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SETOR PÚBLICO
2013
Versão 1.0
Governador
Eduardo Henrique Accioly Campos
Vice-governador
João Soares Lyra Neto
Secretário de Administração
Décio José Padilha da Cruz
3. Objetivo de Aprendizagem:
Ao final do curso, o participante deverá ser capaz de:
4. Planejamento do Curso:
2 ELABORAÇÃO DO PROJETO
2.1 Iniciação do Projeto
2.1.1 Resumo Executivo
2.2 Planejamento do Projeto
2.2.1 Conceito de Planejamento
2.2.2 Planejamento Participativo
2.2.3 Construção do Cenário Atua
2.2.3.1 Análise da Situação-Problema
2.2.3.2 Diagrama Árvore de Problemas: Contextualização da problemática e justificativa do projeto
2.2.4 Construção do Cenário Futuro
2.2.4.1 Árvore de Objetivos: Construção dos objetivos do projeto, estratégias de ação e resultados
esperados
2.2.5 Quadro Lógico
2.2.5.1 Conceitos utilizados na formulação do Quadro Lógico do Projeto
2.2.5.2 Metas, Indicadores e Fontes de Verificação
2.2.5.3 Suposições Importantes e Riscos
2.3 Estruturação das Ações
2.3.1 Planejamento Operacional
2.3.2 Escopo da Ação
2.3.3 Escopo do Produto
2.3.4 Tempo da Ação
2.3.5 Custo da Ação
2.3.6 Sistemática de Monitoramento - Marcos de Monitoramento da Ação
2.3.7 Sistemática de Avaliação do Projeto
5. Metodologia:
APRESENTAÇÃO 08
1 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE GERENCIAMENTO DE 08
PROJETOS
1.1 Projetos nas Organizações Públicas 08
1.2 Conceito de Projeto 10
1.3 Projetos nas Instituições: Plano/Programa/Projetos 10
1.4 Processos do Projeto 11
1.5 Conceito de Gerenciamento de Projeto 12
1.6 O Gestor de Projetos 13
1.7 Sucesso dos Projetos 14
1.8 Visão Integrada de Gerenciamento de Projetos 14
2 ELABORAÇÃO DO PROJETO 16
2.1 Iniciação do Projeto 16
2.1.1 Resumo Executivo 17
2.2 Planejamento do Projeto 17
2.2.1 Conceito de Planejamento 17
2.2.2 Planejamento Participativo 18
2.2.3 Construção do Cenário Atual 19
2.2.3.1 Análise da Situação-Problema 19
2.2.3.2 Diagrama Árvore de Problemas 22
2.2.4 Construção do Cenário Futuro 25
2.2.4.1 Árvore de Objetivos 25
2.2.5 Quadro Lógico 26
2.2.5.1 Conceitos utilizados na formulação do Quadro Lógico do Projeto 28
2.2.5.2 Indicadores 31
2.2.5.3 Suposições Importantes 34
2.2.6 Marco Lógico – BID 36
2.3 Estruturação das Ações 38
2.3.1 Planejamento Operacional 38
2.3.2 Escopo da Ação 38
2.3.3 Escopo do Produto 39
2.3.4 Tempo da Ação 39
2.3.5 Custo da Ação 41
2.3.6 Marcos de Monitoramento da Ação 42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 43
APÊNDICE – ROTEIRO COMENTADO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETO 45
APRESENTAÇÃO
A proposta deste curso é possibilitar aos participantes o exercício de conceitos, métodos e técnicas
que permitam entender a importância do planejamento e da elaboração de projetos, propiciando uma visão
geral dos conceitos, métodos e ferramentas que envolvem o gerenciamento de projetos, onde distinguimos
cinco estágios: Iniciação – Planejamento – Execução – Monitoramento (Controle e Avaliação) e
Encerramento.
Introdução
No cenário governamental a realidade não é outra. Muitas das organizações, antes públicas, foram
privatizadas e, portanto, tiveram que reestruturar sua gestão com um foco competitivo. Com a quebra de
monopólios, outras empresas públicas passam a competir com o setor privado. E mesmo as instituições
puramente governamentais, que não passam por essa necessidade competitiva premente, estão cada vez
mais interessadas em prestar um serviço melhor à sociedade. A sociedade também está cada vez mais
exigente na qualidade dos serviços, na eficiência e eficácia do uso do dinheiro público, existindo uma
tendência cada vez maior da sociedade em exigir transparência nas ações governamentais e maior
efetividade no uso dos recursos.
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O próprio governo mudou a forma de tratamento das ações governamentais. Passou a trabalhar
não só com a alocação e controle de orçamento, mas também com programas e projetos. O Plano
Plurianual - PPA já apresenta uma estrutura de gestão das ações e projetos governamentais nessa linha de
gerenciamento por projetos. A proposta não é apenas designar orçamento para realização de ações. Mais
do que isso, a proposta é delimitar claramente essas ações, seus indicadores, seu prazo e quais os custos
envolvidos em sua realização. O ciclo passa não só pelo planejamento e alocação de recursos para a
realização de ações, mas também pelo acompanhamento até a concretização do resultado esperado.
Existem particularidades que diferenciam os projetos públicos dos privados e que devem ser
levadas em consideração tanto na etapa de elaboração como de gerenciamento. Dentre eles podemos citar:
aspecto social, visão em prol do coletivo, necessidade de racionalização do dinheiro público, sistema de
contratação estabelecido através da lei 8.666, maior responsabilidade dos idealizadores (transparência
pública).
Aspecto social: Os empreendimentos públicos têm como principal objetivo atender a uma
demanda social, mesmo que eles não tenham uma relação direta com a população. Esta
característica lhe é garantida em virtude do seu empreendedor ser o estado, que é
representante dos cidadãos que o compõem.
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Princípio da Impessoalidade - Custeada com dinheiro público, a atividade da Administração
Pública jamais poderá ser apropriada, para quaisquer fins, por aquele que, em decorrência do
exercício funcional, se vê na condição de executá-la.
Princípio da Moralidade - Os atos da Administração Pública devam estar inteiramente
conformados aos padrões éticos dominantes na sociedade para a gestão dos bens e interesses
públicos.
Princípio da Publicidade – Preconiza a obrigatória divulgação dos atos da Administração
Pública, com o objetivo de permitir seu conhecimento e controle pelos órgãos estatais
competentes e por toda a sociedade.
Princípio da Eficiência - Todo agente público deve realizar suas atribuições com presteza,
perfeição e rendimento funcional, trazendo resultados positivos para o serviço público e
satisfatório atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros.
Para entender o que é gerenciamento de projetos é necessário uma definição clara do que é
projeto. Segundo o PMBOK Guide (2000) – Projeto é um conjunto de atividades inter-relacionadas e
direcionadas à obtenção de um ou mais produtos (bens ou serviços) únicos, com tempo e custos
definidos.
Subprojeto
É uma atividade mais complexa de um projeto que pode ser tratada como um pequeno projeto.
Desta maneira, os subprojetos são, necessariamente, inter-relacionados ao projeto “mãe”. Uma
característica que distingue os projetos de um programa e os subprojetos de um projeto, é que no primeiro
caso o não encerramento de um projeto não necessariamente inviabiliza o alcance do objetivo projetado no
programa. Já no segundo caso, se um dos subprojetos não vir a se cumprir, necessariamente afetará a
seqüência dos outros, bem como ao próprio projeto.
É importante que se consiga visualizar onde os projetos se inserem na instituição para que
tenhamos uma visão integrada e sistêmica de seu papel e da importância de sua execução e resultados.
Também é importante que a distinção entre Plano, Programa e Projeto seja clara, pelas definições
e hierarquia nas instituições.
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Plano – Unidade de planejamento onde são definidos os programas e projetos necessários para a mudança
de uma situação-problema mais abrangente.
Um plano é estratégico quando reúne as decisões, objetivos e ações apontadas por titulares e
equipe técnica de uma instituição para a mudança de uma determinada realidade tendo como base a
missão para a qual foi criada.
Exemplos de Programas:
Processos são conjuntos de ações realizadas para alcance de resultados. (PMBOK Guide,
2000).
Os processos podem ser assim divididos: os destinados à obtenção dos resultados pretendidos
(ciclo de vida) e aqueles voltados para o gerenciamento dos projetos (grupos de processos).
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Andamento
do projeto
O trabalho envolvido no projeto pode ser agrupado em procedimentos que organizam e dão
complementaridade às fases ou processos. Estes procedimentos podem ser organizados em 5 grupos de
processos ou fases:
Iniciação;
Planejamento;
Execução;
Controle;
Encerramento.
Por que devemos conhecer os atores envolvidos? Para identificar suas necessidades e expectativas.
Deve-se identificar os atores interessados no projeto, qual a influência que podem exercer e como
convergir seus diferentes objetivos e expectativas. Durante o planejamento e execução do projeto esses
stakeholders devem ser municiados das informações e resultados do projeto, de acordo com as suas
necessidades.
O Gerente de Projetos é o profissional responsável por gerenciar o projeto em todas as suas fases.
Segundo o PMBOK Guide (2000) ele deve ser pró-ativo e motivador das pessoas no projeto. É o
responsável direto pelo sucesso ou fracasso do projeto e desempenha um papel de articulador, não de
executor, por isso não precisa ter, necessariamente, um alto nível técnico. Seu nível de autoridade depende
diretamente da estrutura organizacional.
CASAROTTO FILHO (1998 p.36) conceitua o Gerente de Projetos como um integrador, o ponto
de contato com os clientes, a alta administração e os gerentes funcionais da empresa. O autor cita que essa
função exige algumas características pessoais apropriadas, tais como:
Flexibilidade e adaptabilidade
Iniciativa e liderança
Agressividade, confidência, fluência e ambição
Ser comunicador e integrador
Ser capaz de balancear soluções técnicas com fatores administrativos (tempo, recursos
humanos, etc.)
Organização e disciplina
Ser um generalista antes que um especialista
Ser capaz de identificar problemas e oportunidades
Saber tomar decisões
Saber usar seu tempo planejando e controlando
MINTZBERG (1977 apud CASAROTTO FILHO, 1998) afirma que o gerente tem, na realidade,
três papéis a serem cumpridos em seu cotidiano:
Relacionamento (autoridade, liderança, contatos)
Informação (monitoramento e disseminação)
Decisão (empreendimentos, negociação e alocação de recursos)
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1.7 Sucesso dos Projetos
Ter sucesso em um projeto, é realizá-lo dentro do planejado: custo, tempo, escopo e qualidade.
Ou seja,
Custo: projeto realizado dentro do orçamento;
Tempo: projeto realizado dentro do cronograma planejado;
Escopo: projeto realizado com o mínimo de alterações.
Qualidade: cumprimento de todos os requisitos do projeto com a qualidade desejada e
aceitação do resultado sem restrições.
Muitas vezes os gerentes se perguntam – Por que os projetos falham? A resposta pode estar em
aspectos que fogem ao controle da organização, tais como:
Durante algum tempo o principal enfoque do gerenciamento de projetos era a gerência do tempo:
fazer com que as coisas acontecessem dentro do prazo esperado. Em algumas empresas, em especial no
governo, o enfoque de gerenciamento de projeto era mais orçamentário, ou seja, quando acabasse o
dinheiro, acabaria o projeto.
Outro aspecto importante agregado ao gerenciamento do projeto foi o risco. Todo projeto tem
riscos e o planejamento e tratamento desses riscos faz parte das atividades de gerenciamento do projeto.
Não devemos esquecer que os projetos são executados por pessoas. O cuidado com o ser
humano, a motivação da equipe, o recrutamento de pessoas especializadas para cada tipo de tarefa, o
treinamento, a formação de time e outros aspectos são também fundamentais ao sucesso do projeto.
Estas disciplinas, aliadas às técnicas, métodos e ferramentas de cada uma, apóiam a condução do
projeto de forma a garantir qualidade, atendimento aos prazos, custos e requisitos desejados. Cabe ao
gerente de projetos integrá-las, cuidando de todos esses aspectos desde o início do projeto, passando pelo
planejamento e outras fases do projeto, até a sua conclusão. A integração dos processos também é tratada
como uma disciplina pelo PMI.
Conclusão
2 ELABORAÇÃO DO PROJETO
Introdução
O Resumo Executivo deve ser desenvolvido durante a concepção do projeto e é geralmente criado
pela alta gerência. Desta maneira, ele é emitido por um gerente externo ao projeto, e em seu processo de
elaboração o gerente do projeto pode ou não estar envolvido. Cabe ressaltar que, algumas vezes o contrato
que estabelece o projeto entre as partes, pode assumir o papel do Resumo Executivo, embora não tenha a
mesma eficiência.
Esses itens correspondem ao mínimo que todo documento deste tipo deve conter. Existem
outros modelos e se adaptam conforme as necessidades das organizações.
Segundo MATUS (1988) “Planejar está associado à idéia de preparação e controle do futuro a
partir do presente através da reflexão sistemática sobre a realidade a enfrentar e os objetivos a atingir.”
Planejar é tornar claro aonde se quer chegar, tomar as decisões e escolher as ações que
acreditamos que possam nos levar ao objetivo desejado.
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Segundo COSSART (1995) um método torna-se “um verdadeiro peso quando o praticamos como
um mero regulamento burocrático; mas ele se parece como trilhos que nos levam com mais velocidade e
mais segurança, quando escolhemos com liberdade nosso destino, e o trem como meio de transporte. A
gente não percebe mais os trilhos e vai como que voando para a cidade escolhida”.
A opção pelo planejamento participativo tem se dado não apenas em decorrência do processo de
redemocratização de nossa sociedade, mas também pela crescente desconfiança na eficácia de métodos
tecnocratas verticalizados. Já não se aceita mais, como antes, que alguns “iluminados” definam o que se
deve fazer e deleguem para outros sua execução. A participação é essencial quando se pretende intervir
em cenários constituídos pela pluralidade. A aceitação das diferenças e a busca de uma concepção
compartilhada e aceita por todos propiciam a formulação de projetos com objetivos e estratégias desejados
e assumidos pelas partes interessadas.
Em nossa cultura ainda encontramos fortes barreiras à participação, seja devido à resistência
internas das próprias instituições, cujos dirigentes muitas vezes temem a diminuição de seu poder, seja
pela ainda frágil mobilização da sociedade, cuja capacidade de reivindicação e fiscalização ainda é
limitada por diversos fatores. Muitas vezes dá-se o nome de participativos a processos de legitimação de
decisões já tomadas, em que, na verdade, o que houve foi a cooptação.
A participação implica em que os indivíduos se convertam em sujeitos ativos que tomam decisões
e assumem responsabilidades, dentro de uma situação dada. Esse processo deve ser inserido no cotidiano e
não reservado apenas a momentos especiais. Constitui-se numa transformação de postura diante da vida
que exige a incorporação de novas formas de se comunicar, de aprender a argumentar e se expor ao risco
de tomar decisões.
Esse enfoque de planejamento prevê a participação, em todos os momentos, dos atores envolvidos
na situação trabalhada, ou seja, no planejamento, execução e avaliação dos projetos. Nenhum método traz
a solução dos problemas, mas se constitui apenas em um instrumento. Afirma BOLAY (1993) que
“métodos podem facilitar a solução de problemas, mas não solucioná-los por si próprios. Só as pessoas,
os parceiros em um projeto, têm essa capacidade.”
Isso significa que o planejamento não termina com a elaboração de um documento, mas se realiza
durante todo o processo de execução, com a constante descoberta de novos problemas, novas
oportunidades e novas formas de atuação. Constitui-se, portanto, numa forma mais articulada de busca de
soluções e tomada de decisões.
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Uma boa análise deve integrar os diversos aspectos da realidade e não desenhar apenas um cenário
setorial – ela deve representar os problemas conforme esses se apresentam. E a realidade demonstra que
eles são transversais, como se pode verificar quando se relacionam suas causas. Um problema de saúde,
por exemplo, pode ser causado por questões educacionais, culturais, de saneamento básico, etc.
Existem diversos instrumentos para se efetuar essa análise, sua escolha dependerá do método de
planejamento que se adote. Aqui trabalharemos a Árvore de Problemas, largamente difundida pelo
Método ZOPP.
BOLAY (1993) lembra que ”... a análise de problemas não tem como objetivo listar
sistematicamente todos os aspectos e fatores que fazem parte da situação problemática, mas identificar os
principais problemas existentes...” e ainda “... não há necessidade de colocar todas as relações causa-
efeito na árvore, mas apenas as essenciais para construir um modelo de explicação da realidade.”
A seleção de métodos e técnicas mais apropriadas e a maneira de aplicá-las vai depender do tipo
de projeto e da realidade a ser analisada. A combinação de algumas técnicas é possível e muito utilizada.
Métodos qualitativos são empregados com êxito, por exemplo: conversas informais, reuniões abertas ou
semi-estruturadas por grupos homogêneos (titulares de instituições públicas, mulheres, universitários,
jovens, idosos, etc); oficinas de trabalho para levantar a problemática utilizando diferentes dinâmicas de
interação e discussão com especialistas, Diagnóstico Rápido Participativos, Delphi dentre outros.
1a Fase:
A idéia inicial do projeto deve ser testada junto aos segmentos dos atores sociais beneficiários de modo a
verificar:
A idéia do projeto tem ligação clara com problemas sentidos e relevantes para os beneficiários?
Como é percebida a relação de causa e efeito dos problemas sentidos?
Existe alguma idéia sobre as mudanças pretendidas e os meios para seu alcance?
2a Fase:
Reunir o conhecimento teórico e técnico sobre o assunto, utilizando diagnósticos disponíveis,
“papers”, seminários e/ou reuniões e debates com pesquisadores/as, professores/as e/ou
especialistas da temática. Nesta fase, também é importante verificar se outros projetos similares já
foram realizados para que sejam observadas as lições aprendidas a fim de que não se repitam erros
e sejam otimizados os acertos.
3a Fase:
Realizar uma oficina de planejamento participativo onde a realidade já conhecida e analisada será
ordenada, através de métodos que auxiliam na efetivação de uma síntese analítica, iniciando desta
forma, a fase de concepção do projeto.
Sistema de irrigação e vacinas são as soluções, os meios para se atingir os objetivos ou os fins em
uma dada realidade.
Obs.: Nos casos em que os atores sociais não conseguem enumerar os reais problemas, deve-se recolher as
sugestões de solução e fazer o exercício inverso, indagando:
O problema não deve ser enunciado de forma genérica e sim de maneira específica.
ERRADO: Analfabetismo
CERTO: Expressivo número de mulheres rurais não sabe ler nem escrever.
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Esse é um instrumento que possibilita uma adequada análise dos problemas existentes, com a
compreensão de suas inter-relações causais. É importante, entretanto, ficar claro que se está trabalhando
sobre uma realidade que se constitui numa unidade e que tal ferramenta mostra apenas as ligações mais
importantes, mais contundentes, segundo o julgamento dos planejadores.
Características:
Vantagens:
Desvantagens:
Após o levantamento dos problemas, feito em plenária (pode-se utilizar a técnica de visualização por
tarjetas), deve ser realizado o agrupamento de problemas por similaridade ou temas, formando
subconjuntos.
Os participantes da oficina de planejamento devem se dividir em grupos para a discussão e análise das
relações de causa e efeito, dando início à elaboração da Árvore de Problemas.
Cada subconjunto deve conter um problema-chave, o que permite o estabelecimento das causas e
efeitos. A técnica utilizada é perguntar: por que ocorre este problema (problema inicial)? Desta
forma, os outros problemas vão se ordenando, aumentando ou diminuindo o número de tarjetas
conforme o avanço da análise. É importante evidenciar que um problema é causa de outro se
estiver num nível inferior em relação ao mesmo; será efeito se sua localização for num nível
imediatamente superior.
O problema inicial passa a ser um enunciado que encerra a situação-problema e que reúne todos
os problemas-chave dos subconjuntos.
No nível imediatamente superior ao problema inicial são colocadas as fichas com as situações
que definem os efeitos/conseqüências do mesmo e que refletem os problemas-chave.
Para se chegar aos efeitos deve-se perguntar: este problema gera que tipo de efeitos?
Os problemas localizados mais abaixo na Árvore de Problemas são causas/fatos mais distantes e
de origem estrutural, sendo pois de pouca ou nenhuma governabilidade pelos atores sociais
envolvidos na elaboração do projeto.
Árvore de Efeitos
Problemas
Redução do
número de
passageiros
Causas
Perda de
confiança na
empresa
Alta frequência de
acidentes
Insuficiente
Motoristas Veículos
manutenção
despreparados muito velhos
dos veículos
Dificuldade na
obtenção de peças de
reposição
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Situação-objetivo
É a realidade transformada que se deseja alcançar. Deve se constituir num cenário futuro, desejado e
realista em conformidade com as expectativas dos atores sociais beneficiários e com o horizonte temporal
para sua realização. A análise dos objetivos consiste no estabelecimento da situação futura desejada, com
a solução ou abrandamento dos problemas atuais, ou seja, aqueles detectados quando da construção da
árvore de problemas.
Portanto é natural que a definição de objetivos se baseie no levantamento efetuado na fase anterior –
trata-se de um prognóstico positivo em que situações negativas são transformadas em positivas.
Formulação da Situação-objetivo
A proposição da situação futura desejada é obtida através da análise de objetivos com auxílio da
Árvore de Objetivos, que permite:
Como se faz?
Transformar a formulação negativa dos problemas em condições positivas que sejam desejáveis e
realisticamente alcançáveis, no horizonte temporal do projeto;
Descrever as situações desejadas como fatos já estabelecidos, usando o particípio passado;
Observar se os objetivos são suficientes e necessários;
Verificar se há lógica nas relações meio-fim elaboradas;
Alterar as formulações, suprimir ou acrescentar objetivos se necessário;
Formular situações que contemplem a especificidade dos atores beneficiários.
Fins
Árvore de Objetivos
Número de
passageiros
aumentado
Meios
Confiança na
empresa
recuperada
Número de
Passageiros
passageiros feridos /
chegam no horário
mortos é reduzido
Índice de
acidentes
reduzido
Manutenção
Motoristas Frota
adequada dos
capacitados renovada
veículos
Peças de reposição
acessíveis
O Quadro Lógico - QL constitui-se numa ferramenta da Gestão por Resultados que auxilia na
elaboração, acompanhamento e avaliação de projetos. Originou-se da “Logical Framework” ou estrutura
lógica desenvolvida pelo Departamento de Defesa norte-americano, no final dos anos 60.
Todas as formas de utilização lançam mão dos mesmos conceitos, nomeados de formas diferentes.
Uma das utilizações do Quadro Lógico feito pela Agência Canadense para o Desenvolvimento
Internacional-ACDI, com o propósito de auxiliar no gerenciamento do projeto é o Quadro Lógico por
Resultados que tem como características:
a) constitui-se na estrutura lógica do projeto;
b) tem foco nos resultados e não em atividades ;
c) é simples, sendo instrumento importante para o monitoramento de alcance dos resultados e do
uso prudente dos recursos;
d) facilita a elaboração de relatórios e documentos baseados nos resultados alcançados e nas
lições aprendidas.
Efeito(s)
Produtos
P1
P2
P3
Pn
Descrição das Atividades por Produto
A.1.1. A.2.1. A.3.1. A.n.1
A.1.2. A.2.2. A.3.2. A.n.2
A.1.3. A.2.3.
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IMPACTO Indicadores
Segundo PFEIFFER (2000) a terminologia utilizada nos modelos de Quadro Lógico não é
unificada, podendo existir diferenças devido à tradução imprecisa do termos em inglês ou alemão, mas
com o mesmo sentido.
Adotamos a terminologia utilizada por PFEIFFER, em seu artigo intitulado “Quadro Lógico: um
método para planejar e gerenciar mudanças” publicado pela ENAP, cujos dados completos encontram-se
na bibliografia dessa apostila.
Resultados – São mudanças descritíveis e/ou mensuráveis de uma determinada situação, derivada
de uma relação de causa-efeito. Os resultados ocorrem em cadeia, em meio ao ciclo do projeto.
Produtos (outputs) – são resultados imediatos que resultam das atividades do projeto. Em
termos do grau de abrangência, traduz a eficiência do projeto.
Efeitos (outcomes) – São os resultados finais, obtidos a curto ou médio prazo decorrentes da
combinação de produtos obtidos. Têm de ser alcançados até o final da execução do projeto.
Traduz o grau de eficácia do projeto.
Impacto (Impact) – É a repercussão dos resultados do projeto ocorrida em longo prazo. Pode ser
observada de 3 a 5 anos após o término do projeto. Refere-se ao grau de sustentabilidade dos
efeitos produzidos numa dada realidade e determina o grau de efetividade das mudanças operadas.
Insumos (Input) – constitui-se nos recursos físicos, humanos, materiais, financeiros e tecnológicos
empregados para se obter um produto.
Linha de Base – é o ponto de partida de um projeto, representado pelos dados da situação que se
deseja alterar. Serve como ponto de referência para a formação de indicadores de resultados
(produto e efeito). Para essa formulação é importante o uso dos descritores utilizados pelo PES-
Planejamento Estratégico Situacional.
não podem ter relação causal entre si, o que indicaria que ao menos um deles é causa do
outro, ou seja, não deve descrever características semelhantes ao que foi escrito;
devem ser necessários à explicação do problema e o seu conjunto deve ser suficiente
para que a descrição seja isenta de ambigüidade;
Para saber se os descritores do problema são suficientes utiliza-se a seguinte pergunta: se for
retirada a carga negativa dos descritores o problema estará resolvido ? Se a resposta for sim, a
descrição estará correta e suficiente. Os descritores funcionam como insumos para a formulação
de metas e indicadores.
Exemplo:
Problema: O Bairro das Margaridas encontra-se com insuficiência de água potável durante o dia.
Descritor: Cada família só dispõe de 100 litros de água por dia do total de 500 litros habituais.
Metas – expressam em dados quantitativos e/ou qualitativos, num determinado prazo e lugar,
como os resultados planejados e esperados, devem ser alcançados.
Indicadores – são medidas quantitativas e/ou qualitativas elaboradas para a aferição dos resultados
propostos pelo projeto. Os indicadores são vulneráveis a fatores de risco internos e externos,
sendo por esta razão muito importante o seu levantamento, análise e monitoramento. Dada a sua
importância, os indicadores serão melhor desenvolvidos em um tópico específico.
Riscos – são assim consideradas as condições internas e externas, que fogem ao controle direto
do projeto e que ameaçam a eficiência e/ou a eficácia do pretendido. A análise dos fatores de risco
auxilia na identificação clara dessas condições conhecidas e no delineamento de possíveis
surpresas (riscos não conhecidos). Para os riscos presumíveis é possível analisar as suas causas e
traçar maneiras de mitigá-los. A análise desses fatores de risco e a definição de ações para o seu
enfrentamento são fundamentais para o êxito do projeto. Não basta indicar que há fatores de risco
em curso ou em potencial e descrevê-los. É necessário monitorá-los sempre.
Governabilidade – diz respeito às variáveis que um ator social controla e que não controla, num
determinado contexto. Quanto maior for o número de variáveis decisivas sob o controle de um
ator, maior será a possibilidade de ação para a efetivação do pretendido.
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2.2.5.2 Indicadores
Os indicadores são sinalizadores de alcance de uma situação ou estado desejado. Podem ser
traduzidos em número, percentual, descrição de processos ou fatos que indiquem a mudança qualitativa
e/ou quantitativa de uma condição específica.
Devem demonstrar, claramente, o que das ações ou processos desenvolvidos tem-se como
resultados possíveis de perceber, medir, qualificar e avaliar. Os descritores dos problemas, ou seja, a
forma como se manifestam, constituem-se em insumos importantes para a elaboração dos indicadores de
resultados. São instrumentos indispensáveis para monitoramento e avaliação do projeto executado.
As variáveis são os elementos centrais dos indicadores. Constituem-se num traço, qualidade,
características, propriedade ou atributo com base nas quais os indivíduos de um dado conjunto se
diferenciam dos outros. A propriedade ou atributo varia, daí resultando o nome “variável”.
As variáveis podem ser diretamente observáveis, como por exemplo unidade de medida, a cor e
idade ; outras não são diretamente observáveis como a auto-estima e a participação e por isso têm de ser
traduzidas em indicadores empiricamente comprováveis. Torna-se necessário, desta forma,
operacionalizar os conceitos/ categorias contidas nos resultados esperados.
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Em exemplo dado por BRAVO (1995) no resultado “mulheres de periferia urbana com auto-
estima melhorada”, o conceito a operacionalizar é AUTO-ESTIMA. O procedimento seria indagar como
concebemos uma mulher com nível de auto-estima desejável, buscando identificar indícios reconhecíveis
numa observação e medição.
Dimensão física: a mulher cuida de sua aparência pessoal; a mulher cuida de seu corpo e de sua saúde.
Dimensão psicológica: a mulher se percebe com capacidade de resolver problemas; a mulher pensa de
forma positiva sobre si mesmo; reconhece sua capacidade de enfrentar novos desafios.
Dimensão social: a mulher participa de reuniões dá sugestões, argumenta e defende suas opiniões.
Tipos de Indicadores
Indicadores de risco/fatores externos - avaliam os fatores externos que podem interferir no êxito do
projeto;
Indicadores de processo ou produtos - refletem os resultados das atividades desenvolvidas; são as
medidas de progresso, obtidas de forma imediata, durante a implementação do projeto e que colaboram
para o alcance dos resultados finais/efeitos. Apontam para a eficiência obtida com o projeto.
Indicadores dos resultados finais - referem-se ao alcance dos resultados traçados para curto e médio
prazo (efeitos/esperados) e apontam para a eficácia.
Indicadores de impacto (de longo prazo) - dizem respeito à efetividade do projeto ou programa.
Exemplo:
Número de crianças vacinadas contra o sarampo durante uma campanha.
Exemplo:
Melhorias ambientais incluídas na pauta de reivindicações de agricultores familiares.
Exemplo:
Formulação de Indicadores
Indicadores de risco - estes fatores podem ser obtidos na análise de atores sociais relevantes, na
análise de problemas e/ou quando da análise das situações de risco.
Exemplo:
Exemplo:
Exemplo:
Impacto: Indicador:
Mulheres adultas com escolaridade 65% das mulheres adultas que concluíram a
básica completa, com maiores escolaridade básica, no período de 2010 a 2014,
oportunidades de emprego formal. ocupam empregos formais no mercado de trabalho.
Informação importante:
Segundo PFEIFFER (2000) projetos que visam produzir mudanças em pessoas ou organizações
encontram necessariamente uma série de barreiras e riscos que dificilmente podem ser detectados na sua
totalidade no início do processo. Mesmo com a viabilidade analisada e confirmada, podem ocorrer
mudanças desfavoráveis, capazes de comprometer o êxito do projeto.
A equipe de planejamento do projeto pode coletar um grande número de fatores externos que são
importantes para o projeto, mas é necessário que se faça uma avaliação desses fatores, determinando sua
real importância.
QUADRO LÓGICO RESULTADOS: QLR Período: 02/2014 a 09/2014
Título: Novos tempos Data de preparação: agosto/2014
RESULTADOS INDICADORES LINHA DE BASE METAS FONTES DE SUPOSIÇÕES
VERIFICAÇÃO IMPORTANTES
Impacto: % de aumento de 5.500 passageiros em 30% de aumento do Relatórios da empresa
Aumento do número de passageiros obtidos agosto de 2009 número de passageiros
passageiros da empresa em dezembro de 2010
X. em dois anos
Efeito: % de veículos da 50% de veículos da frota As ocorrências de Registros do Setor de Aprovação do
Acidentes com veículos frota que sofrem de ônibus sofrem de 3 a 5 acidentes com os ônibus Manutenção de financiamento
da empresa reduzidos. acidentes/ano. acidentes por ano. da empresa X são veículos e de Relações solicitado ao
reduzidos a 10% da Públicas. Banco Regional
frota ao ano. de Brasília.
Produtos: % de motoristas com 60% de motoristas não 100% dos motoristas Relatórios do Setor de Solicitação para
P.1 – Ônibus trafegam na conhecimento teórico dirigem de forma segura. dirigem dentro das Fiscalização da recuperação do
velocidade permitida. e prático para normas de segurança e Qualidade dos asfalto em trechos
condução segura. em conformidade com o Serviços. indicados pela
Código de Trânsito, até empresa aceita
o 3º.mês do projeto. pelo GDF.
P.2 – Veículos em bom % da frota renovada. 20% de veículos novos 20% da frota é Registro do Setor de
estado. trafegando. renovada e 60% dos Compras e de
% de veículos 80% de veículos veículos são reparados Manutenção da
reparados. trafegando sem a de forma adequada, até empresa.
manutenção necessária. o 8º.mês do projeto.
P.3 – Ruas em boas % das estradas em 100% das estradas em 60% das estradas em Relatório de
condições de tráfego. trechos percorridos trechos percorridos com trechos percorridos monitoramento anual
pela empresa com buracos, depressões e pela empresa X com realizado pela
asfaltamento asfaltamento precário. asfaltamento Secretaria de
melhorado, estando melhorado, estando sem Transporte/DF.
sem buracos e buracos e depressões,
depressões. até o final do projeto.
DESCRIÇÃO Para o Produto 1: Para o Produto 2: Para o Produto 2: Para o Produto 3:
DE A1.1. Capacitar os motoristas da A2.1. Adquirir veículos A2.2. Proceder à manutenção A3.1. Fazer gestões junto ao GDF
ATIVIDADES empresa para a condução segura novos para renovação da adequada dos veículos, ainda para que trechos das estradas
dos veículos. frota. em condições de uso. utilizadas pela empresa sejam
POR PRODUTO recuperados.
2.2.6 Marco Lógico – BID
Apresentamos a seguir a proposta de Quadro Lógico utilizado pelo BID - Banco Interamericano
de Desenvolvimento denominado Marco Lógico.
Informações Importantes
36
País: Equipe do projeto:
Projeto: Projeto no.:
Data estimada para início do projeto: Data estimada para término do projeto
RESUMO NARRATIVO INDICADORES MEIOS DE SUPOSIÇÕES IMPORTANTES
(Níveis de objetivos) VERIFICAÇÃO
Finalidade (impacto de desenvolvimento) Os indicadores em nível de São os meios e as fontes de Indicam as condições, acontecimentos
É a definição de como o projeto ou programa irá finalidade medem o impacto geral informação para a ou decisões importantes necessárias à
contribuir a melhoria da problemática do contexto que o projeto irá gerar. Devem ser verificação de alcance dos sustentabilidade dos benefícios gerados
maior. específicos em termos de indicadores. pelo projeto.
quantidade, qualidade, tempo,
(Efetividade) grupo social e lugar, quando forem
relevantes.
Propósito do Projeto (impacto direto) Os indicadores em nível de São os meios e as fontes de Indicam as condições, acontecimentos
É o resultado obtido com o projeto, a partir da propósito descrevem o impacto informação para a ou decisões que têm de ocorrer para que
utilização dos componentes produzidos. Deve ser obtido ao final do projeto. Devem verificação de alcance dos o projeto se cumpra.
estabelecido apenas um. (Eficácia) possuir metas que reflitam a indicadores de propósito
situação final desejada (qualidade, do projeto.
quantidade e tempo).
Componentes do Projeto (resultados, produtos) Os indicadores de componentes, São os meios e as fontes de Indicam as condições, acontecimentos
São conseqüências imediatas, visíveis, concretas e descrevem, brevemente, mas de informação para a ou decisões que têm de ocorrer para que
tangíveis obtidas e que expressam serviços ou bens forma clara, os produtos a serem verificação de alcance dos os componentes sejam alcançados,
entregues ao projeto (ex.: sistemas instalados, obtidos durante a execução do indicadores dos resultados levando ao cumprimento do propósito
pessoal qualificado).Devem ser incluídas todos as projeto. Devem especificar obtidos ou produtos do projeto.
etapas a serem gerenciadas pelos gerentes/ quantidade, qualidade e datas contratados com o BID.
gestores. previstas para seu alcance.
(Eficiência)
Atividades Ações concretas necessárias à Meios de verificação para São acontecimentos, condições ou
Ações executadas que levam aos componentes do consecução de cada componente avaliação dos recursos decisões fora do controle do gerente do
projeto. Devem incluir todas as ações necessárias (produtos) aplicados. projeto que devem ocorrer para
para a obtenção das informações sobre os viabilizar os componentes.
indicadores
37
2.3 Estruturação das Ações
Exemplo:
Ação: FORMAR UM GRUPO TÉCNICO DE TRABALHO.
Descrição: Consolidar um grupo técnico de trabalho através de parceiras com instituições afins
(EMATER, EMBRAPA, SENAR e produtores) para dar suporte técnico aos produtores da região
objeto.
O detalhamento da ação é a combinação do produto (resultado direto da ação) com a meta
(quantificação do produto da ação).
Exemplo:
38
2.3.3 Escopo do Produto
Compreende a definição dos produtos e seus parâmetros de qualidade. Essa definição é feita
levando-se em conta as características dos produtos/serviços e as necessidades e expectativas dos
atores envolvidos.
Período da Ação:
Período de tempo necessário para alcançar o produto de uma determinada ação, considerando
carga de trabalho diária, dias de trabalho (finais de semana, feriados, etc.) e a duração da ação.
Duração da Ação:
Exemplo 1: Uma determinada atividade que requer 80 horas de esforço, num ritmo de 8
horas/dia de trabalho, pode ser concluída em 10 dias. Se à mesma atividade for possível envolver mais
recursos humanos (2 homens trabalhando 8 horas/dia) a duração será reduzida para 5 dias com o
mesmo esforço.
Exemplo 2 : Um curso com uma carga horária de 35 horas para ser cumprida em 5dias com 1
professor, não terá a sua duração reduzida se três professores forem alocados para o mesmo.
Para a determinação da duração das atividades é necessário considerar:
Recurso Requerido – pode ser entendido como o tipo de recurso destinado /
necessário para realizar determinada tarefa. A duração da atividade é diretamente
ligada à qualidade e quantidade de recursos empregados a ela.
Disponibilidade de Recursos – da mesma forma que no item anterior, a
disponibilidade do recurso influencia diretamente na duração de uma determinada
atividade. Essa pode ser entendida como capacidade das pessoas e disponibilidade de
recursos materiais para uma determinada atividade.
Riscos Identificados - A duração das atividades pode variar com a consideração de
riscos de alta probabilidade ou impacto. As formas de análise de risco serão vistas
mais adiante.
39
Desenvolvimento do Cronograma
É o processo de determinação das datas de início e fim das atividades. Nessa etapa, são
reunidos todos os produtos das etapas anteriores que darão suporte à construção do cronograma de
atividades do projeto. Dentre os elementos fundamentais desse processo, pode-se destacar:
Estimativa de duração das atividades;
Recursos humanos requeridos;
Calendários - os calendários do projeto e dos recursos identificam os períodos quando
o trabalho será considerado.
Restrições - existem duas categorias principais de restrições quando se trata de
desenvolvimento do cronograma:
Datas impostas;
Condições climáticas em determinada época do ano;
Feriados;
Eventos chaves ou marcos principais.
Folgas ou flutuações - as dependências podem requerer especificações de folgas ou
flutuações de forma a definir precisamente o relacionamento.
Várias são as formas e técnicas para se construir o calendário do projeto, contudo será
apresentada a seguir a forma mais usual de elaboração – o Gráfico de Gantt.
Tempo
Produtos /Atividades
julho Agosto setembro outubro
Planejamento didático metodológico 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Escolha da metodologia
Promover estudo de metodologia
Cruzar metodologias potenciais
Definir a melhor metodologia XX
Aprovar junto à diretoria.
Formatação da Metodologia
Adaptar a metodologia para o
curso
Escrever a metodologia
Formatar o documento XX XX
Aprovar o documento
LEGENDA
Tarefa resumo
Realização da atividade
XX Folga da atividade
40
Treze motivos pelos quais os projetos atrasam:
1. Planejamento insuficiente;
2. Plano não realista;
3. Escopo do projeto subestimado;
4. Alterações dos requisitos pelos clientes;
5. Incapacidade de acompanhar o progresso;
6. Incapacidade de detectar problemas com antecedência;
7. Número insuficiente de verificações;
8. Complexidade técnica;
9. Mudanças de prioridades;
10. Falta de comprometimento da equipe;
11. Grupos de suporte não cooperativos;
12. Espírito de equipe em baixa;
13. Pessoal não qualificado.
Ação
42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOLAY, F.W. Planejamento de Projeto Orientado por Objetivos – Método ZOPP. Recife: GTZ,
1993.
BRAVO, Patrícia. La Evaluación de Proyectos desde un Enfoque de Género, mimeo. Lima, Peru:
1995
CASAROTTO FILHO, Nelson. Gerencia de Projetos /Engenharia Simultânea. São Paulo: Atlas,
1998.
GTZ. O Enfoque PCM/ZOPP da GTZ para o Gerenciamento de Projetos, mimeo, outubro, 1995
____. Evaluación: Una herramienta de gestión para mejorar el desempeño de los proyectos, mimeo,
s.d., s.a.
MATUS, Carlos. O Método PES. Roteiro de Análise Teórica. FUNDAP/ Fundación Altadir, mimeo,
1996.
PFEIFFER, Peter. O Quadro Lógico: um método para planejar e gerenciar mudanças. Revista do
Serviço Público, Brasília, Ano 51, n. 1, p. 81-123, jan-mar. 2000.
43
PERRELLI, Hermano. A Relevância da Gerência de Projetos. Recife: Centro de Informática, UFPE,
2004. Apresentação.
PMBoK 2000. Project management body of knowledge. Versão traduzida para o português, não
oficial, apenas para facilidade de leitura. Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/PMBOK >
Acesso em: 16 jul. 2005.
PMBoK. A Guide to de Project Management Body of Knowledge – PMBoK – Upper Darby: Project
Management Institute, 2000 – Disponível em versão pdf, idioma ingles, para associados do PMI no
site < http://www.pmi.org/info/default.asp> Acesso em: 16 jul. 2005.
VERZUH, Eric. Gestão de Projetos - MBA Compacto – Rio de Janeiro: Editora Campus, 2000.
ZIMMERMANN, Neusa; ZIMMERMANN, Fábio. Gerenciamento de Projetos – Texto Básico.
Brasília: 2003.
44
APÊNDICE
– Roteiro Comentado para Elaboração de Projetos -
1. Identificação do Projeto
Título
Localização do projeto: Informar a comunidade, município, estado(s) onde as ações
ocorrerão.
Valor total do projeto:
Valor solicitado a financiadores: Contrapartida:
Duração do projeto: Início Previsto:
Entidade proponente/executora: aquela que se responsabilizará pelo recebimento dos
recursos e pela correspondente prestação de contas.
Entidades Co-executoras: aquelas entidades que executarão o projeto em parceria com a
proponente
Resumo Executivo
Fornecer uma síntese dos principais resultados esperados com a realização do projeto,
evidenciando o número de pessoas/ grupos a serem beneficiados/as direta e indiretamente,
desagregando por sexo e outras características que se fizerem importantes.
Fornecer informações gerais do contexto social, político, econômico e cultural relevantes para
a compreensão da realidade específica a ser trabalhada pelo projeto. Indicar de maneira objetiva,
qual é a situação-problema que se constitui no objeto de ação do projeto. A situação descrita deverá
contemplar as diferentes visões, interesses, expectativas, potenciais e limitações do público a ser
envolvido no projeto. Cada problema a ser enfrentado pelo projeto deverá ser conhecido pela
proponente/executora, já que será necessário informar a linha de base.
3. Justificativa
45
5. Resultados pretendidos com o Projeto
Impacto : Enumerar o (os) resultado (os) possíveis de serem alcançados em até três
anos após a efetivação do Efeito pretendido pelo projeto; pode ser estabelecido um
ou mais ;
Efeito: resultado (s) a ser (serem) alcançado(s) ao final do projeto; é sempre melhor
quando se consegue estabelecer apenas um; por final do projeto não se entende
término da execução das atividades planejadas e sim alcance da situação que se
pretende ver transformada e que se definiu como o efeito esperado.
6. Metas
É a quantificação e/ou qualificação de onde se quer chegar, ou seja, devem ser estabelecidas
metas para o EFEITO e para os PRODUTOS. É imprescindível que se coloque os prazos de alcance.
Está informação também é importante para a organização do cronograma de desembolso do projeto.
7. Indicadores
É o que sinaliza o alcance dos resultados . Devem ser claros, factíveis, realistas . Sua
formulação deve ser cuidadosa, pois se constituem no instrumento de verificação de alcance dos
resultados estabelecidos. Têm de guardar estreita ligação com a linha de base, ou seja, os dados que
retratam a realidade de onde o projeto parte. Podem ser estabelecidos de forma quantitativa e/ou
qualitativa na forma de números, percentuais, cifras, mudanças qualitativas desagregadas por sexo ,
retratando a relação de gênero transformada.
Levantar e analisar os riscos que possam comprometer o alcance dos resultados. Sabendo-se
quais são suas causas deve-se verificar se há possibilidades de alterar/monitorar essas condições
externas , ou seja, que estejam fora da governabilidade dos atores diretamente envolvidos com o
projeto, e contemplar ações específicas. Não basta conhecer e explicitar o risco. É necessário agir
para evitá-lo ou mitigá-lo. Não havendo como evitar ou mitigar o risco , deve-se proceder à alteração
dos resultados pretendidos de modo a evitar frustração e perda de recursos. O que se chama de
suposição importante , será pois, a condição positiva a ser alcançada, demonstrando que o risco será
monitorado ou evitado.
46
Os entraves, ou as condições internas que podem prejudicar o bom andamento do projeto,
devem ser igualmente explicitados e analisados, prevendo atividades para sua resolução. Os riscos e
as suposições importantes devem constar do Quadro Lógico. Os entraves devem ser registros no corpo
do projeto , logo após a descrição da análise dos riscos e seu monitoramento.
9. Metodologia
Atividade 1.1.1. – Início no mês 3 – Término em 10 meses (o mês 3 não se refere a março e sim ao
terceiro mês , a partir do início do projeto). Organizar cronograma com os meses do ano civil nos
quais as atividades serão efetivamente cumpridas, no início efetivo do projeto.
Definir como o projeto será gerenciado de forma participativa em seus diferentes momentos.
Com o apoio do Quadro Lógico, buscar o alcance dos resultados (final o e os produtos) com base
em seus indicadores, linha de base, metas, meios de verificação e as atividades de controle dos fatores
de riscos.
Fornecer elementos detalhados sobre os custos para realização das atividades estabelecidas por
PRODUTOS.
Organizar o orçamento com os custos definidos por área de atividade, bem como os custos
totais por itens de despesas e meses de execução, demonstrando o desembolso trimestral dos recursos
solicitados ao financiador.
Explicitar a contrapartida da proponente , das co-executoras e do público beneficiário,
quando for o caso.
Elaborar a Memória de Cálculo e enviar em anexo.
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13. Capacidade Institucional
A informação oferecida vai ser utilizada para análise do potencial da entidade executora em
levar a cabo e se beneficiar do projeto. Esta seção deve, portanto, conter dados sobre:
Descrição dos mecanismos e/ou fontes de recursos que a entidade proponente, o(s)
executor(es) e os beneficiários planejam para viabilizar a continuidade dos efeitos do projeto, após o
período de aporte de recursos pela entidade financiadora. Informar a viabilidade de aplicação da
metodologia utilizada e dos produtos obtidos por outras entidades, grupos, etc.
16. Anexos
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