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Salvador - BA
2019
Yasmim Morgana Fernandes
Salvador - BA
Abril 2019
1. INTRODUÇÃO
O ensaio de granulométrica é utilizado para determinar a distribuição
granulométrica do solo, ou em outras palavras, a percentagem em peso que
cada faixa especificada de tamanho de grãos representa na massa seca total
utilizada para o ensaio. O ensaio de granulométrica é dividido em duas partes
distintas, utilizáveis de acordo com o tipo de solo e as finalidades do ensaio
para cada caso particular. São elas: análise granulométrica por peneiramento
e análise granulométrica por sedimentação.
A distribuição granulométrica dos materiais granulares, areias e pedregulhos,
será obtida por meio do processo de peneiramento de uma amostra, enquanto
que, para siltes e argilas se utiliza à sedimentação dos sólidos no meio líquido.
Para solos, que tem partículas tanto na fração grossa (areia e pedregulho)
quanto na fração fina (silte e argila) se torna necessária a análise
granulométrica completa (peneiramento e sedimentação). As partículas de um
solo, grosso ou fino, não são esféricas, mas se usará sempre a expressão
diâmetro equivalente da partícula ou apenas diâmetro equivalente, quando se
faz referência ao seu tamanho. Para os materiais granulares ou fração grossa
do solo, o diâmetro equivalente será igual ao diâmetro da menor esfera que
circunscreve a partícula, enquanto que para a fração fina este diâmetro é o
calculado através da lei de Stokes.
1.1. PENEIRAMENTO
Um dos parâmetros mais importantes para estudo das citadas operações
unitárias é a distribuição granulométrica de uma amostra. O peneiramento
consiste em um método de separação onde uma força exterior separa
fisicamente as partículas de acordo com seu tamanho. No peneiramento, a
análise granulométrica é realizada com peneiras padronizadas quanto à
abertura das malhas e à espessura dos fios de que são feitas. As aberturas das
peneiras são quadradas e cada uma é identificada em mesh/in.
MESH – número de aberturas por polegada linear.
As peneiras são arranjadas de tal forma que exista um fator constante entre as
aberturas, da maior para menor.
Nº do tamis = nº de mesh
O fio tem um diâmetro definido que se pode afastar dentro dos limites d max e
dmin definidos; não pode haver reação entre o tamis e o produto a tamisar; Nº
do tamis indica a abertura das malhas em micrômetros.
A Série Tyler é a mais comumente utilizada no Brasil. É constituída de quatorze
peneiras e tem como base uma peneira de 200 malhas por polegada (200
mesh), feita com fios de 0,053 mm de espessura, com uma abertura livre de
0,074 mm. Quando se passa de uma peneira para a imediatamente superior
(ex. 200 mesh para a de 150 mesh), a área da abertura é multiplicada por dois
e, portanto, o lado da malha é multiplicado por raiz quadrada de dois.
1.2. SEDIMENTAÇÃO
A sedimentação é uma operação de separação sólido-líquido baseada na
diferença entre as concentrações das fases presentes na suspensão a ser
processadas, sujeitas à ação do campo gravitacional. A decantação (que é
também comumente nomeada como sedimentação ou espassamento) da fase
particulada ocorre normalmente em tanques cilíndricos (CREMASCO, 2012).
A sedimentação de uma suspensão aquosa de partículas ou flocos pode sofrer
a influência de fatores tais como:
A natureza das partículas, como distribuição de tamanhos, forma,
densidade específica, propriedades químicas e mineralógicas etc.;
A quantidade de sólidos na suspensão;
Pré-tratamento da suspensão, para auxiliar na sedimentação;
Dimensões do tanque de sedimentação.
O mecanismo da sedimentação pode ser mostrado em ensaio com suspensão
em provetas.
Kynch desenvolveu um método de dimensionamento de sedimentadores que
requer apenas um ensaio que forneça a curva de decantação (Z versus θ). Para
isso ele propôs as seguintes considerações:
Sedimentação unidimensional;
A concentração aumenta com o tempo no sentido do fundo do
sedimentador;
A velocidade de sedimentação tende ao valor zero quando a
concentração tende ao seu valor máximo;
A velocidade de sedimentação depende somente da concentração local
de partículas;
Os efeitos de parede não são considerados.
Onde:
Z = altura da interface;
2. OBJETIVO
3. MATERIAIS
3.1. PENEIRAMENTO
● Agitador eletromagnético;
● Areia;
● Jogo de peneiras;
● Escova de peneira;
● Balança;
● Recipiente de metal.
3.2. SEDIMENTAÇÃO
● CaCO3;
● Proveta 1000 mL;
● Régua;
● Água destilada;
● Cronômetro.
4. METODOLOGIA
4.1. PENEIRAMENTO
O experimento foi realizado no laboratório de sólidos da Universidade Católica
do Salvador.
Inicialmente separou-se a série de peneiras de tyller a serem utilizadas que
posteriormente foram organizadas em ordem decrescente, com número de
Mesh variando entre 4 e 200, no fundo foi colocado um recipiente de metal para
coletar o material que passou o diâmetro menor que o de todas as peneiras
utilizadas. Ao todo foram utilizadas 18 peneiras, em decorrência do
equipamento não suportar essa quantidade de peneiras simultaneamente o
experimento teve que ser realizado em 3 partes, em grupos de
respectivamente, 7, 7 e 4 peneiras. Após organização das peneiras, adicionou-
se uma massa representativa de 524,85g do material sólido particulado, na
parte superior do sistema e em seguida ligou-se o equipamento, após 15
minutos, o equipamento foi desligado, retirou-se as peneiras e pesou a massa
retida em cada peneira separadamente. Em seguida realizou-se os cálculos
necessário para análise do granulado em questão.
Nesse experimento, utilizou-se a areia, único material disponível no laboratório,
e o mesmo já havia sido previamente seco na estufa.
Figura 1 – Equipamento utilizado para peneiramento
4.2. SEDIMENTAÇÃO
5.1. PENEIRAMENTO
FRAÇÃO
SISTEMA MASSA RELATIVA
PONDERAL D1 (mm) D2 (mm) D médio % > D# %<D#
(Tyler/Mesh) (g)
RETIDA (%)
+4 0,0000 0,0000 0,000 100,000
-4 +10 0,0000 0,0000 4,760 2,000 3,380 0,000 100,000
-10 +12 0,0000 0,0000 2,000 1,680 1,840 0,000 100,000
-12 +14 0,1200 0,0229 1,680 1,410 1,545 0,023 99,977
-14 +16 0,3500 0,0668 1,410 1,190 1,300 0,090 99,910
-16 +18 0,7300 0,1393 1,190 0,840 1,015 0,229 99,771
-18 +20 1,9800 0,3777 0,840 1,000 0,920 0,607 99,393
-20 +25 9,6500 1,8409 1,000 0,707 0,854 2,447 97,553
-25 +30 12,1900 2,3254 0,707 0,595 0,651 4,773 95,227
-30 +35 31,9700 6,0987 0,595 0,500 0,548 10,872 89,128
-35 +40 42,3500 8,0788 0,500 0,420 0,460 18,950 81,050
-40 +45 57,0800 10,8888 0,420 0,354 0,387 29,839 70,161
-45 +50 55,1400 10,5187 0,354 0,297 0,326 40,358 59,642
-50 +60 46,8700 8,9411 0,297 0,250 0,274 49,299 50,701
-60 +70 63,5600 12,1249 0,250 0,210 0,230 61,424 38,576
-70 +100 42,0800 8,0273 0,210 0,149 0,180 69,451 30,549
-100 +120 35,4600 6,7645 0,149 0,125 0,137 76,216 23,784
-120 +200 96,9200 18,4888 0,125 0,074 0,100 94,704 5,296
FUNDO 27,7600 5,2956 100,000 0,000
SOMA 524,2100 100,0000
HISTOGRAMA
20,0000
18,0000
FRAÇÃO RETIDA (%)
16,0000
14,0000
12,0000
10,0000
8,0000
6,0000
4,0000
2,0000
0,0000
DIÂMETRO MÉDIO
CURVAS ACUMULATIVAS
120,000
%>D# %<D#
100,000
80,000
60,000
%
40,000
20,000
0,000
DIÂMETRO MÉDIO
5.2. SEDIMENTAÇÃO
14,00
12,00
10,00
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
0 5 10 15 20 25 30 35
Sabendo-se que:
m = 50,45 g
QA = 26,7cm3/min
50,45
𝐶𝐴 = = 0,068 g/cm³
800
Pelo método de Kynch, a área mínima do decantador deve ser igual ao valor
máximo obtido, que é de aproximadamente 53,17 cm². É notável que
concentração da suspensão no limite vai aumentando com o tempo e a
velocidade de decantação diminui assim como esperado.
6. CONCLUSÂO
7. REFERÊNCIAS