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A expectativa dos direitos reais tem por objeto uma atribuição de bens e,
portanto, uma pertença que é protegida contra eventuais ingerências ou turbações de
terceiros. A expectativa do credor tem por objeto uma colaboração devida por um
consociado que é garantida com os bens do devedor e, no caso de inadimplemento, com
sanções.
2. Por que o autor defende que o interesse que forma o conteúdo do direito real
nunca pode ter por objeto um comportamento alheio?
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente
fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com
base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
Cooperação forçada: O art. 156 trata do contrato em que uma parte assumiu uma
obrigação de condições iníquas em face da necessidade, conhecida pela outra parte (de
sorte que lhe foi possível aproveitar-se dela), de salvar a si ou a outrem de grave dano à
pessoa. O art. 157 prevê a hipótese de contrato que, estabelecendo uma desproporção
entre a prestação de uma parte e a contraprestação da outra, tenha sido firmado em
decorrência do estado de necessidade em que uma delas se encontrava, de que a outra se
aproveitou para obter uma vantagem injusta.
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se,
ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação
excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá
segundo as circunstâncias.
Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se
obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
§ 1o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi
celebrado o negócio jurídico.
§ 2o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a
parte favorecida concordar com a redução do proveito.
Como realização de uma atividade: existem casos em que aquilo que o credor espera do
devedor é um comportamento equivalente a uma certa capacidade de diligência, e
também a uma certa habilidade técnica. Trata-se apenas de desenvolver uma atividade
no interesse do credor; o devido não é o resultado útil da atividade, mas unicamente o
comportamento de cooperação.
Requisitos:
A prestação deve ser lícita moral e juridicamente, isto é, não deve ser contrária a
uma norma cogente, à ordem pública ou aos bons costumes. A prestação é contrária a
uma norma cogente sempre que as pessoas ultrapassem o limite imposto expressamente
pela lei à autonomia privada. “Ordem pública” abrange todas as normas de interesse
político que exigem observância incondicional, assim como a ordem social, entendida
como ordem voltada a manter entre os cidadãos a solidariedade, e a integrar a constante
união da comunidade nacional. “Bons costumes” são as exigências éticas que, num
determinado momento histórico, é a consciência social coletiva de uma sociedade
historicamente determinada.