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VOTO- E M E N T A
2. Alega a parte autora que tivera o seu nome negativado nos órgãos de
proteção ao crédito em virtude de dívida que desconhece, sustentando portanto a
inexistência de relação jurídica com a parte ré, ao tempo em que requereu
indenização pelos danos morais na modalidade in re ispa.
3. A parte recorrente busca a reforma da sentença, aduzindo, em síntese, que
foram comprovados nos autos os requisitos ensejadores do dano moral em virtude
da inclusão indevida de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito, reiterando
a argumentação exposta na exordial.
4. A despeito das alegações da parte acionante acerca da ilegitimidade da
inscrição de seu nome nos cadastros de proteção ao crédito, a mesma não
colaciona aos autos a prova do quanto alegado, é dizer, não junta qualquer
documento, consulta ou certidão emitido pelo órgão de proteção ao crédito acerca
da negativação, o que representa fato constitutivo do dano moral in re ipsa, sem o
qual não resta caracterizado o direito à indenização.
5. Assim, na hipótese dos autos, era ônus da prova da parte autora não
somente provar a existência de negativação efetuada por solicitação da empresa
demandada, bem como incumbia-lhe demonstrar a inexistência de inscrições
prévias ao débito que se discute, o que de igual modo não fora feito.
6. Ausente a prova do fato constitutivo do direito, sucumbe a parte autora às
regras ordinárias do ônus da prova, previstas no art.373,inciso I do CPC, art.373,
inciso I do novo CPC.
ACÓRDÃO
Acordam as Senhoras Juízas da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais
Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, CÉLIA MARIA
CARDOZO DOS REIS QUEIROZ –Presidente, MARIA AUXILIADORA SOBRAL
LEITE – Relatora e ALBÊNIO LIMA DA SILVA HONÓRIO, em proferir a seguinte
decisão: RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO . UNÂNIME, de
acordo com a ata do julgamento. Sem custas processuais e honorários advocatícios,
pelo êxito da parte no recurso.