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ALBERT PIKE

MORAL E DOGMA
DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

TRADUÇÃO

CELES JANUARIO GARCIA JUNIOR


GLAUCO BONFIM RODRIGUES
_________________________________________________
Copyright@2010 dos autores

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Pike, Albert, 1809-1891.


Moral e dogma do rito escocês antigo e aceito /
Albert Pike ; tradução Celes Januário Garcia Junior,
Glauco Bonfim Rodrigues. -- Birigui, SP : Editora
Yod, 2011.

Título original: Morals and dogma of the ancient


and accepted scottish rite of freemasonry.
ISBN 978-85-63947-03-1

1. Maçonaria 2. Maçonaria - História


3. Maçonaria - Rituais 4. Maçons I. Título.

11-04444 CDD-366.1

EDITORA YOD
Corpo Editorial: Celes J. Garcia Junior
Glauco B. Rodrigues

contato@editorayod.com.br
www.editorayod.com.br
SUMÁRIO

Biografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . IX

Prefácio do Autor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . XI

Capítulo I – Aprendiz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

Capítulo II – O Companheiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

Capítulo III – O Mestre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85


BIOGRAFIA

Albert Pike, nascido em 29 de


Dezembro de 1809, era o mais velho dos
seis filhos de Benjamin e Sarah Andrews
Pike. Pike foi educado em um lar cristão
e frequentava uma igreja Episcopal. Pike
passou no exame vestibular em Harvard
quando tinha 15 anos de idade, mas não
pôde prosseguir, porque não possuía
fundos suficientes. Após viajar para o
oeste, até Santa Fé, Pike situou-se no
Arkansas, onde trabalhou como editor de
um jornal antes de ser admitido no
tribunal. No Arkansas, conheceu Mary
Ann Hamilton, e casou-se com ela em 18
de Novembro de 1834. Dessa união nasceram 11 filhos. Ele possuía 41
anos quando solicitou sua admissão na Western Star Lodge No. 2 (Loja
da Estrela do Oriente) em Little Rock, Arkansas, em 1850. Membro
ativo na Grand Lodge of Arkansas, Pike assumiu os 10 Graus do Rito de
York entre 1850 e 1853. Recebeu os 29 graus do Rito Escocês em março
de 1853, de Albert Gallatin Mackey, em Charleston, S.C. O Rito Escocês
foi introduzido nos Estados Unidos em 1783. Charleston foi o local do
primeiro Supremo Conselho, que regeu o Rito Escocês nos Estados
Unidos até o Supremo Conselho do Norte ser estabelecido na cidade de
Nova Iorque em 1813.

A fronteira entre as Jurisdições do Norte e do Sul, ainda hoje


reconhecida, foi firmemente estabelecida em 1828. Mackey convidou
Pike a participar da Suprema Corte da Jurisdição do Sul em 1858, em
Charleston, e nos anos seguintes, se tornou o Grande Comandante da
Suprema Corte. Pike manteve suas funções até sua morte, apoiando-se
em várias ocupações, tais como editor do Memphis Daily Appeal, de
fevereiro de 1867 a setembro de 1868, e sua prática advocatícia. Mais
tarde, abriu um escritório de advocacia em Washington, DC, e defendeu

IX
uma série de processos perante o Supremo Tribunal dos Estados
Unidos. Pike empobreceu por conta da Guerra Civil, permanecendo
assim por grande parte da vida, frequentemente contraindo empréstimos
para despesas básicas do Supremo Conselho, antes do conselho votar a
seu favor , em 1879, uma anuidade de $1,200 por ano para o resto de
sua vida. Albert Pike faleceu em 2 de abril de 1892, em Washington, DC.

Percebendo que uma revisão do ritual era necessária para que o


Rito Escocês da Maçonaria viesse a sobreviver, Mackey encorajou Pike a
rever o ritual, para assim produzir um ritual padrão, para o uso de todos
os estados da Jurisdição do Sul. A revisão teve início em 1855 e após
algumas alterações, o Supremo Conselho aprovou a revisão de Pike, em
1861. Mudanças menos significativas foram feitas em dois graus em
1873, após corporações do Rito de York no Missouri contraporem
objeções de que os graus 29º e 30º revelavam os segredos do Rito de
York.

Pike é mais conhecido pela sua grande obra, Morals and Dogma of
the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry, publicado em 1871.
Morals and Dogma não deve ser confundido com a revisão de Pike, do
ritual do Rito Escocês. Estas são obras separadas. Walter Lee Brown
escreveu que Pike “destinou-o [Morals and Dogma] a ser um suplemento
para aquele grande ‘sistema interligado de instruções morais, religiosas e
filosóficas’ desenvolvido em sua revisão do ritual Escocês.”

Morals and Dogma era tradicionalmente dado ao candidato após a


sua recepção do 14º grau do Rito Escocês. Esta prática foi interrompida
em 1974. Morals and Dogma não é mais dado a candidatos desde 1974. A
Bridge to Light (Uma Ponte para a Luz), de Rex. R. Hutchens, é concedido
aos candidatos hoje. Hutchens lamenta que Morals and Dogma seja lido
por tão poucos Maçons. A Bridge to Light foi escrito para ser “uma ponte
entre as cerimônias dos graus e suas leituras de Morals and Dogma”.

X
PREFÁCIO DO AUTOR.

A obra seguinte foi preparada com a autorização do Supremo


Conselho do Trigésimo Terceiro Grau, para a Jurisdição Sul dos Estados
Unidos, pelo Grande Comandante e agora é publicada por sua direção.
Contém os Ensinamentos do Rito Escocês Antigo e Aceito daquela
Jurisdição, e é especialmente destinado para leitura e estudo pelos Irmãos
daquela Obediência, em conexão com os Rituais dos Graus. Espera-se e
expecta-se que cada um se apresente com uma cópia, e se torne
familiarizado com ela; por este propósito, como o custo da obra consiste
inteiramente em sua impressão e encadernação, ela será fornecida a um
preço moderado e considerável.

Será proporcionada aos Irmãos do Rito Escocês nos Estados


Unidos e no Canadá, a oportunidade de comprá-la, mas não será
proibida a outros Maçons; porém não serão solicitados que comprem.

Ao preparar esta obra, o Grande Comendador foi quase Autor e


Compilador, igualmente; uma vez que extraiu uma metade inteira de seu
conteúdo das obras dos melhores escritores e dos pensadores mais
filosóficos ou eloquentes. Talvez tivesse sido melhor e mais aceitável se
tivesse extraído mais e escrito menos. Ainda, talvez metade dele seja de si
próprio; e, ao incorporar aqui os pensamentos e palavras de outros,
modificou e adicionou continuamente à linguagem, muitas vezes
interligando, nas mesmas sentenças, suas próprias palavras às deles. Não
se destinando ao mundo em geral, ele sentiu a liberdade de elaborar, a
partir de todas as fontes acessíveis, um Compêndio de Moral e Dogma
do Rito, para re-moldar sentenças, alterar e acrescentar palavras e frases,
combiná-las com suas próprias e usá-las como se fossem suas próprias,
para serem tratadas ao seu prazer, e assim, úteis para formar o conjunto
mais valioso para os propósitos tencionados. Reclama para si, portanto,
pouco do mérito da autoria, e não se preocupou em distinguir o que é
seu próprio do que tomou de outras fontes, desejando, inteiramente, que
cada porção do livro, por sua vez, seja vista como tendo sido tomada
emprestada de algum escritor mais antigo e melhor.

XI
Os ensinamentos destas Leituras não são sacramentais, na
medida em vão além do reino da Moralidade, para aqueles domínios do
Pensamento e da Verdade. O Rito Escocês Antigo e Aceito usa a palavra
“Dogma” em seu sentido verdadeiro, de doutrina ou ensinamento; não
é dogmático no sentido odioso do termo. Todos estão completamente
livres para rejeitar e discordar de qualquer coisa aqui que possa lhe
parecer falsa ou insalubre. Apenas é requerido que se pese o que é
ensinado e que se dê uma audiência justa e um juízo despreconceituoso.
Obviamente, as antigas especulações teosóficas e filosóficas não são
incorporadas como parte das doutrinas do Rito; mas porque é de
interesse e proveito saber o que o Intelecto Antigo pensava sobre estes
assuntos, e porque nada prova tão conclusivamente a diferença radical
entre a nossa natureza humana e a animal, quanto a capacidade da mente
humana de entreter tais especulações sobre si mesmo e a Divindade.
Mas, quanto a essas mesmas opiniões, podemos dizer, nas palavras do
douto canonista Ludovico Gómez: “Opiniones secundum varietatem
temporum senescant et intermoriantur, aliaeque diversae vel
prioribus contrariae reniscantur et deinde pubescant.”

XII
Os títulos dos Graus mostrados aqui mudaram em algumas
instâncias. Os títulos corretos são os seguintes:

1º Aprendiz
2º Companheiro
3º Mestre
4º Mestre Secreto
5º Mestre Perfeito
6º Secretário Íntimo
7º Preboste e Juiz
8º Intendente dos Edifícios
9º Eleito dos Nove
10º Eleito dos Quinze
11º Eleito dos Doze
12º Mestre Arquiteto
13º Real Arco de Salomão
14º Eleito Perfeito
15º Cavaleiro do Oriente
16º Príncipe de Jerusalém
17º Cavaleiro do Oriente e do Ocidente
18º Cavaleiro Rosa-Cruz
19º Pontífice
20º Mestre da Loja Simbólica
21º Noaquita ou Cavaleiro Prussiano
22º Cavaleiro do Real Machado ou Príncipe do Líbano
23º Chefe do Tabernáculo
24º Príncipe do Tabernáculo
25º Cavaleiro da Serpente de Bronze
26º Príncipe de Misericórdia
27º Cavaleiro Comandante do Templo
28º Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto
29º Cavaleiro Escocês de Santo André
30º Cavaleiro Kadosh
31º Inspetor Inquisidor
32º Mestre do Real Segredo

XIII
MORAL E DOGMA

CAPÍTULO I.

APRENDIZ

A RÉGUA-DE-DOZE-POLEGADAS E O MAÇO

A Força, desregulada ou mal regulada, não é apenas


desperdiçada no vazio, como a pólvora queimada a
céu aberto, e o vapor não confinado pela ciência; mas, golpeando
no escuro, seus golpes encontrando apenas o ar, recuam e se
contundem. É destruição e ruína. É o vulcão, o terremoto, o
ciclone; – não crescimento ou progresso. É Polifemo cego,
golpeando a esmo, precipitando-se entre as afiadas rochas pelo
ímpeto de seus próprios golpes.

A Força cega do povo é uma Força que deve ser


economizada e também gerenciada, assim como a Força cega do
MORAL E DOGMA

vapor, que levanta os pesados braços de ferro e gira as grandes


rodas, é feita para furar e tornear o canhão e tecer o mais delicado
laço. A força cega do povo precisa ser regulada pelo Intelecto e o
intelecto é para as pessoas, e para a Força das pessoas, o que a fina
agulha da bússola é para o navio – sua alma, sempre aconselhando
a enorme massa de madeira e ferro, e sempre apontando para o
norte. Para atacar as cidadelas construídas por todos os lados
contra a raça humana por superstições, despotismos, e
preconceitos, a Força deve ter um cérebro e uma lei. Por isso, suas
façanhas conquistam resultados permanentes, e aí há progresso
real. Então ocorrem conquistas sublimes. O Pensamento é uma
força, e a filosofia deve ser uma energia, encontrando seu alvo e
seus efeitos no aprimoramento da humanidade. Os dois grandes
motores são a Verdade e o Amor. Quando todas estas Forças são
combinadas, guiadas pelo Intelecto, reguladas pela RÉGUA do
Direito, e da Justiça, e com movimento e esforço combinados e
sistemáticos, a grande revolução preparada pelas eras começará a
marchar. O PODER da Própria Divindade está em equilíbrio com
Sua SABEDORIA. Em consequência, o único resultado é a
HARMONIA.

Como a Força é mal regulada, as revoluções se provam


falhas. Por isso é que, tão frequentemente, insurreições vindas
daquelas altas montanhas que tiranizam o horizonte moral, a
Justiça, a Sabedoria, a Razão e o Direito, construídas da mais pura
neve do ideal, após uma longa queda de rocha a rocha, depois de
terem refletido o céu em sua transparência e terem sido enchidas
por cem afluentes, no caminho majestoso do triunfo,
repentinamente se perdem em charcos, como um rio da Califórnia
nas areias.

A marcha da raça humana adiante requer que as alturas ao


seu redor fulgurem com nobres e duradouras lições de coragem.

2
CAPÍTULO I. APRENDIZ

Feitos de ousadia deslumbram a história, e formam uma classe das


luzes que orientam o homem. São as estrelas e os coriscos do
grande mar de eletricidade, a Força inerente nas pessoas. Esforçar-
se, enfrentar todos os riscos, perecer, perseverar, ser verdadeiro
para si mesmo, lutar corpo-a-corpo com o destino, surpreender a
derrota pelo pequeno terror que inspira, ora enfrentar poderes
injustos, ora desafiar o triunfo intoxicado – estes são os exemplos
que as nações precisam e a luz que as eletriza.

Existem Forças imensas nas grandes cavernas do mal sob a


sociedade; na horrível degradação, sordidez, desgraça e penúria,
vícios e crimes que fedem e lentamente fervem na escuridão nessa
populaça inferior ao povo, das grandes cidades. Aí o desinteresse
desaparece, cada um uiva, procura, tateia e se rói por si mesmo.
Ideias são ignoradas, e não há pensamento de progresso. Essa
populaça tem duas mães, ambas madrastas – a Ignorância e a
Miséria. O querer é seu único guia – somente para o apetite
desejam satisfação. Todavia, até estes podem ser utilizadas. A
humilde areia na qual pisamos, lançada na fornalha, derretida,
purificada pelo fogo, pode se tornar um cristal resplandecente.
Eles têm a força bruta do MALHO, mas seus golpes servem à
grande causa, quando desferidos dentro das linhas traçadas pela
RÉGUA controlada pela sabedoria e discrição.

Todavia, é esta mesma Força das pessoas, este poder


Titânico dos gigantes, que constrói as fortificações de tiranos e é
incorporada em seus exércitos. Daí então a possibilidade de tais
tiranias, como as sobre as quais se tem dito que “Roma cheira pior
sob Vitélio do que sob Sula. Sob Cláudio e sob Domiciano há uma
deformidade de baixeza correspondente à feiura da tirania. A sujeira dos
escravos é um resultado direto da baixeza atroz do déspota. Dessas
consciências contraídas é exalado um miasma que reflete seus mestres; as
autoridades públicas são impuras, corações são colapsados, consciências

3
MORAL E DOGMA

encolhidas, almas debilitadas. É assim sob Caracala, é assim sob Cômodo, é


assim sob Heliogábalo, enquanto do senado Romano, sob César, emana
apenas o odor espesso peculiar ao ninho da águia”.

É a força das pessoas que sustenta todos estes


despotismos, o mais baixo e também o melhor. Essa força age
através dos exércitos; e estes mais comumente escravizam do que
libertam. O despotismo, aí, aplica a RÉGUA. A Força é o MAÇO
de aço no arco da sela do cavaleiro ou do bispo em armadura. Pela
força, a obediência passiva sustenta tronos e oligarquias, reis
Espanhóis e senados Venezianos. O Poder, em um exército
manejado pela tirania, é a enorme soma total da fraqueza absoluta;
e assim, a Humanidade trava guerra contra a Humanidade, a
despeito da Humanidade. Assim um povo se submete de bom
grado ao despotismo, seus trabalhadores se submetem a serem
desprezados, e seus soldados a serem chicoteados; por isso é que
batalhas perdidas por uma nação são, frequentemente, progresso
alcançado. Menos glória é mais liberdade. Quando o tambor
silencia, a razão às vezes fala.

Tiranos usam a força do povo para acorrentar e subjugar –


isto é, subjugam o povo. Então, o fazem de arado, como os
homens fazem com bois jungidos à canga. Assim, o espírito de
liberdade e inovação é reduzido por baionetas, e princípios são
assolados por tiros de canhão; enquanto os monges se misturam
com os soldados, e a Igreja militante e jubilosa, Católica ou
Puritana, canta Te Deums pelas vitórias sobre a rebelião.

O poder militar, não subordinado ao poder civil,


novamente o MALHO ou MAÇO da FORÇA, independente da
RÉGUA, é uma tirania armada, nascida adulta, como Ateneia
brotada do cérebro de Zeus. Ele desova uma dinastia, e começa

4
CAPÍTULO I. APRENDIZ

com César para apodrecer em Vitélio e Cômodo. Atualmente,


tende a começar onde, antigamente, as dinastias terminavam.

O povo constantemente oferece imensa resistência, apenas


para terminar em imensa fraqueza. A força do povo é exaurida no
prolongamento indefinido de coisas mortas desde há muito tempo;
ao governar a humanidade pelo embalsamento de velhas e mortas
tiranias de Fé; restaurando dogmas dilapidados; redourando
santuários desbotados e carcomidos; caiando e maquiando
superstições antigas e estéreis; salvando a sociedade pela
multiplicação de parasitas; perpetuando instituições aposentadas;
reforçando a adoração de símbolos como os meios reais de
salvação; e atando o cadáver do Passado boca a boca ao vivo
Presente. Por isso é que uma das fatalidades da Humanidade é ser
condenada a eternas lutas com fantasmas, com superstições,
fanatismos, hipocrisias, preconceitos, as fórmulas do erro e os
argumentos da tirania. Despotismos, vistos no passado, tornam-se
respeitáveis, como a montanha eriçada de rochas vulcânicas, áspera
e horrenda, parece ser, através da neblina da distância, azul, macia
e bela. A visão de uma única masmorra da tirania vale mais, para
dissipar ilusões e criar um ódio sagrado ao despotismo, e
direcionar a FORÇA corretamente, do que os tomos mais
eloquentes. Os Franceses deveriam ter preservado a Bastilha como
uma lição perpétua; a Itália não deve destruir as masmorras da
Inquisição. A Força do povo manteve o Poder que construiu suas
celas obscuras e colocou os vivos em seus sepulcros de granito.

A FORÇA do povo não pode, por sua ação irrefreável e


existência espasmódica, manter e continuar um Governo livre,
uma vez criado. Tal Força deve ser limitada, refreada, conduzida
pela distribuição em canais diferentes e por cursos indiretos, para
escapes, de onde se questionaria quanto à lei, ação e decisão do
Estado; assim como os antigos sábios reis Egípcios conduziram a

5
MORAL E DOGMA

canais diferentes, por subdivisão, as águas abundantes do Nilo, e as


compeliram a fertilizar e não devastar a terra. Deve haver o jus et
norma, a lei e Régua, ou Escala, da constituição e da lei, dentro da
qual a força pública deve agir. Faça-se uma brecha em qualquer
uma delas e o grande martelo a vapor, com seus golpes velozes e
pesados, reduz todo o mecanismo a átomos e, por fim,
desconjuntando-se violentamente, repousam morto e inerte em
meio à ruína que forjou.

A FORÇA das pessoas, ou a vontade popular, exercida e


em ação, simbolizada pelo MALHETE, regulada, guiada por, e
agindo dentro dos limites da LEI e da ORDEM, simbolizada pela
RÉGUA DE VINTE E QUATRO POLEGADAS, tem como
seu fruto: LIBERDADE, IGUALDADE e FRATERNIDADE
– liberdade regulada pela lei; igualdade de direitos aos olhos da lei;
irmandade com seus deveres e obrigações, bem como com seus
benefícios.

Você ouvirá falar em pouco tempo da PEDRA BRUTA e


da PEDRA PERFEITA, como parte das joias da Loja. A Pedra
Bruta é dita como “uma pedra, como retirada da pedreira, em seu estado
rude e natural”. A Pedra Perfeita é dita como “uma pedra preparada
pelas mãos dos trabalhadores, para ser ajustada pelas ferramentas de trabalho
dos Companheiros”. Não devemos repetir as explicações destes
símbolos dadas pelo Rito de York. Você poderá lê-las em seus
manuais impressos. São declaradas para aludirem ao
autoaperfeiçoamento do trabalhador individual, – uma
continuação da mesma interpretação superficial.

A Pedra Bruta é o POVO, como uma massa, rude e


desorganizado. A Pedra Perfeita, ou Pedra Cúbica, símbolo da
perfeição, é o ESTADO, os regentes derivando seus poderes do
consentimento dos governados; a constituição e as leis dizendo a

6
CAPÍTULO I. APRENDIZ

vontade do povo; o governo harmonioso, simétrico, eficiente, –


seus poderes propriamente distribuídos e devidamente ajustados
em equilíbrio.

Se delinearmos um cubo sobre uma superfície plana, assim:

Teremos visíveis três faces e nove linhas externas,


desenhadas entre sete pontos. O cubo completo tem três faces a
mais, formando seis; três linhas a mais, formando doze; e um
ponto a mais, formando oito. Como o número 12 inclui os
números sagrados 3, 5, 7, e 3 vezes 3, ou 9, e é produzido pela
soma dos números sagrados 3 e 9; enquanto seus próprios dois
dígitos 1, 2, a unidade ou mônada, e dúada, somadas juntas, geram
o mesmo número sagrado 3; ele foi chamado de número perfeito –
e o cubo se tornou o símbolo da perfeição.

Produzido pela FORÇA, agindo pela RÉGUA; martelado


de acordo com as linhas mensuradas pela Escala, a partir da Pedra
Bruta, é um símbolo apropriado da Força do povo, expressa como
a constituição e lei do Estado; e as três faces visíveis representam
os três departamentos do próprio Estado, – o Executivo, que
executa as leis; o Legislativo, que faz as leis; o Judiciário, que
interpreta as leis, as aplica e as reforça, entre pessoa e pessoa, entre

7
MORAL E DOGMA

o Estado e os cidadãos. As três faces invisíveis são a Liberdade, a


Igualdade e a Fraternidade, – a alma tríplice do Estado, – sua
vitalidade, espírito e intelecto.

* * * * * *

Apesar da Maçonaria não usurpar o lugar nem imitar a


religião, a oração é parte essencial de nossas cerimônias. É a
aspiração da alma em direção à Inteligência Absoluta e Infinita,
que é a Suprema Divindade Única, mais delicada e
desentendidamente caracterizada como um “ARQUITETO”.
Certas faculdades do homem são dirigidas para o Desconhecido –
o pensamento, a meditação, a oração. O desconhecido é um
oceano, do qual a consciência é a bússola. Pensamento, meditação,
oração, são os grandes misteriosos pontos apontados pela agulha.
É um magnetismo espiritual que assim conecta a alma humana
com a Divindade. Estas irradiações majestosas da alma penetram a
sombra em direção à luz.

É um escárnio superficial dizer que a oração é absurda


porque não nos seria possível, por meio dela, persuadir Deus a
mudar Seus planos. Ele produz efeitos pré-conhecidos e pré-
planejados, através da instrumentalidade das forças da natureza,
todas elas Suas forças. Nossa própria é parte destas. Nossa livre
agência e vontade são forças. Não deixamos absurdamente de
fazer esforços para alcançar riqueza ou felicidade, prolongar a
vida, e manter a saúde, só porque não podemos, por qualquer
esforço, mudar o que está predestinado. Se o esforço também é
predestinado, não menos será o nosso esforço, criado de nossa
livre vontade. Portanto, do mesmo modo, oramos. A Vontade é
uma força. O Pensamento é uma força. A Oração é uma força. Por
que não seria da lei de Deus que a oração, tal como a Fé e o Amor,
tivesse seus efeitos? O homem não deve ser compreendido como

8
CAPÍTULO I. APRENDIZ

um ponto de partida, nem o progresso como um objetivo, sem


essas duas grandes forças, a Fé e o Amor. A oração é sublime.
Preces que pedem e clamam são dignas de pena. Negar a eficácia
da oração é negar a da Fé, do Amor e do Esforço. Apesar disso, os
efeitos produzidos, quando nossa mão, movida por nossa vontade,
lança um seixo no oceano, nunca cessam; e toda palavra
pronunciada é registrada no ar invisível para toda a eternidade.

Toda Loja é um Templo, no todo e em seus detalhes,


simbólica. O próprio Universo forneceu ao homem o modelo dos
primeiros templos edificados à Divindade. O arranjo do Templo
de Salomão, os ornamentos simbólicos que formavam suas
decorações principais, e o vestuário do Sumo Sacerdote, tudo fazia
referência à ordem do Universo, como então entendido. O
Templo continha muitos emblemas das estações – o sol, a lua, os
planetas, as constelações da Ursa Maior e da Ursa Menor, o
zodíaco, os elementos, e outras partes do mundo. O Mestre dessa
Loja, e do Universo, é Hermes, de quem Khūrūm é o
representante, que é uma das luzes da Loja.

Para instrução adicional quanto ao simbolismo dos corpos


celestiais, dos números sagrados e do templo e seus detalhes, você
deve aguardar pacientemente até seu avanço na Maçonaria, neste
meio tempo exercitando seu intelecto estudando-os por si só.
Estudar e procurar interpretar corretamente os símbolos do
Universo é o trabalho do sábio e do filósofo. É decifrar a escrita
de Deus, e penetrar em Seus pensamentos.

Isto é o que é perguntado e respondido em nosso


catecismo, no que diz respeito à Loja.

* * * * * *

9
MORAL E DOGMA

Uma “Loja” é definida como uma “reunião de Maçons,


pontualmente congregados, tendo a escritura sagrada, o esquadro e o compasso,
e um alvará, ou certificado de constituição, autorizando-os a trabalhar”. A
sala ou lugar no qual se reúnem, representando uma parte do
Templo do Rei Salomão, também é chamada de Loja; e isto é o
que nós agora estamos considerando.

Diz-se que é suportada por três grandes colunas,


SABEDORIA, FORÇA e BELEZA, representadas pelo Mestre,
o Primeiro Vigilante e o Segundo Vigilante; e estas são as colunas
que sustentam a Loja, “porque Sabedoria, Força e Beleza são a perfeição
de tudo, e nada pode perdurar sem elas”. “Porque”, diz o Rito de York, “é
necessário que haja Sabedoria para conceber, Força para sustentar e Beleza
para adornar todos os empreendimentos grandes e importantes”. “Não sabeis”,
diz o Apóstolo Paulo, “que sois o templo de Deus, e que o Espírito de
Deus habita em vós? Se algum homem profanar o templo de Deus, Deus o
destruirá, pois o templo de Deus é sagrado, e o templo sois vós”.

A Sabedoria e o Poder da Divindade estão em equilíbrio.


As leis da natureza e as leis morais não são meros mandatos
despóticos de Sua vontade Onipotente; pois então poderiam ser
mudadas por Ele, e a ordem se tornar desordem, e o bom e o
certo se tornarem mau e errado; honestidade e lealdade, vícios; e
fraude, ingratidão e vício, virtudes. O poder Onipotente, infinito,
existindo só, necessariamente não seria forçado à consistência.
Seus decretos e leis poderiam não ser imutáveis. As leis de Deus
não são obrigatórias para nós porque são decretos de Seu
PODER, ou expressão de Sua VONTADE; mas porque
expressam sua infinita SABEDORIA. Não são certas porque são
Suas leis, mas são Suas leis porque são certas. Do equilíbrio entre a
sabedoria infinita e a força infinita resulta a harmonia perfeita, na
física e no universo moral. Sabedoria, Poder e Harmonia
constituem uma tríade Maçônica. Eles têm outros e mais

10
CAPÍTULO I. APRENDIZ

profundos significados, que podem em algum tempo lhe ser


desvelados.

Quanto a uma explicação mais normal e ordinária, pode-se


acrescentar que a sabedoria do Arquiteto é apresentada em
combinação, como apenas um Arquiteto hábil pode fazer, e como
Deus tem feito em todo lugar, – por exemplo, na árvore, na
estrutura humana, no ovo, nas células do favo de mel – força, com
graça, beleza, simetria, proporção, leveza e ornamentação. Essa é,
também, a perfeição do orador e do poeta – combinar força,
resistência, energia, com a graça de estilo, as cadências musicais, a
beleza das figuras, o jogo e irradiação de imaginação e fantasia; e
assim, em um Estado, a força guerreira e industrial do povo, e sua
força Titânica, devem ser combinadas com a beleza das artes, com
as ciências e com o intelecto, se o Estado quiser escalar as alturas
da excelência e o povo ser realmente livre. Harmonia nisto, como
em todo o Divino, material, e humano, é o resultado do equilíbrio,
da simpatia e ação oposta dos contrários; uma única Sabedoria
sobre eles mantendo o travessão da balança. Reconciliar a lei
moral, responsabilidade humana, livre arbítrio, com o poder
absoluto de Deus; e a existência do mal com Sua absoluta
sabedoria e bondade e misericórdia, – estes são os grandes enigmas
da Esfinge.

Você ingressou na Loja entre duas colunas. Elas


representam as duas que estavam no pórtico do Templo, em cada
lado da grande entrada oriental. Esses pilares, de bronze, de quatro
dedos de espessura, tinham, de acordo com as descrições mais
autênticas – estas no Primeiro e no Segundo Livro dos Reis, e
confirmadas em Jeremias – dezoito cúbitos de altura, com um
capitel de cinco cúbitos de altura. O eixo de cada uma delas era de
quatro cúbitos de diâmetro. Um cúbito tem 30 1/2 cm. Isto é, o
eixo de cada coluna tinha pouco mais de trinta pés e oito

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MORAL E DOGMA

polegadas de altura, cada capitel pouco mais de oito pés e seis


polegadas de altura, e o diâmetro do eixo seis pés e dez polegadas.
Os capitéis estavam enriquecidos com romãs de bronze, cobertas
com redes de bronze, e ornamentados com grinaldas de bronze; e
parecem ter imitado a forma dos pericarpos do lótus ou lírio
Egípcio, um símbolo sagrado para os Hindus e Egípcios. O pilar
ou coluna da direita, ou do sul, era chamado, como a palavra
Hebraica é reproduzida em nossa tradução da Bíblia, JACHIN; e
o da esquerda, BOAZ. Nossos tradutores dizem que a primeira
palavra significa “Ele estabelecerá”, e a segunda “nele está a
força”.

Essas colunas eram imitações, feitas por Khūrūm, o artista


Tírio, das grandes colunas consagradas aos Ventos e ao Fogo, na
entrada do famoso Templo de Malkarth, na cidade de Tiro. É
costumeiro, em Lojas do Rito de York, ver-se um globo celestial
em uma e um globo terrestre na outra; mas estes não são
justificados, se o objetivo for imitar as duas colunas originais do
Templo. O significado simbólico dessas colunas deixaremos por
agora inexplicado, acrescentando apenas que os Aprendizes
Iniciados guardam suas ferramentas de trabalho na coluna
JACHIN; e lhe dando a etimologia e significado literal dos dois
nomes.

A palavra Jachin, em hebraico, é ‫יכין‬. Era provavelmente


pronunciada Ya-kayan, e significava, como um substantivo,
Aquele que fortalece; e por isso, firme, estável, ereto.

A palavra Boaz é ‫בעז‬, Baaz. ‫ עז‬significa Forte, Força,


Poder, Refúgio, Fonte de Força, um Forte. O ‫ ב‬prefixado
significa “com” ou “em”, e dá à palavra a força do gerúndio
Latino roborando – Fortalecendo.

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CAPÍTULO I. APRENDIZ

A palavra anterior também significa ele estabelecerá, ou


plantará numa posição ereta, – do verbo ‫כון‬, Kūn, permaneceu
ereto. Provavelmente significava Ativo e Energia Vivificante e
Força; e Boaz, Estabilidade, Permanência, no sentido passivo.

Das Dimensões da Loja, nossos Irmãos do Rito de York


dizem, “ilimitadas e cobrem não menos do que a abóbada Celeste”. “A esse
objeto,” dizem eles, “a mente do Maçom é continuamente dirigida e para ali
ele espera enfim chegar pela a ajuda da escada teológica que Jacó, em sua visão,
viu ascendendo da terra para o Céu; as três voltas principais eram
denominadas Fé, Esperança e Caridade; e que nos admoesta a ter Fé em
Deus, Esperança na Imortalidade e Caridade para com toda a
Humanidade”. Da mesma forma, uma escada, algumas vezes com
nove voltas, é vista no painel, repousando na base da terra, e seu
topo nas nuvens, com estrelas brilhando sobre ela; é considerado
que isto representa aquela escada mística que Jacó viu em seu
sonho, apoiada na terra, e seu topo alcançando o Céu, com os
anjos de Deus subindo e descendo por ela. O acréscimo das três
primeiras voltas ao simbolismo é totalmente moderno e impróprio.

Os antigos contavam sete planetas, assim arranjados: a Lua,


Mercúrio, Vênus, o Sol, Marte, Júpiter e Saturno. Havia sete céus e
sete esferas desses planetas; sobre todos os monumentos a Mitra
existem sete altares ou piras, consagrados aos sete planetas, assim
como as sete lâmpadas do castiçal dourado do Templo. Que estes
representavam os planetas, nos assegura tanto Clemente de
Alexandria, em seu Stromata, quanto Fílon, o Judeu.

Para retornar à sua fonte no Infinito, a alma humana,


afirmavam os antigos, tinha que ascender tal como havia descido,
através das sete esferas. A Escada pela qual reascende tem, de
acordo com Marsílio Ficino, em seus Comentários sobre as Enéadas de
Plotino, sete degraus ou passos; e nos Mistérios de Mitra, levados a

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MORAL E DOGMA

Roma sob os Imperadores, a escada, com suas sete voltas, era um


símbolo referente a esta ascensão através das esferas dos sete
planetas. Jacó viu os Espíritos de Deus subindo e descendo por
ela; e acima dela a Própria Divindade. Os Mistérios Mitríacos eram
celebrados em cavernas, onde portais eram marcados nos quatro
pontos equinociais e solsticiais do zodíaco; e as sete esferas
planetárias estavam representadas, as quais as almas necessitavam
atravessar na descida do céu das estrelas fixas para os elementos
que envolvem a terra; e sete portais eram marcados, um para cada
planeta, através dos quais elas passavam, descendo ou voltando.

Aprendemos isto de Celso, em Origem, que diz que a


imagem simbólica desta passagem entre as estrelas, usadas nos
Mistérios Mitríacos, era uma escada se estendendo da terra para o
Céu, dividida em sete degraus ou estágios, para cada um dos quais
havia um portal, e na cúpula um oitavo, o das estrelas fixas. O
símbolo era o mesmo que o dos sete estágios de Borsippa, a
Pirâmide de tijolos vitrificados, perto da Babilônia, construída em
sete estágios, cada um de cor diferente. Nas cerimônias Mitríacas o
candidato atravessava os sete estágios da iniciação, passando por
diversos processos temíveis – e destes a escada alta com sete voltas
ou degraus era o símbolo.

Você vê a Loja, seus detalhes e ornamentos, por suas


Luzes. Você já ouviu o que se diz serem estas Luzes, das maiores
às menores, e como elas são faladas por nossos Irmãos do Rito de
York.

A Bíblia Sagrada, o Esquadro e o Compasso não são


somente estilizados como Grandes Luzes na Maçonaria, mas
também são tecnicamente chamados de Mobília da Loja; e, como
você viu, se assegura que não existe Loja sem eles. Isto, algumas
vezes, tem sido um pretexto para excluir Judeus de nossas Lojas,

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CAPÍTULO I. APRENDIZ

porque eles não podem estimar o Novo Testamento como um


livro sagrado. A Bíblia é parte indispensável da mobília de uma
Loja Cristã, apenas porque é o livro sagrado da religião Cristã. O
Pentateuco Hebraico numa Loja Hebraica, e o Alcorão numa
Muçulmana, pertencem ao Altar; e algum destes, mais o Esquadro
e o Compasso, propriamente entendidos, são as Grandes Luzes
pelas quais um Maçom deve andar e trabalhar.

A obrigação do candidato deve sempre ser tomada sobre o


livro ou livros sagrados de sua religião, qual seja que ele considere
mais solene e obrigatório; e por isso lhe perguntaram qual era a sua
religião. Não temos nenhuma outra preocupação quanto a seu
credo religioso.

O Esquadro é um ângulo reto, formado por duas linhas


retas. É adaptado somente a uma superfície plana e pertence
unicamente à geometria, à medição da terra, à trigonometria que
lida apenas com planos, e com a Terra, que os antigos supunham
ser plana. O Compasso descreve círculos, e lida com a
trigonometria esférica, a ciência das esferas e céus. O primeiro,
portanto, é um emblema do que concerne à terra e ao corpo; o
ultimo, do que concerne aos céus e à alma. Ainda assim, o
Compasso também é usado na trigonometria plana, para se erigir
perpendiculares; por isso, você é lembrado de que, apesar de neste
Grau ambas as pontas do Compasso estarem sob o Esquadro,
você está agora lidando apenas com os significados morais e
políticos dos símbolos, e não com suas significações filosóficas e
espirituais, ainda assim o divino sempre se mistura com o humano;
o espiritual se mescla com o terreno; e existe algo espiritual nos
deveres mais comuns da vida. As nações não são apenas corpos
políticos, mas também espíritos políticos; e ai dos povos que,
buscando apenas o material, se esquecem de que possuem uma
alma. Neste caso temos uma raça petrificada em dogma, que

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