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Autor para correspondência: william_guimaraes_santos@hotmail.com Commented [FP1]: Falta o resto da primeira página – Resumo e
Abstract
INTRODUÇÃO
De acordo com Bronzino (2004), a inovação tecnológica reformulou continuamente o campo
da medicina e a prestação de serviços de saúde. Ao longo da história, os avanços na tecnologia médica
forneceram uma ampla gama de ferramentas positivas para diagnóstico, terapia e reabilitação.
No âmbito hospitalar, existem variados tipos de equipamentos e com diversas funções. Esses
equipamentos exercem atividades como. por exemplo, monitorar sinais vitais, infundirdoses
controladas de medicamentos, auxiliar ou até executar movimentos de inspiração e expiração, realizar
exames de raios-x, ultrassom, glicemia entre outras funções essenciais no cuidado com a vida do
paciente. A estes dispositivosé atribuída a nomenclatura de Equipamentos Médico-Hospitalares
(EMH). Este tipo de tecnologia, por lidar com a saúde de pessoas, requer um alto nível de
confiabilidade, justificando seus altos valores de mercado. Desta forma, os hospitais, em sua grande
maioria, não detém quantidades abundantes desses EMH, sendo muitas vezes em quantidade mínima
exigida pelos órgãos de vigilância.
Algumas categorias de equipamentos são utilizados de maneira compartilhada em setores
distintos em uma instituição de saúde, um monitor de sinais vitais, um cardioversor ou um ventilador
pulmonar microprocessado são exemplos de equipamentos que são necessários na grande maioria dos
ambientes de um hospital, seja um centro obstétrico ou um uma unidade de tratamento intensivo
(UTI). Em uma situação de emergência localizar um equipamento disponível para uso pode se tornar
uma árdua tarefa tanto para a equipe de enfermagem quanto para a equipe de engenharia clínica, uma
vez que estes devem se deslocar as demais localidades da instituição a fim de localizar um
equipamento disponível, demandando tempo que poderia estar sendo destinado ao cuidado ao
paciente.
Atualmente, os parques tecnológicos da grande maioria das instituições de saúde utilizam
somente do controle de bem patrimonial, logorastrear os EMH de modo a saber a sua localização e sua
disponibilidade traria diversos benefícios a instituição, por exemplo, elevação de segurança contra
extravio dos EMH e melhor controle da equipe de engenharia clínica sobre os equipamentos nas
demandas de manutenção corretiva e preventiva.
O desenvolvimento deste sistema de rastreio também traz melhorias no cuidado com o
paciente, haja visto que um equipamento bem gerenciado, não especificamente à operação, mas aos
cuidados relacionados a armazenamento, periodicidade de manutenção preventiva, precauções no
transporte e frequência de uso, influenciam diretamente na performance do equipamento no tratamento
clínico. Também é importante lembrar que a falta de controle dos equipamentos acarretará em um uso
descentralizado, causando desgastes precoces em determinados EMH, enquanto outros são
subutilizados.
A Tabela 1 apresenta um comparativo entre tecnologias de comunicação sem fio que poderiam
ser utilizadas para a criação de um sistema de rastreio para os EMH.
Pode-se dizer que o início do desenvolvimento da tecnologia RFID tenha sido em meados da
Segunda Guerra Mundial, quando alemães, japoneses, americanos e britânicos utilizavam do radar
para identificar aeronaves que estivessem a quilômetros de distância. Porém, essa tecnologia somente
permitia a identificação de naves sem determinar se as mesmas eram inimigas ou aliadas. Então, os
alemães descobriram que, se o piloto girasse a aeronave, o sinal era refletido, identificando se a
mesma era ou não uma nave alemã. Pode-se dizer que este foi o primeiro sistema RFID passivo
(ROBERTI,2005).
Após isso, os britânicos desenvolveram um sistema nomeado como Identification frind or foe .
Esse dispositivo era instalado em todos os aviões britânicos, e, ao receber um sinal enviado por uma
base no solo, emitia um sinal de volta para a central identificando a aeronave como amigável.
(ROBERTI,2005).
Nos dias atuais é muito comum encontrar sistemas de RFID aplicados às mais diferentes áreas.
São utilizados em controle de estoque em grandes armazéns, aumentando a precisão do controle da
quantidade de produto, controle de acesso em ambientes restritos através de crachás de identificação,
controle de segurança em lojas para a prevenção de furtos e até controle perimetral para mapeamento
de objetos, por exemplo, localizar produtos de um supermercado e diversas outras aplicações que
surgem com o avanço desta tecnologia.
Arquitetura e Funcionamento
De acordo com a aplicação, pode-se alterar o tipo da tag, sendo ela ativa, passiva ou semi-
passiva. As tag's ativas têm sua própria fonte de alimentação elétrica, que alimenta o circuito do
microchip e transmite o sinal para o receptor. Esse sinal pode ser de modo contínuo ou apenas em
resposta ao sinal emitido pelo leitor. As tag's passivas não utilizam baterias, a alimentação elétrica
advém do campo eletromagnético criado pelo leitor. As tag's semi-passivas utilizam de bateria para
alimentar o circuito do chip, mas a comunicação com o leitor é feita pela reflexão da onda
eletromagnética gerada pelo mesmo. Este tipo de tag pode, por exemplo, executar a leitura de um
sensor mesmo fora do alcance da antena e transmitir os dados quando a conexão é estabelecida
(SWEENEY, 2005).
A Figura 1 mostra a arquitetura de um sistema RFID destacando os componentes
fundamentais para implementação.
A frequência de operação é a frequência utilizada pela tag para obter energia e/ou se
comunicar. Para comunicações sem fio o espectro eletromagnético é dividido em low frequency (baixa
frequência-LF), high frequency (alta frequência-HF), ultra-high frequency (ultra alta frequência-UHF)
e microwave (Microondas) (GLOVER; BHATT, 2009). A Tabela 2 apresenta as faixas de frequência
correspondentes a divisão do espectro.
Tabela 2. Range de frequências em RFID
Nome Range de Frequências ISM
Frequência
LF 30-300 kHz <135 kHz
HF 3-30 MHz 6.78 MHz; 13.56 MHz; 27,125 MHz; 40.680
MHz
UHF 300 MHz - 3 GHz 433.920 MHz; 869 MHz; 915 MHz
Microw >3 GHz 2.45 GHz; 5.8 GHz; 24.125 GHz
ave
Fonte: Adaptado de Glover e Bahtt
As frequências na faixa de ISM (Industrial, Scientific and Medical) são as frequências que, na
prática, estão disponíveis para uso sem licenciamento específico no mercado (GLOVER; BHATT,
2009).
Middleware
XAMPP
MySQL
PHP
Segundo Juliano, o PHP é uma das linguagens web mais utilizadas para desenvolvimento web.
Seu diferencial consiste na sua capacidade de interagir com o mundo web. Supondo uma pagina web
de noticias, esta precisaria ser alterada manualmente a cada atualização de noticia causo estivesse
utilizando a linguagem HMTL, porém com o PHP tudo poderia ser feito automaticamente através da
criação de um banco de dados. Também possui as vantagens de ser gratuito e código aberto, trabalhar
embutido no HTML e vasto suporte a variados tipos de banco de dados.
Por sua característica de facilidade de comunicação com bancos de dados e de não expor o
código fonte a usuários, o PHP, utilizando um servidor Apache, foi a linguagem ideal para o
desenvolvimento da interface usuário. Os algoritmos foram desenvolvidos utilizando o editor de
código-fonte Notepad++, um software simples e gratuito.
MATERIAIS E MÉTODOS
Os módulos RF são dispositivos que permitem uma fácil comunicação sem fio utilizando de
radiofrequência. Sua tensão de trabalho varia entre 3 a 12 V, apresentando maior alcance quando
utilizado com valor próximo ao máximo de tensão. A Figura 2 apresenta o módulo transmissor (TX),
que possui 3 pinos, alimentação, dados e terra, e o módulo receptor (RX), que possui 4 pinos,
alimentação, 2 pinos de dados e terra (FERREIRA; RIBEIRO,2018).
Estes módulos foram usados em conjuntos com outros dispositivos, enquanto o módulo RXé
instalado junto a uma placa arduino em local estático e com conexão à rede de dados, o módulo TX é
instalado a outra placa arduino que detém os dados cadastrais do equipamento que se deseja rastrear e
que é móvel pelos ambientes do hospital. O software do módulo TX estará em um laço (loop)
reenviado a mensagem até ser interceptada por um leitor identificando sua localização.
Circuito Receptor
Ocircuito receptor é composto, pelo módulo RX, que capta a mensagem enviada pelo módulo
TX, decodificando-a e transmitindo-a para plataforma de prototipagem do tipo arduino uno. Junto a
estes componentes, haverá o módulo Ethernet que realiza a comunicação entre o receptor e a intranet
do hospital, presente nos diversos pontos de acessos espalhados nos setores da instituição, de forma
que os dados sejam enviados em tempo real para o servidor em que estará alocado o middleware.
2.2.1 Arduino
Módulo Ethernet
O módulo ethernet W5100 é um controlador que utiliza padrão Ethernet habilitado para
Internet com um único chip completo concebido para aplicações incorporadas em que é necessária
facilidade de integração, estabilidade, desempenho, área e controle do sistema. O módulo foi projetado
para facilitar implementação de conectividade com a Internet sem sistema operacional (datasheet) . No
código fonte do arduino implementado no circuito receptor são declaradas todas as variáveis de
controle do módulo Ethernet, atribuindo a ele um endereço de controle de acesso de mídia(MAC -
Media Acess Control), e o endereço IP do servidor local onde está o sistema mediador e de acesso ao
banco de dados.
Figura 4- shield Ethernet W5100
Fonte: felipeflop (2019).
Middleware
pois com acesso ao banco de dados é possível modificar as informações obtidas. É possível obter
maior proteção através da criação de um usuário e senha para o acesso ao PHPMyAdmin e, para que as
informações fiquem acessíveis a quem precisa, foi desenvolvida outra página em PHP que faz a
solicitação das informações ao banco de dados, e imprime as informações em uma planilha em uma
pagina em HTML.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A primeira fase de teste foi o de comunicação do tx para o rx, realizada em bancada em um Commented [FP5]: Você escreveu TX e RX em caixa alta
acima. Padronize
ambiente aberto. Neste teste, aplicado a curtas distâncias, entre três a cinco metros de raio, em nenhum
momento foi perdida a comunicação. Vale ressaltar que os testes de comunicação dos módulos tx e rx
foram realizados sem a instalação de antenas, que possuema finalidade de melhoria de sinal e, de
acordo com a informação do próprio fabricante,o alcance pode chegar a até cem metros de distância
sem a presença de barreiras. O tempo de envio de cada mensagem girou em torno de três segundos,
isso aconteceu devido a somatória de três fatores. O primeiro fator correspondeà configuração da taxa
de transmissão do rx, que é de até quatro mil bits por segundo, com este valor sendo inversamente
proporcional a qualidade do sinal e, como a mensagem transmitida neste projeto possui somente
quarenta bits, foi escolhida uma taxa de transmissão de dois mil bits. Desta forma, a mensagem
poderia ser enviada a cada um segundo. Entretanto, existe o tempo de preparo do transmissor, em que
ocorre o tempo de carga do capacitor e a sua descarga sobre o elemento indutivo, gerando a onda
eletromagnética para o envio dos dados.O terceiro motivo é relacionadoao tempo de envio, pois é
necessário gerar um atraso ao fim do código fonte do transmissor para que o mesmo possa se preparar
para o envio de uma nova mensagem.
A segunda fase teve o objetivo de receber os dados do transmissor e transmitir esses dados
para o servidor local que, por sua vez, grava as informações no banco de dados. Quando o transmissor
recebe uma mensagem, ele inicia o processo de comunicação com o servidor e realiza uma conversão
de tipo de informação, pois os dados recebidos estão em formato de vetor. Estabelecida a comunicação
com o servidor, a informação é gravada no banco de dados, que atribui a este valor recebido uma
chave primária (um código que somente aquela informação possui) e uma data e horário do
recebimento. Um usuário que desejar visualizar o banco de dados necessitaria apenas de um
dispositivo (noteboook, desktop ou smatphone)conectado a mesma rede local. O tempo para este
processo aumentou para aproximadamente cinco segundos, pois é o tempo necessário para estabelecer
a comunicação com o servidor locale escrever no banco de dados, porém é um tempo necessário para
que não ocorra um congestionamento de informações durante o envio, tampouco a sobrecarga de
arquivos no banco de dados.
Alguns testes necessários, porém que não foram possíveis de se realizar, foram o teste do
comportamento do TX e RX mediante a ambientes com paredes baritadas, que são as paredes em
ambientes com alto índice de emissão de radiação ionizante (raio-x), e que, por serem mais espessas
dificultaria a comunicação. Outro teste necessário seria a avaliação do comportamento do receptor
mediante a presença de vários transmissores, a procura de possíveis bugs ou travamento de software. Commented [FP6]: Achei seus resultados um pouco
incompletos. Você tem apenas 3 parágrafos. Nos seus testes, a partir
de qual distância não foi possível localizar a tag? Qual foi o custo e
como você contrapõe isso com os custos de perdas e extravios de
CONCLUSÃO E PERSPECTIVAS FUTURAS equipamento, sem contar a vida humana? Cadê as imagens e telas do
sistema desenvolvido funcionando?
Commented [FP7]: Vi que você fez a análise de custo de forma
superficial na conclusão, mas ainda é preciso mostrar estes dados
Instituições de saúde de grande porte possuem um número grande de EMH com valores de especificamente aqui
mercado que chegam a custar dezenas ou centenas de milhares, como é o caso de equipamentos para
ultrassonografia ou ventilação mecânica. Este protótipo demonstrou que com um custo bem mais
reduzido em relação ao destes tipos de EMH é possível criar um sistema para monitorá-los. Os
benefícios econômicos que a instituição alcançará com a implantação deste sistema de rastreio são
significativos, pois há uma redução no risco de extravio ou perda, e existirá melhoria na qualidade da
gestão dessas tecnologias nos processos de utilização e manutenção.
Para a composição do hardware, a possibilidade de uso de tagpassivas chama a atenção, mas
sua limitação de alcance e preço elevado do leitor, que custa em média um mil reais para as
frequências de 915 MHz, inviabilizariam o seu uso. Porém, as tag's passivas dispõem de uma
semelhança negativa ao conjunto de radiofrequência de 415 MHz, que consiste em que a comunicação
é feita em apenas um sentido, pois as tag's passivas só respondem ao pulso eletromagnético enviado
pelo leitor e o TX do conjunto de radiofrequência somente transmite a informação para o RX. Para
tornar ohardware mais otimizado,propõe-se a utilização de tag's Wi-Fi, pois elas trabalham com
frequências de micro-ondas, possuindo uma melhor qualidade do sinal, permitindo comunicação
bidirecional, manipulação da potência do sinal, o que permitiria por exemplo maior precisão na
localização do equipamento, e, ainda, seria possível trabalhar a economia da bateria da tagde forma
que só envie informação quando solicitada, trabalhando como uma tagsemi-ativa.
O leitor pode ser otimizado utilizando comunicação wireless ao invés da atual comunicação
cabeada, pois facilitaria a sua instalação, sendo desnecessário a instalação de um ponto de rede, em
que seria necessário o transporte de um cabo do switchaté o ponto onde seria instalado o receptor.
Todos os softwares utilizados, apesar de serem de plataforma gratuita,são viáveis para uma
aplicação profissional, sendo a extração total do que cada um deles pode oferecer dependeria
unicamente das habilidades do programador. O código fonte do arduino poderia, por exemplo,usar
conceitos de programação orientada a objetos para instanciar estrutura de dados, contendo mais
informações sobre equipamento encontrado, como nome, ultima manutenção preventiva, próxima
troca de filtros entre outros dados relevantes. A estrutura de do banco de dados poderia ser
desenvolvida de forma diferente, de forma que, por exemplo, a chave primária, que no atual software é
criada ao receber cada dado, poderia ser única a cada equipamento, e o banco somente atualizaria o
último registro dos equipamentos já cadastrados. Para maior segurança deveria se criar um usuário
distinto do usuário padrão que foi utilizado e que não possui senha, e desenvolver o sistema utilizando
outros artifícios, tais como javascript, linguagem CSS ouHTML5, no intuito de prover um ambiente
mais fluido e agradável ao usuário que necessita buscar as informações relativas aos equipamentos da
instituição de saúde.
REFERÊNCIAS
BRONZINO, Josephm D.. Clinical Engineering : Evolution of a discipline. In: DYRO, Joseph
(Org.). The Clinical engineering handbook: the biomedical engineering series. Hartford:
Academic Press, 2004. Cap. 1. p. 3
SWEENEY, Patrick J.. RFID for Dummies: A Reference for the Rest of Us. Indianápolis:
Wiley, 2005. 408 p. Commented [FP8]: Complementar, página a parte