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Londrina
2018
MAURICIO RODRIGUES DE ARAUJO
Londrina
2018
MAURICIO RODRIGUES DE ARAUJO
BANCA EXAMINADORA
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Orientador: Prof. Dr. Luís miguel Luzio dos
Santos
Universidade Estadual de Londrina - UEL
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Prof.
Universidade Estadual de Londrina - UEL
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Prof.
Universidade Estadual de Londrina - UEL
RESUMO
ABSTRACT
The greatest challenge of Solidarity Economy is the generation of income for its
members. In the city of Londrina / PR the Solidarity Economy Program has been
active for 10 years. The objective of this study was to analyze if the challenge of
generating income was reached and to verify if the training provided to the members
of the enterprises was sufficient to overcome this challenge. The methodology is
based on interviews in the INTES / UEL incubator, which works with the formation of
joint ventures from pre-incubation through incubation and ending with the de-
incubation and joint ventures. The analyzes showed that there are several challenges
in the process due to the profile of the people involved: the school formation, the
commitment and the dedication with the own enterprise. The work identified that the
lack of commitment and commitment, together with the lack of an entrepreneurial
spirit of the members, are the main obstacles to the achievement of the objectives of
the Solidarity Economy, since when these factors are present the enterprises are
able to leave the incubation period and its members are able to manage them
autonomously.
1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................1
1 INTRODUÇÃO
2 DISCUSSÃO TEÓRICA
O empreendedor é aquele que tem paixão por ideias, aprecia inovar, gerar
riquezas e mudanças. A pessoa com esse perfil tem iniciativa, persistência,
planejamento, autoconfiança, liderança, coragem e eficiência – é um realizador de
novas ideais com criatividade e imaginação (Demetrio 2017).
Conforme Chiavenato, o termo empreendedor é originário do francês
entreprenuer e “significa aquele que assume riscos e começa algo novo”; é, assim,“a
pessoa que inicia e/ou opera um negócio para realizar uma ideia ou projeto pessoal
assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente” (CHIAVENATO,
2007, p. 4). Para Schumpeter, “o empreendedor é a pessoa que destrói a ordem
econômica existente graças à introdução no mercado de novos produtos/serviços,
pela criação de novas formas de gestão ou pela exploração de novos recursos,
materiais e tecnologias” (SCHUMPETER, 1947, apud CHIAVENATO, 2007, p. 8).
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abrir o negócio pela motivação e pelo desejo de ter um negócio, maior tempo de
planejamento para abrir o negócio, capacidade de negociar com fornecedores e
buscar crédito, capacidade de inovar e aperfeiçoar seus produtos/serviços
diferenciando-os no mercado, acompanhamento das despesas e receitas ,forte
investimento em capacitação dos empregados e na própria capacitação no tocante à
gestão empresarial.” (Sebrae, 2016, p.53).
Os desafios dos empreendimentos de autogestão no mercado competitivo
são os mesmos dos de heterogestão. Sendo assim, é necessário desenvolver
capacidades nos empreendedores da economia solidária para atingir que os
empreendimentos se estabeleçam no mercado. Considerando o quadro da situação
da Economia Solidária de criar um modelo diferente de mercado, com uma relação
de trabalho e decisões coletivas, é necessário que seus membros adquiram
condições de transformar a realidade enfrentando suas dificuldades e que tenham
liberdade de trilhar caminhos para as decisões com suas próprias iniciativas, sem a
dependência do Estado.
3 Procedimentos metodológicos
Neste estudo, será utilizada a pesquisa qualitativa, de tipo explicativa, na qual
será utilizado o método de levantamento por pesquisa de campo. O objetivo é obter
informações a respeito dos conhecimentos que tenham sido passados aos membros
bem como observar se os membros conseguiram adquirir qualificação suficiente
para administrarem os empreendimentos e verificar se conseguiram atingir um
patamar aceitável de renda pessoal.
O período de análise foi novembro de 2018, nos empreendimentos que
estivessem ativos há dois anos ou mais. O prazo de dois anos corresponde ao
período em que um empreendimento permanece na incubadora passando pelo
processo de pré-incubação, incubação e desincubação, sendo o momento no qual
os membros serão submetidos às capacitações para adquirirem condições de
administrar os empreendimentos.
As informações terão procedência primária e sua análise responderá às
seguintes questões: quais as capacitações sobre gestão de negócios foram
aplicadas aos membros dos empreendimentos; se esses conhecimentos foram
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análise das autoras existia uma falta de entendimento do que seja autogestão por
parte dos membros da economia solidária e, conforme nosso estudo, essa falta de
entendimento persiste até hoje.
O que podemos refletir sobre a fala dos integrantes é que há
uma lacuna a respeito da compreensão que os mesmos
possuem sobre o papel da INTES como órgão de assessoria
técnica. Fragmentos das falas nos indicam a visão do
empreendimento sobre a incubadora: uma forma
assistencialista “a mãe pega pela mãozinha não deixa cair no
buraco”, “A INTES ajuda a gente bastante, se estamos
precisando de algum recurso”. Desta forma, é visível que a
leitura que o grupo faz da INTES não corresponde aos anseios
da Incubadora de realizar assessoria técnica em uma
perspectiva de autogestão que se daria por meio da proposta
de Pré-Incubagem, Incubagem e Desincubagem, como já
relatamos neste trabalho. A autogestão vai se construindo ou
não no empreendimento de Economia Solidária conforme a
forma com que a própria Incubadora trabalha esta questão no
grupo (GARCIA e LANZA, 2012, p. 220).
Essa característica da falta de entendimento de apropriar o sentido da
autogestão, por parte dos membros de um empreendimento, é caracterizada
atualmente pela desistência de muitos membros durante o processo de incubação.
Os membros que se destacavam durante os treinamentos, conforme a INTES/UEL,
desistiam de participar dos grupos para procurar emprego no mercado de trabalho.
Denota-se assim a falta de entendimento dos membros do compromisso com o
empreendimento e do trabalho coletivo para que o processo de formação seja
atingido a contento.
Garcia e Lanza analisam que “a autogestão é um desafio para o
empreendimento, que se torna um desafio para a Incubadora” (GARCIA e LANZA
2012, p. 220) e propõem que o ponto inicial para garantir a proposta da autogestão é
o conhecimento da realidade local dos membros e sua história, percebendo a
questão social e uma análise conjuntural. As autoras propõem a realização de um
diagnóstico da situação social dos membros com o objetivo de se desenvolverem
procedimentos educacionais pois “para que o empreendimento siga um caminho
rumo à autogestão, é preciso trabalhar de forma clara desde sua pré-incubagem,
para evitar ‘vícios’ e práticas que não se adequam à autogestão” (GARCIA e LANZA
2012, p. 220).
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS
SARIS, S. Entenda como ficará os serviços que eram atendidos pelo Provopar.
Londrina: Folha de Londrina, 2018. Disponível em:
<https://www.folhadelondrina.com.br/geral/entenda-como-ficara-os-servicos-que-
eram-atendidos-pelo-provopar-1014193.html>. Acesso em: 15 out. 2018.