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A Origem do Conceito do Direito Internacional comunidade internacional de matérias de Índole Observação: o critério do sujeito ou destinatário não Ex: a comunidade

rio não Ex: a comunidade Estadual, o Estado onde o sentimento


Publico económica e social que tradicionalmente constituíam pode ser aceite, pois nem o direito internacional comum da unidade nacional prevalece sobre tudo que
monopólio de Estados Soberanos. Um e outro facto inteiramente separado da ordem jurídica interna. divide os seus cidadãos. Para Marcelo Caetano apesar
Direito Romano levariam a transformação do Direito internacional de tudo que os separa os membros estarão unidos em
Publico em que as questões de cooperação de 2° Critério do Objecto da Norma prol da Comunidade.
O Direito Romano estabeleceu muito cedo a distinção desenvolvimento e da integração inclusivamente como
entre Ius Civil, que só disciplinava entre os sujeitos que forma de melhorar, preservar a paz e a segurança É conjunto de normas jurídicas que regula as matérias Sociedade – é um resultado artificial da vontade dos
gozavam da cidadania Romana, e Ius Gentium, que internacional, preocupam a comunidade internacional internacionais por natureza, ou seja, as questões indivíduos que se associam para a prossecução de um
regulava as relações entre os cidadãos Romano ou tanto ou mais do que as matérias tradicionais da paz e internas seriam reguladas pela lei interna do Estado e as dado objectivo.
estrangeiros. O Ius Gentium Romano era o Direito da guerra. questões internacionais seriam reguladas pelo Direito
Universal e possuía aceitação generalizada, porque se Internacional. “este critério baseia-se no critério das Ex: todas as associações e fundações que o direito
destinava a satisfazer as necessidades comuns a todos Definição do Direito internacional Publico matérias reguladas ou seja no objecto da norma”. privado prevê. Aqui para Marcelo Caetano os membros
os homens. O Ius Gentium era o Direito Universal, permanecem separados apesar de tudo quanto fazem
mas era também o direito privado, pois regulava Existem três critérios que usualmente se recorrem para Criticas: para se unir numa Sociedade.
relações entre privados, passando no entanto algumas definir conceptualmente o direito internacional:
áreas sensíveis no Direito Publico designadamente no  Nunca foi utilizado nenhum tribunal Concepção Clássica da Comunidade Internacional
que se referia a guerra, assim o Ius Gentium, adquira 1° Critério dos Sujeitos do Direito Internacional Internacional;
uma maior preponderância e relevo, a medida que se  A própria doutrina nunca lhe deu um A comunidade Internacional integra-se na categoria de
intensificam as relações entre cidadãos Romanos e Ate aos anos da década de 1930, o Direito Internacional grande acolhimento; Sociedade e não na de Comunidade, pois o
estrangeiros. era visto como um conjunto de normas reguladoras das  O critério supõe que é possível distinguir individualismo internacional dos Estados fundados na
relações dos Estados Soberanos, e posteriormente a com clareza o assunto interno e soberania de cada um deles, traduz-se no potencial
De entre os Clássicos Jurisconsultos Romanos, segunda guerra mundial, o Direito Internacional é visto internacionais, o que esta longe de ser factor de conflito cujo efeito desagregador é mais forte
Ulprano, defendia o direito Internacional pelas matérias como um conjunto de normas jurídicas reguladoras um dado adquirido. do que o efeito agregador dos interesses convergentes
que disciplinavam e que eram as matérias relativas a entre os sujeitos do Direito Internacional. que aproximam os Estados.
paz e a guerra. O Direito Internacional assim visto Observação: também não pode ser aceite, pois a norma
como direito internacional da paz e da guerra, manteve- Criticas: do Direito Internacional pode em princípio regular Em ambas as categorias existem interesses divergentes
se com este conteúdo ate ao fim da primeira guerra qualquer matéria e serem dirigidas a qualquer entidade ou contraditórios, porem, na comunidade os interesses
mundial.  Já na década de 30 existiam outros susceptível de personalidade jurídica. Apesar de este convergentes ou comuns tendem a ganhar
sujeitos do Direito Internacional que não critério não ter tido aceitação doutrinária, a sua preponderância sobre os interesses divergentes é mais o
Escola Clássica Espanhola do direito Internacional os Estados, como a Santa Sé e algumas utilização pode ser indispensável para o que une do que os separa.
organizações internacionais. Sobre tudo estabelecimento do domínio irredutível da soberania do
Para Francisco de Vitera e Francisco Soares, o Ius apois as segundas guerras, estas Estado. Na sociedade a preponderância prevalece, indo ate aos
Gentium já não designava normas reguladoras das organizações multiplicam-se, aumentam elementos ou interesses divergentes é mais aquilo que
relações entre os indivíduos, mas entre povos, e normas a sua importância e surgem outras 3° Critério da Forma da Produção da Norma os separa do que aquilo que une.
cuja validade deriva da própria existência da entidades com personalidade jurídica Internacional
comunidade internacional, o Ius Gentium tem forca de internacional como o indivíduo; O que se passa com a chamada Comunidade
lei.  Por outro lado as relações entre sujeitos Este critério é proposto por KELSEN e adoptado Internacional
do direito internacional que podem ser actualmente, este critério não atente aos sujeitos do
Primeira Guerra Mundial e o Direito Internacional reguladas por normas do Direito Interno; Direito Internacional. É uma comunidade em sentido verdadeiro ou aproxima-
 O critério do sujeito tem subjacente uma se mais ao conceito e a noção da Sociedade? O Direito
A primeira guerra mundial poria em causa a ideia da perspectiva Dualista (ordem jurídica Comunidade Internacional e Sociedade Internacional não é indiferente em consideração a
soberania indivisível dos Estados, sobre a qual interna e ordem jurídica internacional), Internacional chamada Comunidade Internacional como uma
assentava toda a construção do direito internacional da que esta longe de ser uma evidencia verdadeira comunidade ou sociedade.
paz e da guerra, simultaneamente podia desencadear um adquirida. Comunidade – é um produto espontâneo da vida social
movimento que conduziria a progressiva deserção pela que se forma e se organiza naturalmente.

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A Concepção ……….da comunidade internacional, vê O problema do fundamento do direito internacional é o Ao fundarem a obrigatoriedade da norma internacional Permanecia, porem em aberto, uma questão
o Direito internacional como uma ordem jurídica de contrario do problema da sua jurisdicidade, é um num acordo de vontades, so tentam explicar a força fundamental: donde emana a força obrigatória de
mera coordenação de soberania que assenta em relações problema que se enquadra no âmbito da filosofia do obrigatória do Direito Internacional de fonte qualquer uma dessas normas. A impossibilidade de
horizontais e de cooperação entre os Estados. direito, pretende determinar. As respostas a esta questão convencional. O Costume que constitui a principal Kelsen responder a esta objecção fará com que outro
fundamental do direito internacional (porque é que o fonte do Direito Internacional não é reconduzível a internacionalista de mérito de referencia Verdross
A Concepção……….da comunidade internacional, vê o direito internacional existe), reconduz-se a dois grupos vontade dos Estados, o mesmo se passa com os abandone as possicoes normativas e venha procurar o
direito internacional como uma ordem jurídica e a partir da consideração de um elemento fundamental princípios gerais do Direito Internacional, e de uma fundamento para o D.I. numa norma superior revelada
reflecte relações de supremacia de uns Estados sobre que é a vontade dos estados. As doutrinas voluntaristas, maneira geral em todo o “Ius Cogens”, se impõe pelo Direito Natural: aderindo assim as teses
outras relações verticais de subordinação entre os para que o direito internacional exista apenas porque os imperativamente aos Estados. jusnaturalistas.
Estados e os sujeitos do direito interno se encontravam Estados querem.
subordinados a um poder político agrupados e Tese Normativo – Positivista Crítica a esta Tese
integrados que lhes fosse superior. As doutrinas Anti-Voluntaristas que encontram um
fundamento diferente para existência do Direito O voluntarismo é superado no quadro do pensamento A regra Pact Sunt Servanda não conseguia fornecer
Em Sociedade Internacional em marcha para uma Internacional, que não a vontade dos Estados, dentre as positivista pela escola Normativista que teve em Kelsen fundamentos para a mais importante fonte do D.I., o
verdadeira Comunidade Internacional, as relações doutrinas anti-voluntaristas destacam-se as: um dos seus principais expoentes. No quadro do Costume. Mesmo se Kelsen a substituir no topo da
jurídicas que se estabelecem entre os Estados podem ser pensamento positivista, para Kelsen a obrigatoriedade pirâmide, pela regra Consuetud Est Servanda, ficou
de três tipos diferentes:  Normativo - Positivista; de uma qualquer norma jurídica não dependia da sempre sem resposta a questão de saber donde resulta a
 Sociológica; vontade do seu criador, mais da sua conformidade com força obrigatória dessa norma fundamental seja ela
a) Relação de Coordenação ou  Jusnaturalistas uma norma superior que regula-se o seu concreto modo Pact Sunt Servanda ou Consuetud Est Servanda.
Cooperação de produção. Estar-se-a ante a visão da ordem jurídica
As Teses Voluntaristas, o direito existe porque foi como uma pirâmide em que cujo o vértice se encontra a Tese Sociológica
É o tipo de ralação jurídica ainda hoje dominante, o que queridos pelos seus criadores, aplicado ao direito Grundurm ou norma fundamental, e que faz com que
resulta do relacionamento entre os Estados e da Internacional, esta tese leva a fundar a obrigatoriedade cada norma fundamente sempre a sua força obrigatória Para os autores que defendem a tese na qual o
necessidade que eles sentem em conjunto, tratando-se do direito internacional na vontade do Estado singular numa norma superior. No caso do Direito Internacional, fundamento do D.I. reside na sociabilidade
de relações horizontais, não supõe qualquer limite a ou na vontade comum dos Estados. Trata-se Kelsen começou por reconhecer que a norma fundadora internacional da mesma forma que a sociabilidade
soberania dos Estados. inquestionavelmente de uma posição que deriva da do Direito Internacional devia ser uma norma do interna funda o direito interno dos Estados.
visão Hegeliana do Estado, para que o Estado encarne Direito Interno “atribuía assim prevalência ao Direito
b) Relação de Subordinação o espírito objectivo supremo e o máximo ideal realizado Internacional sobre o Direito Interno dos Estados”. Esta Critica a esta Tese
na terra. Daqui deriva a impossibilidade da existência norma fundadora do D.I., Kelsen propôs que fosse a
Desconhecidas para o Direito Internacional Clássico, de uma qualquer ordem jurídica que seja superior ao regra Pact Sunt Servanda de acordo com o princípio, Não é pelo simples facto de uma regra vigorar no
caracterizam uma parte importante e significativa do Estado. segundo a qual os Estados devem respeitar a palavra grupo social que ela é uma regra jurídica, ficando
Direito Internacional Moderno. Entre o diferente dada e os compromissos assumidos. também, por esclarecer qual o motivo da sua
Estados estabelece-se relações em todo, idênticas as que Daqui o Direito Internacional só se pode fundar na obrigatoriedade.
no interior dos Estados, se estabelecem entre este e os vontade dos Estados, na justa medida em que estes A regra Pact Sunt Servanda, porém mostra-se
cidadãos, logo, caracterizam-se por suporem consensualizem a todos. Ou seja, já, parte da ideia que insusceptível de explicar ou fundamentar a principal Tese Jusnaturalista
importantes limitações a soberania dos estados. o Estado constitui a mais alta encarnação do espírito fonte do Direito Internacional: o costume internacional.
objectivo, (Hegel ) considerava como impossível a Ciente desta fragilidade, Kelsen completara a sua tese O fundamento do D.I. reside no princípio do direito
c) Relação de Reciprocidade existência de uma ordem jurídica superior ao Estado, afirmando que: para além da sua referida norma Pact natural, o direito natural é o único fundamento do
logo o Direito Internacional só se podia fundar nesta Sunt Servanda, o D.I. fundar-se-ia igualmente no direito internacional, o primeiro autor a defender e a
Constituem o mais antigo tipo de relação jurídica e que vontade: a vontade do Estado afirmando o Estado como princípio conceptual Est Servanda. E assim para sustentar que o D.I., tinha o direito interno como único
estabelece no quadro da comunidade internacional. As uma entidade soberana e omnipotente, a tese Kelsen, os princípios Pact Sunt Servanda e fundamento do direito natural foi Hugo Grocio. Porem
relações de reciprocidade tende a generalizar-se atreves voluntarista nos conduz a negação do Direito Consuetuel Est Servanda constituíram as regras ou o maior expoente da corrente jusnaturalista do D.I. foi
de recursos a tratados multilaterais Internacional. normas fundadoras do Direito Internacional. Verdross, que começando por sufragar as teses
Normativo – Positivista de Kelsen, afastou-se do
Fundamento do Direito Internacional Criticas a esta Tese Normativismo quando deu conta da insuficiência das

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regras Pact Sunt Servanda e Consuetual Est
Servanda para o fundamento.

Verdross vem sustentar que o Direito Internacional


deve fundar-se não apenas numa norma positiva mais
também e sobretudo numa regra ética, num valor
absoluto e evidente. Nessa medida, todo o direito
positivo incluindo o Direito interno encontraria o seu
fundamento no valor absoluto da justiça. A tese
Jusnaturalista é a que tem maior apoios por parte da
doutrina quando há que explicar o fundamento do
direito internacional e é aquela que hoje consegue
explicar o fundamento da obrigatoriedade do Direito
Internacional.

Critica a esta Tese

Verdross, defende que a adesão aos valores pela parte


dos Estados depende exclusivamente da vontade destes,
logo não escapa as críticas anti-voluntaristas que já
formulamos anteriormente. Com o aparecimento na
comunidade internacional de um grande numero de
novos Estados (descolonização, fragmentação do
império soviético), diversificou –se profundamente a
escola de valores éticos e tornou-se muito difícil
afirmar a existência de uma hierarquia de valores
aceites uniformemente por todos os Estados da
Comunidade Internacional.

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