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Técnicas do "Chute"

para Concursos Públicos


Autores: Wander Garcia e Renan Flumian
Editor: Renan Flumian
Revisão: Allan Moraes
Diagramação: R2 Editorial
Coautor do Projeto e Capa: Wilton Garcia
Imagem da Capa e cabeçalhos: © Shutterstock, Inc.

Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio
ou forma sem a prévia autorização da Fragata Produções e Editora Ltda.

A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei. n. 9.610/98 e


punido pelo artigo 184 do Código Penal.
Wander Garcia
É uma das maiores autoridades em concursos públicos do País na atualidade.
Passou nos vestibulares mais difíceis e em mais de 10 concursos públicos de ponta,
inclusive no mais difícil do País à época, o de Procurador, cargo que exerce há 15 anos.
É o autor best seller que mais vendeu livros para concursos e exames públicos no Brasil,
com mais de 1.000.000 (um milhão) de livros vendidos.
Foi Professor e depois Diretor Geral Acadêmico do maior e mais reconhecido Curso
Preparatório para Concursos do País, bem como Sócio-Fundador da Editora que
revolucionou os estudos para concursos com livros especiais de resumos específicos e
didáticos, bem como de questões de concursos altamente classificadas e comentadas.

É também Coach Especializado em Concurseiros, com formação numa das


melhores escolas do mundo, tendo recebido diversas certificações nacionais e
internacionais na área.
Orientou pessoalmente milhares de aprovados nos mais importantes concur-
sos do País e tem como missão de vida continuar ajudando concurseiros a pas-
sar nos concursos de seus sonhos.
É também Mestre e Doutor em Direito, com atuação destacada no ensino de
disciplinas jurídicas para concursos, bem como estratégias para passar em
concursos públicos.
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Técnicas do "Chute"
para Concursos Públicos
Ao resolver questões de concursos você deve, em pri-
meiro lugar, responder cada questão com base na aten-
ção e no conhecimento acumulado.
Assim, as técnicas que vamos expor neste livro só
devem ser utilizadas como critério quando, aplicados
esses dois elementos, não se souber qual é a alternativa a
ser assinalada ou se a afirmativa é ou não verdadeira.

Nada substitui o conhecimento, as habilidades e as


competências de sua trajetória. Além disso, o uso das
técnicas não garante que as questões serão acertadas, pois
essas ferramentas trabalham com tendências e
probabilidades, e não com certezas.
As técnicas que vamos expor a partir de agora são um
plus que pode sim fazer toda a diferença, aumentando em
muito seu índice de acertos, mas não substitui de modo
algum seus estudos.
Feito este alerta, vamos trabalhar com bastante detalhe
e cuidado cada uma das "Técnicas do Chute", que, em boa
parte, nada mais são do que técnicas de Raciocínio Lógico
aplicado à resolução de questões para concursos.

A) Técnica da Repetição de Elementos


Regra: “Nas questões que repetem elementos entre as
alternativas, a alternativa que tiver os elementos que mais
se repetem entre todas as alternativas tende a ser a correta”.

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Há forte tendência de que a alternativa que contém o


maior número de elementos repetidos em relação às demais
alternativas seja a alternativa correta.
Confira um exemplo:
São princípios que regem a Administração Pública, pre-
vistos expressamente na Constituição em vigor,
(A) impessoalidade, moralidade, publicidade, probidade
e eficiência.
(B) legalidade, moralidade, publicidade, eficiência e
especialidade.
(C) legalidade, impessoalidade, probidade, motivação e
continuidade.
(D) legalidade, impessoalidade, moralidade, motivação e
publicidade.
(E) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade
e eficiência.
Gabarito “E”
Vejamos a estatística disso, que faz com que a alternativa
correta seja a “E”, que traz a maior repetição de elementos:
Legalidade 4
Impessoalidade 4
Moralidade 4
Publicidade 4
Eficiência 3
__________
Probidade 2
Motivação 2
Especialidade 1
Continuidade 1

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Vale alertar que essa técnica da “repetição de elementos”


deve ser casada com a “técnica da exclusão”. Ou seja, caso a
alternativa “a” contenha o maior número de elementos repe-
tidos mas nessa mesma alternativa haja um elemento que
você sabe que está incorreto, fuja da alternativa “a” e tente
verificar qual é a segunda alternativa que tem mais elemen-
tos repetidos.
Numa prova existe até a possibilidade de que a alter-
nativa correta seja a que tenha menos elementos positivos.
Quando isso acontecer, estaremos diante de uma verdadeira
pegadinha.
Nesses casos, o examinador costuma denunciar que está
fazendo uma pegadinha colocando uma série de palavras
desconhecidas ou comprovadamente impertinentes nas
demais alternativas.
Vejamos um exemplo:
São formas de extinção do ato administrativo:
a) retrocessão, reversão e caducidade;
b) retrocessão, reversão e cassação;
c) anulação, revogação e cassação;
d) retrocessão, reversão e renúncia.
Gabarito “C”

Aqueles que estudam Direito perceberão que o exami-


nador está nitidamente tentando deixar o candidato inse-
guro. A intenção de gerar insegurança é tão grande que o

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examinador acabou forçando uma barra com a inserção de


palavras totalmente dissociadas das formas de extinção do
ato administrativo, como são os casos das palavras “retro-
cessão” e “reversão”. Um conhecimento mínimo de extin-
ção dos atos administrativos levaria à exclusão das alterna-
tivas com palavras tão estranha a essa temática (extinção
dos atos).
Assim, é importante levar em conta a “Técnica da Repe-
tição de Elementos”, pois muitas vezes o examinador parte
dessa técnica para tentar deixar o examinando inseguro. E,
claro, isso sem perder de vista o bom senso e o conheci-
mento que se tem da disciplina.
Não se preocupe com o conteúdo das questões apre-
sentadas neste tópico! Trata-se apenas de um cenário
criado para você entender que quando o examinador quer
fazer uma pegadinha para impedir o uso pelo candidato da
técnica da repetição de elementos é muito comum que ele
use palavras desconhecidas entre os “elementos repetidos”
para deixar o candidato inseguro.
B) Técnica das Afirmações Generalizantes
Regra: “Afirmações generalizantes tendem a ser
incorretas”.
Pista 1: palavras generalizantes
ð sempre, nunca, qualquer, absolutamente, apenas,
só, somente, jamais, impossível, todos, exclusiva,
exclusivamente, tudo, total, totalmente, pleno, ple-
namente, completo, completamente, incondicional,

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incondicionalmente, simplesmente, puramente,


integral, integralmente, definitivamente, nenhum,
ninguém, sem exceções

Pista 2: “pode”, “não pode” e “deve”


ð “Quando as alternativas trouxerem um contraponto
entre as palavras ‘pode’, ‘não pode’ e ‘deve’, as afirma-
ções que se iniciam com ‘pode’ tendem a ser corretas
por não serem tão decisivas, comportando exceções;
ao contrário, as afirmações que se iniciarem com ‘não
pode’ e ‘deve’ tendem a ser incorretas em razão de seu
caráter generalizante.”

Pista 3: contraponto entre assertivas negativas e


positivas
ð “Quando as alternativas trouxerem afirmações nega-
tivas e positivas, há maior probabilidade de que as
negativas sejam falsas, observadas as demais técnicas.”

Em acréscimo às regras citadas, vale destacar a seguinte


regra: dentre os vícios que geram uma assertiva generali-
zante, o mais grave é o que contém “palavras generalizan-
tes”; depois o que contém “pode”, “não pode” e “deve”; e o
menos grave é o vício que contém “assertivas negativas”.
Essa talvez seja a técnica mais importante para as provas
e exames.
Isso porque os examinadores, ao elaborar questões, são
obrigados a criar alternativas incorretas. Nesse proceder, a

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maneira mais fácil de invalidar uma questão é trazendo uma


palavra ou uma expressão que generaliza a afirmativa.
Quem generaliza normalmente está falando uma men-
tira. Isso ocorre porque quase toda regra tem exceção, de
modo a fazer com que as generalizações se mostrem falsas.
No Direito isso é muito comum. Até direitos extrema-
mente relevantes, como o direito à vida, têm exceção. No
caso, o direito à vida cede em caso de guerra ou em dadas
situações de legítima defesa ou de estado de necessidade.
É por isso que quando você encontrar uma palavra ou
expressão que importa em generalização você deve con-
cluir que se trata, muito provavelmente, de uma afirmativa
incorreta.
No entanto, há algumas regras nas diversas ciências,
inclusivo no Direito, que são absolutas, ou seja, que não
comportam exceção.
As hipóteses são poucas, mas você deve ficar bem atento
a elas, pois há examinadores que conhecem a “Técnica das
Assertivas Generalizantes” e que gostam de usá-la em des-
favor do examinando.
Para você que fará provas de Direito, por exemplo, e
quer evitar cair na malícia do examinador, é imperioso que
conheça os casos mais comuns em que o Direito comporta,
de fato, afirmativas generalizantes.
Nesse sentido, quando estiver estudando e se deparar
com um dispositivo legal ou uma jurisprudência, marque

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os casos em que se tem uma afirmação generalizante ver-


dadeira, para revisar várias vezes essa exceção e não cair em
pagadinhas do examinador.
A título de exemplo, confira alguns casos previstos na
Constituição Federal de afirmativas verdadeiras, mesmo
contendo palavras generalizantes:
Art. 5º, XIX - as associações só poderão ser compulso-
riamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por
decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito
em julgado;
Art. 5º, LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos
atos processuais quando a defesa da intimidade ou o inte-
resse social o exigirem;
Art. 31 - § 2º - O parecer prévio, emitido pelo órgão
competente sobre as contas que o Prefeito deve anualmente
prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços
dos membros da Câmara Municipal
Art. 41 - § 1º O servidor público estável só perderá o
cargo:
Art. 53 - § 8º As imunidades de Deputados ou Senado-
res subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser sus-
pensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execu-
ção da medida
Art. 142 - VI - o oficial só perderá o posto e a patente se
for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível,

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por decisão de tribunal militar de caráter permanente, em


tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra;
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constitui-
ção, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado
só será permitida quando necessária aos imperativos da
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, con-
forme definidos em lei.
Art. 21, XXIII, a) toda atividade nuclear em territó-
rio nacional somente será admitida para fins pacíficos e
mediante aprovação do Congresso Nacional;
Art. 37, X - a remuneração dos servidores públicos e o
subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser
fixados ou alterados por lei específica, observada a inicia-
tiva privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual,
sempre na mesma data e sem distinção de índices;
Art. 37, XIX - somente por lei específica poderá ser criada
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua
atuação
Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus
membros ou dos membros do respectivo órgão especial
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei
ou ato normativo do Poder Público.
Art. 37, V - as funções de confiança, exercidas exclusiva-
mente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos

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em comissão, a serem preenchidos por servidores de car-


reira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos
em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia
e assessoramento;
Art. 5º, XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem
armas, em locais abertos ao público, independentemente de
autorização, desde que não frustrem outra reunião anterior-
mente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido
prévio aviso à autoridade competente;
Art. 7º, VII - garantia de salário, nunca inferior ao
mínimo, para os que percebem remuneração variável;
Portanto, fique atento e saiba usar essa técnica tanto para
atacar como para se defender…

Agora vamos conferir uma questão em que a Técnica


das Afirmações Generalizantes se aplica.

Com relação à anulação dos atos administrativos, é cor-


reto afirmar que
(A) opera efeitos ex nunc e não alcança os atos que geram
direitos adquiridos e os que exauriram seus efeitos.
(B) apenas os atos vinculados emitidos em desacordo
com os preceitos legais serão invalidados pela pró-
pria Administração, com efeitos ex nunc.
(C) o Poder Judiciário deverá anular os atos discricioná-
rios por motivo de conveniência e oportunidade.
(D) o Poder Judiciário não poderá declarar a nulidade
dos atos administrativos discricionários eivados de
vícios quanto ao sujeito.

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(E) o desfazimento do ato que apresente vício quanto


aos motivos produz efeitos retroativos à data em que
foi emitido.
Gabarito “E”

Em primeiro lugar, repare nos seguintes elementos das


alternativas: A: assertiva negativa (“não alcança”); B: pala-
vra generalizante (“apenas”); C: assertiva com “deverá”; D:
assertiva com “não poderá”; E: assertiva positiva. Repare que
a alternativa “E” é a única que não contém elemento gene-
ralizante e ainda tem também caráter positivo, tratando-se
da alternativa correta.
Mais uma vez pedimos que você não se preocupe com
o conteúdo da questão acima, mas apenas com a análise
do caráter generalizante ou não das assertivas trazidas nas
alternativas a partir da observação de palavras e expressões
contidas nas afirmações.

C) Técnica Antidistratora

Regra: “Há alternativas plausíveis, mas que são falsas


justamente pela existência de distratores, ou seja, de termos
que invalidam a afirmativa”.
Também são chamados de distratores as alternativas
criadas para distrair os examinandos.
Pista 1: São distratores as afirmativas com:
ð Explicações desnecessárias: essas explicações costu-
mam invalidar a afirmativa.

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ð Ideia verdadeira, mas com explicação falsa; ou


ideia falsa, mas com explicação verdadeira: por isso
é importante separar a análise da ideia da análise da
explicação e tentar verificar a compatibilidade. Nesse
sentido são muito úteis as marcações nas expressões
explicativas, como “pois”, “porque”, “porquanto” etc.
Pista 2: Podem ser distratores as afirmativas com termos:
ð Dúbios
ð Imprecisos
ð Controversos
ð Exagerados
ð Muito adjetivados
ð Com raciocínios aligeirados (senso comum apressado)
ð Politicamente corretos, mas dissociados da pergunta,
de modo a distrair o avaliado.
O uso do distrator “explicações desnecessárias” é muito
comum e vale a pena mais explicações a respeito.
Quando o examinando estiver lendo uma alternativa de
uma questão e se deparar com uma afirmativa seguida des-
sas tais explicações desnecessárias ou de explicações muito
compridas, deve desconfiar muito.
Normalmente, essa circunstância faz com que a alterna-
tiva em análise torne-se incorreta.

E isso se dá por três motivos.

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Primeiro porque o examinador precisa se utilizar desse


recurso para invalidar assertivas, ou seja, para torná-las
incorretas.

Segundo porque quanto maior o número de explicações


numa frase, maior a chance de uma delas estar incorreta.

E terceiro porque, nas provas com questões de “Direito”


ou com leis naturais das áreas de Exatas ou Biológicas, as
alternativas costumam ser criadas a partir do próprio texto
legal ou da própria lei matemática ou natural e estes, como
se sabe, não ficam explicando as coisas. As leis determi-
nam, e pronto! Elas não ficam explicando o porquê de sua
existência.

No entanto, há casos em que o examinador, em todas ou


em boa parte das alternativas de uma questão, usa a técnica
de fazer afirmativas e ficar explicando o sentido delas.

Nesses casos, deve-se buscar a alternativa correta


levando em conta os seguintes princípios:

a) as explicações menores costumam ser corretas;

b) as explicações não radicais costumam ser corretas;

c) as explicações não generalizantes costumam ser


corretas.
Confira questão em que a “técnica do antidistrator” para
combater alternativas com explicações desnecessárias se
aplica.

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A competência para a revogação do ato administrativo é


(A) de seu autor e do Poder Judiciário, ante a inafastabi-
lidade da jurisdição.
(B) do superior hierárquico e do Poder Judiciário, ante a
inafastabilidade da jurisdição.
(C) do superior hierárquico, somente mediante recurso,
pois lhe é vedado agir de ofício.
(D) de seu autor ou de quem tenha poderes para conhe-
cer de ofício ou por recurso.
(E) de seu autor, apenas na hipótese de ato vinculado,
desde que agindo de ofício.
Gabarito “D”

Independentemente do conteúdo da questão, repare nas


expressões explicativas: i) “ante”, na alternativa “a”; ii) “ante”,
na alternativa “b”; iii) “pois”, na alternativa “c”; e iv) “desde
que”, na alternativa “e”.
Repare, agora, que a alternativa “d” só traz uma afirma-
tiva, não havendo explicações desnecessárias subsequentes,
tratando-se da alternativa correta.
D) Técnica da Sintonia Gramatical e Lógica
Regra 1: “Devem ser consideradas incorretas as asserti-
vas que não estão em sintonia lógica ou gramatical com o
enunciado”.
Regra 2: “Entre alternativas excludentes entre si, uma
delas tende a ser correta”.

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Confira questão em que a “Técnica da Sintonia Grama-


tical e Lógica” se aplica.
(Analista – TSE – 2006 – CESPE) Um TRE publicou
edital de concurso público para provimento de uma única
vaga de ortodontista. O edital continha cláusula determi-
nando que o concurso seria válido por seis meses, contados
da homologação do concurso. Nessa situação, é correto afir-
mar que essa cláusula é
(A) válida.
(B) inconstitucional, pois a Constituição da República
determina que a validade mínima de concursos
públicos é de 2 anos.
(C) ilícita, pois a lei determina que os concursos públicos
devem valer por no mínimo 1 ano.
(D) inválida, porque é incompatível com o princípio da
moralidade administrativa.
Gabarito “A”
Independente do conteúdo da questão, repare que as
alternativas “b”, “c” e “d” excluem a alternativa “a”. Isso
porque as expressões “inconstitucional”, “ilícita” e “invá-
lida” são relativamente equivalentes para efeito de analisar
o teor do suposto vício contido na cláusula do edital com
problema.
No caso, em não se sabendo qual é a resposta correta
a partir do estudo da matéria, poder-se-ia, por exclusão, e

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invocando a sintonia lógica, dizer que a alternativa “a” é a


única correta por trazer uma resposta com sentido oposto
ao das outras três alternativas.

Vale apontar que essa questão também poderia ser


resolvida com a aplicação da Técnica das Explicações Des-
necessárias. Isso porque as alternativas “b”, “c” e “d” contêm
expressões explicativas (“pois”, “pois” e “porque”, respecti-
vamente”), ao passo que a alternativa “a” não traz explica-
ção alguma.

Por fim, há também uma terceira regra dentro da Técnica


da Sintonia Gramatical e Lógica, mas tal regra é aplicada
apenas às questões de Direito.

De acordo com essa regra, “as alternativas que têm a


redação mais próxima do estilo de textos legais costumam
ser corretas em relação às que contêm trechos que fogem
desse estilo”.

Tal regra decorre do fato de que o examinador, para não


correr o risco dos examinandos pedirem a anulação da ques-
tão por ele criada, acaba por preferir criar alternativas consi-
deradas corretas a partir da exata transcrição do texto legal.
É muito mais seguro para o examinador agir assim.

Dessa forma, cabe ao examinando verificar quais alter-


nativas têm a maior cara de texto legal para que tenha um
indicativo a mais de qual alternativa é a correta.

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Nesse sentido, vale lembrar que os textos legais devem,


normalmente, usar os padrões de redação do Decreto
Federal 4.176/021.

1 “I - para a obtenção da clareza:


a) usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo
quando a norma versar sobre assunto técnico, hipótese em que se pode
empregar a nomenclatura própria da área em que se está legislando;
b) usar frases curtas e concisas;
c) construir as orações na ordem direta, evitando preciosismo, neolo-
gismo e adjetivações dispensáveis;
d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das nor-
mas legais, de preferência o tempo presente ou o futuro simples do
presente; e
e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os abu-
sos de caráter estilístico;
II - para a obtenção da precisão:
a) articular a linguagem, técnica ou comum, com clareza, de modo que
permita perfeita compreensão do objetivo, do conteúdo e do alcance
do ato normativo;
b) expressar a ideia, quando repetida no texto, por meio das mesmas
palavras, evitando o emprego de sinonímia com propósito meramente
estilístico;
c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido
ao texto;
d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na
maior parte do território nacional, evitando o uso de expressões locais
ou regionais;
e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de
que a primeira referência no texto seja acompanhada de explicitação
de seu significado;
f ) indicar, expressamente, o dispositivo objeto de remissão, por meio
do emprego da abreviatura “art.” seguida do correspondente número,
ordinal ou cardinal;

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Portanto, fique atento às características dos textos das


alternativas, buscando, sempre que for o caso, dar maior
valor às alternativas que tragam redação mais próxima da
redação formal, típica dos dispositivos legais.

g) utilizar as conjunções “e” ou “ou” no penúltimo inciso, alínea ou


item, conforme a sequência de dispositivos seja, respectivamente,
cumulativa ou disjuntiva;
h) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais,
exceto data, número de ato normativo e casos em que houver prejuízo
para a compreensão do texto;
i) expressar valores monetários em algarismos arábicos, seguidos de
sua indicação por extenso, entre parênteses;
j) empregar nas datas as seguintes formas:
1. 4 de março de 1998 e não 04 de março de 1998; e
2. 1º de maio de 1998 e não 1 de maio de 1998;
l) grafar a remissão aos atos normativos das seguintes formas:
1. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, na ementa, no preâm-
bulo, na primeira remissão e na cláusula de revogação; e
2. Lei nº 8.112, de 1990, nos demais casos; e
m) grafar a indicação do ano sem o ponto entre as casas do milhar e
da centena;
III - para a obtenção da ordem lógica:
a) reunir sob as categorias de agregação – subseção, seção, capítulo,
título e livro – apenas as disposições relacionadas com a matéria nelas
especificada;
b) restringir o conteúdo de cada artigo a um único assunto ou
princípio;
c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à
norma enunciada no caput do artigo e as exceções à regra por este
estabelecida; e
d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, das alí-
neas e dos itens.”

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E) Técnica do bom senso e do politicamente correto


Regra: “Afirmações que expressam o bom senso, o poli-
ticamente correto e os direitos fundamentais das pessoas
tendem a ser corretas, caso guardem relação com o pedido
formulado no enunciado da questão”.
O examinador terá de fazer um compromisso com o bom
senso quando formular uma assertiva que considerará cor-
reta. Ou seja, terá de formular uma assertiva que esteja de
acordo com o pensamento médio dos operadores daquela área
do conhecimento, bem como de acordo com o politicamente
correto e os direitos fundamentais.
Do contrário, estará sujeito às seguintes consequências:
a) reprovação social;
b)
reprovação dos profissionais daquela área do
conhecimento;
c) possibilidade de ter que anular a questão formulada e
atribuir pontos a todos os examinandos.
Em virtude disso, na área do Direito, por exemplo, o exa-
minador costuma criar alternativas valendo-se dos seguintes
textos: a) diplomas legais; b) súmulas; e c) demais decisões
dos Tribunais Superiores (jurisprudência). Assim ele não
corre o risco de escrever algo fora do bom senso e que seja
politicamente incorreto.
É claro que também são utilizados textos de professo-
res e doutrinadores reconhecidos no setor jurídico. Nesse
sentido, o candidato deve observar as provas anteriores e

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verificar os doutrinadores preferidos dos examinadores,


buscando a leitura de textos daqueles.
Mas, na maior parte das vezes, o conteúdo das alterna-
tivas é retirado dos textos previstos em dispositivos legais
e na jurisprudência. E tais textos, como se sabe, estão em
harmonia com o bom senso, o politicamente correto e os
direitos fundamentais. Desta forma, o examinando dificil-
mente encontrará um texto com base legislativa ou juris-
prudencial que seja muito radical, e, consequentemente, é
bastante improvável que uma alternativa radical seja consi-
derada correta em uma prova ou exame.
Quem tem noção do que é certo e do que é errado,
segundo os valores citados, terá plenas condições de fazer
juízos de valor com a finalidade de verificar qual assertiva é
correta e qual assertiva é incorreta.
Portanto, procure marcar como correta as alternativas
que estão em consonância com os valores citados.
Confira uma questão em que essa técnica se aplica.
(CESPE) Segundo a Constituição Federal, pode ser ins-
tituída pena
(A) de caráter perpétuo.
(B) de trabalhos forçados.
(C) de perda de bens.
(D) de banimento.
Gabarito “C”

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A resposta à presente pergunta se encontra no art. 5º,


XLVII e LIV, da Constituição Federal.
Porém, mesmo que o examinando não fosse da área do
Direito, bastaria ter um mínimo de informação e bom senso
para chegar à conclusão de que a única das penas citadas
na questão que está em sintonia com o politicamente cor-
reto e com os direitos fundamentais é a pena de “perda de
bens”, pena essa que até já existe, pois os instrumentos do
crime, por exemplo, são retirados do condenado em favor
do Estado.
Basta pensar um pouquinho e perceber que nenhuma
das penas acima (tirando a “perda de bens”) existe em nosso
País, sendo reconhecidas em geral como desumanas na cul-
tura voltada aos direitos humanos e ao politicamente cor-
reto, ainda que cada um de nós possa ter a opinião pessoal
que quiser a respeito desse assunto.

F) Técnica da Etimologia

Regra: “Expressões desconhecidas devem gerar raciocí-


nio e busca da etimologia da palavra, e não distanciamento”.
As expressões técnicas, criadas por qualquer ciência
ou área do conhecimento, costumam ter origem em pala-
vras ou expressões que também são usada em seu sentido
comum.
Peguemos, por exemplo, a expressão “autotutela”. Trata-se
de um princípio da Administração Pública que aparece
bastante nas provas e exames que têm questões de Direito.

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Mesmo que o examinando não conheça o tal princípio


da “autotutela”, se buscar a raiz da expressão, terá elementos
para responder boa parte das perguntas sobre este.
Vejamos. A expressão “auto” significa “próprio”. A
expressão “tutela” significa “cuidar”, “tomar conta”. Muito
bem. Dessa forma, quando se diz que a autotutela é um
princípio da Administração Pública, está-se reconhecendo
que esta (a Administração Pública) cuida e toma conta de
seus próprios atos.
Decorre disso o fato de que compete à Administração
expedir os seus atos (seus “próprios” atos) e também modifi-
cá-los e até extingui-los – pela revogação, anulação, cassação
etc. – tudo sem que tenha de requerer que o Poder Judiciá-
rio, por meio de um juiz, participe, vez que, se a Adminis-
tração Pública pode tomar conta de seus próprios atos, é
justamente porque não é necessária a participação do Poder
Judiciário.
Em suma, pela autotutela a Administração pode, sem
que tenha de pedir ao Poder Judiciário, expedir, anular e
revogar seus próprios atos.
Peguemos agora a expressão “revogação”. Trata-se de
uma forma de extinção do ato administrativo, que também
aparece bastante nas provas e exames.
Mesmo que o examinando não conheça o que é “revo-
gação”, se buscar a raiz da expressão terá elementos para
responder boa parte das perguntas a respeito do instituto.

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A expressão “re” significa “retirar”. A expressão “vocare”


significa “voz”. Muito bem! Dessa forma, a expressão “revo-
gação” significa “retirar a voz”.
Assim, quando a Administração Pública expede um
ato administrativo, somente ela pode revogá-lo, pois se foi
a Administração quem expediu aquele ato (quem expediu
a “voz”), é a própria Administração quem tem o poder de
“retirar” essa voz.
Em suma, somente a Administração Pública pode revo-
gar seus atos, não sendo possível que o Judiciário revogue
um ato que não é seu.
Aplicando os conceitos acima, extraídos da raiz das pala-
vras, vamos resolver a seguinte questão:
Dentre os princípios da Administração Pública, a auto-
tutela caracteriza-se por:
(A) impedir que o Poder Judiciário reveja os atos pratica-
dos pela Administração Pública.
(B) permitir que a Administração Pública reveja seus
próprios atos, revogando-os por motivo de interesse
público (oportunidade e conveniência), assim como
anulando os atos inquinados pela ilicitude.
(C) permitir que o Poder Judiciário revogue os atos pra-
ticados pela Administração Pública.
(D) permitir que o Poder Judiciário anule os atos pratica-
dos pela Administração Pública.
(E) impor aos administrados as decisões administrativas.
Gabarito “B”

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A: incorreta, pois, pela autotutela, a Administração não


precisa recorrer ao Judiciário para rever os seus atos, mas
nada impede que alguém busque o Judiciário e peça a anu-
lação de um ato administrativo;
B: correta (art. 53 da Lei 9.784/99);
C: incorreta, pois o Judiciário não pode revogar os atos
da Administração, a não ser que se trate de atos de sua pró-
pria administração;
D: incorreta, pois o princípio da autotutela, como o pró-
prio nome diz, possibilita que a própria Administração
tutele os seus atos, independentemente da atuação do Judi-
ciário; portanto, o princípio que permite ao Judiciário anular
os atos da Administração é outro, no caso, o princípio do
controle jurisdicional dos atos administrativos;
E: incorreta, pois, como se viu, o princípio da autotutela
tem outro sentido; o que permite tal imposição é o atributo
do ato administrativo denominado imperatividade.

Bom, esse é apenas um pequeno exemplo de como se dá


o procedimento de buscar a raiz das palavras.
É importante insistir com você sobre o que o que já
informamos antes: as ciências em geral e a legislação esco-
lhem o nome dos institutos tendo em conta o significado
habitual das palavras.
Elas não escolhem nomes objetivando criar pegadinhas
em provas e exames!

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Os nomes dos institutos e das teorias, se analisados a


fundo, levam ao significado desse mesmo instituto ou teoria.
De qualquer forma, temos que reconhecer que há casos
(não muitos, mas há casos) em que um instituto leva um
nome que não guarda relação com o seu significado. E, nesse
sentido, há casos (não muitos, mas há casos!) em que o exa-
minador se vale dessa estranheza de nomes para fazer per-
guntas um pouco mais difíceis.
Para que você se defenda desse ataque, faz-se necessário,
ao ler as teorias da sua área ou ao ler a legislação, grifar as
palavras mais estranhas (aquelas cujos nomes não têm a ver
com o significado da palavra ou cujos nomes você não sabe o
significado habitual da palavra), para que, quando fizer uma
revisão da leitura, você guarde o significado delas e assim
evite ter maiores problemas quando tais palavras aparece-
rem em um exame ou prova.

G) Técnica do Perfil do Examinador

Regra: “Deve-se procurar a resposta correta conside-


rando os objetivos institucionais da carreira almejada e da
banca examinadora, sem ser temerário”.
Essa técnica deve ser levada em conta não só quanto à
carreira almejada num concurso público ou num exame, mas
também quanto às características da examinadora e quanto
aos princípios e valores de uma dada área do conhecimento.
Cada carreira tem suas bandeiras. Vejamos alguns
exemplos:

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ð Carreira da Advocacia (Exame de Ordem): tem como


uma de suas principais bandeiras a defesa da demo-
cracia, da moralidade administrativa, dos direitos
humanos, dos direitos fundamentais, dos direitos dos
contribuintes e administrados e das prerrogativas do
advogado.
ð Carreiras do Ministério Público: têm como umas de
suas principais bandeiras a defesa da democracia, da
moralidade administrativa, dos direitos difusos e cole-
tivos, e da ordem e da segurança pública.
ð Carreiras Fiscais: têm como uma das principais bandei-
ras a defesa das prerrogativas fiscais da Administração
Pública, bem como da necessidade de arrecadar o maior
número de tributos possível fática e juridicamente.
E por aí vai. Quando você escolhe uma carreira você o
faz ciente dessas bandeiras.
É preciso que você faça provas e exames levando em
conta essas peculiaridades.
O que você não pode fazer é ser temerário. Vamos a um
exemplo.
Não é porque as carreiras do Ministério Público são liga-
das com a defesa da ordem e da segurança pública que você irá
se esquecer de que os direitos fundamentais devem ser prote-
gidos e preservados em investigações criminais, por exemplo.
Cada examinadora também tem suas características.
O CESPE, por exemplo, trabalha bastante nas questões

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de Direito, com os textos legais e com a jurisprudência


recente dos Tribunais Superiores. Quando trabalha com a
doutrina e a teoria, também há algumas preferências dessa
banca. Em Direito Administrativo, por exemplo, há diver-
sas citações, no próprio corpo da questão, de obras dos
autores Celso Antônio Bandeira de Mello e Maria Sylvia
Zanella Di Pietro, indicando preferência por esses doutri-
nadores, o que pode mudar depois de um tempo, mas deve
ser objeto de atenção.
Por fim, vale lembrar que cada área do conhecimento
tem também suas peculiaridades. Em Direitos Humanos,
por exemplo, as questões costumam trazer posições mais
avançadas dentro da temática, diferentemente de Direito
Civil, que é um ramo do direito que, talvez pela sua grande
extensão, ainda precisa sofrer bastante evolução doutrinária
e jurisprudencial, o que se refletirá, no futuro, em questões
com posições mais avançadas.
Portanto, antes de fazer uma prova ou exame, investigue
mais sobre as bandeiras da carreira, as preferências das ban-
cas examinadoras e as peculiaridades de cada área do conhe-
cimento que cairá no exame.

H) Técnica da Exclusão

Regra 1: “Quando duas alternativas são excludentes


entre si, a tendência é de que uma delas seja a verdadeira”.
Regra 2: “Quando duas alternativas têm conteúdo igual,
mas com palavras diferentes, ambas são falsas, pois não é
possível que duas alternativas sejam verdadeiras”.

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Confira uma questão em que a técnica se aplica:


Se o acusado num processo criminal se recusa a respon-
der às perguntas que lhe são feitas pelo juiz, o magistrado:
a) deve punir o acusado, retirando-lhe o direito de defesa
b) deve prender o acusado até que ele se disponha a dar
as respostas pedidas
c) deve decretar a prisão do acusado, em face da desobe-
diência à sua ordem
d) deve considerar o silêncio como confissão tácita dos
crimes que lhe são atribuídos
e) deve aceitar essa decisão
Gabarito “E”.
Repare que as quatro primeiras alternativas vão na
mesma linha de raciocínio, no sentido de punir quem deseja
ficar calado, e que a única que segue outra lógica é a última
alternativa, que é a correta nesse caso.

I) Técnica da Estatística Final

Regra: “Depois de respondidas as questões cujas respos-


tas se saiba, deve-se fazer uma estatística das alternativas já
marcadas, com vistas a concluir as demais questões conside-
rando uma proporção entre as alternativas marcadas e as a
serem marcadas”.
Antes de reforçarmos alguns elementos básicos dessa téc-
nica, é bom lembrar que é de fundamental importância para

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o examinando ter uma estratégia prévia de como desenvol-


verá a resolução das questões numa prova ou exame.
Nesse sentido, vale trazer algumas dicas básicas quanto a
essa estratégia. Vejamos:
a) deve-se acompanhar no relógio o tempo de prova e
o número de minutos que se tem para resolver cada
questão;
b) deve-se reservar um tempo razoável, no final da prova,
só para passar as respostas assinaladas para o gabarito
final;
c) deve-se iniciar a resolução de cada questão, deixando
para o final as questões mais difíceis ou as que se está
com dúvida entre alternativas que remanesceram após
as anotações, as reflexões e o uso das técnicas;
d) deve-se aplicar a Técnica da Estatística Final levando
em conta que alternativas excluídas por motivos sérios
e graves não devem ser assinaladas só por conta da
estatística feita; assim, não é porque está faltando
assinalar mais alternativas “c” que se vai assinalar “c”
numa questão que não se conseguiu fazer por inteiro,
mas cuja alternativa “c” já foi excluída por motivos de
grande relevância.
A técnica em tela também pode ser utilizada em ques-
tões de “Certo” e “Errado” e também em questões em que
se pede para analisar afirmativas, como a questão seguinte:
Quanto ao ato e processo administrativos:

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I. a Administração pode revogar seus próprios atos por


motivo de conveniência ou oportunidade, respeita-
dos os direitos adquiridos;
II. o recurso administrativo, salvo disposição legal em
contrário, tramitará no máximo por duas instâncias
administrativas;
III. o órgão competente para decidir o recurso adminis-
trativo poderá confirmar, modificar, anular ou revo-
gar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a
matéria for de sua competência, não sendo possível,
em qualquer hipótese, a ocorrência de gravame à
situação do recorrente;
IV. a Administração poderá convalidar os atos que apre-
sentarem defeitos sanáveis, em decisão na qual se
evidencie a inocorrência de lesão ao interesse público
e/ou prejuízos a terceiros.
Analisando as asserções acima, pode-se afirmar que:
(A) todas estão corretas;
(B) apenas as de número II e IV estão corretas;
(C) apenas as de número II e III estão incorretas;
(D) todas estão incorretas;
(E) não respondida.
Gabarito “C”

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Nesse tipo de questão costuma haver um equilíbrio entre as


assertivas corretas e incorretas, como aconteceu na questão
acima, em que duas asserções estão corretas (I e IV) e duas
estão incorretas (II e III).
Essa análise, porém, é feita considerando todas as questões
da mesma prova em que se pede para analisar afirmativas.
Assim, há de se fazer uma checagem geral em todas as
questões da prova com esse formato para ver se está havendo um
equilíbrio dentre as assertivas “corretas” e “incorretas”.
Após fazer essa estatística, se o número de asserções
que você apontou como correta é bem maior do que o
número de asserções que você apontou como incorreta,
você pode apostar que deverá haver mais asserções
incorretas a serem assinaladas.

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