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HARVEY, David. $./#0!12$: Uma pesquisa sobre as Origens da
mudança Cultural 6° Ed. São Paulo: Edições Loyola, 1996. Cap. 8, p. 121 ±
134.

O fordismo neste capítulo é visto como ma is do que um modo de


produção. Para Harvey as inovações tecnológicas e organizacionais do
fordismo são mera extensão de tendências anteriores como o Taylorismo. O
que o torna especial é o reconhecimento de que produção de massa significava
consumo de massa, um novo sistema de reprodução da força de trabalho, uma
nova política de controle e gerencia mento do trabalho, uma nova estética e
uma nova psicologia, em suma, um novo tipo de sociedade democrática,
racionalizada, modernista e populista.
Para o fordismo mais que aumentar a produtividade era necessário dar
ao trabalhador tempo e dinheiro para que eles pudessem consumir a
quantidade cada vez maior de produtos que eram produzidos pelas
corporações.
Ford acreditava ser possível regulamentar a economia, tanto que no
começo da Grande Depressão ele aumentou os salários visando aumentar a
demanda e recuperar o mercado. Sozinho Ford não conseguiu isso,
masquando o Estado aderiu a essa ideia e fez intervenções na economia
visando aumentar o consumo e reaquecer o mercado os resultados
apareceram o que colaborou para a expansão dessas ideias.
As tendências de crises do capitalismo como a Grande Depressão
colaboraram para o estabelecimento do fordismo . A época de guerra também
ajudou neste processo, pois foi um período que exigiu maior eficiência e
planejamento de longo prazo. O planejamento estatal racionalizado foi visto
como solução para os males a que o capitalismo estava exposto, apesar de
esquerda e direita terem cada uma desenvolvido seu modelo.
No período entre guerras houve dois principais impedimentos à
disseminação do fordismo. O primeiro foi o estado das relações de classes. A
organização do trabalho e as tradições artesanais eram muito fortes e se
opunham ao modelo fordista que exigia poucas atividades manuais e não dava
ao trabalhador o controle sobre o projeto. Assim o fordismo dependeu num
primeiro momento da mão de obra imigrant e e de trabalhadores oriundos das
atividades rurais. O segundo estava nos modos e mecanismos de intervenção
estatal. Com a grande depressão e o esforço de guerra foi -se buscando
h

soluções em que os trabalhadores fossem disciplinados em sistemas de


produção novos e mais eficientes. Foi onde o fordismo foi se consolidando.
O fordismo alcançou a maturidade como regime plenamente acabado e
definitivo após 1945. Nesse período o fordismo se aliou ao keynesianismo, e o
capitalismo alcançou taxas fortes de crescimento econômico, houve elevação
dos padrões de vida, as tendências de crise foram contidas, a democracia de
massa preservada e a ameaça de guerras intercap italistas, tornada remota.
As relações de classe se alteraram nesse período, variando de país a
país. Nos Estados Unidos por exemplo, os sindicatos conquistaram vários
benefícios sociais em troca de cooperação na aplicação das técnicas fordistas
de produção e outras estratégias para aumentar a produtividade. Apesar disso
nunca deixou de haver descontentamento. O trabalhador nunca se adaptou ao
sistema de trabalho rotinizado do fordismo. Mas, os sindicatos foram sendo
acuados a trocar ganhos salariais pela cooperação na disciplinação dos
trabalhadores. Assim, as corporações passaram a aceitar os sindi catos apesar
dos riscos de aumento do poder da classe trabalhadora.
O Estado assumiu obrigações como controlar os ciclos econômicos
através de políticas fiscais e monetárias. Também fazia investimento público
em setores vitais para aumentar a produção e o consumo e garantir mais
empregos. Atuava também complementando benefícios sociais e influenciando
acordos salariais e direitos dos trabalhadores. A pesar das formas de
intervencionismo estatal variarem muito de país para país, o fordismo sempre
dependeu disso e ela aconteceu em todos os países que o adotaram.
Mas, nem todos eram atingidos pelos benefícios do fordismo. O
fordismo criou uma classe de trabalhadores privilegiados que eram alcançados
pelos benefícios salariais e sociais, mas esta estava confinada a certos setores
da economia e a nações onde o crescimento da demanda era acompanhado
por investimentos tecnológicos. As desigualdades levaram a uma série de
tensões sociais.
Assim, o Estado teve que assumir o papel de tentar levar os benefícios
do fordismo a todos, através de políticas ou ações legais que reduzissem a
desigualdade. Para isso o estado dependia de uma continua aceleração da
produtividade do trabalho no setor corporativo.
No terceiro mundo houve muita insatisfação, pois a modernização que
chegava pregando os benefícios do fordismo na prática destruía as culturas
locais, trazia opressão e poucos benefícios a não ser para uma pequena e lite.
Assim surgiram muitos movimentos de libertação, alguns socialistas, que
pareciam bem ameaçadores ao fordismo global.
Apesar desses descontentamentos o fordismo manteve -se forte e
sustentou a expansão pós-guerra com avanços nos padrões de vidas dos
países desenvolvidos e clima estável para os lucros corporativos. Mas a
recessão econômica de 1973 abalou esse quadro, assunto este que Harvey
deixa para tratar no próximo capítulo de sua obra.
O texto apresenta uma análise bastante acurada e tra z uma
compreensão bastante abrangente do que foi e representou o fordismo,
movimento esse comumente visto apenas como apenas um modo de produção
e organização fabril.

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