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As origens do Sistema Financeiro Nacional e seu

desenvolvimento até os dias atuais

O Sistema Financeiro Nacional (SFN) é formado pelo conjunto de instituições


dedicadas a propiciar condições satisfatórias para a manutenção de um fluxo
de recursos entre poupadores e investidores no país.
O principal objetivo do SFN é valorizar a intermediação entre poupança e
investimento, possibilitando ao setor produtivo maior eficiência, ou seja,
intermediar dinheiro de quem tem “sobrando” para os que tem “faltando”.
O sistema financeiro nacional do Brasil é formado por um conjunto de
instituições financeiras voltadas para a gestão da política monetária do governo
federal. É composto por entidades supervisoras e por operadores que atuam
no mercado nacional e orientado por três órgãos normativos, o Conselho
Monetário Nacional (CMN), o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP)
e o Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC).
De acordo com o artigo 192 da Constituição Federal: “O sistema financeiro
nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do
País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o
compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis
complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital
estrangeiro nas instituições que o integram”.
A formação do sistema financeiro teve seu início com a vinda da Família Real
portuguesa, em 1808, quando foi criado o Banco do Brasil. Com o tempo novas
instituições foram surgindo, como a Inspetoria Geral dos Bancos (1920), a
Câmara de Compensação do Rio de Janeiro (1921) e de São Paulo (1932),
dentre outros bancos e instituições privadas e as Caixas Econômicas
fortalecendo o Sistema.
Após a Segunda Guerra Mundial, nascem novas instituições financeiras
mundiais, como o FMI e o Banco Mundial. Em 1945 é criado no Brasil a
Superintendência da Moeda e do Crédito, que futuramente em 1964 daria
origem ao Banco Central do Brasil.
Nas décadas de 50 e 60, com a criação do BNDES, do Sistema Financeiro da
Habitação, do Banco Nacional da Habitação e do Conselho Monetário
Nacional, o país passa por um novo ciclo econômico e o Sistema Financeiro
Nacional passa a ser regulamentado através do CMN e do Banco Central, que
tornam-se os principais órgãos do sistema.
O surgimento de bancos de investimento e a facilitação dada pelo CMN às
empresas para obtenção de recursos exteriores possibilitou um aumento no
fluxo de capitais no país.
O SFN experimentou uma fase de crescimento nas operações de crédito a
partir de 1967, com a estabilidade da moeda. O sistema intensificou o
financiamento tanto da produção como do consumo, o qual cresceu estimulado
pelo maior acesso das pessoas ao crédito (Crédito Direto ao Consumidor).
Em 07/12/1976, é criada a Comissão de Valores Mobiliários, que facilita a
obtenção de recursos pelas empresas, e o Sistema Especial de Liquidação e
Custódia, criado em 1979, passou a realizar a custódia e liquidação com títulos
públicos como as Letras do Tesouro Nacional e as Obrigações Reajustáveis do
Tesouro Nacional.
Em 1979, nasceu o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (SELIC), o qual
passou a realizar a custódia e a liquidação financeira das operações
envolvendo títulos públicos. O SELIC eliminou o uso do cheque para a
liquidação de operações com títulos públicos. A liquidação eletrônica deu mais
segurança às operações do mercado, o qual, à época, negociava as Letras do
Tesouro Nacional (LTN) e as Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional
(ORTN).
O CMN, alicerçado no artigo 4º, inciso IX, da Lei nº 4.595/64, liberou para o
regime de mercado as taxas de juros praticadas pelas instituições financeiras,
através da Resolução nº 1.064, de 05/12/1985.
A Constituição Federal de 1988 dispôs, em seu artigo 192, que o “sistema
financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento
equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, será regulado em
lei complementar”. O artigo 5º, X e XII, da Carta Magna consagrou o sigilo
bancário, instituto já previsto no artigo 38 da Lei nº 4.595/64.
A estabilidade econômica, conquistada com o Plano Real, dão nova cara ao
SFN. Mercados, como o de previdência privada, passam a ganhar musculatura
e exigir maior atenção.
Em 1996, nasceu o Comitê de Política Monetária (COPOM), instituído pela
Circular nº 2.698, de 20/06/1996, do BCB. O COPOM, com a redação dada
pela Circular nº 3.010, de 17/10/2000, tem como objetivo estabelecer diretrizes
da política monetária, definir a meta da Taxa SELIC e seu eventual viés e
analisar o Relatório de Inflação. O Decreto nº 3.088, de 21/06/99, introduziu a
sistemática de “metas para a inflação” como diretriz para a fixação do regime
de política monetária.
O Sistema Financeiro Nacional em sua primeira fase caracterizou-se pela
intermediação financeira na sua forma mais simples através de atividades
relacionadas ao setor cafeeiro e a implantação de projetos no setor de infra-
estrutura.
A partir da segunda fase caracterizada pelo período das Guerras e da
Depressão, que se estendeu de 1914 a 1945, houve uma série de processos
de considerável importância no quadro geral da intermediação financeira no
Brasil, com destaque aos seguintes:
● Expansão do sistema de intermediação financeira de curto e médio prazo;
● Disciplina, integração e ampliação das margens de segurança, face a criação
da Inspetoria Geral dos Bancos (1920), instalação da Câmara de
Compensação (1921) e a implantação da Carteira de Redescontos do Banco
do Brasil (1921);
● Estudos para criação de um Banco Central no país.
Esses destaques trouxeram amplos benefícios ao sistema financeiro do país, à
medida que deu maior consistência ao processo de intermediação.
A terceira fase que se estendeu de 1945 a 1964, caracterizou-se como fase de
transição entre a estrutura simples de intermediação financeira da primeira
metade do século e a complexa estrutura montada a partir das reformas
institucionais de 1964-65. Nos anos de transição as principais transformações
no sistema financeiro nacional foram:
● Consolidação e penetração no espaço geográfico da rede de intermediação
financeira de curto e médio prazo;
● Implantação de um órgão normativo, de assessoria, controle e fiscalização, o
SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito);
● Criação de uma instituição financeira central de fomento, o Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico (BNDE);
● Criação de instituições financeiras de apoio a regiões carentes;
● Desenvolvimento espontâneo de Companhias de crédito, financiamento e
investimento de médio e longo prazo.
A última fase da evolução da intermediação financeira no Brasil iniciou-se em
1964-65, com a promulgação de três leis que introduziram profundas
alterações na estrutura do sistema financeiro nacional:
● Lei n° 4.380 - 21/08/1964
Instituiu a correção monetária nos contratos imobiliários de interesse social,
criou o Banco Nacional de Habitação e institucionalizou o Sistema Financeiro
de Habitação.
● Lei n° 4.595 - 31/12/1964
Definiu as características e as áreas específicas de atuação das instituições
financeiras e transformação do SUMOC e seu Conselho em Banco Central do
Brasil e Conselho Monetário Nacional, respectivamente.
● Lei n° 4.728 - 14/07/1965
Disciplinou o mercado de capitais e estabeleceu medidas para seu
desenvolvimento.
A partir desses três institutos legais, o sistema financeiro brasileiro passou a
contar com maior e mais diversificado número de intermediários financeiros
não bancários, com áreas específicas e bem determinadas de atuação. Ao
mesmo tempo, foi significativamente ampliada a pauta de ativos financeiros,
abrindo-se um novo leque de opções para aplicação de poupanças e criando-
se, em decorrência disto, condições mais efetivas para a ativação do processo
de intermediação.
A quarta fase iniciou-se pela implementação dessas reformas até os dias
atuais. Além daquelas instituições citadas, foi incorporado ao quadro do
sistema a Comissão de Valores Mobiliários, criada pela Lei n° 6.385, de
07/12/1976.
Após o período de 1968 a 1973, o país passou a conviver com uma conjuntura
adversa internacional (choque do petróleo de 73 e 79 e a crise da dívida
externa de 82) e conturbada a nível interno (redemocratização e inflação).
Influenciado também por esses acontecimentos, surgiu por parte dos agentes
econômicos a necessidade de se protegerem quanto as oscilações adversas a
que estão sujeitos, tanto a fatos e políticas internas, quanto externas.
A transformação que vem passando a intermediação financeira nos últimos
anos é motivada pelo desenvolvimento da economia, refletindo em processos
de fusões e incorporações, resultando em aumento de competitividade.
Diante disso a atividade de intermediação financeira, além de minimizar a
incerteza e os riscos a níveis compatíveis com as exigências de maximização
dos ganhos, terá que proporcionar cada vez mais segurança e agilidade no
julgamento e previsão de melhores retornos.
O Sistema Financeiro Nacional está dividido em dois grandes subsistemas, o
normativo e o de intermediação e instituições auxiliares.
O Subsistema Normativo regulamenta e fiscaliza o mercado financeiro. Fazem
parte desse subsistema:
● o Conselho Monetário Nacional (CMN);
● o Banco Central (BACEN);
● a Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
● a Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e
● a Secretaria de Previdência Complementar (SPC).
Integram também esse subsistema, na condição de agentes especiais
responsáveis por algumas atribuições de interesse do Governo Federal:
● o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES);
● a Caixa Econômica Federal (CEF) e
● o Banco do Brasil (BB).
Como agentes do Governo Federal, essas instituições atuam como
instrumentos de política monetária e integram o Subsistema Normativo. Como
bancos comerciais e de desenvolvimento fazem parte do subsistema de
intermediação, de caráter operativo (atendimento ao público, atendem normas
do CMN, por exemplo).

Fonte:
● Wikipédia - pt.wikipedia.org
● Newton Freitas - www.newton.freitas.nom.br
● Algo Sobre Vestibular e Concurso - www.algosobre.com.br
● Júlio Battisti - www.juliobattisti.com.br
● Portal do Investidor - www.portaldoinvestidor.gov.br

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