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Insucesso Escolar, Causas e Fenómenos em Moçambique

Índice

I. Introdução ................................................................................................................................ 2
II. As Tarefas do Ensino ............................................................................................................... 3
III. Conceito Básico do Insucesso Escolar ................................................................................. 6
IV. Tipos de Insucesso Escolar .................................................................................................. 6
V. Causas do Insucesso Escolar ................................................................................................... 7
1. Métodos Tradicionais........................................................................................................... 7
2. A Falta da Prática de Leitura ............................................................................................... 7
3. Situação Individual .............................................................................................................. 8
4. Situação Sócio-familiar ........................................................................................................ 8
5. Situação Escolar ................................................................................................................... 8
6. Dificuldades Escolares nos Alunos ...................................................................................... 8
1. A Nível do Aluno: ................................................................................................................ 9
2. A Nível da Sociedade........................................................................................................... 9
VII. Conclusão........................................................................................................................... 10
VIII. Recomendações.................................................................................................................. 11
IX. Bibliografia ........................................................................................................................ 12

Simão Natingue Macovela – 2014 1


Insucesso Escolar, Causas e Fenómenos em Moçambique

I. INTRODUÇÃO
A educação é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento de competências e
habilidades para todos seres que a ela se inserem e com aproveitamento satisfatório. Quando os
resultados tanto a nível teórico, quanto no prático mostram-se além do desejado considera-se que
seus intervenientes não se dedicaram afincadamente para os objectivos, isto é, o educador não foi
capaz de transmitir o essencial ou o educando não foi capaz de apreender o ensinamento ou
ideias transmitidas.
Fora da incapacidade do educando e educador, existem fenómenos que podem influenciar,
tais como o ambiente educativo, o objecto educativo, a situação sócio-económica dos
intervenientes e mais, reduzindo o nível de conhecimento e finalmente originando o que se
chama insucesso escolar, que se resume na insuficiência de conhecimento no educando e
“pobreza” nos resultados que este apresenta.
Este trabalho visa abordar o insucesso escolar como um mal que aflige a sociedade mas
também necessário para o seu desenvolvimento, partindo do pressuposto de que não existe
nenhum desenvolvimento sem obstáculos. Partindo deste pressuposto em que o insucesso escolar
é um factor de desestabilização da sociedade é com base nele que, os Órgãos do Estado definem
políticas de combate a este mal, através de acções de formação, capacitação e implementação de
novas regras tendentes a solucionar o problema (desenvolvimento).
Insucesso escolar, é um problema que preocupa todos os que se interessam por questões do
domínio da educação, que assume proporções e aspectos de muita gravidade e reveste-se de
várias formas: múltiplas repetências, abandonos sem qualificação ou competências profissionais
reconhecidas, entre outras. Portanto, não só se manifesta na escola ( repetências e abandonos ),
como também dá graves efeitos na vida profissional do indivíduo que se traduz na incapacidade
de enfrentar questões do quotidiano laboral.
“...Embora todos homens nascem iguais, num estado natural e que
tenham os mesmos direitos no quadro da vontade geral que forma a
base de qualquer legislação, esta igualdade natural transforma-se em
igualdade moral, educacional e perante a lei notando-se deste modo a
diferença de aptidões individuais, pois, uma das principais missões da
escola é a de encorajar o talento...1.

1
Bergabtenforerung citado por Hunsén in Meio Social e Sucesso Escolar, pag. 18.

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Doutro lado, o insucesso escolar surge porque, nem é possível a mediação precisa das
aptidões individuais, nem os inatas vem ainda o insucesso escolar contradizer a um conceito
sócio-biológico do início de uma carreira escolar
“...a igualdade de que, segundo Husén entende-se como sendo a
possibilidade, para todos indivíduos, do começar a carreira escolar,
ou pelo menos, a escolaridade oficial, em igualdade de circunstâncias
( sócio-económico ). Do ponto de vista genético,… uma situação em
que as crianças seriam colocadas, desde o nascimento, em condições
de vida exactamente idênticas...”2.
Porém, a dificuldade resulta, evidentemente, do facto de pertencerem a pais, estando,
portanto submetidos desde o inicio, a tratamentos diferentes, ainda mais que no domínio da
educação, vivemos uma época de crise que radica na decadência da estrutura familiar face à
condicionalismo a níveis económicos e socioculturais, por um lado e, na incapacidade das
escolas em fornecerem respostas práticas aos problemas pertinentes, devido a “fraqueza dos
repousos dos estabelecimentos de ensino, doutro lado”.
Entende-se que há dois tipos de insucesso relativo aos indivíduos que sofrem deste
fenómeno, um em situação passageira e o outro que tende a tornar-se permanente. Paralelamente
a estes tipos de insucesso, vai se notar um tipo de comportamento revelado por crianças
afectadas.
Portanto, este problema, não surge ao acaso, isto é, existiu seus factores mais primários
referentes ao dia a dia do nosso país, como já dissemos de ordem sócio-económico, cultural
genético que por um lado não contribui para um desgaste psico-físico de certos indivíduos que
vivem em redor da pessoas com insucesso. Todavia, não devemos encorajar este fenómeno, pois
acarreta custos que nem sempre são suportados em tempo útil (determinado).

II. AS TAREFAS DO ENSINO


A finalidade geral do ensino é estimular a assimilação activa dos conhecimentos
sistematizados, das capacidades, habilidades e atitudes necessárias à aprendizagem, tendo em
vista a preparação para o prosseguimento dos estudos, para o mundo do trabalho, para a família e
para as demais exigências da vida social.

2
Husén op. Cit, pag.

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É responsabilidade, também do ensino, colocar os alunos em condições de continuarem a


estudar e aprender durante toda a vida e inculcar valores e convicções tais como: respeito pelos
companheiros, solidariedade, capacidade de participação em actividades colectivas, crença nas
possibilidades de transformação da sociedade, coerência entre palavras e acções e o sentimento
de colectividade onde todos se preocupam com o bem de cada um e cada um se preocupa com o
bem de todos.
Deste modo, os objectivos, conteúdos e métodos do ensino devem corresponder às
exigências económicas, sociais e políticas, no que diz respeito à conquista de um conhecimento
efectivo para a sociedade. Ao delimitar as tarefas do ensino é necessário levar em conta as
características dos seus intervenientes, analisando criticamente a escola no seu sentido global. A
escola pela qual devemos lutar, visa o desenvolvimento científico e cultural da sociedade,
preparando as crianças e jovens para a vida, para o trabalho e para a cidadania, através da
educação geral, intelectual e profissional.
Assim, temos como tarefas do ensino, as seguintes:
1. Proporcionar a todas as crianças e jovens a escolarização básica e gratuita de pelo
menos sete anos (até a 7ª classe), assegurando a todos as condições de assimilação dos
conhecimentos sistematizados e a cada um o desenvolvimento de suas capacidades
físicas e intelectuais.

2. Assegurar a transmissão e assimilação dos conhecimentos e habilidades, isto porque o


ensino supõe um sólido domínio das matérias escolares, com especial destaque à leitura
e à escrita, como pré-condição para a formação do cidadão activo e participante. O
ensino das matérias e o desenvolvimento das habilidades intelectuais contribuem para
estabelecer os vínculos entre o indivíduo e a sociedade, e entre a sociedade e o
indivíduo. Amplia no indivíduo a compreensão de suas tarefas no mundo material e
social e alarga os seus horizontes para perceber-se como membro de uma colectividade
mais ampla que é a humanidade, para além da sua vivência individual e regional nas
comunidades rurais ou urbanas.

3. Assegurar o desenvolvimento das capacidades e habilidades intelectuais, sobre a base


dos conhecimentos científicos, que formem o pensamento crítico e independente,

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permitindo o domínio de métodos e técnicas de trabalho intelectual, bem como a


aplicação prática dos conhecimentos na vida escolar e na prática social.

4. Assegurar uma organização interna da escola em que os processos de gestão e


administração e de todos os elementos envolvidos na vida escolar estejam voltados para
o atendimento da função básica da escola, que é o ensino.
Os processos de gestão e administração da escola implicam uma acção coordenada da
direcção, coordenação pedagógica e professores, cada um cumprindo suas responsabilidades no
conjunto da acção escolar. Os processos de participação incluem o envolvimento colectivo dos
órgãos da administração do sistema escolar e das famílias.
Para a realização dessas tarefas a escola organiza, com base nos objectivos e conteúdos das
matérias de ensino, o seu plano pedagógico-didáctico.
Por exemplo:
O ensino da Língua Portuguesa tem como principais objectivos: aquisição de conhecimentos
e habilidades da leitura e escrita; o desenvolvimento de habilidades e capacidades de produção e
recepção de mensagens verbais, em diferentes situações da vida quotidiana; a compreensão e a
valorização das variedades dialectais da língua.
O ensino de português é uma das mais importantes responsabilidades profissionais do
professor, pois é condição para a aprendizagem das demais disciplinas, além de ser instrumento
indispensável para a participação social dos indivíduos em todas as esferas da vida: profissional,
política, cultural, partindo da experiência linguística adquirida pelas crianças no meio familiar.
O uso da língua portuguesa como exclusivo veículo de transmissão do ensino mesmo no
primário, é no mínimo fonte de promoção de desigualdades sociais especialmente entre o campo
e a cidade e lesa o desenvolvimento cultural e económico do país.
Após a Independência Nacional, houve um grande esforço de massificação do ensino, em
especial o básico, mas imperativos de ordem política e também de escassez de quadros
qualificados para dirigir as reformas no Sistema Educativo, ditaram que a língua de ensino,
mesmo nas classes iniciais, continuasse a ser uma língua segunda que é o português.
No momento presente, discutem-se as razões da grande ineficácia do Sistema Educativo que
ronda os 40% de insucessao e não há dúvida de que uma das razões fortes é o facto de se usar
como língua de ensino no básico, uma língua segunda. A criança defronta-se com o facto de não

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perceber o professor e não ser capaz de se expressar livremente, além de a língua segunda trazer
informações culturais diferentes do seu meio.

III. CONCEITO BÁSICO DO INSUCESSO ESCOLAR


Insucesso Escolar é o fracasso que pode ocorrer no PEA, tendo como objecto o aluno, com
um nível de inteligência normal ou superior, para acompanhar a formação correspondente a sua
idade partindo do principio que este não sofra de nenhuma lesão cerebral. Portanto, o aluno com
insucesso é aquele que não se encontra em condições de superar com êxito as exigências de
adaptação quer da escola, quer das disciplinas em particular.
A explicação do insucesso escolar, trata-se de problemas vividos individualmente mas que
traduzem uma situação colectiva em dado contexto social. Isto não nega, evidentemente a
exigência de problemas individuais de outra natureza (psicológicos, cognitivos, afectivos), que
se podem encontrar em crianças qualquer que seja a sua origem social.

IV. TIPOS DE INSUCESSO ESCOLAR


Existem dois tipos de insucesso, um em situação passageira, que manifesta quando o aluno:
 Revela sofrimentos e desgosto pelo seu fraco rendimento escolar;
 Apresenta sintomas depressivos, mas tenta resolver activamente o problema;
 Pede ajuda e mostra-se desejoso de aproveitar.

O outro tipo que tende a torna-se permanente, manifesta-se:


 Quando, para descobrir o sue fraco rendimento escolar, a criança não expressa o seu
sofrimento e desgosto, antes procura todo género de justificações e desculpas
geralmente não adequadas a realidade ;
 Parece não ter consciência das suas dificuldades;
 Não sabe que tarefas ou trabalhos há-de realizar, nem como realizá-los;
 Não procura soluções nem pede ajuda e, se a tem não aceita, tomando sempre
atitudes negativas perante qualquer tipo de solicitações ou trabalho escolar .

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V. CAUSAS DO INSUCESSO ESCOLAR


O texto que a seguir se apresenta pretende levantar e analisar alguns problemas referentes ao
insucesso escolar em duas perspectivas: dentro da própria escola - métodos tradicionais
empregues e a falta da prática de leitura e fora da escola - condições materiais do professor e
situação financeira dos pais e encarregados de educação.

1. MÉTODOS TRADICIONAIS
Reconhecendo que não há modelos perfeitos para todas as situações, numa tal perspectiva, o
aluno não é estimulado a procurar as informações e a seleccionar e/ou tratar os dados recolhidos
durante a aula. A voz do professor e o silêncio dos alunos é suficientes para se estabelecer uma
comunicação de um só sentido. Por exemplo, numa turma de 50 ou 60 alunos, como é o caso de
Moçambique, caracterizada pela diversidade de aptidões, interesses, estilos de aprendizagem e
até de desenvolvimento, o professor não pode uniformizar as estratégias sob pena de estar a
dirigir-se apenas a um mítico aluno médio, desrespeitando e ignorando todos os outros.
Mais importante do que a diversidade dos modelos e a individualização do ensino é a atitude
do professor face ao aluno. Por isso, a falta de conhecimento ou de adequação dos modelos de
ensino a cada situação, conduz os alunos ao INSUCESSO ESCOLAR, sejam quais forem as
formações académico-profissionais e a planificação dos professores e os níveis de ensino.
Para minorar este mal que se vive em todas as escolas moçambicanas, é necessário que o
professor não distribua apenas informações colectivas mas também informações adaptadas a
cada aluno ou, pelo menos cada grupo de alunos; pense que ele (o professor) é apenas uma das
fontes mais importantes da informação, mas não a única; considere o princípio de que a
aprendizagem não se faz apenas pela recepção mas, fundamentalmente, pela descoberta
orientada, fazendo chegar aos alunos uma diversidade de recursos humanos e materiais que lhes
permitam ser eles próprios a explorarem a informação e a construírem o seu próprio saber.

2. A FALTA DA PRÁTICA DE LEITURA


Sabemos que a aplicação da leitura ao ensino está completamente desviada e subalternizada.
Os professores de línguas foram, por tradição, quase afastados das actividades prementes da
leitura propriamente dita, não podendo por isso, fornecer aos alunos a experiência da sua prática.

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Em Moçambique, a prática de leitura nas escolas é quase inexistente. As bibliotecas públicas


e escolares existentes são mal aproveitadas. Os alunos não têm o hábito de ler. Esta situação
conduz os alunos ao INSUCESSO ESCOLAR. Assim, para impor a este problema, que
actividades urgentes os professores de língua portuguesa deverão desencadear na área da leitura
e escrita de forma a que os alunos adquiram uma competência linguística e comunicativa
razoáveis?

3. SITUAÇÃO INDIVIDUAL
As causas de ordem individual têm a ver com défices psicológicos, físicos, afectivos e
comportamentais dos alunos; por exemplo: falta de maturidade, instabilidade, dislexia, carências
afectivas, causas de ordem psicomotora.

4. SITUAÇÃO SÓCIO-FAMILIAR
Referem-se à situação familiar e social, cultural e económica dos alunos, às quais se atribui a
responsabilidade das dificuldades escolares; por exemplo: falta de cultura do meio, falta de
vocabulário, falta de estímulos no bairro.

5. SITUAÇÃO ESCOLAR
São essencialmente relativas a questões de organização e de funcionamento da instituição;
por exemplo: muitos alunos por classe ou falta de material didáctico.

6. DIFICULDADES ESCOLARES NOS ALUNOS


Dificuldade de raciocínio (dificuldade de memorizar, em abstrair e fazer relacionamentos);
 Dificuldade de comportamento (muito agitados, muito lentos, desinteresse,
inconstantes, desatentos, perturbam a aula);
 Dificuldade de comunicação (tem muita dificuldade em compreender, parece que
falamos chinês );
 Falta de rendimento escolar (falta de rendimento escolar, fracas capacidades dos
alunos, é uma região de alcoolismo).

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VI. CONSEQUÊNCIAS DO INSUCESSO ESCOLAR


Podemos dividir as consequências do insucesso escolar em dois grandes grupos,
considerando que este fenómeno ocorre com o aluno mas tem seus reflexos a nível da sociedade:

1. A NÍVEL DO ALUNO:
- Atraso em relação aos níveis de escolaridade definido pelo SNE;
- O ingresso para os níveis de ensino seguintes, pode-se tornar inacessível sendo
obrigado a recorrer a turnos alternativos definidos pelo SNE, trazendo como
consequência, a desistência por factores de ordem sócio-económicas e culturais ;
- Desassossego, pouca tolerância à frustração, irritabilidade, ansiedade, rebeldia,
comportamento esquisito e delinquente, distúrbios somáticos, autismo agressividade,
retraimento, entre outros comportamentos negativos.(Elizabeth Munsterberg citado
por Tangal in Insucesso Escolar em Língua Portuguesa, pág. 9)

2. A NÍVEL DA SOCIEDADE
- Relativo atraso do desenvolvimento sócio-económico do País;
- Desperdício na Política Económica do Estado;
- Inquietação e consequente precaução da sociedade face aos comportamentos negativos
acima citados;
- Aplicação de custos adicionais pelo Estado ou Sociedade para regular esses
comportamentos (através de centros de reabilitação, cadeias, alocação de um aparato
policial em locais susceptíveis de ocorrência de crime).

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VII. CONCLUSÃO
Como conclusão, sabemos que o insucesso escolar, é um problema que se observa quando
uma criança ou aluno não supera com êxito as exigências de adaptação da escola assim como das
disciplinas, porém, consiste na grande dificuldade que ele pode enfrentar para acompanhar a
formação escolar correspondente a sua idade.
Considerando que todas crianças ingressam no ensino em condições psíquicas iguais,
existem vários factores de ordem sócio-económico e cultural que directa e idirectamente,
influem no PEA, e que inviabilizam as expectativas deste processo, pois insucesso escolar é um
fracasso nos resultados do mesmo, doutro lado a própria organização e funcionamento da área
psico-pedagógico e administrativa do PEA, influi negativamente no decurso normal deste
acto.Temos como exemplo, a falta da cultura de leitura, as condições financeiras dos pais e
outros.
Como consequência o insucesso escolar afecta quer o aluno, quer a sociedade, de diveras
formas mas, duma forma mais frequente, a repetência e abandono, criam graves problemas que
resultam em comportamentos social ou culturalmente diferentes e negativos, como é o caso
concreto da frustação, comportamento esquizóide, comportamento deliquentes, distúrbios
somáticos, etc, em relação ao aluno e a consequente inquietação que a sociedade é obrigado a
sofrer, devido a tais comportamentos.
Existem porém, várias sugestões para minimizar este problema embora não haja possível
melhoramento das condições sócio-ecóniomicos dos pais e ou encarregados se educação. É
praticamente necessário que o ensino da Língua Portuguesa fosse mais intensificado e que os
professores deviam incentivar nos alunos, grande domínio de leitura, criando campanhas de
estudo da língua, assim como a criação de projectos para bibliotecas comunitárias ( em zonas
suburbanas e rurais).
Se pais pudessem também ser professores particulares dos filhos ou, se isso não fôr possível
darem mais tempo de prática aos seus educando, não se restrigindo apenas ao tempo que estes
vão a escola. Contudo, insucesso escolar é um fenómino precupante e negativo ao curriculo
escolar de um aluno, mas de certo modo é necessário pois só assim, o estado cria mais
formalidades de educação, criando o desenvolvimento no ramo bem como no País em geral.

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VIII. RECOMENDAÇÕES
De modo atingir os objectivos acima colocados, propomos as seguintes recomendações:
 Combate ao insucesso escolar através da reforma curricular de modo a tornar o
currículo mais relevante e flexível;
 Ampliação de esforços para assegurar o a criação de bibliotecas nas zonas peri-
urbanas e rurais
 Treinamento de professores, o estabelecimento de Centros Pedagógicos, o
desenvolvimento do Curriculum, passando pela integração da mulher e introdução de
questões populacionais no ensino primário.

 Capacitação de professores, melhorando seu nível de formação geral e técnico


profissional, com forte inserção na escola e na comunidade;

 Implementação de projectos através de actividades locais e/ou baseadas na


comunidade, seguida pela assistência técnica a nível central e provincial.

 Aumentar os gastos do Governo com o sector da educação e conseguir dos parceiros


(bilaterais, multilaterais e outros) apoio financeiro e compromissos administrativos
com vista à implementação destes programas.

 Estimular a participação da iniciativa privada em todos os níveis de ensino.

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IX. BIBLIOGRAFIA

1. BENAVANTE, Ana – Escola, Professores e Processos de Mudança, Biblioteca do


Educador, Livros Horizonte;

2. HUSÉN, Torsten – Meio Social e Sucesso Escolar, Biblioteca do Educador Profissional,


Livros Horizonte;

3. TANGAL, Pedro J. - O Insucesso Escolar em Língua Portuguesa (Educação Básica e


Formação de Professores, n.º 3), Escola Superior de Educação de Setúbal ,1ª edição-
Maputo- Janeiro de 1997;

4. www.mined.gov.mz–Maputo -2005

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