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Profa. Ma.

Grace Kelly Silva Sobral Souza

Licenciatura em Química

Filosofia da Educação
Unidade III - Práxis Educativa Contemporênea
Tópicos desta aula:

Práxis Educativa Contemporânea

•Sujeitos da Práxis Pedagógica


Práxis Educativa Contemporênea

•Teóricos como Boaventura de Sousa Santos e Paulo Freire destacam a existência de


uma crise no paradigma científico da Ciência Moderna que teve início no século XX e
que perdura até o início do século XXI.

•Para ambos, a educação é o caminho para chegar à emancipação do indivíduo


oprimido e , ao mesmo tempo, ressaltar que o processo educativo, quando
compreendido a partir das relações estabelecidas entre os sujeitos uns com os outros e
com o mundo, é responsável pelo desenvolvimento de saberes essenciais para a
construção de um novo paradigma científico que defenda a justiça, a igualdade e a
ética como princípios básicos da vida.
Práxis Educativa Contemporênea

•O modelo de racionalidade científica por muitos séculos utilizado, tanto pelas Ciências
Naturais quanto pelas Ciências Sociais, foi herdado no século XVI a partir da revolução
europeia chamada de “Renascimento Cultural” e consolidado nos séculos XVIII e XIX
pelo Iluminismo. Tal modelo é considerado por seus idealizadores como o único através
do qual é possível chegar ao conhecimento verdadeiro das coisas e do mundo.

•A construção desse modelo de racionalidade ocorreu através de inúmeras


contribuições de filósofos, físicos, matemáticos e demais pensadores das Ciências
Naturais que buscavam entender o mundo a partir de uma explicação baseada na
razão e na matematização das coisas.
Práxis Educativa Contemporênea

•O objetivo principal era estabelecer relações sistemáticas entre os objetos estudados


a partir de análises matemáticas, as únicas consideradas racionais.

•O modelo de racionalidade defendido, inicialmente, pelas Ciências Naturais


desconsidera outras formas de conhecimento que não estejam baseados na explicação
matemática e, portanto, desconsidera diversos saberes e conhecimentos produzidos
socialmente pela vivência e diversas culturas dos povos.

•Este pensamento pode ser confirmado por diversos estudiosos como Descartes,
Kepler, Newton e Aristóteles utilizados como bases do paradigma científico dominante
Práxis Educativa Contemporênea
•No século XVIII, com a contribuição do Iluminismo, o modelo de racionalidade
defendido pelas Ciências Naturais passou a ser empregado também pelas Ciências
Sociais, com o objetivo de entender e prever fenômenos sociais.

• A partir daí, tal método começou a ser utilizado para marginalizar não apenas
conhecimentos, mas também grupos e povos que passaram a ter sua marginalização
•justificada pelas próprias teorias científicas.

•Esse fato ocasionou uma significativa perda qualitativa nas pesquisas sociais, pois por
buscarem compreender fenômenos que sofrem influências individuais, as Ciências
Sociais são puramente subjetivas.
Práxis Educativa Contemporênea

•Essa subjetividade é justificada, por exemplo, pela interferência de valores, gostos,


contexto social e cultural nas escolhas dos sujeitos que integram o grupo analisado,
fatores que não eram contemplados pelo método das Ciências Naturais.

•A carência causada pela aplicação do método das Ciências Naturais nas Ciências
Sociais culminou em uma crise epistemológica pautada no questionamento central do
poder social que a Ciência Moderna alcançou.

•Poder que, muitas vezes, foi utilizado para justificar interesses particulares, defensivas
militares contra povos de culturas diversas e de classes hegemônicas, ou seja, que
beneficiavam apenas uma parcela da sociedade.
Práxis Educativa Contemporênea
A partir da compreensão de que o
paradigma dominante teve como base a
exclusão de conhecimentos e povos,
cabe então questionar: em que bases
éticas o novo paradigma a emergir da
crise estará assentado?
Práxis Educativa Contemporênea
•O paradigma emergente de Boaventura de Sousa Santos deve ser entendido como um
paradigma prudente para uma vida decente, ou seja, que considere as necessidades
daqueles que foram marginalizados durante séculos, aqueles que sofreram com
•as consequências da utilização militar e política da tecnologia

•O processo educativo pode ser entendido, então, como uma das formas de libertação
de um paradigma que desconsidera e marginaliza aqueles que não possuem
representatividade social.

•A educação como emancipação individual e social passa a ser um dos pressupostos


exigidos para a elaboração de uma nova ética que de fato liberte os oprimidos.
Práxis Educativa Contemporênea

•Segundo Freire (2000, p. 79), “é preciso que os que assim se encontram negados no
direito primordial de dizer a palavra reconquistem esse direito, proibindo que esse
assalto desumanizante continue”.

•Assim, a educação, com base na pedagogia freiriana, é tida como uma ação
libertadora que reconhece a existência dos oprimidos e a torna objeto de reflexão e
crítica transformadoras da realidade.
Práxis Educativa Contemporênea

•A educação deve ser usada como uma estratégia política de emancipação social, pois
•é capaz de ajudar a desconstruir projetos opressores já instalados e aceitos
socialmente, investindo na criação do conhecimento emancipação-solidariedade
defendido

•Para Paulo Freire (2002, p. 97), o sistema capitalista não deve gerar medo aos
indivíduos, mas sim, representar a necessidade de luta democrática.
Práxis Educativa Contemporênea
Freire (2000) corrobora com esse pensamento ao defender uma ética que seja
construída com e na prática educativa, e que inclua os indivíduos que foram excluídos
por esse processo.

Para Freire, esse projeto social de libertação é, dialeticamente, fundamento e critério


de validade da práxis, fazendo um chamado reflexivo para que os educadores assumam
suas responsabilidades na luta pelas das classes excluídas, no exercício da ética
enquanto prática formadora com os educandos.

O aspecto mais relevante da pedagogia de Freire para a construção de um novo


paradigma que considere os excluídos, os oprimidos pelo sistema é sua perspectiva
epistemológica no processo de criar conhecimento
Práxis Educativa Contemporênea
•O processo educativo não é apenas uma atividade humana entre várias outras, mas
uma dimensão inerente a qualquer atividade que o homem realiza enquanto ser social.
A partir disso, tal processo não se limita a educação formal, não sendo, portanto,
exclusiva dos profissionais da educação e ao espaço escolar, e sim, exercida em
conjunto com a toda a sociedade.

•a educação visa a libertação, a transformação da realidade, buscando melhorá-la e


torná-la mais justa para todos, permitindo que os homens sejam reconhecidos como
sujeitos de sua história e não como objetos.
Sujeitos da Práxis Pedagógica
Que significado tem a prática pedagógica para
os professores? O que caracterizaria boas
práticas pedagógicas, tendo em vista o
contexto social e o papel que ocupa a formação
nesse contexto?
Prática Pedagógica

•O significado que a prática pedagógica possa assumir varia, isto é, consiste em


algo que não pode ser definido, apenas concebido, mudando conforme os
princípios em que estiver baseada a nossa ideia.

•O que deve guiar um ato pedagógico voltado para o bem, para a transformação
social é o comprometimento ético. Tal comprometimento implica orientar a ação
pedagógica pelos princípios do respeito, da justiça, da solidariedade, que são
promotores do diálogo.
Prática Pedagógica

•A partir de uma prática reflexiva é que a ação do professor poderá assumir um


caráter transformador. No entanto, tal postura não aparece de forma espontânea. É
preciso que o professor desenvolva a ação reflexiva, uma vez que reflexão
espontânea não é o mesmo que um questionamento metódico, regular, com vista a
conduzir uma tomada de consciência e possíveis mudanças. Formação inicial e
contínua devem estar orientadas para essa perspectiva.
Prática Pedagógica

•O saber profissional do professor não provém apenas da formação, da


experiência, vem também da sua história de vida pessoal

•O professor, habitualmente, não possui uma só e única “concepção” de sua


prática, mas várias concepções que utiliza ao agir em sala de aula, em função, ao
mesmo tempo, de sua realidade cotidiana, de sua biografia e de suas necessidades,
recursos e limitações. Daí a importância que tem, nos processos de formação.
A partir do que foi estudado nesta unidade,
como você compreende a teoria e a prática na
perspectiva da formação docente?
Lembre-se:

“Existem homens que lutam um dia e são bons,


existem outros que lutam um ano e são melhores,
existem aqueles que lutam muitos anos e são
muito bons, porém existem os que lutam toda a
vida. Estes são os imprescidíveis.” (BRECHT)

Bons estudos !!!


REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 14. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
2000.

FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 25ª ed. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do


oprimido. 9. edição. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.

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