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Decreto n.0 7/90 de 24 de Margo Os Decretos executives n.°s 5/80 ¢ 57/84, de 1 de fevereio e de 16 de Agosto respectivamente, pretenderam estabelecer os princfpios regulamentadores da actividade das Representagdes Comerciais de Empresas Estrangeiras nas formas de representagdo directa (Delegagdes Comerciais) © de representagao indirecta (Represontagdes Comerciais). Vem-se verificando, no entanto, que um grande nimero de empresas estrangeiras, apos obtencao da autorizagao de abertertira da Delegagdo Comercial e seu registo no Ministério do Comércio, passou a praticar actos de comércio de forma habitual, Com 0 presente diploma pretende-se por um Jado disciplinar, no espago econdmico nacional, o exercicio da actividade das formas de representagiio directa de empresas estrangeiras, de modo a que a legislagio reguladora do Investimento Estrangeiro nao seja evitada por via do estabelecimento de Delegacdes Comerciais que irregularmente pratiquem actos de comércio e, por outro fado, dar tratamento juridico ao Instituto «Delegegdo Comercial, que doravante passa a designar-se por «Escritério de Representago) ¢ que se diferencia da sucursal em dois tragos fundamentais: por nao ter capacidade juridica para praticar, em nome priprio. actos de coméreio ¢ por competir @ autoridade diversa a antorizagao da sua abertura e funcionamento. © diploma sobre operagSes de capitais considera a abertura de um Escritério de Representagao uma operagao de capitais. Assim entendida, a abertura do Escrit6rio de’ Representacao inscreve-se na esfera de competéncias do Ministério das Finangas (autoridade cambial) ou do Governador do Banco Nacional de Angola, por delegagio da primeira entidade, contrariamente ao entendimento que vinha tendo, sendo que tal competéncia eta atribuida ao Ministério do Coméreio Externo, como se de um acto objecto de comércio extemo se tratasse, A forma de representagao indirecta regulada nos Decretos executivos n.os 5/80, de 1 de Fevereiro, ¢ 57/84, de 16 de Agosto, ser objecto de diploma especial que regulamentard o Estatuto do Agente Comercial. Nestes termos, a 0 do artigo $8..° da Lei Constitucional e no uso da faculdade que me é conferida pela alinea i) do 53° da mesma Lei, o Conselho de Ministros decreta ¢ eu assino ¢ fago publicar o seguinte: Attigo 1° A representacio directa de empresas estrangeiras nio-residentes cambiais, na Repiiblica Popular de Angola exereida sob a forma de sucursal ou de escritério de representacao. Art. 2..° - 1. A abertura de sucursais de empresas estrangeiras nfio-residentes cambiais rege-se pelas disposi¢des contidas nas Leis n.°s 9/88, de 22 de Julho e 13/88, de 16 de Julho. 2. As sucursuis presas estrangeiras nao-residentes deverdo ostentar, na fachada do seu estabelecimento, uma placa com a designagdo da firma ou denominagao da empresa -mie seguida dos dizeres «Sucursal!. 3. A designagio referida no nimero anterior deveré constar dos registos ¢ demais escrituragio da sucursal. 4, As sucursais ja existentes no Pais ficam obrigadas ao cumprimento do previsto nos n.°s 2 ¢ 3. 5. As sucursais deverdio entregar ao Gabinete do Investimento Estr os justificativos do registo ou averbamento efectuados na Conservatéria do Registo Comercial. Art. 3.°- £ aprovado o Regulamento sobre a actividade do Escritério de Representag3o de empresas estrangeiras niio-residentes cambiais, anexo ao presente decreto e que dele faz integrante. Art, 4°- As Delegagées Comerciais ou Escritérios de Representagio atualmemte existentes, autorizadas ao abrigo dos decretos executives n.°s 5/80 , 57/84 ¢ 75/84, d Fevereiro, 16 de Agosto © 24 de Outubro, respectivamente, ficam obrigadas a dar cumprimento ao disposto no Regulamento que agora se aprova, devendo apresentar novo pedido no prazo de 180 dias. 2. Caso © novo pedido nao seja deferido, o Banco Central dard instrugdes Conservatéria do Registo Comercial ara que proceda ao cancelamento do registo comercial do escritério de representagio. Art. 5.°- E revogada toda a legislagio que contrarie o disposto no presente decreto, designadamente: a) Decteto executive n.° 5/80, de I de Fevereiro; 4) Decreto executive n.° 57/84, de 16 de Agosto; ©) Decreto executivo n,° 75/84, de 24 de Outubro. Art. 6°-0 presente deereto entra imediatamente em vigor. Visto ¢ aprov Conselha de Ministros. Publique.se. Luanda, aos 24 de Margo 1990. 0 Presidente da republica, José Eduardo dos Santos REGULAMENTO SOBRE ESCRITORIO DE REPRESENTACAO DE EMPRESAS! ESTRANGEIRAS NAO-RESIDENTES CAMBIAIS CAPITULO I Disposigdes preliminares ARTIGO 1.” © Escritério de Representagdo de Empresas Estrangeiras nfio-residentes cambiais deverd reger a sua actividade pelo disposto no presente Regulamento ¢ demais legistagao em vigor. ARTIGO 2.° Escritério de Representagdo tem como objecto de actividade zelar pelos interesses. da empresa que representa, acompanhando os negécios que mantenha, com entidades residentes cambiais, desde que neste Giltimo caso 0 lugar de cumprimento das obrigagSes , seja o territério nacional ARTIGO 3" Ao Esctitério de Representacdo nao é reconhecida capacidade juridica para praticar actos de comércio de qualquer natureza, ficando, expressamente proibido arrecadar receitas em moeda nacional ou estrangeira, ARTIGO 4" 1. O Escritério a e Representagio é residente cambial 2. O Escritério de Representagao deve ser titular de uma conta ¢ depésito bancario em moeda nacional, CAPITULO II Abertura e funcionamento ARTIGO 5." 1, As empresas estrangeiras nao-residentes cambiais que pretendam abrir Bscritério de Representagdo deverdo dirigir ¢ pedido a0 Govemador do Banco Central em requerimento com assinatura reconhecida notarialmente, acompanhado dos seguintes documentos a) estatutos; 4) certificado do Registo da matricula Comercial da empresa-mnie no Pais de origem; ©) deliberaciio ou Certidio do érgio competente da empresa sobre a abertura do Escritério de Representaglo; 4) certificado passado pelo competente agente consular angolano comprovative de que se acha constituida funciona de harmoma com a lei do Pais em que se constituiu; €) procuragdo devidamente autenticada atribuindo poderes bastantes ao responsdvel pelo Escritério de Representagio. 2. O requerimento ¢ documentos referidos no mimero anterior quando redigidos em lingua estrangeira, s6 deveriio ser entregues ao Banco Central depois de satisfeitos os requisito legais. ARTIGO 6° 1. Autorizada a abertura do Escritério de Representacao 0 Banco Central emitira a competente licenga de capitais prevista pelo Decreto n.° 11/89, de 29 de Abril. comunicando ao interessado 0 despacho de autorizagao. 2. Obtida a licenga o interessado procederd 4 importagiio dos capitais necessérios A abertura da conta banedria onde depositart a caugao. ARTIGO 7. 1. A caugio referi no n.° 2 do artigo anterior destina-se a garamtir o cumprimento das obrigagdes ~. decorrentes de actos e contratos do proprio Escritério de Representacdo ou da Empresa ~ mae que representa, 2, O montante da caugao serd fixado no despacho de autorizagio da abertura do Escritério de Representagiio, nao devendo inferior a Kz 500.000.00. 3. O saldo da contrario do Escritério de Representago nunca poderd ser inferior ao valor da cauglo fixada. ARTIGO 8° Uma vez obtida a licenga, para complemento do processo de abertura do Eseritério de Representagao. o interessado deveré apresentar no Banco Central, no prazo de 18° dias, os seguintes documentos: a) um exemplar da folha do Didrio da Reptiblica com a publicagao dos Estatutos; b) certidio da matricula na Conservatéria do Registo Comercial; ¢) comprovativo da inscrigaa fiscal; 4) fotocépia do extracto da conta do depésito bancério. ARTIGO 9. Escritério de Representagdio deverd importar amoeda estrangeira necessiria A cobertura dos encargos intemos resultantes do scu funeionamento, estando obrigado a vendé-la ia uma instituigdo de crédito autorizada a exercer 0 comércio de cambios. ARTIGO 10” 1. O Escritério Representagao teré um tinico estabelecimento em cuja fachada deverd figurar uma placa com a designagdo da firma ou denominaco da empresa representada, seguida dos dizeres «Escritério Representacdion. 2. Os dizeres referidos no ntimero anterior deverdio constar em todos os registos © deinais escrituragiio do «Escritério de Representacio».

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