(Texto extraído do livro Menina a caminho, Companhia das Letras. São Paulo, 1997. p.71) (A) antecipar a matéria a ser tratada e a ideia que ela
QUESTÃO 181. (SARESP) Neste texto o autor utiliza os quer passar.
parênteses para (B) esclarecer a experiência central da matéria.
(A) explicar uma palavra desconhecida. (C) contradizer o título para aguçar a curiosidade do
(B) explicitar a reflexão/comentário do narrador. leitor.
(C) desviar a atenção do leitor. (D) descrever a metodologia adotada pelo repórter
(D) contar uma outra história que foge da narrativa responsável pela matéria.
principal.
Observe o texto a seguir para a questão 184.
Observe o fragmento do texto a seguir para a questão
182. Cientistas extraem DNA de pêlos de mamutes
congelados
Memórias Póstumas de Brás Cubas
Pesquisadores criam técnica para retirar DNA dos fios
[...] perguntava a mim mesmo por que não seria de espécimes conservados em museus
melhor deputado e melhor marquês do que o Lobo
Neves. Pesquisadores extraíram DNA dos pesados casacos de
— eu, que valia mais, muito mais do que ele, e dizia pêlo dos mamutes, em um esforço para entender
isto a olhar para a ponta do nariz...” melhor esses gigantes extintos. Ninguém sabe o que
levou esses animais a desaparecer se mudança
Machado de Assis. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio
de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. climática, humanos famintos ou alguma outra coisa
mas eles deixaram vestígios, muitos congelados sob a
QUESTÃO 182. (BAHIA) As vírgulas destacadas, no vegetação do Ártico.
trecho ao lado, servem para:
A) destacar adjuntos adverbiais.
90
Tentativas já foram feitas para sequenciar o DNA dos defesa que seus criadores fazem de seus animais. Um
mamutes a partir de exemplares congelados, mas o deles dizia que os cães só se tornam agressivos
processo é complicado por contaminações. quando algum movimento os assusta. Sandro Megale
Na edição desta sexta-feira da revista Science, no Pizzo, de São Carlos, retruca que é difícil saber quais
entanto, cientistas afirmam que os pêlos parecem ser de nossos movimentos “assustariam” um pit bull. De
uma excelente fonte de material genético bem Siegen, na Alemanha, a leitora Regina Castro
conservado. Schaefer diz que pergunta a si mesma que tipo de
"É importante entender a composição genética de gente pode ter como animal de estimação um
um organismo antes de sua extinção", explica o cachorro que é capaz de matar e desfigurar pessoas.
principal pesquisador envolvido no trabalho, Stephan Veja, Abril de 2008.
C. Schuster, da Universidade Estadual da Pensilvânia.
QUESTÃO 186. (PROVA BRASIL) O que sugere o uso de
Os cientistas tentam compreender o parentesco entre
aspas na palavra “assustariam”
diferentes grupos de animais, especialmente os em
(A) raiva.
grave risco de extinção, para ver se as espécies
(B) ironia.
poderão enfrentar um destino comum, disse Schuster.
(C) medo.
"Queremos usar isso para seqüenciar (DNA de)
(D) insegurança.
espécimes de museu e, assim, entender a evolução
(E) ignorância.
da espécie, usando coleções de museus que datam
de vários séculos atrás", disse ele. Observe o texto a seguir para a questão 187.
DNA extraído do pêlo é muito mais limpo e menos
Não adiantava nada que o céu estivesse azul Porque
danificado que o de outras partes dos mamutes, disse
a alma de Nicolino estava negra. Ei, Nicolino!
Schuster, e, portanto, é mais econômico de
NICOLINO!
sequenciar. Ele explica que a queratina, a cobertura
Que é?
rígida do pêlo, pode proteger o DNA. Também é mais
Você está ficando surdo, rapaz! A Grazia
simples remover contaminantes, como bactérias, dos
passou agorinha mesmo.
pêlos.
(http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid57534,0.htm, com cortes) Des-gra-ça-da!
QUESTÃO 184. (SARESP) O artigo traz um subtítulo Deixa de fita. Você joga amanhã contra a
(trecho em negrito logo após o título). Sobre sua Esmeralda?
função, afirma-se que ele apresenta Não sei ainda
(A) a informação principal do artigo. Não sabe? Deixa de fita, rapaz! Você...
(B) um desdobramento secundário das informações. Ciao
(C) uma conclusão que não está apresentada no Veja lá, hein? Não vá tirar o corpo na hora.
texto. Você é a garantia da defesa.
(D) a ideia de um dos pesquisadores a respeito do desgraçada já havia passado.
MACHADO, Antônio de Alcântara
tema
Observe o texto a seguir para a questão 185. QUESTÃO 187. (SPAECE) - No texto ( l.3) a palavra
NICOLINO foi grafada com maiúscula porque o
“ _ Mas por que você não vota nele? interlocutor teve a intenção de
_ Não voto porque não o conheço intimamente, de (A) atrair a atenção do leitor
perto como já disse ao senhor. Antigamente ... (B) chamá-lo mais alto.
_ Você não pensava assim-não é? (C) criticar Nicolino
_ É verdade; mas, de uns tempos a esta parte, dei (D) expressar um vocativo
pensar.
_ Faz mal. O partido... Observe o texto a seguir para a questão 188.
_ Não falo mal do partido.” Mito grego de amor entre Eros e Psiquê é recontado
BARRETO, Lima. Crônicas escolhidas. São Paulo: Ática, 1995
em livro infantil
QUESTÃO 185. (SPAECE) No texto, empregam-se as Há muito tempo, um escritor latino chamado Apuleio
reticências para indicar escreveu sobre o amor entre uma bela mortal
A) conclusão de algo já explicitado na fala anterior. chamada Psiquê e Eros, o deus do amor. Ao longo dos
B) ênfase no sentido dado às palavras, no diálogo. anos, a narrativa já foi encenada no teatro, já foi
C) inversão das ideias explicitadas pelo outro transformada em esculturas e pinturas. Em 2010, ano
personagem em que comemora 30 anos de carreira, a escritora e
D) ironia em relação ao assunto defendido pelo outro ilustradora mineira Angela Lago, colocou a história
personagem. dentro das páginas de um livro infantil que acaba de
E) Interrupção na fala pela introdução da fala do lançar.
outro personagem. No livro, tudo começa porque Psiquê, uma princesa
Observe o texto a seguir para a questão 186. tão linda, “que é impossível pintar ou descrever”, era
admirada por pessoas de todo o mundo. Muitos
A culpa é do dono?
vinham de longe apenas para vê-la. Um dia, Afrodite,
A reportagem “Eles estão soltos” (17 de janeiro), sobre
a deusa da beleza, teve ciúmes da menina tão bela
os cães da raça pitbull que passeiam livremente pelas
e mandou que seu filho Eros, o deus do amor, fizesse
praias cariocas, deixou leitores indignados com a
91
com que Psiquê se apaixonasse pelo mais terrível dos mundo de então. “Esse estoque permitiu que a carne
seres. Mas assim que Eros vê a bela menina, sabem o se tornasse, no século seguinte, uma fonte de proteína
que acontece? Ele se apaixona por ela e a partir daí para as massas, principalmente na forma de
muitas coisas vão acontecer para que eles possam hambúrguer”, escreveu Florian Werner. [...] Comer um
ficar juntos. bom bife é uma aspiração natural e cultural. Ou seja,
Logo na primeira página do livro, o convite à leitura é nem que a vaca tussa a humanidade deixará de ser
irrecusável: “Essa história é de encantamento. Traz onívora.
vida longa e boa sorte a todos que a escutam ou a Revista Veja. p. 90-91, 17 jun. 2009. Fragmento.
leem”. Depois dessa deliciosa profecia, o que fazer O autor usa a parte pelo todo para se referir à vaca
senão caminhar página a página? A viagem vale a em:
pena.
Disponível em: <http://criancas.uol.com.br/novidades/2010/03/12/historia-de-amor-entre-eros-e-psique- A) “Acusam-se as chifrudas...”. ( . 5)
vira-livro-infantil-ilustrado.jhtm>. Acesso em: 12 mar. 2010. *Adaptado: Reforma Ortográfica.
B) “...homem e vaca são unha e carne”. ( . 7)
QUESTÃO 188. No trecho “‘Essa história é de
encantamento. Traz vida longa e boa sorte a todos C) “...o papel dos bovinos...”. ( . 10)
que a D) “...animal sagrado.”. ( . 14)
escutam ou a leem’” (ℓ. 12-13), o uso das aspas marca E) “...nem que a vaca tussa...”. ( . 22-23)
A) um diálogo direto com o leitor.
B) um reforço de uma opinião. QUESTÃO 190. (SPAECE). Leia o texto abaixo.
C) uma citação literal de um trecho do livro. É preciso casar João,
D) uma crítica ao enredo da obra.
é preciso suportar, Antônio,
E) uma ironia em relação ao tipo de história. é preciso odiar Melquíades
é preciso substituir nós todos.
D21 – Reconhecer o efeito decorrente do
É preciso salvar o país,
emprego de recursos estilísticos e
é preciso crer em Deus,
morfossintáticos é preciso pagar as dívidas,
é preciso comprar um rádio,
QUESTÃO 189 (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
é preciso esquecer fulana.
A melhor amiga do homem É preciso viver com os homens
é preciso não assassiná-los,
Diogo Schelp é preciso ter mãos pálidas
Devemos muito à vaca. Mas há quem a veja como e anunciar O FIM DO MUNDO.
inimiga. A vaca, aqui referida como a parte pelo todo Carlos Drummond de Andrade. www.angelfire.com/celeb/olobo/necessidaded.html
92
QUESTÃO 192. (PROEB). Leia o texto abaixo. “Elas têm um envolvimento menor com o esporte, não
usam nada muito louco, nada grunge.’’
As novas skatistas divergem de suas antecessoras até
no gosto musical. Dead Kennedys e Pennywise já não
têm mais lugar no porta-CDs, que guarda agora
discos de Bob Marley, Billie Hollyday, Natiruts, Cássia
Eller e Marisa Monte. Além do visual e da música, as
longboarders têm uma relação menos profissional
com o skate, em que a performance não é tão
Jornal Folha de São Paulo, 27/04/2005. importante. Isabelle Valdes, 21, gosta de descer as
O recado “anti-EUA”, gravado por Chávez, indica que Paineiras no seu long. Mas não faz pose e assume que
o presidente se manifesta em só encara a versão light da descida. “Lá de cimão, eu
A) sintonia com os EUA. ainda não tenho coragem’’, diz.
Jornal do Brasil. Disponível em:<http://quest1.jb.com.br/jb/papel/
B) oposição aos EUA. cadernos/domingo/2001/07/07/jordom20010707005.html>
Acesso em: 08 jul. 2001.
C) lugar dos EUA.
D) contato com os EUA. No trecho “Usavam camisetas de bandas hardcore,
E) direção aos EUA. bermudões no joelho e tênis rasgados, que
misturavam o estilo grunge com um ar rebeldezinho.”(
QUESTÃO 193. (3ª P.D – SEDUC-GO). Leia o texto . 9-10-11), o diminutivo é utilizado com o intuito de
abaixo e responda.
Coisas do mundo A) demonstrar ternura e afeto pelas garotas que se
A juventude é realmente uma fase encantadora. vestem desse modo.
Descobrir o mundo, experimentar, buscar novos B) fazer uma crítica às garotas que se vestem como
horizontes, desvendar os mistérios da vida... Enfim, a rebeldes, mas não são.
primeira vez a gente nunca esquece! Seja lá qual for C) identificar as patricinhas skatistas como sendo mais
a novidade, é absolutamente inebriante esse saudáveis e limpas.
momento da descoberta. D) indicar uma progressão de alguém novato para
As coisas que acontecem na adolescência ficam outro mais experiente.
impressas na memória, na pele, na alma e, E) referir-se ao tamanho das garotas.
geralmente, nos remetem às melhores coisas do QUESTÃO 194. Leia o texto a seguir e responda.
mundo. Você não entende nada
PAULA, Maria. Crônica da revista. In: REVISTA DO
CORREIO. 2 mai. 2010, p, 37. Fragmento. Quando eu chego em casa nada me consola
Patricinhas do skate Você está sempre aflita
De unhas pintadas e roupas da moda, elas enterram Com lágrimas nos olhos de cortar cebola
o estereótipo rebelde. Você já deve ter se deparado Você é tão bonita
com uma delas. Estão sempre de unhas pintadas, Você traz coca-cola
cabelo arrumado, calça de cintura baixa e camiseta Eu tomo
baby look. Nas mãos, o longboard – a versão mais Você bota a mesa
comprida do skate tradicional. Sim, essas princesinhas Eu como eu como eu como eu como eu como
estão se fazendo notar por aí. Por muito tempo, o Você
visual das skatistas foi propositalmente desleixado. Não tá entendendo quase nada do que eu digo
Usavam camisetas de bandas hardcore, bermudões Eu quero é ir-me embora
no joelho e tênis rasgados, que misturavam o estilo Eu quero dar o fora
grunge com um ar rebeldezinho. Agora, as novas E quero que você venha comigo
skatistas têm cara de saudáveis, roupas limpinhas e
Eu me sento
pouca afinidade com as manobras radicais do skate.
Eu fumo
“Não é porque eu estou andando de skate que vou
Eu como
mudar meu estilo”, diz Mitzi Iannibelli, 18, que adora
Eu não agüento
reggae e faz as unhas toda semana – “sempre
Você está tão curtida
quadradas e sem cutícula’’. Mitzi se diz adepta do
Eu quero é tocar fogo nesse apartamento
estilo mulherzinha, que ela define como “short com a
Você não acredita
barriga de fora e camisa baby look’’. Recém-formada
Traz meu café com suíta
em estilismo, Amanda Assunção, 21, também critica o
Eu tomo
guarda-roupa rebelde: “Aquelas roupas grunges não
Bota a sobremesa
tem nada a ver. Não gosto de estar largadona’’, diz,
Eu como eu como eu como eu como eu como
ajeitando o colar de pedrinhas azuis no pescoço.
Você
O que se vê nas ruas já chama atenção das lojas
Tem que saber que eu quero é correr mundo
especializadas. Na Kelly Connection, na Galeria River
Correr perigo
(Arpoador), de cada 10 skates vendidos, 7 são
Eu quero é ir-me embora
comprados por mulheres. “É impressionante como
Eu quero dar o fora
tem menina começando’’, diz Nathalia Despinoy, 29,
E quero que você venha comigo.
dona da loja e skatista amadora. Segundo afirma, (VELOSO, Caetano. Literatura Comentada: Você Não Entende Nada. 2 Ed. Nova Cultura.
houve uma mudança notável no perfil das skatistas: 1998)
93
A repetição da expressão “eu quero”, em diversos a terra, todas as árvores se unem. É como se
versos, tem por objetivo estivessem de mãos dadas.
(A) fazer associações de sentido. Você pode aprender muito sobre paciência
(B) refutar argumentos anteriores. estudando as raízes. Elas vão penetrando no solo
(C) detalhar sonhos e pretensões. devagarinho, vencendo a resistência mesmo dos
(D) apresentar explicações novas. solos mais duros. Aos poucos vão crescendo até
(E) reforçar a expressão dos desejos acharem água. Não erram nunca a direção. Pedi
QUESTÃO 195. (2ª P.D – Seduc-GO). Leia o texto abaixo uma vez a um velho pinheiro que me explicasse
e responda. por que as raízes nunca se enganam quando
Trem de ferro procuram água e ele me disse que as outras
Café com pão árvores que já acharam água ajudam as que
Café com pão 10 ainda estão procurando.
Café com pão — E se a árvore estiver plantada sozinha num
Virge maria que foi isso maquinista? prado?
Agora sim — As árvores se comunicam entre si, não importa
Café com pão a distância. Na verdade, nenhuma árvore está
Agora sim 15 sozinha. Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se
Voa, fumaça disso.
Máqui. Magia das Árvores. São Paulo: FTD, 1992.
Corre, cerca No trecho "Ninguém está sozinho. Jamais. Lembre-se
Ai seu foguista disso" (l. 15-16), as frases curtas produzem o efeito de
Bota fogo A) continuidade.
Na fornalha B) dúvida.
Que eu preciso C) ênfase.
Muita força D) hesitação
Muita força E) clareza
Muita força
Oô... QUESTÃO 197. Leia o texto abaixo.
Menina bonita Doce bem salgado
Do vestido verde Em restaurantes finos, sobremesas comuns têm
Me dá tua boca preço de prato principal. Foram-se os tempos em que
Pra matá minha sede quem pagava a conta no restaurante se preocupava
Oô... apenas com o preço do prato principal e da bebida.
Vou mimbora Agora, em casas elegantes do Rio de Janeiro e de São
Vou mimbora Paulo, os doces podem ser a parte mais salgada da
Não gosto daqui notinha. E não se está falando, necessariamente, de
Nasci no sertão sobremesas sofisticadas ou criações originais dos
Sou de Ouricuri chefs. Uma torta de morango do Massimo, em São
Oô... Paulo, abocanha 17 reais do cliente. Só para fazer
Vou depressa uma comparação que os donos de restaurante
Vou correndo detestam: com esse dinheiro é possível comprar onze
Vou na toda caixas da fruta, com 330 moranguinhos. Ou um filé
Que só levo com fritas num restaurante médio. No Le Champs
Pouca gente Elisées, no Rio, uma torta de maçã sai por 15 reais,
Pouca gente mesmo preço da torta de figo do Le Saint Honoré.
Pouca gente... “Nossos doces são elaborados e não estão na
BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. geladeira há dois dias, como os de outros lugares”,
A expressão “café com pão”, repetida por três vezes justifi ca o chef Alain Raymond, do Champs Elisées.
no início do poema, sugere Disponível em: . Acesso em: 25 mar. 2010. (P120071ES_SUP) (P120071ES)
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– Ah, não posso, minha filha. Era o que o órgão QUESTÃO 204. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
tocava em todos os casamentos no meu tempo. Cafezinho
– O nosso não vai ter órgão, é claro. Leio a reclamação de um repórter irritado que
– Ah, não. precisava falar com um delegado e lhe disseram que
– Não. Um amigo do Varum tem um sintetizador o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou
eletrônico e ele vai tocar na cerimônia. O Padre longamente, e chegou à conclusão de que o
Juca já deixou. Só que esse Mendelssohn, não sei funcionário passou o dia inteiro tomando café.
não... Tinha razão o rapaz de ficar zangado. [...]
– É claro que no sintetizador não fica bem... A vida é triste e complicada. Diariamente é
– Quem sabe alguma coisa do Queen... preciso falar com um número excessivo de pessoas.
– Quem? O remédio é ir tomar um “cafezinho”. Para quem
– O Queen. espera nervosamente, esse “cafezinho” é qualquer
– Não é a Queen? coisa infinita e torturante. Depois de esperar duas ou
– Não. O Queen. É o nome de um conjunto, papai. três horas dá vontade de dizer:
– Ah, certo. O Queen. No sintetizador. – Bem cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o
– Acho que vai ser o maior barato! Sr. Bonifácio morreu afogado no cafezinho.
– Só o sintetizador ou... Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no
– Não. Claro que precisa ter uma guitarra elétrica, cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares este
um baixo elétrico... recado simples e vago: – Ele saiu para tomar um café
– Claro. Quer dizer tudo bem tradicional. e disse que volta já.
– Isso. Quando a bem-amada vier com seus olhos
VERÍSSIMO, Luis Fernando. O casamento. In: Para gostar de ler. SP: Ática, tristes e perguntar: – Ele está? – alguém dará o nosso
1994.
O trecho que apresenta uma ironia é: recado sem endereço. Quando vier o amigo e
quando vier o credor, e quando vier o parente, e
A) “– Eu quero ter um casamento tradicional,
papai.”. (ℓ. 1) quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o
B) “– O nosso não vai ter órgão, é claro.”. (ℓ. 11) recado será o mesmo: – Ele disse que ia tomar um
C) “– Quem sabe alguma coisa do Queen...”. (ℓ. 16) cafezinho...
Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até
D) “Não. Claro que precisa ter uma guitarra
elétrica,...”. (ℓ. 24) comprar um chapéu especialmente para deixá-lo.
E) “Claro. Quer dizer tudo bem tradicional.”. (ℓ. 25). Assim dirão: – Ele foi tomar um café. Com certeza volta
logo. O chapéu dele está aí...
QUESTÃO 203. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza,
fujamos assim. A vida é complicada demais.
Gastamos muito pensamento, muito sentimento,
muita palavra. O melhor é não estar.
Quando vier a grande hora de nosso destino nós
teremos saído há uns cinco minutos para tomar um
café. Vamos, vamos tomar um cafezinho.
BRAGA, Rubem. Disponível em:
<http://www.velhosamigos.com.br/AutoresCelebres/Rubem%20Braga/Rubem%20Braga1.html>.
Acesso em: 17 fev. 2012.
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O humor desse texto reside
A) na contradição entre a expressão do menino e a
do tigre no primeiro quadrinho.
B) na dúvida do tigre em chamar a mamãe para
buscá-los no passeio.
C) no fato do menino tentar parecer que é valente,
mas sentir medo.
D) no fato do tigre afirmar que estavam perdidos,
mas estarem no quintal de casa. Disponível em: <http://pabloportfolio.fi les.wordpress.com/2008/07/snoopy-2.jpg>. Acesso
E) no formato da palavra dita pelas personagens no em: 20 set. 09.
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amanhã? O sucesso foi tão grande que a empresa
─ Eu? Pode ser ...Esta minha cabeça!... responsável pelo projeto já construiu outra vila num
─ Não é a tua cabeça, Augusto, é o teu subúrbio de Amsterdã – e também está erguendo um
coração. hotel na cidade de Yenagoa, na Nigéria, para turistas
Houve então um momento de silêncio. Augusto que quiserem ter a experiência de dormir num
abriu um livro e fechou-o logo; depois tomou rapé, contêiner. Mas com acomodações de luxo – lata por
passou pelo quarto duas ou três vezes e, finalmente, fora, quatro-estrelas por dentro.
veio de novo sentar junto de Leopoldo. Texto Caroline D’essen Revista Superinteressante - Edição 278 – Maio 2010 –
p.28.
─ É verdade, disse; não é a minha cabeça: a
O trecho em que aparece a ‘voz’ da autora desse
causa está no coração.
Leopoldo, tenho tido pejo de te confessar, texto é:
porém não posso mais esconder estes sentimentos A) “...hoje essenciais para o comércio na economia
globalizada”. (ℓ. 2-3)
que eu penso que são segredos e que todo o mundo
B) “Mas você aceitaria viver dentro de um?”. (ℓ. 3)
mos lê nos olhos! Leopoldo, aquela menina que
aborreci no primeiro instante, que julguei insuportável C) “Os contêineres foram comprados na China...”. (ℓ.
6-7)
e logo depois espirituosa, que daí a algumas horas
D) “Os contêineres são pequenos...”. (ℓ. 11)
comecei a achar bonita, no curto trato de um dia, ou
melhor ainda, em alguns minutos de uma cena de E) “O sucesso foi tão grande...”. (ℓ. 15)
amor e piedade, em que a vi de joelhos banhando os QUESTÃO 194. (SPAECE). Leia o texto abaixo.
pés de sua ama, plantou no meu coração um domínio Vim em 1960 e fui dar aula no Colégio Seleciano
forte, um sentimento filho da admiração, talvez, mas de Recife. Logo na primeira semana, fui chamado
sentimento que é novo para mim, que não sei como pela direção: um pai se queixara de que eu ofendera
o chame, porque o amor é um nome muito frio para sua filha. É que eu dissera “Cale-se, rapariga”, sem
que o pudesse exprimir!... Eu já não me conheço... não saber que, no Nordeste, rapariga significa prostituta.
sei onde irá isto parar...Eu amo! ardo! morro! Revista Diálogo Médico
─ Modera-te, Augusto; acalma-te; não é graça; No trecho “...um pai se queixara...”, a palavra
olha que estás vermelho como um pimentão. destacada é um exemplo de
MACEDO, Joaquim Manuel de. A Moreninha. São Paulo. Ática, 2000. p.108-9.
Fragmento. A) expressão de gíria. D) linguagem formal.
Predomina nesse texto o uso da linguagem B) expressão regional. E) linguagem técnica.
A) coloquial. D) regional. C) linguagem coloquial.
B) culta. E) técnica. QUESTÃO 195. (SAEPE) Leia o texto abaixo e responda.
C) popular. Cinco minutos
QUESTÃO 193. (PAEBES). Leia o texto abaixo e Capítulo 5
responda. Assim ficamos muito tempo imóveis, ela, com a
A vila de contêineres fronte apoiada sobre o meu peito, eu, sob a impressão
Estudantes de Amsterdã se mudam para triste de suas palavras.
apartamentos de Lata. Por fim ergueu a cabeça; e, recobrando a sua
Em 1937, o americano Malcom McLean inventou serenidade, disse-me com um tom doce e
grandes caixas de aço para armazenar e transportar melancólico:
fardos de algodão: os contêineres, hoje essenciais – Não pensas que melhor é esquecer do que
para o comércio na economia globalizada. Mas você amar assim?
aceitaria viver dentro de um? Na cidade de – Não! Amar, sentir-se amado é sempre [...] um
Amsterdã, capital da Holanda, fica a maior vila de grande consolo para a desgraça. O que é triste, o que
contêineres do mundo: com aproximadamente 1000 é cruel, não é essa viuvez da alma separada de sua
apartamentos de metal. Ela fica a 4 quilômetros do irmã, não; aí há um sentimento que vive, apesar da
centro e foi construída para atender à demanda por morte, apesar do tempo. É, sim, esse vácuo do
alojamentos estudantis na cidade. Os contêineres coração que não tem uma afeição no mundo e que
foram comprados na China, onde passaram por uma passa como um estranho por entre os prazeres que o
reforma e ganharam os equipamentos básicos de um cercam.
apartamento, como pia, banheiro, aquecedor e – Que santo amor, meu Deus! Era assim que eu
isolamento acústico. Eles foram levados de navio para sonhava ser amada! ...
a Holanda e empilhados com guindastes para formar – E me pedias que te esquecesse!...
um prédio de 5 andares, que foi inaugurado em 2006 – Não! não! Ama-me; quero que me ames ao
e hoje abriga cerca de 1000 estudantes. menos...
Os contêineres são pequenos, e o prédio não – Não me fugirás mais?
tem elevador (é preciso subir de escada). – Não. [...]
ALENCAR, José de. Cinco minutos. Rio de Janeiro: Aguilar, 1987. Fragmento.
Mas, como o aluguel custa 320 euros por mês,
barato para os padrões de Amsterdã, ninguém Nesse texto, a linguagem usada é
reclama. “No começo fiquei apreensivo, mas hoje A) arcaica. D) regional.
acho bem eficiente”, diz o estudante alemão Torsten B) culta. E) técnica.
Müller, que já vive lá há 6 meses. C) popular.
99
QUESTÃO 196. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda. C) usada em congressos acadêmicos.
Entregue elevador da prefeitura D) utilizada em jornais.
O prefeito de Nova Odessa e autoridades E) utilizada em receitas médicas.
inauguraram hoje o elevador panorâmico para PNEs QUESTÃO 198. (SAEPE) Leia o texto abaixo e responda.
(Portadores de Necessidades Especiais), idosos, Antes e depois
gestantes e pessoas com dificuldades de locomoção. O salão entornava luz pelas janelas. No sofá,
Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para bocejava a boa [...] D. Maria, digerindo
conhecer o piso superior do prédio público. [...] O sonolentamente o quilo do jantar. O seu digno
novo elevador tem capacidade de carga de 215 consorte, o desembargador, apreciava o fresco da
quilos, ou duas pessoas. A cabine tem 1,30 por 0,90 noite à janela, sugando com ruído a fumaça de um
metro, porta deslizante automática de quatro folhas havana, com os olhos nos astros e as mãos nas
(abertura central), com 90 centímetros de largura, algibeiras. Perto do piano, arrulavam à meia-voz
além de piso revestido por borracha sintética e botões Belmiro e Clara... Já se sabe: dois pombinhos...
em braile. O Belmiro estudava; tinha futuro, portanto;
“Estamos realizando uma inauguração simples, Clara... tocava e cantava...
mas que tem um grande significado, principalmente II
para os usuários do novo elevador. Acessibilidade é – Belmiro, disse o desembargador, atirando à rua
algo sério e nós, como servidores públicos, temos que a ponta do charuto, manda Clara cantar...
estar atentos às obras necessárias. Com este – Cante, D. Clara, pediu Belmiro.
elevador, poderemos cobrar que qualquer prédio, Clara cantou... Cantou mesmo? Não sei. Mas as
seja comercial ou residencial, com mais de um andar, notas entraram melífluas pelos ouvidos de Belmiro e
tenha um elevador, para garantir o acesso de todos.”, foram cair-lhe como açúcar no paladar do coração...
disse Samartin. – Esplêndido! Esplêndido! dizia ele, fazendo
“Ter um elevador no Paço Municipal não é uma chegar a umidade do hálito à face rosada da meiga
conquista apenas para os deficientes físicos, e sim Clarinha...
para todos que têm dificuldades de locomoção. Só O desembargador olhava outra vez para os
nós sabemos as dificuldades que encontramos. As astros...
pessoas que andam, veem um elevador e o acham III
algo normal, não sabem a dificuldade que as Rola o tempo...
barreiras arquitetônicas nos impõem. Para nós, um Numa casinha modesta de S. Cristóvão, mora o
degrau com alguns centímetros já é considerado uma Dr. Belmiro com sua senhora D. Clara...
barreira”, disse o presidente da APNEN Os vizinhos dizem cousas... ih!
(Associação dos Portadores de Necessidades Especiais de Nova
IV
Odessa). [...]
Disponível em: <http://www.walterbartels.com/print_noticia.asp?id=8239>. Acesso em: 16 – Como vais, Belmiro?
mar. 2012. Fragmento. – Mal!
Qual é a tipologia predominante no Texto? – Mal?... disseram-me que te casaste com a tua
A) argumentação. D) instrução. Clarinha...
B) descrição. E) relato. – Sim! Sim!... mas, queres saber... de amor
C) exposição. ninguém vive; é de feijões...
– Então...
QUESTÃO 197. (SAEPE). Leia o texto abaixo e responda.
Pônei glutão – Devo até a roupa com que me cubro!...
– E o dote?
Toda criança gosta de comer alguma porcaria,
– Ah! Ah! Adeusinho...
né? Algumas, no entanto, exageram nos doces,
frituras e guloseimas. Esse é o caso do britânico Magic, V
de 4 anos de idade. É noite.
D. Clara está ao piano. Um vestido enxovalhado
A única diferença é que Magic não é uma
criança, mas sim um pônei. Magic é viciado em escorre-lhe da cintura abaixo, sem um enfeite. D.
comer macarrão instantâneo! O vício começou Clara está magra. No chão arrasta-se um pequenote
de um ano, com uma camisolinha [...] amarrada em
quando Zoe Foulis, a dona de Magic, preparou um
macarrão instantâneo de frango com cogumelos e nós sobre o cóccix.
deixou o pote no chão para esfriar. Clara toca; e não canta, porque tem os olhos
vermelhos e inflamados...
Não deu outra, Magic abocanhou tudinho! A
O Dr. Belmiro vem da rua zangado.
partir daquele dia, o vício só aumentou. Outro vício
que o pequeno pônei sustenta é tomar suco de – Não sei o que faz a senhora, gastando velas a
atormentar-me!... Mande para o diabo as suas
laranja.
Disponível em: <http://noticias.r7.com/esquisitices/noticias/ponei-glutao>. músicas e vá-se com elas!
Acesso em: 4 jan. 2012. POMPEIA, Raul. A comédia. São Paulo, n. 66, 21 maio 1931. Disponível em:
<http://www.biblio.com.br/defaultz.asp?link=http://www.biblio.com.
No trecho “Toda criança gosta de comer alguma br/conteudo/raul_pompeia/antesedepois.htm>. Acesso em: 3 fev. 2012. Fragmento.