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APRENDENDO SOBRE O AMOR E O AMAR

1 João 4.7-21

INTRODUÇÃO

João nos fala sobre o amor e o amar; temas tão importantes para a igreja tanto
primitiva quanto contemporânea. Basicamente a mensagem abordará o ensino sobre o “amor
e pertencimento”, ou seja, quem ama é nascido de Deus, pois Deus é amor! Algumas
características do amor serão elencadas: sua manifestação prática, sua incondicionalidade
e o fato de que no amor não pode existir medo! Adiante, se verá que o amor exige o amar!
Amar é um mandamento, não uma opção para o cristão. Por fim, uma tentativa de
compreensão bíblica do que é amor e amar será feita afim de que se melhor compreenda o
mandamento.

I – AMOR E PERTENCIMENTO

1Jo 4:7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido
de Deus e conhece a Deus.
1Jo 4:8 Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor.
1Jo 4:12 Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é, em
nós, aperfeiçoado.
1Jo 4:13 Nisto conhecemos que permanecemos nele, e ele, em nós: em que nos deu do seu Espírito.
1Jo 4:15 Aquele que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele, em Deus.
1Jo 4:16 E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que permanece no
amor permanece em Deus, e Deus, nele.

O amor cristão não é uma opção. Hernandes Dias Lopes comenta: “O amor fraternal
não é uma opção: é uma ordem expressa, um imperativo absoluto”1. O texto nos mostra que
o amor procede de Deus, é uma dádiva do Pai.
Deus é o autor e a fonte do amor. Seres humanos decaídos como nós não podem amar
por si mesmos. O amor que temos e exercemos procede de Deus. É ele quem circuncida
o coração de seus filhos para que possam amar (Dt 30.6) e quem produz o amor em
nós pelo seu Espírito (Gl 5.22; 2Tm 1.7) 2.

Portanto, quem não iria querer uma dádiva do Senhor? Mas, o ensino nos leva a
lugares ainda mais profundos. Aquele que ama tem uma ligação vital com Deus. Amar e
estar em Deus são coisas relacionadas!
Quem ama é nascido do Senhor, conhece a Deus. Obteve a nova vida em Cristo. Pelo
contrário, quem não ama, ainda não se encontrou com Deus, não conheceu ao Senhor, não
importa o que faça ou fale! “Mesmo que alguém professe conhecer a Deus, crer nele e segui-
lo, a falta de amor revela seu verdadeiro estado espiritual. Tal pessoa faz parte deste mundo,
que não conhece a Deus”3.
Mas, por que tal conclusão? Simplesmente porque Deus é amor! Deus é amor, é a fonte
do amor, a existência do amor, o conceito do amor e a prática do amor. Assim, o apóstolo diz
que “quem não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor”. Fala isso sem titubear, pois a
conclusão é evidente. Uma nota importante sobre considerar que “Deus é amor”: Isso é bem
verdade e está expresso nas Escrituras, contudo, a Bíblia igualmente nos informa que “Deus

1
LOPES, Hernandes Dias. 1, 2 e 3 João: como ter garantia da salvação. São Paulo,SP: Hagnos, 2010. p. 193.
2
LOPES, Augustus Nicodemus. Interpretando o Novo Testamento: Primeira Carta de João. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 122.
3
Idem. p. 123.
é Luz”, “Deus é Espírito” e “Deus é Fogo Consumidor”, assim “Temos de manter em harmonia
esses aspectos do ser de Deus, pois só assim poderemos compreender como um Deus, que
é amor, castiga os ímpios com ira eterna”4.
O amor, então, indica pertencimento. Se amamos, procedemos de Deus; se não
amamos, então, não procedemos dEle.
O amor é tão importante e necessário na vida do cristão que traz uma espécie de
“materialização” de Deus em nós. Nós não vimos ao Senhor com os olhos naturais, “ninguém
jamais viu ao Senhor”, entretanto, se amarmos uns aos outros, conforme João indica, Deus
permanece em nós. “A presença do amor entre os crentes é a evidência de que Deus habita
neles”5. A obra do Senhor é feita em nossas vidas; há comunhão e o amor de Deus é ainda
mais aperfeiçoado.
O amor sela o pertencimento a Deus, nos mostra que somos dEle; mas, além disso, faz
com que o Senhor venha até nós, habite, permaneça em nós.
Sobre a questão do pertencimento, Deus ainda nos presenteou com outras “garantias”
de que somos dele. Nos deu do seu Espírito. “Ele colocou o seu próprio Espírito Santo dentro
dos nossos corações como uma prova a nós, de que estamos vivendo nele e Ele em nós”.
(VIVA). Na linguagem do apóstolo Paulo, o Espírito é o penhor da nossa herança (Ef 1.14).
Ademais, aquele que confessa que Jesus é o Filho de Deus, ou seja, aquele que
publicamente reconhece, admite e confia na obra de Jesus Cristo (ao contrário dos gnósticos),
este certamente é filho de Deus; pertence ao Senhor e o Pai permanece nele.
João toma a palavra como que falando por toda a igreja e ressoando uma afirmação de
confiança: “E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e
aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele”.

II – CARACTERÍSTIAS DO AMOR

1Jo 4:9 Nisto se manifestou o amor de Deus em nós: em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo,
para vivermos por meio dele.
1Jo 4:10 Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o
seu Filho como propiciação pelos nossos pecados.
1Jo 4:14 E nós temos visto e testemunhamos que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo.
1Jo 4:19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro.
1Jo 4:18 No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento; logo,
aquele que teme não é aperfeiçoado no amor.

Uma definição clara e objetiva de amor não é dada neste texto, e não é uma tarefa fácil
encontrá-la na Bíblia, contudo, temos algumas características desse amor.
Primeiramente, o que se destaca é que o amor é algo que “se manifesta”, ele tem
representatividade na realidade, não é somente uma teoria, um sentimento vago. O amor de
Deus se manifestou objetivamente. A Palavra diz que essa manifestação foi o envio do seu
Filho unigênito ao mundo! “O amor de Deus em nós e por nós não foi proclamado apenas
com palavras eloquentes, mas com dádiva sacrificial”6. O amor clama por atitude. Um amor
que não age é estranho. Um amor que não se manifesta é duvidoso.
Em segundo lugar, o amor é incondicional. O amor não consiste em que Deus tenha
“retribuído” algum favor, mas sim que nos amou primeiro, incondicionalmente, enviando seu
Filho como propiciação pelos nossos pecados. Esse amor incondicional, foi visto e
comprovado. O “Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo”. Isso nos conduz a
conclusão: “nós amamos porque ele nos amou primeiro”!
João expõe a gratuidade do amor de Deus. O apóstolo deseja que os cristãos entendam
que o amor de Deus por eles não decorreu de nada que houvessem feito. Deus os amou
antes da fundação do mundo, e esse amor não foi uma retribuição ao amor deles por
Deus. Não decorreu de nada que Deus tenha visto neles. Não foi porque Deus viu, em
sua presciência, o amor de algumas pessoas por ele, que ele então, por sua vez, as
amou, escolheu e predestinou. Mas a grandeza do amor de Deus consiste exatamente
nisto, em que ele nos amou livremente, sem que merecéssemos outra coisa senão morte

4
Idem.
5
Idem. p. 125.
6
LOPES, Hernandes Dias. 1, 2 e 3 João: como ter garantia da salvação. São Paulo,SP: Hagnos, 2010. p. 195.
e punição eternas. João aprendeu a doutrina do livre amor de Deus do próprio Jesus
(Jo 15.16). Na verdade, essa doutrina está revelada desde o Antigo Testamento (veja Dt
7.7,8)7.

Em terceiro lugar, “No amor não existe medo”. Amor e medo são antagônicos. O amor
gera confiança, tranquilidade e paz. O medo gera desconfiança, desassossego e terror! São
coisas diametralmente opostas. O verdadeiro amor atraí por suas qualidades, o medo prende
por suas ameaças! “O medo produz tormento; logo, aquele que teme não é aperfeiçoado no
amor”.

III – AMOR E AMAR

1Jo 4:11 Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.
1Jo 4:17 Nisto é em nós aperfeiçoado o amor, para que, no Dia do Juízo, mantenhamos confiança; pois, segundo
ele é, também nós somos neste mundo.
1Jo 4:20 Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão,
a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.
1Jo 4:21 Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão.

O amor com que temos sido agraciados é modelo para nosso amor ao próximo. Um dos
grandes mandamentos do Senhor é “ame ao seu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22.39).
O apóstolo João está reverberando esse ensino aqui. O amor ao próximo não é novo
mandamento, não obstante, tremendamente importante.
O conselho é que se Deus nos amou de “tal” maneira, então, nós devemos também
amar uns aos outros. “É porque Deus é amor (4.8,17), amou-nos em Cristo (4.10,11), e
continua a amar em nós e por intermédio de nós (4.12,13) que devemos amar-nos uns aos
outros”8. Hernandes Dias Lopes argumenta que “O amor de Deus é exemplo e inspiração.
Nós, que fomos alvos do amor de Deus, agora devemos ser canais desse amor. O superlativo
e sacrificial amor de Deus por nós inspira-nos a demonstrar aos outros o amor que
recebemos”9.
Essa “imitação” de Deus nos torna, de certa forma, semelhantes a Ele. E esse é nosso
caminhar em santificação e nosso objetivo-mor, ser como o Senhor!
Quando amamos uns aos outros, é aperfeiçoado o amor em nós. Esse amor
aperfeiçoado, indicando mais incisivamente a permanência do Senhor, nos trará confiança
inclusive no Dia do Juízo, pois nossa semelhança com o Senhor nos indica que não seremos
condenados!
Por fim, o mandamento é este: “que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão”.
O mandamento não morreu, pelo contrário, é revivificado pelo apóstolo para a igreja.

IV – O QUE É O AMOR?

Uma definição exata de amor torna-se algo impossível para nós, visto a complexidade
do tema. Muitos se debruçaram em busca de explicar o amor, o amor de Deus, mas sem
alcançar uma resposta final, exata e infalível. Mas, uma vez que o amor é tão recomendado
e uma dádiva divina a ser praticada, torna-se, por outro lado, tarefa obrigatória alcançar um
entendimento, pelo menos mínimo e coerente, sobre a questão.
O mundo apresentaria uma definição de amor talvez incluindo a “liberdade”, a
“valorização”, a “apreciação” o “cuidado” e até mesmo o “mimo” para com o outro. Amar
estaria em sintonia com tais práticas.
No entanto, somos desafiados a pensar o amor em categorias bíblicas e buscar uma
definição mais coesa com o ensino das Escrituras do que com o senso humanista. Segundo
John Piper: “O amor é fazer tudo que for necessário para ajudar os outros a verem e

7
Idem. p. 124.
8
LOPES, Hernandes Dias. 1, 2 e 3 João: como ter garantia da salvação. São Paulo,SP: Hagnos, 2010. p. 193.
9
Idem. p. 196.
experimentarem a glória de Deus em Cristo, para todo o sempre”10. O amor não estaria
centrado em nós ou em nossas necessidades, mas sim em Deus, naquele que é mais precioso.
Um exemplo desse amor foi praticado por Jesus Cristo.

1 Ressurreição de Lázaro Havia um doente, Lázaro, de Betânia, povoado de Maria e de


sua irmã Marta.
2 Maria era aquela que ungira o Senhor com bálsamo e lhe enxugara os pés com seus
cabelos. Seu irmão Lázaro se achava doente.
3 As duas irmãs mandaram, então, dizer a Jesus: “Senhor, aquele que amas está doente”.
4 A essa notícia, Jesus disse: “Essa doença não é mortal, mas para a glória de Deus,
para que, por ela, seja glorificado o Filho de Deus”.
5 Ora, Jesus amava Marta e sua irmã e Lázaro.
6 Quando soube que este se achava doente, permaneceu ainda dois dias no lugar em que
se encontrava. (João 11.1-6).

John Piper11 destaca três coisas admiráveis:


1) Jesus escolheu deixar Lázaro morrer. No versículo 6, lemos: “Quando, pois, soube
que Lázaro estava doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava”. Não
houve pressa. A intenção de Jesus não era impedir o sofrimento da família, e sim
ressuscitar Lázaro dentre os mortos. Isto seria verdade mesmo se Lázaro já estivesse
morto, quando o mensageiro chegou a Jesus. Ele deixou Lázaro morrer ou
permaneceu por mais tempo, para deixar evidente que não tinha pressa de trazer
alívio imediato ao sofrimento. Algo mais importante O impelia.
2) Jesus era motivado pelo amor para com a glória de Deus, manifestada em seu
tremendo poder. No versículo 4, Ele disse: “Esta enfermidade não é para morte, e
sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado”.
3) Entretanto, tanto a decisão de deixar Lázaro morrer como a motivação de glorificar
a Deus foram expressões de amor para com Maria, Marta e Lázaro. O evangelista
João nos mostra isto pela maneira como ele uniu os versículos 5 e 6: “Ora, amava
Jesus a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. Quando, pois, soube que Lázaro estava
doente, ainda se demorou dois dias no lugar onde estava”.

A atitude de Jesus não foi insensível e severa! Mas, não se pode estimar mais uma vida
livre de sofrimentos do que a glória de Deus. Por isso, repetimos mais uma vez a definição:
“O amor é fazer tudo que for necessário para ajudar os outros a verem e
experimentarem a glória de Deus em Cristo, para todo o sempre”12.
“O amor de Jesus O impeliu a orar e a morrer por nós, não para que o nosso valor se
tornasse central, e sim para que a glória dEle se tornasse central e pudéssemos vê-la e
desfrutá-la por toda a eternidade. ‘Pai, a minha vontade é que... estejam também comigo...
para que vejam a minha glória’. Isto é o que significa para Jesus o amar-nos”13.
Assim, o amor que Deus requer de nós envolve considerar a sua glória acima de todas
as coisas, além de trabalhar para que a glória de Deus seja manifesta na vida do próximo.
Nossa ação na vida das pessoas é para que encontrem o Mais Desejável, o Sublime, o
Santo. Isso é amor, quando nos importamos mais com que o próximo alcance a Deus do que
com outros elementos. Agimos mais para que Deus seja glorificado na vida do outro do que
o “eu” seja exaltado e satisfeito. Pensamos mais em categorias eternas do que terrenas.
Fazemos mais pela salvação do que pela solução! Atuamos menos para trazer alívio imediato
e mais para manifestar a glória de Deus!
O que é amor? “O amor é fazer tudo que for necessário para ajudar os outros a
verem e experimentarem a glória de Deus em Cristo, para todo o sempre”14

10
John Piper. Penetrado pela Palavra: trina e uma meditações para sua alma. São José dos Campos-SP: FIEL, 2005. p. 12.
11
Idem. p. 11.
12
Idem. p. 12.
13
Idem. p. 13.
14
Idem. p. 12.

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