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Meio Físico Cabos Bifilares UTP


Compreende essencialmente os cabos que irão ser utilizados para cumprir esta
função que, neste caso, são os cabos UTP. Dentre os cabos UTP é necessário escolher
o tipo que apresente a melhor relação custo/benefício para uma determinada aplicação.
Na maior parte das aplicações de um cabeamento de uma rede de dados
estruturada, os cabos são utilizados para a interligação das estações de trabalho com os
equipamentos concentradores da rede (Hub’s) e, em menor escala, no cabeamento de
Backbones também.
A partir de 1991, com a primeira edição da norma EIA/TIA 568, os sistemas de
cabeamento passaram a ser classificados em categorias que caracterizam a
performance do meio físico e acessórios de acordo com intervalos de freqüências.

As Categorias 1 e 2 não são reconhecidas como parte das normas EIA/TIA e,


portanto, não são especificadas. Eram recomendadas para comunicação de voz e
dados até 9,6Kbps e atualmente estão fora de uso.
Categoria 3: Essa categoria se aplica a sistemas de cabeamento baseado em
cabos de par trançado com impedância característica de 100 Ω . As características de
transmissão deste sistema é especificado para freqüências de até 16MHz.
Categoria 4: Esta categoria especifica a descrição acima, para freqüências de
até 20Mhz.
Categoria 5: Esta categoria especifica a mesma descrição anterior para
freqüências de até 100MHz.
Categoria 5e: (Enhanced - Melhorada), é uma melhoria das características dos
materiais utilizados na cat 5, que permite um melhor desempenho, sendo especificada
até 100Mhz.
Categoria 6: Esta categoria especifica a mesma descrição anterior para
freqüências de até 250MHz (Padronizado em Junho de 2002 pelo adendo 1 à norma
568 B.2).
Categoria 5e x Categoria 6:
A principal diferença entre a Categoria 5e e a Categoria 6 está na performance de
transmissão e na largura de banda estendida de 100MHz da Categoria 5e para 250MHz
da Categoria 6. A largura de banda é a medida da faixa de freqüência que o sinal de

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informação ocupa. O termo é também usado em referência às características de


resposta em freqüência de um sistema de comunicação. No sentido mais qualitativo, a
largura de banda é proporcional à complexidade dos dados transmitidos. Já a
performance se traduz em uma menor atenuação, melhor NEXT, perda de retorno e
ELFEXT, possibilitando uma melhor relação sinal/ruído.
Devido a esses fatores (performance e largura de banda), associando uma
melhor imunidade às interferências externas, os sistemas que operam em Categoria 6
são mais estáveis em relação aos sistemas baseados na Categoria 5e. Isto significa
redução nas retransmissões de pacotes, proporcionando uma maior confiabilidade e
estabilidade para a rede.
Outro fator que deve ser considerado é que os requisitos para o link (meio de
transmissão entre dois pontos, não incluindo a conexão de equipamentos) e canal (meio
de transmissão fim-a-fim entre dois pontos no qual existem equipamentos de aplicações
específicos conectados) na Categoria 6 são compatíveis com os da Categoria 5e,
fazendo com que os projetistas escolham a Categoria 6, substituindo as redes Categoria
5e.

Aplicações da Categoria 6

Todas as aplicações que funcionam atualmente em Categoria 5e funcionam


igualmente na Categoria 6. Em aplicações onde são exigidas altas taxas de
transmissão, os cabos Categoria 6 permitem adicionalmente a redução de custo dos
equipamentos ativos utilizados na transmissão e recepção dos sinais. Por exemplo, a
figura seguinte apresenta uma comparação entre os protocolos de transmissão Gigabit
Ethernet para sistemas baseados em Cat5e e Cat6.
Partindo das perspectivas visando o futuro, é sempre uma boa escolha instalar o
melhor tipo de cabeamento disponível. Algumas das vantagens de se utilizar tecnologias
de cabeamento mais avançadas são evidentes: Preservação do investimento inicial,
facilidades de adaptação quando da evolução das tecnologias, pois não serão exigidos
grandes investimentos na infra-estrutura de cabeamento, maior confiabilidade na infra-
estrutura da rede e compatibilidade com os sistemas anteriores. Porém, todo e qualquer

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sistema de cabeamento estruturado terá sua performance sempre dependente do tipo


de material utilizado e fundamentalmente da qualidade do serviço de instalação.
Se a rede já estiver em funcionamento avaliam-se os limites dos serviços que se
deseja implementar; senão pode-se elaborar um projeto de instalação prevendo as
evoluções e exigências futuras. Entretanto, para qualquer investimento na infra-estrutura
temos sempre que avaliar as necessidades atuais e futuras do ambiente de instalação e
a relação custo/benefício das soluções propostas. É necessário considerar sempre o
Custo Total de Propriedade (Custos de Aquisição + Manutenção + Atualização) e não
apenas o custo de aquisição, que na maioria das vezes leva à escolha de uma solução
inadequada.
Categoria 7: A Categoria 7 é uma nova categoria ou classe de desempenho que
apresenta uma largura de banda de 600Mhz e que usa um tipo de conector diferente do
RJ-45 tradicional. No caso do conector, foi padronizada pelo IEC uma interface do tipo
não-RJ designada por IEC 61076-3-104, padrão destinado aos sistemas de cabeamento
estruturado de Categoria 7.
Figura xx- Conector IEC 61076-3-104

Fonte: Siemon Company

A infra-estrutura para atender a Categoria 7 utiliza cabeamento S/FTP (Screened


Foil Twisted Pair). São cabos com dupla blindagem, onde cada par individual recebe
uma blindagem do tipo "folha metálica" (foirl) e todos recebem uma blindagem geral tipo
malha de blindagem (screened). Os sistemas dessa Categoria somente podem ser
implementados utilizando os cabos S/FTP, não existindo nenhum cabo UTP e ScTP
Classe F.

Figura xx - Cabo S/FTP

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Fonte: Siemon Company


A Categoria 7 foi desenvolvida para ser um sistema aberto, capaz de suportar
algum padrão de rede Gigabit Ethernet, ou mesmo para ser utilizada em alguma
arquitetura de rede ainda mais rápida. Dessa forma, os cabos da Categoria 7 se
enquadram em um novo padrão de cabeamento de rede em par trançado, que utilizam
os 4 pares de fios blindados e hardware de conexão também blindado, sendo capazes
de trabalhar com as freqüências de 600MHz.
As especificações de diversos itens referentes a interconectividade (hardwares de
conexão) ainda encontram-se em desenvolvimento, e não padronizados pela EIA/TIA.

Características Elétricas:

As características elétricas estão diretamente relacionadas com a performance


dos cabos UTP pois, a transmissão dos sinais de dados irá depender, basicamente, dos
parâmetros elétricos dos cabos. Os principais parâmetros são:
Impedância: É definida como sendo a soma de todas as resistências, indutâncias
e capacitâncias inerentes nos cabos. A medida deste parâmetro é denominada
impedância característica que é baseada em uma linha de transmissão de comprimento
infinito. Nos casos dos cabos UTP Cat 5e, o valor da impedância característica deve
estar em torno de 100 Ω ± 15% em uma faixa de freqüências que variam de 64 KHz até
100 MHz.
Atenuação: É definida como sendo a diferença da potência de entrada no cabo e
a potênciade saída, isto é, significa a perda do sinal no interior do cabo. A atenuação é
medida em decibéis (dB) e quanto menor for o valor da atenuação, melhor será a
performance do cabo.
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A norma EIA/TIA especifica a atenuação para os cabos UTP em diferentes


freqüências que variam de 64 KHz até 100 MHz.
Paradiafonia: É definida como sendo o parâmetro que mede o nível de
interferência entre os pares de condutores de um mesmo cabo. A paradiafonia é medida
em decibéis (dB), sendo que a EIA/TIA 568 definiu valores mínimos para determinadas
freqüências que variam de 64 KHz até 100 MHz, isto é, os valores de paradiafonia
medidos no cabo devem atender a valores mínimos.

Características Construtivas:

As características construtivas dos cabos determinam os níveis de performance,


ou seja, as categorias dos cabos UTP. Basicamente, as características principais são:
- A bitola dos condutores dos cabos deve ser de 24 AWG isolado com materiais
termoplásticos.
- Os condutores devem estar trançados em pares no total de 4 pares em
passos de binagem pré-determinados.

Características do Cabo Categoria 5e

Aplicações: Instalação de redes locais de computadores tipo Ethernet 10BaseT, Token-


Ring e redes Categoria 5. Uso em redes locais com taxa de transmissão de até 100
Mbps.
Material: Condutores de cobre sólido nu 24 AWG, isolados com composto especial com
marcação no isolamento, torcidos em pares e capa externa em PVC não propagante a
chama na cor azul.
Características Construtivas e Elétricas: A tabela abaixo mostra as principais
características construtivas e elétricas do cabo Multi-Lan Plus Cat.5.
Tabela 01: Características construtivas do Cabo Multi-Lan Plus Categoria 5.

Tabela 4: Características Elétricas do Cabo Multi-Lan Plus Categoria 5.

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Obs: 1. O parâmetro impedância apresenta valores de 100 Ω ± 15%.


2. Os valores das medidas acima são para o pior caso.

Escolha do tipo de tomada e cabos


Para cada área de trabalho deve-se ter, no mínimo, duas tomadas de
Telecomunicações, que poderão ser colocadas no mesmo espelho ou não. Sistemas
mais avançados trabalham com 4 a 5 tomadas sendo normalmente 4 para cabos
metálicos e 1 para fibras ópticas.
Como deverão ser pelo menos duas das tomadas a serem utilizadas:
- Uma tomada deverá utilizar cabeamento metálico de 4 pares e 100 ohms,
com classificação na categoria 3 ( banda passante de 16 MHz) ou superior
(categorias 5e,6) de acordo com a ANSI/TIA/EIA-568-B.2;
Figura xx – Conectores modulares 8 vias

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FIBRAS ÓPTICAS
Visão Geral

As aplicações das fibras ópticas têm se ampliado bastante e atualmente, muitas


das comunicações de longas distâncias (entre cidades, países e até mesmo
continentes), estão sendo feitas por fibras ópticas.
Além disso, nas redes de dados também utilizam-se bastante os recursos que as
fibras ópticas proporcionam.

A Natureza da Luz

Os princípios da luz que são de relevância para a compreensão das fibras ópticas
e componentes para sistemas de comunicação ópticas.
Não há um método único e preciso para descrever a natureza da luz, devido a
chamada dualidade da matéria, ou seja, em alguns casos, a luz apresenta
características de partículas (corpos dotados de massa) e em outras, em forma de
ondas (energia).
Como outras ondas eletromagnéticas , a luz viaja à velocidade de 300.000.000
m/s.
Precisamente falando, esta velocidade é de 299.792.500 m/s porém, para a
maioria das aplicações práticas este número pode ser aproximado para o acima citado.
Os meios de propagação da luz são os seguintes : água, o ar, alguns plásticos e
o vidro.

Largura de Banda

Na maioria dos sistemas de comunicação, a largura de banda é o termo utilizado


para descrever o desempenho do sistema em termos da freqüência do sinal, ou seja, a
redução no nível do sinal na saída aumenta com a freqüência do sinal.
A freqüência na qual a potência do sinal é reduzida para 50% é denominada
largura de banda de 3 db.

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Em uma fibra óptica, o mecanismo que reduz a amplitude do sinal com a


freqüência é denominado dispersão.
Ela é um efeito pelo qual as cores ou modos que geram uma onda de luz são
separadas quando estas viajam pelo cabo ocasionando a chegada delas na outra
extremidade do cabo espalhadas em relação ao tempo.
A diferença em largura (normalmente em nano segundos) entre um pulso de
entrada e seu correspondente pulso de saída é a dispersão do pulso.
Como a dispersão está relacionada com a distância percorrida pela luz, ela é
geralmente especificada por unidade de comprimento em ns/km.

Fonte de Luz

Muitos dispositivos de conversão elétrico-óptico estão disponíveis no mercado


para sistemas de comunicação por fibra óptica.
No entanto, até o presente apenas dois destes dispositivos são realmente
aplicados para transmissão por fibra óptica que são:
- LED e o ILD.
Os LEDs e ILDs são constituídos por arsenieto de gálio e alumínio, fosfato de
arsenieto de gálio e alumínio ou fosfato de gálio e índio.

Os LEDs empregados em fibras ópticas são similares àquelas empregados em


diversas aplicações eletrônicas com diferença de que estes componentes emitem luz
visível (600 a 800 nm de comprimento de onda) e aqueles para comunicação por fibra
óptica emitem luz na faixa de infravermelho (800 a 1300 nm de comprimento de onda).
Os ILDs são denominados, na pratica, diodos lazer. Eles são utilizados em
sistemas mais complexos e rápidos e de maior alcance em distância (comprimento do
link óptico).
Devido ao princípio do ângulo de incidência crítica, a fibra só pode aceitar a luz
emitida dentro de um cone estreito de aceitação, entre 30º e 40 º para fibra multimodo e
menor que 10º para a monomodo.

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A diferença básica entre uma fonte de luz LED e ILD, é que o LED emite feixes
de luz sem direcionamento, enquanto e ILD emite feixes de luz direcionada com
potencia maior e consequentemente com maior poder de alcance.
Irradiação de um LED (esquerda) e ILD (direita).
Figura 01- Irradiação de um LED e ILD

Fonte: Própria

Os emissores de luz LEDs emitem luz em muitas direções, sendo algumas vezes
necessário adotar-se alguns passos extras de fabricação para se obter um acoplamento
eficiente entre o LED e a fibra.

Características Básicas
As fibras ópticas são constituídas, basicamente, de materiais dielétricos
possuindo uma estrutura cilíndrica, composta de uma região central, denominada
núcleo, por onde trafega a luz, e uma região periférica, denominada casca que envolve
completamente o núcleo.
As dimensões variam conforme os tipos de fibras ópticas onde o núcleo pode
variar de 8 μm até 200 μm e a casca de 125 μm até 240 μm, contudo, dentre as fibras
ópticas mais utilizadas no mercado atualmente, as dimensões mais utilizadas são de 8 e
62,5 μm para o núcleo e 125 μm para a casca.
As fibras ópticas de outras dimensões foram bastante utilizadas no passado
todavia, por uma questão de padronização de mercado, estas dimensões caíram em
desuso.

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O princípio pelo qual a luz se propaga no interior de uma fibra óptica é


fundamentado na reflexão total da luz, ou seja, quando um raio de luz se propaga em
um meio cujo o índice de refração é η1 (núcleo) e atinge a superfície de um outro meio
com índice de refração η2 (casca), onde η1>η2 e, desde que o ângulo de incidência (em
relação à normal) seja maior ou igual ao ângulo crítico, ocorrerá ao que é denominado
de reflexão total, resultando no retorno do raio de luz ao meio com índice de refração η1.
Baseado neste princípio, a luz é injetada em uma das extremidades da fibra
óptica sob um cone de aceitação, onde este determina o ângulo pelo qual o feixe de luz
deverá ser injetado para que o mesmo possa se propagar ao longo da fibra óptica
através do princípio da reflexão total.

Métodos de Fabricação

O processo de fabricação de fibras ópticas de vidros de sílica com dopantes


consiste basicamente, de duas etapas.

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Na primeira etapa, é fabricada a preforma, que consiste num bastão cilíndrico de


sílicia pura com deposição química de vapor de gases dopantes já mencionados acima,
em concentrações bem definidas.
Esta preforma, que reflete a estrutura núcleo/casca, é transformada em fibra
óptica numa segunda etapa, por meio de um processo de puxamento em alta
temperatura (aproximadamente 2000ºc).
As técnicas de fabricação de preformas baseiam-se num processo de deposição
de vapor quimico muito utilizado na fabricação de semicondutores.

Tipos de Fibras Ópticas

Existe uma variedade de fibras ópticas, cada qual voltado à uma aplicação
específica.
Os tipos podem variar de acordo com os materiais, dimensões eos processos de
fabricação das mesmas. Fundamentalmente, as fibras ópticas estão subdividas em dois
tipos: monomodo (single mode) e multimodo (multi mode).

Fibras Multímodo

As fibras multimodo são fibras que possuem vários modos de propagação, ou


seja, os raios de luz podem percorrer o interior da fibra óptica por diversos caminhos.
Estas, dependendo da variação do índice de refração do núcleo em relação à casca,
classificam-se em índice degrau ou índice gradual.
As fibras multimodo com índice degrau são as fibras de fabricação mais simples
porém, apresentam características muito inferiores aos outros tipos de fibras.
Uma das deficiências é a banda passante que é bastante estreita. Isto restringe
em muito a capacidade de transmissão da fibra óptica.
A atenuação é relativamente alta quando comparamos com as fibras monomodo
portanto, as aplicações com as fibras multímodo ficam um tanto restritas com relação à
distância e capacidade de transmissão.
As dimensões são de 62,5 μm e 125 μm para o núcleo e para o casca
respectivamente.

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As fibras multimodo com índice gradual são fibras bem mais utilizadas que à
anterior, porém de fabricação mais complexa pois, o índice de refração gradual do
núcleo somente é conseguido através de dopagens diferenciadas e isto faz com que o
índice de refração diminua gradualmente do centro do núcleo até a casca.
Na prática, este índice gradual faz com que os raios de luz percorram caminhos
diferentes, mas em velocidades diferenciadas, fazendo com que os raios de luz
cheguem a outra extremidade da fibra aproximadamente ao mesmo tempo.
Isto faz com que a banda passante aumente, aumentando a capacidade de
transmissão da fibra óptica.
Quanto às dimensões, valem as mesmas que foram descritas na fibra multimodo
de índice degrau.

Fibras Monomodo

As fibras monomodo são fibras que possuem um único modo de propagação, ou


seja, contrariamente às fibras multimodo, os raios de luz percorrem o interior da fibra
óptica por um só caminho.
Como nas fibras multimodo, a fibras monomodo também diferenciam-se pela
variação do índice de refração do núcleo em relação à casca, classificam-se em índice
degrau ou dispersão deslocada (dispersion shifted).
As fibras monomodo com índice degrau são fibras cuja a fabricação é mais complexa
que as fibras multimodo pois, as suas dimensões são muito reduzidas e a tecnologia
envolvida é mais avançada.
Contudo, as características das fibras monomodo são muito superior às
multimodo, principalmente no que diz respeito à banda passante, a qual é mais larga,
aumentando a capacidade de transmissão. Além disso apresentam atenuações mais
baixas que as fibras multimodo, aumentando a distância das transmissões sem o uso de
repetidores.
As distâncias envolvidas geralmente ultrapassam 50 Km, dependendo da
qualidade da fibra. A desvantagem desta fibra com relação às fibras multimodo está
relacionado ao manuseio que é bem mais complexo, exigindo cuidados maiores. As

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dimensões variam, sendo que o núcleo pode variar de 8 μm à 10 μm e a casca em torno


de 125 μm.
As fibras monomodo do tipo dispersão deslocada (dispersion shifted) são fibras
de concepção mais moderna que às anteriores, apresentam características com muito
mais vantagens, como baixíssima atenuação e grande largura de banda. Contudo, estas
fibras apresentam desvantagens no que diz respeito à fabricação, que exige técnicas
avançadas e difícil manuseio (instalação, emendas).
Além disso, estas fibras apresentam um custo um pouco superior às do tipo
multimodo. Por esta razão, as aplicações deste tipo de fibra ficam restritas às aplicações
de sistemas de telecomunicações a longas distâncias, como por exemplo, os cabos
ópticos submarinos que interligam continentes.

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• Antena
Elemento de um sistema de transmissão ou de recepção designado para radiar
ou captar ondas eletromagnéticas.
Transdutor de ondas eletromagnéticas entre um meio confinado e o espaço livre.

Como definir uma antena de forma intuitiva e descomplicada?


Se recorrermos ao dicionário (Aurélio) lê-se:
- Def.1. Parte de um transmissor cujo potencial varia rapidamente,
irradiando para o espaço ondas eletromagnéticas;
- Def.2. Parte de um receptor de rádio que capta a energia
eletromagnética, introduzindo-a no aparelho sob forma de impulsos
elétricos;
- Def.3. Estrutura metálica, fio ou conjunto de fios com as mesmas
funções na Def.1 e Def.2.
Por outro lado, definir uma antena sob o ponto de vista da física associada ao seu
funcionamento e do modelo matemático que o descreve representa uma ciência a parte
e foge portanto do escopo de nossa abordagem.
Numa visão mais aplicada e compatível com os objetivos deste texto, o conceito
que entendemos ser mais adequado para antena é aquele associado como sendo o
elemento pertencente a um sistema de transmissão e/ou recepção de sinais que tem
como função radiar /captar ondas eletromagnéticas, adaptando a energia (contida nas
ondas eletromagnéticas) entre um meio confinado (uma linha de transmissão) e um
meio não confinado (espaço livre ou éter).
Nesta linha de raciocínio, pode-se facilmente avançar no conceito e afirmar que
uma antena nada mais é (sem medo de simplificar) do que um transdutor de ondas
eletromagnéticas entre meios com propriedades distintas de propagação de energia.
Uma antena adapta portanto a impedância entre a linha coaxial de transmissão de saída
de um TX (50 ohms) e a impedância do espaço livre (120*p ou 377ohms).

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A maneira como esta adaptação de energia acontece define propriedades


fundamentais das antenas pois:
- pode-se dar de forma controlada ao longo do espaço ao redor da antena (de
onde surge o conceito de diagrama de radiação tridimensional);
- pode-se dar com maior ou menor eficiência em uma dada direção
comparativamente à uma antena de referência (de onde surge o conceito de
ganho);
- pode-se dar numa faixa de freqüência maior ou menor (de onde surge o
conceito de largura de faixa);
- pode-se dar com maior ou menor perda de energia (de onde surge o conceito
de VSWR);
- pode-se dar em uma determinada orientação de propagação do campo
elétrico em detrimento de outra orientação (de onde surge o conceito de
polarização).

.Diagrama de Radiação
É a representação gráfica da distribuição espacial das propriedades de radiação
da antena :
Potência, Intensidade de campo,Fase, Polarização
Emprega - se:
- Formato polar ou Formato retangular;
- Escala linear (valor absoluto) ou logarítmica (em dB).
Talvez a principal propriedade de uma antena que desejamos conhecer /
especificar numa primeira análise seja o seu diagrama de radiação, pois é a propriedade
com um apelo intuitivo mais imediato e que traduz o comportamento da antena quanto à
sua capacidade de distribuir espacialmente (ao seu redor) a energia aplicada em seus
terminais de entrada.
Genericamente, diagrama de radiação é a representação gráfica da distribuição espacial
das propriedades de radiação da antena, tomadas sobre uma superfície imaginária no
espaço chamada de “esfera de radiação” onde a antena em análise está
hipoteticamente disposta no seu centro.

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Quais seriam, portanto, as propriedades de radiação de uma antena que estamos


interessados em caracterizar, ou melhor, representar pôr intermédio de diagramas de
radiação? São elas (principais):
- Potência
- Intensidade de campo
- Fase
- Polarização
Logo, para cada uma das propriedades acima podemos associar um diagrama de
radiação espacial específico, também chamado de diagrama de radiação tridimensional
(3D), que represente graficamente como a potência, intensidade de campo, fase e
polarização se distribui ao redor da antena.
Para fins de projeto e com maior aplicação na prática, restringe-se, entretanto a
publicação apenas de diagramas de radiação de potência e de intensidade de campo,
representados graficamente no formato polar ou no formato retangular e utilizando
escala com passo linear ou escala com passo em dB.
Figura xx- Sistema de coordenadas do diagrama de radiação

Fonte: Trans-tel
Da figura anterior pode ter ficado a dúvida do que são exatamente os formatos
polar e retangular, pois afirmamos que genericamente o diagrama de radiação é
determinado sobre uma esfera que envolve a antena, portanto fisicamente teremos uma
distribuição de energia espacial que precisamos traduzir numa representação gráfica
inteligível para fins de projeto.

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O que ocorre na prática é uma simplificação, isto é,especificam-se apenas os


cortes (ou fatias da esfera de radiação) principais do diagrama 3D da antena, estes
cortes principais são os cortes de azimute (horizontal) e os cortes de elevação (vertical)
os quais efetivamente são empregados em projeto.
Observando a Fig. xx, se imaginarmos a antena posicionada no centro de um
sistema de coordenadas x,y,z onde o eixo x está perpendicular ao plano da figura
(portanto um eixo saindo da figura em nossa direção), pode-se definir dois cortes
principais na esfera imaginária que envolve a antena e associar cada um destes cortes
ao sistema de coordenadas x,y,z, quais sejam :
- Corte de azimute = fatia da esfera de radiação onde as propriedades
de radiação da antena são verificadas no plano x ,y ou , intuitivamente,
no plano horizontal;
- Corte de elevação = fatia da esfera de radiação onde as propriedades
de radiação da antena são verificadas no plano z , y ou , intuitivamente,
no plano vertical.
Mais precisamente, se chamamos theta (Θ) o ângulo tomado entre o eixo z e o
vetor formado da origem do sistema de coordenadas x,y,z até um ponto qualquer sobre
a esfera de radiação e chamamos phi (π) o ângulo tomado entre o eixo x e o vetor
formado da origem do sistema de coordenadas x,y,z até um ponto qualquer sobre a
esfera de radiação, podemos ampliar a definição do parágrafo anterior e afirmar que o
corte de azimute é qualquer corte da esfera de radiação onde o ângulo theta permanece
fixo (normalmente em 90 graus) e o ângulo phi varia, similarmente, podemos afirmar que
o corte de elevação é qualquer corte da esfera de radiação onde o ângulo phi
permanece fixo (normalmente em 0 graus) e o ângulo theta varia.
Toda esta nomenclatura e definições apresentado anteriormente não deve
atrapalhar o conceito de que, na prática, a especificação de diagrama que se faz de uma
antena está restringindo a descrição das suas propriedades de radiação aos planos ou
cortes principais de análise utilizados em projeto, quais sejam: os planos horizontal e
vertical, portanto deve estar sólido o conceito de que o diagrama de radiação horizontal
de uma antena é o diagrama do corte de azimute tomado do diagrama de radiação 3D,
bem como o diagrama de radiação vertical de uma antena é o diagrama do corte de
elevação tomado do diagrama de radiação 3D.

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Este entendimento leva à conclusão imediata de que os formatos de


representação polar e retangular que mencionamos no início desta figura nada mais são
do que variações da representação gráfica 2D ou seja , no “plano do papel”, dos
diagramas de radiação horizontal e vertical da antena.

Nesta figura temos, na parte superior ao centro, um diagrama representado no


formato retangular, onde o eixo vertical (abcissa) indica a intensidade de campo
normalizada [0,1] e o eixo horizontal (ordenada) indica o setor angular de analise.
Observando este diagrama verificamos que, por exemplo para o angulo 90 graus
a intensidade de campo é máxima (igual a 1) e para os ângulos 60 e 120 graus a
intensidade de campo é nula (igual a 0).
Na parte inferior a esquerda temos agora um outro diagrama representado no
formato polar, onde as linhas radiais (tomadas do centro da circunferência até o circulo
externo) representam o angulo de análise e o raio associado (ponto de intercessão da
radial com o diagrama) representa a intensidade de campo normalizada [0,1] sendo 1 o
valor da intensidade de campo associada ao circulo externo.

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Observando este diagrama verificamos que, por exemplo nas radiais 0,45 e 90
graus tem-se intensidade de campo máxima e que para a radial 300 graus a intensidade
de campo é apenas 0.2.
Se agora afirmarmos que o diagrama retangular representa o diagrama de
radiação de elevação e o diagrama polar representa o diagrama de radiação de azimute
de uma mesma antena, facilmente iremos reconhecer estes dois diagramas anteriores
como cortes do diagrama 3D desta antena mostrado na parte inferior a direita da figura.
Embora o diagrama de radiação de qualquer antena seja fisicamente um diagrama
espacial, a representação pôr intermédio dos dois cortes principais :
- azimute (também chamado de diagrama horizontal)
- elevação (também chamado de diagrama vertical
- deste diagrama espacial traduzem com bastante fidelidade o comportamento
das propriedades de radiação da antena, mas é sempre importante lembrar,
tratam-se de simplificações necessárias e impostas para fins de projeto.
Qualquer análise mais minuciosa ou completa que se deseje operar sobre as
propriedades de radiação de uma antena deve contemplar as propriedades do seu
diagrama 3D, não se deve concluir portanto que a antena estará completamente
caracterizada quanto ao seu diagrama de radiação analisando-se somente os seus
cortes principais.
Qualquer antena pode ser classificada e rapidamente caracterizada, tomando-se
como base somente as propriedades do seu diagrama de radiação, em duas categorias
bem distintas de funcionamento quais sejam: Antenas Direcionais e Antenas
Ominidirecionais.
As definições são auto-explicativas, por direcional subentendese aquela antena
capaz de radiar / receber ondas eletromagnéticas com eficiência variável em função da
direção; por ominidirecional subentende-se a antena que não é direcional.

Diagrama de Radiação
Antena Direcional: tem a capacidade de irradiar / receber ondas eletromagnéticas
com maior ou menor eficiência em função da direção.

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Antena Ominidirecional : caso particular da antena direcional, onde tem-se


comportamento direcional em apenas um dos cortes de azimute ou de elevação.
Ex: Dipolo

Na prática entretanto, uma antena ominidirecional será, via de regra, direcional


em um dos seus cortes, quer seja ele o corte de azimute ou de elevação, pois se a
antena fosse ominidirecional em ambos os cortes estaria se aproximando de um
radiador ideal, também denominado isotrópico, o qual não é realizável (em figuras
posteriores será retomado o conceito do radiador ideal ou isotrópico).
Como exemplo de uma antena que, de acordo com a sua utilização, pode ser
classificada como direcional ou ominidirecional, tomemos o dipolo. Posicionando o
dipolo sobre o sistema de coordenadas x,y,z onde o dipolo encontra-se sobre o eixo z,
observando o diagrama 3D e recorrendo as definições anteriores dos cortes principais
do diagrama 3D (Fig. xx) de uma antena podemos afirmar:
1. Quanto ao corte de Azimute (ou diagrama de radiação horizontal) = o corte de
azimute é obtido tomando-se uma “fatia” do diagrama 3D paralela ao plano xy do
sistema de coordenadas x,y,z; esta fatia está representada no canto superior direito da

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figura e notadamente verifica-se tratar de um diagrama ominidirecional (mesma


intensidade de campo em todas as direções).
2. Quanto ao corte de Elevação (ou diagrama de radiação vertical)= o corte de
elevação é obtido tomando-se uma fatia do diagrama 3D paralela ao eixo zy (o eixo zx
também poderia ser utilizado) do sistema de coordenadas x,y,z; esta fatia está
representada no canto inferior direito da figura e notadamente verifica-se tratar de um
diagrama direcional (intensidade de campo nula sobre o eixo z).
Se provocássemos uma rotação de 90 graus no dipolo, isto é, ele estivesse
posicionado sobre o eixo x, o diagrama de azimute seria direcional e o diagrama de
elevação seria ominidirecional.
Na prática o uso do termo ominidirecional não requer que a intensidade de campo
seja constante ao redor da antena, aceita-se e classifica-se o diagrama de uma antena
como ominidirecional se a variação de intensidade de campo for menor do que 3 dB (no
caso de empregar escala linear e intensidade de campo normalizada, isto significa
aceitar a variação do diagrama entre os valores 1 e 0.7).
Qualquer que seja o diagrama de radiação de uma antena que se pretenda
analisar / especificar, quer seja ele o diagrama horizontal ou vertical, sempre é possível
identificar e/ou classificar os lóbulos de radiação deste diagrama que nada mais são do
que partes do próprio diagrama com características específicas, senão vejamos.
A Fig. xxx mostra um diagrama representado em formato retangular (não importa
saber se este diagrama é horizontal ou vertical), nota-se neste diagrama partes bem
características e representativas das propriedades de radiação da antena, os lóbulos,
como são assim chamadas estas partes do diagrama são classificados em:
- Lóbulo principal: define o ângulo ou setor também chamado demeia
potência, pois é neste lóbulo onde a antena irá concentrar a maior parte de
sua energia (se empregado intensidade de campo normalizada e escala linear
o ângulo de meia potência corresponde ao arco onde o campo é maior ou
igual a 0.707 ou 0.707*0.707=0.5 no caso de potência).
- Lóbulos secundários: por exclusão, são os demais lóbulos que não o
principal, a importância dos lóbulos secundários é verificar como a antena
está distribuindo a energia ao seu redor fora da área de principal interesse de

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cobertura, é útil para a determinação dos nulos ou regiões do diagrama onde


se terá intensidade de campo reduzida.
- Lóbulo traseiro: é o lóbulo secundário posicionado nas costas ou na direção
oposta do lóbulo principal da antena, define o que se denomina de relação
frente-costa da antena, que é uma medida útil para se saber da capacidade
de “isolação” da antena quando operando no modo de recepção, ou da sua
direcionalidade quando operando no modo de transmissão.
A extração destes parâmetros simples de um diagrama de radiação permite
melhor entender a sua aplicação bem como ajuda bastante na especificação preliminar
de uma antena quando não se dispões de uma idéia clara e completamente
especificada do tipo de diagrama pretendido.

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