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O Videoclipe e seus antecedentes:

Do cinema mudo ao surgimento da MTV

Mauro Cesar Rodrigues de Oliveira Filho


Faculdade de Artes Visuais, Universidade Federal do Pará

maurocesar.roo@gmail.com

Resumo
Este artigo tem como objetivo investigar as origens e os antecedentes
do videoclipe, e busca traçar um caminho de desenvolvimento desse
formato enquanto gênero audiovisual televisivo independente. Desde as
primeiras relações extra diegéticas entre música e imagem no cinema
mudo até a eventual consolidação do videoclipe por meio da criação da
Music Television (MTV), um canal, a priori, exclusivamente dedicado
a exibição de videoclipes.
Fazendo um breve apanhado das novidades tecnológicas que
proporcionaram o surgimento de uma linguagem propriamente
audiovisual, das transformações culturais e dos movimentos de
vanguarda que proporcionaram o surgimento, consolidação e
experimentações do videoclipe enquanto formato de relevância cultural
e importância publicitária.

O Que é um Videoclipe?
O videoclipe é, atualmente, um formato audiovisual majoritariamente
lançado e consumido na internet. Entretanto, esse é um gênero
genuinamente televisivo. Foi na televisão que a indústria fonográfica,
os artistas da música e os artistas audiovisuais foram experimentando e
configurando o videoclipe como o formato que conhecemos hoje.
Formato esse que é facilmente reconhecível, mas de difícil
conceituação e delimitação. A natureza do videoclipe comporta tanto o
lado mais publicitário e, de certa forma, massificante, da indústria
fonográfica; quanto comporta as experimentações e os movimentos
mais de vanguarda das artes visuais, audiovisuais e até mesmo de
instalações.*
______
1 exemplo: Justice - Randy ​https://www.youtube.com/watch?v=PLOyUQxIsj8
Nesse sentido, o videoclipe pode ser tanto uma comercial peça
publicitária quanto a mais experimental obra de vanguarda, pode
abarcar desde a literal interpretação visual da música até a total
ressignificação da mesma, e pode tanto conter uma sequência narrativa
quanto contar apenas com imagens desconexas, abstratas, animações ou
outros grafismos gerado por computador.
Formato esse que é facilmente reconhecível, mas de difícil
conceituação e delimitação
O Que é um Videoclipe?
O videoclipe é, atualmente, um formato audiovisual majoritariamente
lançado e consumido na internet. Entretanto, esse é um gênero
genuinamente televisivo. Foi na televisão que a indústria fonográfica,
os artistas da música e os artistas audiovisuais foram experimentando e
configurando o videoclipe como o formato que conhecemos hoje.
Formato esse que é facilmente reconhecível, mas de difícil
conceituação e delimitação

que nasceu na televisão, com bastante influência do que já havia sido


feito no cinema.

Tanto no sentido de como a indústria fonográfica usou o cinema como


um meio de publicidade para seus artistas, quanto no sentido de terem
sido no cinema as primeiras experimentações em música, edição, ritmo
e

O formato é facilmente reconhecível, mas de difícil conceituação e


delimitação. As linhas que separam a arte da publicidade estão cada vez
mais borradas, e o videoclipe pode ser tanto uma comercial peça
publicitária quanto a mais experimental obra de vanguarda, pode
abarcar desde a literal interpretação visual da música até a total
ressignificação da mesma, e pode tanto conter uma sequência narrativa
quanto contar apenas com imagens desconexas, abstratas, animações ou
outros grafismos gerado por computador.
O surgimento do videoclipe também é difícil de precisar. A relação
entre imagem e música existe desde o início do cinema no final do
século XIX, uma vez que os filmes projetados eram comumente
acompanhados por um instrumentista ou uma orquestra, e “a escolha da
partitura estava relacionada ao teor das imagens apresentadas. Dessa
forma, era a partir da imagem que se construía a música.” (SOARES,
2012, p. 21).
Essa relação entre imagem e música no cinema foi se aperfeiçoando à
medida em que as tecnologias de sincronização entre imagem e áudio
foram criadas e aprimoradas. E conforme a indústria fonográfica
percebeu no cinema uma oportunidade de grande alcance publicitário.
2. A Música e o Cinema Mudo
Essa relação entre imagem e música no cinema foi se aperfeiçoando à
medida em que as tecnologias de sincronização entre imagem e áudio
foram criadas e aprimoradas. Proporcionando, consequentemente, o
surgimento de uma linguagem audiovisual de fato. Nesse sentido,
apesar de não ser o primeiro filme falado da história, “O cantor de Jazz”
(1927) dirigido por Alan Crosland é comumente lembrado como tal
por, na época, ter sido o mais bem-sucedido exemplo de sincronismo
entre imagem e som, e por ter aberto um imensurável leque de
oportunidades ao incorporar esse som a narrativa. Já em 1940,
“Fantasia” da Disney, foi uma animação composta por oito segmentos,
onde cada um fora pensado para ser acompanhado por músicas
clássicas. E ainda conta com uma abertura abstrata e sinestésica
desenhada por Oskar Fischinger. Fazendo, portanto, o caminho inverso
dos filmes mudos ao construir imagens a partir da música.
Ainda no cinema, a obra que mais se aproxima da linguagem do
videoclipe como ela se consolidou é o filme de 1964 sobre os Beatles
dirigido por Richard Lester, “Os Reis do iê, iê, iê” (​A Hard Day’s
Night​). Esse antecedente próximo do videoclipe (DURÁ-GRILMAT,
1988) conta com uma edição ágil, uma maior articulação rítmica entre
imagem e música, planos mais curtos e a mistura de momentos
ficcionais com documentais. Características que, apesar de não serem
exclusivas do videoclipe, se tornaram indissociáveis a grande maioria
das obras deste gênero.

Título de Segundo Nível


a)
b)
Figura 1.1 —​ Legenda da Figura

Tabela 1.1 — ​Legenda da Tabela


Título de Terceiro Nível

Agradecimentos, referências, e outros subtítulos de menor importância devem usar títulos de


terceiro nível. Os textos em Times New Roman, 9 pt, justificado. Bibliografia usando o sistema
de citações da ABNT.

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