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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS


Processo Nº. : 0003334-65.2014.8.05.0057

Classe : RECURSO INOMINADO


Recorrente(s) : MARIA ILZA RABELO DE ANDRADE FONTES

Recorrido(s) : BANCO GERADOR S/A.

Origem : 1ª VARA DO SISTEMA DOS JUIZADOS - BARREIRAS


Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE

VOTO- E M E N T A

RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. NEGATIVAÇÃO. AUSÊNCIA


DE CONTRATAÇÃO. RÉU QUE NÃO JUNTA AOS AUTOS
INSTRUMENTO CONTRATUAL, NEM ELEMENTOS INDICATIVOS DA
REGULAR AVENÇA. COBRANÇA INDEVIDA.INEXIGIBILIDADE DA
DÍVIDA. PARTE AUTORA QUE NÃO COLACIONA AOS AUTOS
CONSULTA QUE COMPROVE O ATO DA NEGATIVAÇÃO EM SÍ. FATO
CONSTITUTIVO DO DIREITO RELATIVO À INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS NÃO PROVADO. (ART.373, INCISO I DO CPC).
DANOS MORAIS NÃO CONFIGURADOS. SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA.

1. Trata-se de recurso inominado contra sentença que julgou improcedente a


ação, nestes termos: “ANTE O EXPOSTO, com fulcro na legislação vigente, REJEITO as
preliminares arguidas pelo demandado em sua contestação e, no mérito, JULGO
IMPROCEDENTES os pedidos principais contidos na inaugural, requerido pela autora em face
do réu...”.

2. Alega a parte autora que tivera o seu nome negativado nos órgãos de
proteção ao crédito em virtude de dívida que desconhece, sustentando portanto a
inexistência de relação jurídica com a parte ré, ao tempo em que requereu
indenização pelos danos morais na modalidade in re ispa.
3. A parte recorrente busca a reforma da sentença, aduzindo, em síntese, que
foram comprovados nos autos os requisitos ensejadores do dano moral em virtude
da inclusão indevida de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito, reiterando
a argumentação exposta na exordial.
4. A despeito das alegações da parte acionante acerca da ilegitimidade da
inscrição de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito, a mesma não
colaciona aos autos a prova do quanto alegado, é dizer, não junta qualquer
documento, consulta ou certidão emitido pelo órgão de proteção ao crédito acerca
da negativação, o que representa fato constitutivo do dano moral in re ipsa, sem o
qual não resta caracterizado o direito à indenização.
5. Assim, na hipótese dos autos, era ônus da prova da parte autora não
somente provar a existência de negativação efetuada por solicitação da empresa
demandada, bem como incumbia-lhe demonstrar a inexistência de inscrições
prévias ao débito que se discute, o que de igual modo não fora feito.
6. Ausente a prova do fato constitutivo do direito, sucumbe a parte autora às
regras ordinárias do ônus da prova, previstas no art.373,inciso I do CPC, art.373,
inciso I do novo CPC.

7. Por seu turno, a empresa demandada não faz prova da regularidade da


constituição da dívida que ensejou descontos no contracheque da parte autora.
Tendo esta alegado que não firmara o contrato em tela, incumbia à parte ré a
prova acera da existência da relação jurídica, através da juntada do instrumento
contratual com a assinatura da parte autora, o que todavia não fora feito na
hipótese, sendo mister portanto a declaração da inexigibilidade da dívida em
comento.
8. ISTO POSTO, voto no sentido de CONHECER DO RECURSO
INTERPOSTO E DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO, tão somente para declara
a inexigibilidade da dívida , mantendo no mais a sentença objurgada pelos
próprios fundamento. Sem custas processuais e honorários advocatícios, pelo
êxito da parte no recurso.

9. Salvador, Sala das Sessões, 13 de Abril de 2017.


10.BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
11. Juíza Relatora
12.BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
13.Juíza Presidente
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DA BAHIA

2ª TURMA RECURSAL DOS JUIZADOS ESPECIAIS

Processo Nº. : 0003334-65.2014.8.05.0057

Classe : RECURSO INOMINADO


Recorrente(s) : MARIA ILZA RABELO DE ANDRADE
FONTES

Recorrido(s) : BANCO GERADOR S/A.

Origem : 1ª VARA DO SISTEMA DOS


JUIZADOS - BARREIRAS
Relatora Juíza : MARIA AUXILIADORA SOBRAL
LEITE

ACÓRDÃO
Acordam as Senhoras Juízas da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, CÉLIA MARIA
CARDOZO DOS REIS QUEIROZ –Presidente, MARIA AUXILIADORA SOBRAL
LEITE – Relatora e ALBÊNIO LIMA DA SILVA HONÓRIO, em proferir a seguinte
decisão: RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO . UNÂNIME, de
acordo com a ata do julgamento. Sem custas processuais e honorários advocatícios,
pelo êxito da parte no recurso.

Salvador, Sala das Sessões, 13 de Abril de 2017.


BELA. MARIA AUXILIADORA SOBRAL LEITE
Juíza Relatora
BELA CÉLIA MARIA CARDOZO DOS REIS QUEIROZ
Juíza Presidente

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