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A Concepção ……….da comunidade internacional, vê O problema do fundamento do direito internacional é o Ao fundarem a obrigatoriedade da norma internacional Permanecia, porem em aberto, uma questão
o Direito internacional como uma ordem jurídica de contrario do problema da sua jurisdicidade, é um num acordo de vontades, so tentam explicar a força fundamental: donde emana a força obrigatória de
mera coordenação de soberania que assenta em relações problema que se enquadra no âmbito da filosofia do obrigatória do Direito Internacional de fonte qualquer uma dessas normas. A impossibilidade de
horizontais e de cooperação entre os Estados. direito, pretende determinar. As respostas a esta questão convencional. O Costume que constitui a principal Kelsen responder a esta objecção fará com que outro
fundamental do direito internacional (porque é que o fonte do Direito Internacional não é reconduzível a internacionalista de mérito de referencia Verdross
A Concepção……….da comunidade internacional, vê o direito internacional existe), reconduz-se a dois grupos vontade dos Estados, o mesmo se passa com os abandone as possicoes normativas e venha procurar o
direito internacional como uma ordem jurídica e a partir da consideração de um elemento fundamental princípios gerais do Direito Internacional, e de uma fundamento para o D.I. numa norma superior revelada
reflecte relações de supremacia de uns Estados sobre que é a vontade dos estados. As doutrinas voluntaristas, maneira geral em todo o “Ius Cogens”, se impõe pelo Direito Natural: aderindo assim as teses
outras relações verticais de subordinação entre os para que o direito internacional exista apenas porque os imperativamente aos Estados. jusnaturalistas.
Estados e os sujeitos do direito interno se encontravam Estados querem.
subordinados a um poder político agrupados e Tese Normativo – Positivista Crítica a esta Tese
integrados que lhes fosse superior. As doutrinas Anti-Voluntaristas que encontram um
fundamento diferente para existência do Direito O voluntarismo é superado no quadro do pensamento A regra Pact Sunt Servanda não conseguia fornecer
Em Sociedade Internacional em marcha para uma Internacional, que não a vontade dos Estados, dentre as positivista pela escola Normativista que teve em Kelsen fundamentos para a mais importante fonte do D.I., o
verdadeira Comunidade Internacional, as relações doutrinas anti-voluntaristas destacam-se as: um dos seus principais expoentes. No quadro do Costume. Mesmo se Kelsen a substituir no topo da
jurídicas que se estabelecem entre os Estados podem ser pensamento positivista, para Kelsen a obrigatoriedade pirâmide, pela regra Consuetud Est Servanda, ficou
de três tipos diferentes: Normativo - Positivista; de uma qualquer norma jurídica não dependia da sempre sem resposta a questão de saber donde resulta a
Sociológica; vontade do seu criador, mais da sua conformidade com força obrigatória dessa norma fundamental seja ela
a) Relação de Coordenação ou Jusnaturalistas uma norma superior que regula-se o seu concreto modo Pact Sunt Servanda ou Consuetud Est Servanda.
Cooperação de produção. Estar-se-a ante a visão da ordem jurídica
As Teses Voluntaristas, o direito existe porque foi como uma pirâmide em que cujo o vértice se encontra a Tese Sociológica
É o tipo de ralação jurídica ainda hoje dominante, o que queridos pelos seus criadores, aplicado ao direito Grundurm ou norma fundamental, e que faz com que
resulta do relacionamento entre os Estados e da Internacional, esta tese leva a fundar a obrigatoriedade cada norma fundamente sempre a sua força obrigatória Para os autores que defendem a tese na qual o
necessidade que eles sentem em conjunto, tratando-se do direito internacional na vontade do Estado singular numa norma superior. No caso do Direito Internacional, fundamento do D.I. reside na sociabilidade
de relações horizontais, não supõe qualquer limite a ou na vontade comum dos Estados. Trata-se Kelsen começou por reconhecer que a norma fundadora internacional da mesma forma que a sociabilidade
soberania dos Estados. inquestionavelmente de uma posição que deriva da do Direito Internacional devia ser uma norma do interna funda o direito interno dos Estados.
visão Hegeliana do Estado, para que o Estado encarne Direito Interno “atribuía assim prevalência ao Direito
b) Relação de Subordinação o espírito objectivo supremo e o máximo ideal realizado Internacional sobre o Direito Interno dos Estados”. Esta Critica a esta Tese
na terra. Daqui deriva a impossibilidade da existência norma fundadora do D.I., Kelsen propôs que fosse a
Desconhecidas para o Direito Internacional Clássico, de uma qualquer ordem jurídica que seja superior ao regra Pact Sunt Servanda de acordo com o princípio, Não é pelo simples facto de uma regra vigorar no
caracterizam uma parte importante e significativa do Estado. segundo a qual os Estados devem respeitar a palavra grupo social que ela é uma regra jurídica, ficando
Direito Internacional Moderno. Entre o diferente dada e os compromissos assumidos. também, por esclarecer qual o motivo da sua
Estados estabelece-se relações em todo, idênticas as que Daqui o Direito Internacional só se pode fundar na obrigatoriedade.
no interior dos Estados, se estabelecem entre este e os vontade dos Estados, na justa medida em que estes A regra Pact Sunt Servanda, porém mostra-se
cidadãos, logo, caracterizam-se por suporem consensualizem a todos. Ou seja, já, parte da ideia que insusceptível de explicar ou fundamentar a principal Tese Jusnaturalista
importantes limitações a soberania dos estados. o Estado constitui a mais alta encarnação do espírito fonte do Direito Internacional: o costume internacional.
objectivo, (Hegel ) considerava como impossível a Ciente desta fragilidade, Kelsen completara a sua tese O fundamento do D.I. reside no princípio do direito
c) Relação de Reciprocidade existência de uma ordem jurídica superior ao Estado, afirmando que: para além da sua referida norma Pact natural, o direito natural é o único fundamento do
logo o Direito Internacional só se podia fundar nesta Sunt Servanda, o D.I. fundar-se-ia igualmente no direito internacional, o primeiro autor a defender e a
Constituem o mais antigo tipo de relação jurídica e que vontade: a vontade do Estado afirmando o Estado como princípio conceptual Est Servanda. E assim para sustentar que o D.I., tinha o direito interno como único
estabelece no quadro da comunidade internacional. As uma entidade soberana e omnipotente, a tese Kelsen, os princípios Pact Sunt Servanda e fundamento do direito natural foi Hugo Grocio. Porem
relações de reciprocidade tende a generalizar-se atreves voluntarista nos conduz a negação do Direito Consuetuel Est Servanda constituíram as regras ou o maior expoente da corrente jusnaturalista do D.I. foi
de recursos a tratados multilaterais Internacional. normas fundadoras do Direito Internacional. Verdross, que começando por sufragar as teses
Normativo – Positivista de Kelsen, afastou-se do
Fundamento do Direito Internacional Criticas a esta Tese Normativismo quando deu conta da insuficiência das
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regras Pact Sunt Servanda e Consuetual Est
Servanda para o fundamento.