Centro Universitário UniRuy | Wyden

Welton de Jesus

Economia Contemporânea
SALVADOR
2019
Curso Engenharia de Produção

Fichamento Técnico referente ao estudo do livro

economia brasileira contemporânea(cap 13 e 14)
apresentado à disciplina economia contemporânea como
requisito parcial para avaliação e aprovação na área
interdisciplinar.

Professor Orientador: Sergio Menezes

SALVADOR
2019
13 Economia Agroexportadora
Até pelo menos 1930 a economia do país, tinha um modelo de
desenvolvimento voltado para fora, e uma economia que podemos definir como
agroexportadora, por ter características baseada na produção e exportação de
alguns produtos primários.
Desde da época colonial até a Republica Velha, a economia brasileira
dependeu quase primordialmente do sucesso de suas exportações, as quais,
na maior parte desse período, ficaram restritas a algumas poucas commodities
agrícolas. Nesse período ocorreu variação dos produtos: açúcar, algodão, café,
etc, destinados ao mercado internacional.
A partir de cada um desses produtos, definiram-se os chamados ciclos da
economia brasileira, dando destaque para o café, a Republica Velha, com
produção de café no sudeste do Brasil, pode ser considerado o período de
maior sucesso desse tipo de economia.
Uma das variáveis chaves, tanto no Império como na Republica Velha, o preço
do café no mercado internacional, não era controlado pelo Brasil, apesar de ser
o maior produtor de café no mundo. Essa falta de controle de variáveis chaves
da economia explica, em parte, a elevada vulnerabilidade de uma economia
agroexportadora.
Numa economia agroexportadora, outros setores durante o período
agroexportador possuem um baixo nível de produtividade quando comparados
com o setor exportador e dificilmente geram um dinamismo próprio.
Nesta parte, vem uma abordagem de tema muito interessante, a desigualdade
na distribuição de renda desse modelo de desenvolvimento econômico, que
associados as condições de trabalho: escravidão por quase 300 anos, mão de
obra dos ex-escravos não valorizada dificultando a incorporação no mercado
de trabalho, demanda maior do que a oferta no mercado de trabalho,e a
estrutura fundiária concentrada desde dos primórdios da colonização. São
problemas históricos, que são refletidos até hoje.
1975 Maria da Conceição Tavares classificou esse tipo de economia
agroexportadora, como um “modelo de desenvolvimento voltado para fora”, e
que esse tipo de tipo de estrutura econômica não se restringia apenas ao
Brasil, mas boa parte da America Latina.
Entre 1851 e 1908 ocorreu diversas oscilações de preço na economia cafeeira
na economia brasileira. Um dos problemas da economia agroexportadora são
as oscilações de preço do produto primário exportado.
Nas ultimas décadas do século XIX, existiu uma grande massa imigratória no
país, que ajudou a suprir a falta de mão de obra, que se deu por conta da
abolição da escravidão, essa massa imigratória foi absorvida no mercado
cafeeiro, que apesar do aumento de postos de trabalho, não houve aumento na
remuneração dos trabalhadores.
A desvalorização cambial
Na economia agroexportadora, a desvalorização cambial poderia ser usada
para proteger, em moeda nacional, os lucros do setor cafeeiro quando tinha
queda de preço, porém, essa defesa trazia consigo mais dois problemas:
Superprodução de café, camuflava a verdadeira situação que o mercado
sinalizava, e os investimentos no setor continuavam, ao invés de desacelerar;
Efeito inflacionário, já que tudo que era importado ficava encarecido, visto que
uma das bases desse tipo de economia era a importação.
Em 1906, ocorreu a política de valorização do café, que esbarrou em
semelhantes problemas, como: Superprodução e inflação; Se estendeu até
1930 com os mesmos problema no setor cafeeiro, porém com um agravante, a
economia mundial entrou numa das maiores crises da historia, deixando
explicito que a economia brasileira não podia se sustentar com base, em
somente um produto agrícola. Nas décadas de 30 e 40 o governo foi obrigado
a queimar boa parte da produção de café. A fragilidade desse tipo de
economia, deixou em evidente que o caminho a seguir, era o da
industrialização. A revolução de 30 teve seu papel nisso, ocorreu o
fortalecimento do Estado Nacional, a industrialização foi colocada como
primordial, um projeto nacional. A propagação do setor cafeeiro, colaborou com
o inicio da industrialização e urbanização no Brasil.
14 Processo de Substituição de importações
O capitulo começa falando da mudança de foco da economia, em 1930, o país
se viu com a necessidade investir internamente, a crise que assolou o mundo,
teve fortes impactos no setor cafeeiro. A medida que o Brasil usou para
combater essa crise, foi chamada de: descolamento do centro dinâmico. No
comparativo da mundial com outros países, o Brasil teve impactos menores,
graças a política heterodoxa, duas medidas adotadas pela política desse
governo,fizeram diferença positivamente nesse cenário recessivo mundial:
manutenção da demanda, e o deslocamento do centro dinâmico.
Com a manutenção da demanda, foi possível manter o café como produto
chave da economia, garantindo emprego e a renda para muitas pessoas; O
deslocamento da demanda, foi uma medida, que teve características
interessantes, uma delas, foi o contingenciamento no uso dos recursos
internos, uma característica interessante, pois vemos ela ser adotada no
cenário ATUAL DO PAÍS. O período que foi marcado pelo decréscimo do setor
cafeeiro, foi o mesmo que o setor industrial passou a ter crescimento
susentavel.
A industrialização por substituição de importações teve características positivas
no setor: Aumento da competitividade e rentabilidade da produção domestica;
investimento interno substituindo o que antes era importado.
O PSI brasileiro se desenvolveu de formas mistas, com o desenvolvimento
vários setores, porém como o setor industrial é composto de subtores, também
proporcionou o crescimento desses subtores.
Como defesa a crise cambial, o governo, adotou algumas medidas como:
desvalorização real do cambio; taxas múltiplas do cambio, controle do cambio,
elevação das tarifas aduaneiras.
O PSI foi responsável por grandes mudanças na economia brasileira, e mesmo
com a proteção do governo, o PSI teve muitas dificuldades na sua
implementação, foram elas: tendência ao desequilíbrio externo, aumento da
participação do estado, aumento do grau de concentração de renda, escassez
da fone fontes de financiamento.
A agricultura como peça fundamental na industrialização
Mesmo com o decrescimento da política de agro exportação, como foi já citado
anteriormente, o PSI teve seu inicio aquecido pelo agropecuário, por motivos
como: liberação da mão de obra, fornecedor de matéria prima, transferência de
capital, geração de divisas, mercado consumista
Pôde-se notar aqui, que o autor considera a agricultura, como um propulsor
para o PSI, já outros autores consideram, a agricultura como um entrave no
processo de crescimento econômico brasileiro, por considerar o setor agrícola
com um retardado muito grande.

Plano de metas
O PSI teve seu auge de sucesso, no plano adotado pelo JK. O principal
objetivo do plano era estabelecer as bases de uma economia industrial firme,
com ênfase na produção de bens de consumo duráveis, como , a industria
automobilística.
Com bases em estudo de mercado, identificou-se várias características que
fariam demanda por essa oferta automobilística, O plano pode ser
exemplificado por três principais pontos: Investimento estatais em
infraestrutura, com destaque principalmente no setores de transporte e energia
elétrica; incentivos a introdução de setores de consumo bens duráveis e
capital; estimulo ao aumento da produção de bem intermediários, como, aço,
ferro, etc.
Com o êxito das metas estabelecidas, o crescimento econômico foi notado no
país. Como resultado foi a rápida industrialização, que foi atingida
principalmente a partir de 1958.
Apesar de alguns problemas, como: questão de financiamentos, uma reforma
fiscal para igualar os gastos estipulados pelo plano, etc. Podemos concluir que
a economia brasileira no final dos anos 50, estava bem mais fortalecida.

Referências: Economia Brasileira Contemporânea - Autores: Amaury Patrick

Gremaud, Marco Antonio S Vasconcellos, Rudinei Toneto Junior