Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
poesia agora
O menos vendido
Custa muito
pra se fazer um poeta.
Palavra por palavra,
fonema por fonema.
Às vezes passa um século
e nenhum fica pronto.
Enquanto isso,
quem paga as contas,
vai ao supermercado,
compra sapato pras crianças?
Ler seu poema não custa nada.
Um poeta se faz com sacrifício.
É uma afronta à relação custo-benefício.
Ricardo Silvestrin
Saravá!
Lapa careta
Poesia dos pés à cabeça
Apoia.se Plástico Bolha — seja um colaborador O Estado tenta
Cobre a cal
Contamos com a colaboração de você que nos acompanha: entre no link https://apoia.se/plas- Passa tinta
ticobolha, conheça nossa campanha de financiamento coletivo e participe. Além das várias re-
compensas diretas do jornal, você estará contribuindo para a continuidade de um trabalho de O Estado tenta
valorização e disseminação da poesia contemporânea. Manda o choque
Ordena e pinta
te
Mas a mancha insis
DIREÇÃO Lucas Viriato tinge
Matizes que a rua
EDIÇÃO João Moura Fernandes
CONSELHO EDITORIAL Yasmin Barros | Yassu Noguchi | Marilena Moraes O tempo picha
DIAGRAMAÇÃO Mariana Castro Dias Arte cinza
REVISÃO Marilena Moraes | Yasmin Barros No arco limpo
FOTOS DA EDIÇÃO Ulisses Dumas — Que dizem suja
WEBDESIGN Henrique Silveira
Agradecimentos a André Cortez, Carmem Guerra, Regina Cassimiro, Ricardo Cavalcanti, ViaPress, Museu da Língua Portuguesa, Lapa Careta
Branco no preto
equipe e poetas da exposição Poesia Agora
EDIÇÃO de junho de 2017 | dedicada a memória de Jorge Leão Teixeira
DISTRIBUIÇÃO Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Piauí, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso
O Estado tenta
do Sul, Goiás, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul
TIRAGEM 13.000 | IMPRESSO na ZM Notícias | ISSN 2318-972X O Estado tenta
e representa
Mas esta sujeira m
2 3
As revoluções
depois da Laura
Monique Nix
4 5
Desatino
Rosângela Muniz Mariana Botelho Publique com a OrganoGrama Livros! Saiba mais em: www.organogramalivros.com.br | facebook.com/OrganoGramaLivros
6 7
Pela elipse confundir caça e fuga
The lovers A luta
Objeto aberto estabelece
aprender uma língua ela há os que escolhem fugir. há os que se refugiam à sombra.
a perda onde
dizia lendo W Blake
antes o
na varanda é quanto a mim, quanto a mim,
núcleo e ela
um ato solitário tenho o peito à mostra revolvo a terra em pleno sol,
olha-se no
em pleno calor da luta. com meus cascos de touro.
espelho e diz “Vossa
in the forests of the night
Iminência”. A mão
cheguei a vestir perguntas, sem dizer: és capaz de o ouro dos tolos é a cega esperança.
dirige-se ao
um terno cinza e no altar sustentar à mão o caule delgado do tempo?
telefone para fazer
declamei W Blake eu, que nada sei de respostas ao invisível a que tenho
uma chamada mas
estremeço apenas, franco, e tanto quero. enxerga no escuro, e
um segundo
e bem imaginei um Mundo chega perto do precipício.
antes ele toca,
em um pequeno grão um Céu o calor do verão exalta os autos.
como se
em uma flor selvagem pegar prefiro o ofício do voo, e o ninho
perder a consciência
o Infinito com as mãos prender relincham e guincham lunar dos teus cabelos de ouro
fosse apenas
no Agora a Eternidade as ruelas exterminadas e ao choro sem peixes do decoro, à
o primeiro após 97
inóspitas ao meio-dia. pedra sem sonhos da incerteza.
dias de
mas invisível um véu
inverno em que
sobre seu rosto impedia Renato Torres
os cafés põem
o enlaço amoroso como
de novo
nas calçadas as mesas.
numa tela de magritte
Que delícia usa
o prazer como
desperdício?
meu amor todo caminho Arboreus
é ela dizia
Dizer estômago e
também um exílio sob a eternidade de uma sombra sem asas circula o pássaro dos candelabros de seus beiços
pensar de imediato:
infames e a cada pausa redobrada dessa claridade cinzenta se descortinam os tentáculos daquela
“quão vermelho?”
dor e alegria em um mesmo tecido planície esganiçada como se todos os espelhos suplicassem com a navalha de suas penugens
ou o terror do
(eis o caminho de um verso batido) brumosas assim quando os olhos começam a regurgitar as tapeçarias da impetuosa caverna
trem entre
enquanto involuntariamente ainda se recolhem as mãos das flores sudoríferas desenfaixando
estações e a dança
uma coisa ela não disse a concha dos rastros vaticinadores por meio da escoriação inumana de seus ouvidos onde em
que estaciona
raras ocasiões até as bandeiras imprecatórias pareceriam irromper de dentro do suspiro das
em meio
in the forests of the night constelações em desalinho desfolhando sem nenhum remorso o grumo das sereníssimas
ao dançarino,
sob toda dor conspirações
não, dançarino
e todo pinheiro
que estaciona
LOZ
em meio à
brilham os olhos de um tigre
dança.
8 9
eca
Para Carolina Fons
“Não avan
ç am os na ava no bloco.
como num linguagem Volto à janela. Mor meço se faz.
caminho” ap roxi m a, vejo. Um novo co
O fim se um laço.
ap roxi m am , co mo se fossem dar
Encontras n Réveillon Os lados se
o teu e-ma
palavras qu il
e vem —
quiçá, por m Falando sério, acho certa falta de sensibilidade Volto ao passado.
eio de coisa
alguma — naqueles cartões de fim de ano Não salvo nada.
.
dos amigos que desejam tudo de novo para o ano seguinte Confio na máquina
que conhe
só pelas pró ces quando mal sabemos o que fazer do velho .
prias palav jo. Escrevi foi vida
Começas a ras. Fico na dúvida se tomo raiva Escrevi um livro, ve
imaginar no cabide.
ou se acho bonito Muita coisa coube da.
ainda não caibo to
como lerão Enquanto não decido, guardo dentro da agenda Me despi inteira e
tua respost
que voz fic a, com suas páginas datadas
tícia te atrib uido
qual rosto ti u irão, e confesso que até me diverte um pouco Daqui o bloco é líq .
rarão de tu e evapora feito rio
a sin- o desejo misturado com o que aconteceu O blogue escorre
taxe; e sabe o futuro vivendo dentro do passado
s, agora, qu tra ordem,
isto seja talv e O blogue impõe ou
ez, ainda,
o que há de Mariana Paiva A nova ordem.
mais real
em nós. Ah
eu bloco na rua.
Eu quero é botar m
Laura Castro
Charles Marl
on
Marcio Junqueira
10 11
Tatuagem
Jussara Santos
12 13
Oxumaré
Av. Armando Lombardi, 800 - lojas C/D/E Condado de Cascais, Barra da Tijuca - RJ Tel.: 2493-5611 / 2493-8939
Thiago Lobão
Av. Vice Presidente José Alencar, 1350 - loja F - Cidade Jardim - Tel.: 2512-2226 / 2540-0036
14 15
Prece de areia
b c
16