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Introdução

Este laboratório tem como o intuito apresentar os conceitos básicos de circuitos trifásicos,
através de conceitos já vistos em circuitos monofásicos de corrente alternada. Os conceitos
abordados nesse experimento foram relações de corrente de fase e linha, sequência de fases,
associação estrela triângulo e medição de potência

Proposição V.1
ASSOCIAÇÃO TRIFÁSICA EQUILIBRADA

Nesta primeira preposição teve como objetivo verificar as condições para obter um sistema
trifásico equilibrado.
Foi utilizado no experimento:
-Um Variac trifásico (220V / Hz)
-Um osciloscópio
-Um nanovip

(i)
Inicialmente, foi acoplado na saída do Variac trifásico de 220V e 60Hz o osciloscópio, ajustado
a tensão eficaz de linha (entre duas fases) em 100V, conforme a figura a seguir:

Imagem 1 – Medição de tensões de fase Variac

Para ajustar a tensão de linha de 100V, foi acoplado o nanovip entre duas fases do Variac.
No canal 1 do osciloscópio, foi acoplado a tensão de fase Van, tomando-a como referência.
Em seguida foi colocado o canal 2 nas tensões Vbn e Vcn e comparado a defasagem em
relação à Van. As defasagens podem ser conferidas nas imagens a seguir:
Imagem 2 – defasagem entre Van e Vbn

Imagem 3 – defasagem entre Van e Vcn

(ii)
Pode-se observar nas imagens 2 e 3 que a defasagem entre as tensões de fase é de
aproximadamente 120º para Vbn em relação a Van (119º) e aproximadamente 240º para Vcb
em reação a Van (238º). Também é possível observar através das imagens que se trata de
uma sequência negativa de fases, como pode ser observado na imagem a seguir:

Imagem 4 – sequência de fase negativa

(iii)
Sabendo que a tensão de linha é a diferença das tensões de fase adjacentes, foi obtido
através da função de subtração do osciloscópio a tensão Vab, como pode ser observado na
imagem 4:
𝑉𝑎𝑏 = 𝑉𝑎𝑛 − 𝑉𝑏𝑛
𝑉𝑏𝑐 = 𝑉𝑏𝑛 − 𝑉𝑐𝑛
𝑉𝑐𝑎 = 𝑉𝑐𝑛 − 𝑉𝑎𝑛

(Relação das tensões de linha e fase)


Imagem 4 – tensão de linha Vab

(iv) Meça a defasagem entre Vlinha e Vfase . Compare com o valor teórico esperado.
Defasagem medida = 1,6ms
ω = 2πf ; sabendo que f=60Hz
ω = 376,8 rad/s
defasagem = 376,8*1,6*10^-3 = 0,6032 rad = 34,57°
O valor teórico esperado é de 30°, a diferença encontrada ocorre devido à erros de
leitura do osciloscópio, imperfeições dos componentes eletrônicos e escalas de leitura do
osciloscópio. Com todos esses fatores a diferença não é significativa para o comportamento
do circuito.

(v) Verifique a relação entre as amplitudes das tensões de linha e de fase. Compare com o
valor teórico esperado (use o multímetro).

Com o variac, foi medido a amplitude das tensões de linha e fase, como pode ser
observado na tabela a seguir:

Vl (V) 101
Vf (V) 58,2

Tabela 1 – tensões de fase e de linha


A relação entre eles será de Vl/Vf = 101/58,2 =1,735
O Valor teórico esperado era de √3 = 1,732; podemos observar que a diferença entre o
valor teórico e o experimental é pequena, não influenciando de forma significativa no
comportamento do circuito montado.
Proposição V.2
SEQUÊNCIA DE FASES

Esta preposição tem como intuito constatar a influência da sequência de fases em um sistema
trifásico. Foi utilizado nesse experimento:
-Um Variac trifásico (220V / Hz)
-Um nanovip
-Um capacitor
-Um resistor de 2,7 𝑘𝛺

(i)
Inicialmente foi calculado o valor de um capacitor C de forma que sua reatância capacitiva
seja igual a 2,7 kΩ para uma frequência de 60Hz.
1
A partir da relação da reatância capacitiva |𝑋𝑐 | = , temos:
𝐶

|𝑋𝑐 | = 2,7 𝑘𝛺

1
2,7. 103 =
2. 60. 𝐶
𝐶 = 0,98 𝜇𝐹

(ii)
Foi montado um circuito com o Variac trifásico ajustado com uma tensão de linha de 50V e
acoplado como Z1 uma resistência de 2,7 𝑘𝛺 e Z2 um capacitor de 1𝜇F, conforme a imagem
a seguir:

Imagem 5 – circuito para análise de sequência de fases

Em seguida, foram medidos com o nanovip as tensões de fase:

𝑉𝑎𝑛′ = 28,0 𝑉 𝑉𝑍1 = 28,4 𝑉 𝑉𝑍2 = 29,7 𝑉

(iii)
Zerando a saída do variac e invertendo as fases b e c, foram realizadas as mesmas medidas
do item anterior:

𝑉𝑎𝑛′ = 28,2 𝑉 𝑉𝑍1 = 29,6 𝑉 𝑉𝑍2 = 28,9 𝑉


Pode-se observar que na tensão 𝑉𝑎𝑛 houve uma alteração insignificante, e as tensões b e c,
tiveram seus valores invertidos. Com isso, pode-se concluir que para inverter uma tensão
aplicada em uma carga em um circuito trifásico, basta inverter uma de suas tensões de linha.

(iv)
A partir do circuito montado e dos valores aferidos, foi possível fazer a representação fasorial
das tensões de linha e o fasor Van, que pode ser observado no anexo desse relatório (anexo
1).

(v) Em função do experimento realizado, o que se pode concluir sobre a influência da


sequência de fases sobre cargas desequilibradas?
Observando o experimento nota-se que a sequência de fases pode influenciar na
tensão eficaz sobre as cargas, de forma que ao trocar as fases que alimentam cada
componente notou-se que a tensão eficaz medida em cada um deles mudou também,
concluindo que a defasagem (120°) entre as fases vai atuar diretamente sobre a tensão
eficaz que será aplicada no circuito, fazendo com que cada uma das fases trabalhe de
forma diferente uma da outra.
Proposição V.3
ASSOCIAÇÃO Y

Esta preposição tem como objetivo verificar as características de operações de carga Y com
e sem neutro ligado. Foi utilizado neste experimento:
-Um Variac trifásico (220V / Hz)
-Um nanovip
-3 lâmpadas iguais 220V / 100W

(i)
Inicialmente foi montado o seguinte circuito alimentado pelo variac trifásico (Za = Zb = Zc, 3
lâmpadas iguais):

Imagem 6 – circuito em estrela (Y)

(ii)
Foi ajustado o variac para uma tensão VL=220V com a chave aberta e realizado as seguintes
medidas:

Equilibrado
Vab Vbc Vca Van’ Vbn’ Vcn’ Ia Ib Ic Vn’n
sem neutro

Medidas 223 222 223 129 128 129 0,346 0,334 0,330 1,9

Tabela 2 – Tensões e correntes no circuito estrela (Y)

A partir desses valores medidos, foi possível esboçar o diagrama fasorial que se encontra em
anexo ao relatório (anexo 2).

(iii)
Verifique se a carga está equilibrada. Explique como se pode concluir isso. Explique o que
mudaria nessas medidas se o neutro fosse conectado.
Sim, a carga está equilibrada. Nota-se o equilíbrio entre as cargas analisando-se as
correntes que passam por cada fase, caso elas sejam iguais (no caso do experimento são
muito próximas) tanto as tensões como as correntes serão iguais, consequentemente as
impedâncias sendo iguais também, tendo assim o equilíbrio no circuito. Caso o neutro fosse
conectado nada ocorreria, pois como o circuito é equilibrado, não há corrente de neutro,
pois as correntes de cada fase se anulam no ponto de encontro n’(para o circuito montado
há uma corrente gerada devido a imperfeições dos componentes, porém não é significativa.
(iv)
Em seguida, foi aberto a chave e desligado uma das lâmpadas e realizado novas medidas. A
partir dessas medidas foi esboçado um diagrama fasorial, que pode ser verificado no anexo
(anexo 3).
Pode-se perceber que na lâmpada desligada não houve corrente, e consequentemente
potência. Também foi perceptível que houve uma variação nas tensões de fase, gerando um
aumento na tensão da lâmpada desligada e uma queda nas demais fases.
Complementar

Desequilibrado
Pa Pb Pc Van’ Vbn’ Vcn’ Ia Ib Ic In Vn’n
sem neutro

Medidas 0 33,5 35,2 194 109 113 0 0,315 0,306 64,7

Tabela 3 – Tensões, corrente e potência no circuito estrela desequilibrado neutro desligado


(v)
Em seguida, foi reconectado o neutro e repetido as medições do item anterior. Com base
nas medidas foi esboçado um diagrama fasorial que pode ser verificado no anexo 4.
Para o caso de apenas duas lâmpadas em funcionamento, ao reconectar o neutro, será
gerada uma corrente no mesmo, afetando consequentemente as correntes e tensões sobre
os componentes.

Desequilibrado
Pa Pb Pc Van’ Vbn’ Vcn’ Ia Ib Ic In Vn’n
sem neutro

Medidas 0 43,45 43 130 128 129 0 0,337 0,335 0,337

Tabela 4 – Tensões, corrente e potência no circuito estrela desequilibrado neutro ligado

(vi) Com base nas medidas realizadas, explique para que serve o neutro na ligação Y
Na ligação Y o neutro tem como função dissipar a corrente resultante do encontro
das correntes cada uma das fases no ponto n’. O neutro tem mais aplicação no caso de
cargas desequilibradas, pois para cargas equilibradas essa corrente será pequena, pois as
correntes entre as fases serão diferentes apenas para o caso desequilibrado.
Proposição V.4
ASSOCIAÇÃO Δ

Esta preposição teve como objetivo verificar as características de operação de carga Δ


equilibrado e desequilibrado. Foi utilizado nesse circuito:
-Um Variac trifásico (220V / Hz)
-Um nanovip
-3 lâmpadas iguais 220V / 100W

(i)
Inicialmente foi montado o seguinte circuito alimentado pelo variac trifásico (Za = Zb = Zc, 3
lâmpadas iguais):

Imagem 7 – Circuito delta equilibrado

(ii)
Foi ajustado o Variac para uma tensão de linha igual a 220V e realizado as seguintes
medidas:

Equilibrado Iab Ibc Ica Ia Ib Ic Vab Vbc Vca

Medidas 0,452 0,44 0,434 0,792 0,799 0,791 219 219 220

Tabela 5 – Corrente e tensões no circuito delta equilibrado

(iii)
Pode-se perceber que o circuito estava equilibrado pois as correntes de linha e de fase tem
módulos muito próximos, verificando que as cargas têm aproximadamente o mesmo valor.

(iv)
Em seguida, foi realizado as medidas das potências consumidas pelas cargas, que pode ser
conferido na tabela a seguir:

Potências Pab Pbc Pca

Medidas 100 98,7 95,5


Tabela 6 – Potência nas cargas no circuito delta equilibrado

(v)
A relação esperada nas potências trifásicas na carga deveria ser:
P Δ = 3PY
A relação obtida no experimento foi:
A partir dos dados coletados na proposição 3, P=V*I
Pa = (Vl/√3)*Ia = 44,54 W
Pb = 42,8 W
Pc = 42,48
A relação encontrada foi de aproximadamente P Δ = 2,2PY

Essa relação não se manteve no caso da lâmpada, pois ela só vale para cargas lineares. A
lâmpada não apresenta comportamento linear, alterando sua resistência conforme o aumento
da temperatura.

(vi)
Foi mudado as cargas a fim de desequilibrar o circuito, colocando Zbc = capacitor (20μF /
400V) e Zca = lâmpada (220V / 60W). Foi mantido Zab = lâmpada (220V / 100W). O variac foi
ajustado em uma tensão de linha de 220V e foi realizado as seguintes medidas:

Desequilibrado Iab Ibc Ica Ia Ib Ic Vab Vbc Vca

Medidas 0,453 1,67 0,270 0,625 2,11 1,45 218 219 221

Tabela 7 – correntes e tensões no circuito delta desequilibrado

(vii)
Descreva as características gerais e qualitativas das ligações trifásicas Δ e Y em termos de
suas ligações físicas, tensões e correntes, e comportamento em relação a cargas
desequilibradas.
Com relação a cargas desequilibradas, a principal diferença entre as ligações em
delta e estrela será a corrente de neutro, que será gerada apenas na ligação estrela, que
possui um neutro para dissipação dessa corrente. Além disso, as tensões e as correntes
observadas em cada uma das ligações também será diferente, já que na ligação em delta
as correntes que passam pelos elementos são menores, já que ocorre uma subtração de
correntes de duas fases em um mesmo elemento. Devido a menor corrente,
consequentemente a tensão em delta será maior (seguindo a relação de √3). Dessa forma
concluímos que na montagem em estrela os componentes estarão submetidos diretamente
a tensão de fase (menor) e à corrente de fase (maior), ao contrário da ligação delta, em que
os elementos estarão sob tensão de linha (maior) e corrente de linha (menor). Devido à
essas alterações nos valores das tensões e correntes, a ligação em delta acaba tendo um
maior aproveitamento de potência real sobre seus componentes. Fisicamente a ligação em
estrela é mais prática que a em delta, por ser mais ‘linear’, na ligação em delta temos
entradas e saídas conectadas em um mesmo terminal, dificultando a organização de fios
para as conexões.

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