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Fortaleza
2016
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Fortaleza
2016
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BANCA EXAMINADORA
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Prof. Pr.
Seminário Teológico Batista do Ceará – STBC
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Prof. Pr.
Seminário Teológico Batista do Ceará - STBC
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DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
À minha família a base de tudo que está sempre presente do meu lado em
todos os momentos da minha vida. À minha irmã Maria do Rosário por me hospedar
em sua casa em minhas viagens à Fortaleza e pelo seu cuidado de mãe.
À minha namorada e futura esposa, Jamile Portela, por seu amor, cuidado e
compreensão. À sua mãe Rosa Borges por suas orações e cuidado para comigo.
RESUMO
Palavras–Chave:
Pregação Expositiva, Crescimento Saudável, Bíblica Sequencial.
8
ABSTRACT
Key words:
Expository Preaching, Healthy Growth, Biblical Sequence.
9
Sumário
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11
2 O QUE É A PREGAÇÃO EXPOSITIVA ........................................................... 13
2.1 DEFINIÇÃO DE PREGAÇÃO EXPOSITIVA .................................................... 14
1 INTRODUÇÃO
O método de Deus que levou a igreja crescer durante toda historia foi à
pregação da Palavra, mas, ultimamente a pregação bíblica tem sido desprezada na
maioria das igrejas. O Movimento de Crescimento de Igrejas influenciou bastante o
evangecalismo das ultimas décadas. A busca por um crescimento numérico levou
muitos pastores a abrirem mão dos métodos bíblicos em função dos métodos
pragmáticos. A pregação se tornou secundaria como um instrumento para
crescimento da igreja. Os sermões bíblicos foram sendo desprezados e tomando
seu lugar mensagens artificiais sem nenhum compromisso com a supremacia das
Escrituras. Sermões cheios de emocionalismo, autoajuda, utilizando técnicas
psicológicas para atrair a atenção das pessoas desprezando a interpretação correta
das Escrituras são cada vez mais comuns.
Assim, temos ainda mais firme a palavra profética. E fazeis bem em estar
atentos a ela, como a uma candeia que ilumina um lugar escuro, até que o
dia amanheça e a estrela da alva surja em vosso coração. Sabei antes de
tudo que nenhuma profecia das Escrituras é de interpretação particular.
Pois a profecia nunca foi produzida por vontade humana, mas homens
falaram da parte de Deus, conduzidos pelo Espírito Santo. (2 PEDRO, 2011,
p.1131 ).
A Bíblia por ser inspirada por Deus tem a supremacia em todas as questões
de fé e Deus fala mediante a sua Palavra ao seu povo. Paulo dando instruções ao
jovem Timóteo (2 Tm 4, 1-2), escreve para ele pregar unicamente a Palavra: “Eu te
exorto diante de Deus e de Cristo Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos, pela
sua vinda e pelo seu reino, prega a palavra, insiste a tempo e fora de tempo,
aconselha, repreende e exorta com toda paciência e ensino”. (2 TIMÓTEO, 2011, p.
1102). Lopes (2008, p.71) diz: “A Escritura é o conteúdo da pregação, e a pregação
é o instrumento para proclamar a Escritura”. Deus opera através da proclamação de
sua Palavra por que ela é poderosa para cumprir seus propósitos transformador a
todos os que ouvem. O autor aos Hebreus (Hb 4, 12) testifica que a Palavra é
poderosa quando disse:
Paulo em (Rm 10, 17) ainda diz: “Portanto, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela
palavra de Cristo”. (ROMANOS, 2011, p. 1031). Chapel (2002, p.19) afirma: “A
Palavra de Deus é poderosa porque ele está presente nela e opera por meio Dela”.
Se a Escritura é a Palavra de Deus e é poderosa para transformar vidas dar-se a
necessidade de proclamar essa Palavra com fidelidade. Essa transformação não é
14
A Pregação Expositiva é esse instrumento fiel pelo qual Deus opera. Ela é o
estilo mais fiel devido a sua abordagem em transmitir o texto das Escrituras
colocando-a como suprema em toda pregação.
”.
15
Begg (2014, p.39) diz que é um caminho errado se pensar que a pregação
expositiva é meramente um estilo de pregação escolhido de uma lista (tópica,
devocional, evangelística, textual, apologética, profética, expositiva). A questão não
é tanto de estilo mais de essência. O princípio está em como o pregador se dirigi as
Escrituras. Antes mesmo de se preparar uma mensagem deve-se saber o que vai
transmitir. A pregação expositiva aponta para o que se deve ser dito pelo o pregado
que unicamente o conteúdo da Escritura. Clements (1998, apud, Begg 2014, p.40)
diz:
Tenho a convicção de que nenhum sermão está pronto para pregar, nem
para ser escrito, até que possamos expressar esse tema em uma frase
curta e fecunda (fértil), tão clara como um cristal. Acho que entender esta
frase é o trabalho mais difícil, o mais exigente e o mais frutífero em meu
estudo. Forçar alguém a ter o hábito dessa frase, evitar toda a palavra que é
21
1
I have a conviction that no sermon is ready for preaching, not ready for writing out, until we can
express its theme in a short, pregnant sentence as clear as a crystal. I find the getting of that sentence
is the hardest, the most exacting, and the most fruitful labour in my study. To compel oneself to
fashion that sentence, to dismiss every word that is vague, ragged, ambiguous, to think oneself
through to a form of words which defines the theme with scrupulous exactness,—this is surely one of
the most vital and essential factors in the making of a sermon: and I do not think any sermon ought to
be preached or even written, until that sentence has emerged, clear and lucid as a cloudless moon.
22
2 Informação coletada nas aulas da disciplina de Exegese do Seminário Teológico Batista do Ceará
(STBC) em Fortaleza, no dia 20 de novembro de 2015.
23
originais e que não fará sentido algum entendê-las. Mais a exegese não só analisa
as palavras ou a gramática nas línguas originais, como também estuda a passagem
em seu todo como os contextos literário e histórico, para se chegar ao entendimento
e anunciar seu significa para o povo. Kaiser (1981, apud Lachler, 1991, p.47)
escrever sobre isso:
Não “importa como se defina exegese, uma parte básica em seu processo
deve ser a “lapidação” da passagem”. Temos aqui um ponto crucial para o
sermão expositivo. “Esta “lapidação” da passagem” deve ser mais do que
uma concentração nas construções gramaticais. A exposição deve ser o
resultado final de uma exploração na passagem, que encontra nela sua
verdade prática central. O sermão expositivo explica essa verdade central,
de modo a torna-la aplicável à vida e ao contexto do ouvinte. Este deve ser
o resultado de um “confronto direto com a passagem”.
Mesmo os pregadores que não tem o conhecimento nas línguas originais são
possíveis de fazer o estudo exegético. O expositor estuda os contextos históricos e
literários e pode-se utilizar do estudo gramatical no vernáculo. A grande maioria dos
pregadores não possui uma formação adequada para se aprofundar nas línguas
originais. Isso não é um impedimento para se pregar expositivamente. Lachler
(1990, p.93) comenta:
faz?”. Qual a diferença que a mensagem faz na vida cotidiana das pessoas. Já para
Broadus (2009, p.177), a aplicação traz instruções práticas:
O pregador expositivo tem esse foco estudar a Escritura para entender seu
significado, mais também ele é um arauto que traz uma mensagem que transforma
os ouvintes. A aplicação é necessária, pois, mostra as verdades de Deus
governando a vida dos ouvintes. As pessoas precisam ver como a verdade do texto
opera em suas vidas, sem isso, a exposição permanece incompleta. Lopes (2008,
p.159) comenta:
Tu, porém, fala o que está em harmonia com a sã doutrina. Exorta os mais
velhos para que sejam equilibrados, respeitáveis, sóbrios, sadios na fé, no
amor e na constância; as mulheres mais velhas, de igual modo, sejam
reverentes no viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do
bem, para que ensinem as mulheres novas a amarem o marido e os filhos,
a serem equilibradas, puras, eficientes no cuidado do lar, bondosas,
submissas ao marido, para que não se fale mal da palavra de Deus. Exorta
de igual modo os jovens para que sejam equilibrados. (TITO, 2011, p.1104).
Paulo ao falar para Tito ensinar a “doutrina” não se referia apenas que ele
ensinasse termos teológicos, mais que esse ensino fosse aplicados como ele
mesmo demonstra a partir do verso três. Chapel (2002, p.48) comentando sobre
essa passagem diz que:
Sem uma aplicação correta, a pregação não pode ser chamada de pregação
expositiva. Lopes (2008, p.160) conclui dizendo: “Sem ela, o sermão fracassa,
porque a verdade bíblica só faz sentido quando se relaciona com a vida”. A
aplicação é o objetivo maior da pregação expositiva. O sermão expositivo caminha
para o resultado prático na vida dos ouvintes.
O sermão temático pode ser bastante útil em ocasiões práticas para discutir
um tema de modo tão abrangente. Dependendo das necessidades da congregação,
o pregador que utiliza esse estilo apresenta uma visão completa de alguma doutrina
ou algum tópico de moralidade geral. Marinho (2008, p.193) diz que: “esse método é
muito útil para sermões doutrinários e evangelísticos, que precisam basear-se em
diferentes temas da Bíblia”. Lopes (2008, p.138-139) exemplifica um sermão
temático:
Tema: como Deus considera os pecados do seu povo? Texto – Miquéias 7.19
I – Deles não mais se lembrará – Jeremias 31.34
II – Ele os cobriu – Salmos 32.1
III – Ele os removeu de nós – Salmos 103.12
IV –Ele os atirou para traz de si – Isaías 38.17
V – Ele nos purificou dos pecados – 1 João 1.7
VI – Ele os lançou nas profundezas do mar – Miquéias 7.19
Algumas vantagens do sermão temático são a variedade de assuntos, a
facilidade do preparo e facilidade de alcançar os objetivos. Para Broadus (2009,
p.63) o “sermão tópico é mais agradável a um público culto, já que é mais lógico e
também mais convincente”.
Salmo 145.16
I – Deus provê a cada um pessoalmente
II – Deus provê com facilidade
III – Deus provê com abundância
Broadus (2009, p.62) comenta sobre o sermão textual dizendo que: “em
muitos aspectos, o sermão textual tem um formato mais fácil. As principais divisões
estão no texto; no entanto, há considerável liberdade na escolha do material e no
desenvolvimento”.
Genesis 3.1-24
Tema: A sedução da serpente e a intervenção de Deus
I – O bote da serpente
A. Disfarce – v.1
B. Dúvida –v.1
C. Inversão da Palavra de Deus v.1
D. Deus acusado de mentir – v.4
E. Deus acusado de tirano – v.5
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1 Pe 5, 1- 4 1 Pe 5, 1- 4
Sermão A Sermão B
O pastor que eu queria ter Pastores que pastoreiam o rebanho
formam líderes que servem bem
1- Eu queria um pastor que me vs. 1 - Pastores que pastoreiam
inspirasse em uma espiritualidade tratam aos liderados como a iguais.
baseada na comunhão com Deus 2- vs. 2 - Pastorear o rebanho
significa manter as pessoas reunidas.
2- Eu queria um pastor que me 3- vs. 2 - Pastorear inclui 2 tipos de
inspirasse uma vida de santidade responsabilidade:
alimentar (instruir)
3- Eu queria um pastor caminhasse cuidar
comigo nas crises da vida 4- vs. 2,3 - A atitude do pastor que
influencia a formação de líderes
4- Eu queria um pastor que fosse tão a- Não constrangido por algo exterior;
humano quanto eu, sem máscaras ou seja, tem convicção interna,
compromisso. Necessidade interior de
5- Eu queria um pastor que fosse honrar ao Seu Senhor.
apaixonado por Jesus e o Seu reino. b- "Boa vontade" - com alegria.
c- Como Deus quer. Ele quer pessoas
que oram muito pelo seu rebanho.
d- Cuidado com o dinheiro, com a
ganância.
e- Desejo de servir.
f- Exemplo para o rebanho.
5- vs. 4 - O pastor que pastoreia
receberá o resultado do serviço
Pregador: Pr. Estevam Fernandes Pregador: Pr. Russel Shedd
Data: 09-04-14 – Local: Conferencia Data: 03-03-14 - Local: Conferência
Internacional de pastores e lideres Consciência Cristã
evangélicos
Fonte: material transcrito do Youtube - Postado em: 2014 no You tube por Edson
Bezerra. Postado em: 2015 no You Tube por Tonyran Mendes Jr.
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A pregação expositiva tem alguns perigos que podem impedir de ser um estilo
usado em muitas igrejas. Por falta de uma instrução ou falta de experiências de
muitos pregadores expositivos ela pode trazer dificuldades para que os ouvintes
possam apreciar uma verdadeira exposição bíblica. Lopes (2008, p.151) lista alguns
perigos: “tédio por causa da abordagem repetitiva, irrelevância e excesso de
detalhes”. Braga (2005, p.75) diz que: “muitos pregadores podem cometer erros
devido ao processo da exegese, pois, perdem-se no acúmulo de detalhes e não
conseguem ver a mensagem principal do texto”. Ele ainda comenta que o sermão
contém tantos detalhes que é difícil para o ouvinte acompanhar a mensagem. Esses
erros devem ser evitados para que a exposição seja relevante.
Já para Braga (2005, p.53) o sermão expositivo é o mais eficaz devido formar
com o tempo uma congregação que aprendera com seu ensino fundamentado na
Escritura. Ao expor a Escritura, o pregador interpreta a verdade bíblica. O que nem
33
sempre pode se dizer dos outros tipos de sermão. A pregação expositiva traz a
autoridade e o poder da Palavra de Deus. Lopes (2008, p.19) diz:
Robinson (2008, p.20 -21) diz que a principal ferramenta que Deus se dirigi as
pessoas é através da Bíblia. Através da pregação da Palavra Deus opera
transformando vidas e que o tipo de sermão que melhor transmiti a autoridade divina
é a pregação expositiva. Lachler (1990, p.34-35) argumenta em favor da pregação
expositiva quando escreve:
3
The rich heritage of expository preaching in church history stems from a relatively small number of
men who have committed themselves to this type of preaching. These men, devoted to expounding
the Scriptures, are an encouragement and a challenge because of the profound results of their
ministries.
4"preaching is an essential part and a distinguishing feature of Christianity, and accordingly the larger
history of general religious movements includes that of preaching."
5
“It has been a significant factor in the history of the church, earning a role as a worthy topic of study”.
35
6 The best approach to any subject is by its history; if a science, we must learn all we can about
previous discoveries; if an art, about previous methods. The Christian preacher will be better equipped
for his task today, if he has some knowledge of how men have preached in former days. . . . While in
preaching even, as in human activities of less moment, there are fashions of the hour which it would
be folly to reproduce when they have fallen out of date, yet there are abiding aims and rules of
preaching, which must be taken account of in each age, and which can be learned by the study of the
preaching of the past. Admiration of the great and the good, even without imitation, makes a man
wiser and better; the Christian preacher will enrich his own manhood by intimacy with those in whose
worthy succession he stands. . . . He will be least in bondage to the past, who is least ignorant of it,
and he will be most master of the present whose knowledge is least confined to it.
7An exposure to the history of expository preaching furnishes a context, a reference point, and a basis
for distinguishing the transient from the eternal.
36
palavras aos seus servos para que eles transmitissem ao povo. Stitzinger (1992, p.8,
tradução nossa) diz que as pregações nas Escrituras são de duas formas básicas.
Ele escreve:
Deus revelou e as registrou para que essas Palavras sejam agora explicadas
pelos seus mensageiros. Portanto, as Escrituras são a fonte primaria da pregação
expositiva como exemplo de pregação. Lopes (2008, p.22) diz que: “para aprender
sobre a pregação expositiva é necessário antes de tudo, observá-la nas Escrituras”.
8 “Preaching in the Bible is in two basic forms: revelatory preaching and explanatory preaching. All
post-biblical preaching has the backdrop of the preaching recorded in Scripture and must trace its
roots to this source.
37
Agora, pois, ó Israel, ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para
os cumprirdes, para que vivais, e entreis, e possuais a terra que o Senhor,
Deus de vossos pais, vós dá [...] para que guardeis os mandamentos do
Senhor, vosso Deus, que eu vos mando (DEUTERONÔMIO, 2011, p. 177).
Moisés com muito zelo ensinava a Lei para que o povo ouvisse e colocassem
em pratica em seu dia a dia e que através disso recebessem de Deus as bênçãos
mediante as sua palavra ensinada. Outra passagem que claramente há evidências
da exposição no ministério de Moisés é em Deuteronômio (Dt 6, 1-8):
(1) O que ensinar? A lei de Deus. (2) Como ensinar? Pelo exemplo, por
palavras e ilustrações. (3) Quando ensinar? Sempre: sentado, andando,
deitado, ao levantar. (4) onde ensinar? Em casa, andando, trabalhando e
quando parado. (5) aquém ensinar? A nossos filhos. (6) por que ensinar?
Para levar os filhos a amar ao Senhor Deus.
Broauds (1893, p.7, tradução nossa) comenta sobre os ensinos de Josué: “...
em seu uso finamente retórico da narrativa histórica, o diálogo animado, e apelo
criativo e apaixonado.” 9 Josué entendia na prática a importância de se pregar a
Palavra de Deus de forma dedicada. Explicando e aplicando o que Moisés ensinou,
assim como sendo inspirado por Deus para trazer novas instruções ao povo. Ele fez
isso, com zelo e fidelidade. À medida que a revelação era dada por Deus e
registrada, as próximas gerações tinha a responsabilidade de explicar a revelação
que fora escrita assim como Josué fez. Isto se tornou o padrão das pregações do
Antigo Testamento. Stitzinger (1992, p.9, tradução nossa) comenta dizendo: “O que
está claro no A.T é que depois de um corpo de revelação teve sido dado, as
pessoas iriam voltar a ela com a necessidade de tê-la exposta ou explicada”.10
9”...
in their finely rhetorical use of historical narrative, animated dialogue, and imaginative and
passionate appeal”.
10
“What is clear in the OT is that after a body of revelation had been given, the people would return to
it with a need to have it expounded or explained.”
39
11 According to Rabbinic tradition, Ezra introduced many basic tenets out of which the "Great
Synagogue" and its preaching developed. Centuries later the early church borrowed much of its polity,
order of worship, and even its preaching from the synagogue. If Judaism followed the pattern
established by Ezra and if the church took many of its first practices from Judaism, is it possible that
expository preaching has enjoyed na unbroken succession of "pulpiteers" from this early period? This
essay argues that Ezra embodies an early and inspiring example for expositors of all ages. Scripture
never explicitly affirms that Ezra was the first true expositor, that Ezra's expository method has been
followed by an "unbroken" succession of preachers, or that Ezra gives a complete picture of what an
expositor should be and do.
40
sim unicamente da Escritura. Deuel (1991, p.137-138, tradução nossa) diz: “Colocar
a prioridade a leitura é uma salvaguarda contra a imposição de ideias estranhas
sobre o texto”.12 Além de lerem o texto bíblico, Esdras e os levitas expuseram o livro
da Lei, (Ne 8, 8): “Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicações, de
maneira que entendessem o que se lia”. (NEEMIAS, 2011, p.466). Deuel (1991,
p.138 -139, tradução nossa) comentando diz:
12 “Placing the priority on reading is one safeguard against imposing extraneous ideas on the text”.
13
After "reading distinctly" a portion of Scripture, Ezra and others "gave the sense" and "expounded
the recited text" [...] After "reading distinctly" a portion of Scripture, Ezra and others "gave the sense"
and "expounded the recited text" (' (Neh 8:8). He expounded clearly only what he read in God's Word
and based his exposition on what he had learned through careful study.
41
(At 8, 4) “... os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra”. (ATOS,
2011, p. 989).
Lopes (2008, p.31, 147) diz que: “Jesus usou os três elementos básicos da
pregação expositiva: ler, explicar e aplicar. “[...] ele leu a Escritura (Lc 4, 14-19),
explicou a importância do que fora lido (Lc 4, 21) e, depois, tornou claras as
implicações (Lc 4, 23-27)”. Jesus colocava as Escrituras como prioridade em seu
ministério. Ele próprio sabia que era a Palavra viva, a Palavra escrita e a Palavra
pregada. Para Ele o Antigo Testamento é a Palavra de Deus. Ele a interpretou para
o povo de sua época. Lopes (2008, p. 31) escreve:
Jesus expôs a Escritura aos discípulos no caminho de Emaús como Lucas (Lc
24, 27) descreveu: “E, começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o
que constava a seu respeito em todas as Escrituras”. (EVANGELHO, LUCAS, 2011,
14The sermons of Christ, such as in the Sermon on the Mount (Matthew 5-7) and the one at Nazareth
(Luke 4, 16-30), are models of explanation and exposition for all time.
42
p. 946). A seguir, ele explica ainda mais as Escrituras aplicando as suas vidas.
Lucas acrescente (Lc 24, 44): A seguir, Jesus lhes disse: “São estas as palavras que
eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim
está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. (EVANGELHO, LUCAS,
2011, p. 947). Depois de explicar os textos bíblicos Jesus faz uma aplicação geral
para todo o seus discípulos. Lucas (Lc 24, 46-48) conclui:
“e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar
dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse
arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando
de Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas” (EVANGELHO, LUCAS,
2011, p. 947).
Mais uma vez Jesus cita as Escrituras, explica e aplica na sua vida como
cumprimento das profecias e faz uma aplicação para a vida dos discípulos
mostrando o caminho que eles deviam fazer com tudo que eles ouviram através da
Palavra. Jesus é o maior exemplo de um pregador expositivo de todos os tempos. O
Pregador expositivo de hoje deve modelar seu ministério depois de estudar o
trabalho expositivo de Cristo.
Após a ressurreição e sua Ascenção aos céus Jesus ordenou aos seus
discípulos a pregar o evangelho a toda criatura e fazendo discípulos (Mc 16, 15; Mt
28, 19, At 1, 8). Jesus entregou a responsabilidade aos apóstolos e para toda igreja
que agora teria a incumbência de continuar anunciando as boas novas de Deus. A
pregação dos apóstolos e outros líderes da igreja primitiva contribuem de forma
significativa para a história da pregação expositiva. Stitzinger (1992, p.11, tradução
nossa) escreve:
15The messages of Peter (Acts 2, 14-36), Stephen (Acts 7, 2-53), Paul (Acts 17, 16-31), and James
(Acts 15, 14-21) have elements of both revelatory and explanatory preaching. The epistles are, for the
most part, written expositions designed to teach various lessons.
43
Pedro tem um texto. Ele cita a passagem de Joel (Jl 2, 28-32) e começa
explicando o porque daquele momento tão divino na vida dos apóstolos. O texto é
fundamental no sermão de Pedro. Ele explica que a profecia de Joel se cumpre
naquele momento. Esse é primeiro ponto de Pedro e a partir desse texto Pedro
conduziu a pregação para seu objetivo, apontar a salvação mediante a Cristo como
está escrito em Atos (At 2, 22-24):
A segunda parte de seu sermão foi apontar para Cristo aplicando na vida de
seus ouvintes. Pedro continuou usado as Escritura do Antigo Testamento para
sustentar seus argumentos. Ele cita ainda o Salmo (Sl 16, 8-11) para provar a
ressurreição de Jesus e o Salmo (Sl 110, 1) para a sua Ascenção. E por ultimo o
44
sermão de Pedro trouxe resultados pela a sua aplicação. Vidas foram tocadas pelo o
poder da Palavra e se renderam a Cristo (At 2, 37- 41). O sermão de Pedro foi
expositivo. Ele leu o texto e explicou, apontou para Cristo e aplicou na vida de seus
ouvintes. Sttot (1994, p.77) comentando o sermão de Pedro escreve:
Esse texto resume muito como era a pregação de Paulo. Ele aproveitou o
costume judaico de ir às sinagogas aos sábados para lerem as Escrituras e a partir
disso aproveitou para anunciar a Cristo. Foram três sábados expondo as Escrituras.
Em primeiro lugar, Paulo tinham textos como fundamentos Atos (At 17, 2): “... e por
três sábados examinou com eles as Escrituras”. Segundo, Paulo explicou e aplicou o
texto (At 17, 3) “explicando e demonstrando que era necessário que o Cristo
sofresse e ressuscitasse...”. Por ultimo, a aplicação geral trouxe resultados nos
ouvintes (At 17, 4) “alguns deles foram convencidos e uniram-se a Paulo e Silas,
bem como um grande número de gregos tementes a Deus e muitas mulheres de
posição”. (ATOS, 2011, p.1003). A explicação dos textos e a aplicação para Cristo
são princípios básicos da pregação expositiva. Esse é um exemplo de como Paulo
fazia a exposição da Palavra. A pregação era prioridade no ministério dele registrada
no livro de Atos (At 18, 5). Stitzinger (1992, p.11, tradução nossa) comenta:
Para Paulo (Rm 10, 17), a pregação da Palavra era o único meio de gerar a fé
salvadora nas pessoas: “Portanto, a fé vem pelo ouvir, e o ouvir, pela palavra de
Cristo”. (ROMANOS, 2011, p. 1031). O livro de Atos registra como o apostolo Paulo
dedicava-se a pregação. Larsen (2005, p.16-17) diz:
16 Paul in particular gave his life to preaching Christ (1 Co 1, 23; 2,2; 2 Co 4, 5) to reveal who He was
(Rom 1,18; 1 Co 2, 10; Eph 3, 5) and to explain Him to people (Rom 15, 4; 1 Co 10, 11, 17; 1 Thess 4,
1; 2 Thess 3, 14; 1 Tim 1, 5). A careful study of this apostle as a teacher and expository preacher of
Christ yields deep insights regarding that preaching.
46
17Paul told Timothy to "preach the Word" (2 Tim 4:2), to "teach and preach these principles" (1 Tim
6:2), and to "instruct" (1 Tim 6:17; cf. also 1 Thess 5:15). Revelatory preaching was not involved here.
While earlier preachers of Scripture gave both revelatory and explanatory messages, the "Timothys"
sent out by them were to concentrate on explanations, expositing the Word to people who needed to
understand the truth (1 Tim 4:13; 2 Tim 2:15; 4:2-5). As the NT era drew to a close, the work of biblical
preachers became that of explanation only rather than of revelation and explanation. The preaching in
the Bible mandates only one biblical response for the post-biblical age: continue to explain and exposit
the message now fully revealed (Heb 1:1-13). All preaching must be expository preaching if it is to
47
Paulo se dedicava com tão zelo ao ministério da Palavra porque cria que a
Escritura é a Palavra de Deus. Lopes (2008, p.36) diz que: “Paulo tinha um conceito
elevado das Escrituras como a Palavra inspirada de Deus”. Todos os pregadores
expositivos devem ter conhecimento sólido da inerrância, infabilidade e supremacia
das Escrituras. A pregação expositiva é evidente no ministério de Paulo e um
modelo para os expositores atuais.
preaching in the post-apostolic period is an evidence of this, but it is not the only problem. [...] One of
the major causes of deterioration was the importation of Greek philosophy into Christian thinking by
the Church Fathers. [...] The three products of the Greek mind were abstract metaphysics
(philosophy), logic (the principles of reasoning), and rhetoric (the study of literature and literary
expression). The addition of Greek rhetoric into Christianity brought great emphasis on the cultivation
of literary expression and quasi-forensic argument. "Its preachers preached not because they were
bursting with truths which could not help finding expression, but because they were masters of fine
phrases and lived in an age in which fine phrases had a value.” A significant indication of this
adaptation is the turning away from preaching, teaching, and the ministry of the Word. Into its place
moved the "art of the sermon" that was more involved with rhetoric than with truth. The Greek
"sermon" concept fast became a significant tradition.
48
19 The first four hundred years of the church produced many preachers but few true expositors.
20In sharp contrast to his contemporaries, Chrysostom preached verse-by-verse and word-by-word
expositions on many books of the Bible. Included were homilies on Genesis, Psalms, Matthew, John,
Acts, Romans, 1 and 2 Corinthians, and the other Pauline epistles. He has been called "golden-
mouthed" because of his great ability to attract an audience and hold them spellbound throughout a
sermon.
49
Foi mais de um século depois da sua morte que a sua grandeza como
pregador veio a ser reconhecida, e foi então que recebeu a acunha de Crysostomos,
“O Boca de Ouro”; considerado o maior orador de púlpito da igreja grega. Stitzinger
(1992, p.15, tradução nossa) diz que sua pregação era expositiva:
Lutero se tornou um grande expositor das Escrituras. Seu amor pelo o ensino
da Palavra é uma marca de sua vida dedicada a Deus. Pregar fazia parte integrante
de seus deveres. Lopes (2008, p.49) comenta:
Mais da metade dos 4 mil sermões ou mais pregados por Lutero foram
preservados e publicados. Embora não fosse o pastor da igreja, mas
apenas um entre os muitos que ali pregavam, foi um dos pregadores mais
frequentes e, certamente, o que tinha mais autoridade. Ele costumava
pregar até quatro vezes aos domingos.
Lutero exaltou as Escrituras como uma fonte de vida e que só através dela o
homem pode chegar até Deus por meio do ensino e pregação. Seu ministério foi
dedicado à exposição da Palavra. Os resultados foram grandes para o cristianismo
até os dias de hoje.
Outro reformador que se destaca nesse período como expositor da Palavra foi
João Calvino. Ele foi o mais importante de todos. Calvino colocou as Escrituras no
centro de todas as atividades eclesiásticas. Para ele, onde tiver pregação pura e
simples da Palavra de Deus aí está uma igreja verdadeira. Lawson (2008, p.16) diz:
Ele era uma força motriz tão expressiva que influenciou a formação da
igreja e da cultura ocidental de um modo como nenhum teólogo ou pastor
conseguiu fazer. Sua exposição habilidosa das Escrituras possuía as
características doutrinárias da Reforma Protestante, tornando-o,
indiscutivelmente, o principal arquiteto da causa Protestante.
Calvino fez com que sua congregação conhecesse toda a Palavra de Deus.
Para isso, o reformador pregava todos os dias e duas vezes aos domingos. Todo
52
A prova de sua sinceridade era uma vida gasta expondo a Palavra de Deus.
Como ministro Sênior de Genebra, Calvino pregou duas vezes cada
domingo e cada dia da semana em semanas alternadas de 1549 até sua
morte em 1564. E pregou mais de dois mil sermões só sobre Antigo
Testamento. Ele passou um ano expondo Jó e três anos Isaías. 23
Não importava se o livro fosse longo, como Gênesis ou Jó, ou curto como
as epístolas do Novo Testamento, Calvino estava determinado a pregar em
cada verso. O seu jeito de pregar foi um fator que contribuiu de forma
significativa para poder que emanava de seu púlpito em Genebra. De fato,
havia um momentum crescente conforme Calvino pregava de forma
sequencial nos livros da Bíblia, construído cada mensagem sobre a anterior.
O argumento do livro se tornava mais poderoso à medida que Calvino
explicava cada página.
23 The evidence of his sincerity was a life spent expounding God's Word. As senior minister of
Geneva, Calvin preached twice each Sunday and every weekday on alternating weeks from 1549 until
his death in 1564. He preached over two thousand sermons from the OT alone. He spent a year
expositing Job and three years in Isaiah.
53
Outro modo pelo qual os puritanos davam ênfase à pregação era que,
quando começavam a erigir os seus edifícios, colocavam os púlpitos no
centro. O que atraía a atenção dos adoradores não era o altar, assim
chamado, e sim o púlpito com uma Bíblia aberta sobre ele. [...] Além disso,
alguns desses homens pregaram grande numero de sermões. Alguns
pregavam todos os dias da semana, e no domingo mais de uma vez. [...]
Nada era tão característico dos puritanos como a crença na pregação e o
seu prazer em ouvir pregar.
Perkins identificou quatro princípios para orientar o pregador: (1) ler o texto
claramente nas Escrituras canônicas. (2) dar o sentido e a compreensão do
mesmo, sendo lido, pela própria Escritura. (3) reunir alguns pontos de
doutrina proveitosos extraído do sentido natural. (4) aplicar as doutrinas,
54
No século XVIII vários pregadores foram expositores. Entre eles estão, John
Gill (1697-1771) era o mais notável, que publicou nove volumes de exposição bíblica
entre 1746 e 1763, e Matthew Henry (1662-1714). Ambos foram fortemente
influenciados pelos puritanos. Nos cinquenta anos seguintes outras notáveis
exceções a pregadores tópicos foram Andrew Fuller (1754-1815), Robert Hall (1764-
1831), John Brown (1784-1858), John Eadie (1810-1876), e Alexander Carson
(1776-1844). Eadie é bem conhecido por seus comentários que resultaram do seu
ministério de pregação notável. Carson foi muitas vezes considerado como um
mestre da pregação expositiva em um nível com Alexander McLaren.
O século XIX foi de grandes desafios para igreja cristã. O Iluminismo com o
foco na razão e centrada no homem trouxe grandes prejuízos à fé das igrejas desse
tempo. Lopes (2008, p.60-61) descreve:
24
Perkins identified four principles to guide the preacher: (1) To read the text distinctly out of the canonical
Scriptures. (2) To give the sense and understanding of it, being read, by the Scripture itself. (3) To collect a few
and profitable points of doctrine out of the natural sense. (4) To apply the doctrines, rightly collected,
to the life and manner of men in a simple and plain speech.
55
teológico. Mas mesmo assim foi um período onde Deus usou homens piedosos e
fieis as Escrituras. Sttot (2003, p.36) comenta:
25 Charles Haddon Spurgeon is highly respected as a preacher and expositor. He preached over 3560
sermons which comprise the sixty-three volumes of the Metropolitan Tabernacle Pulpit published
between 1855 and 1917. [...] Spurgeon viewed Whitfield as a hero and a preaching model, though the
latter was more topical and theological than expositional. Spurgeon's genuinely expositional work was
his Treasury of David, in which he provides a careful verse-by-verse exposition along with "hints to
preachers.
26 The twentieth century has produced a few significant biblical expositors, some of whom have been
outstanding: Harry Allan Ironside (1876-1951), Donald Grey Barnhouse (1895-1960), James M. Gray
(1881-1935), William Bell Riley (1861-1947), Wallie Amos Criswell (1909-), James Denny (1856-
1917), George Campbell Morgan (1863-1945), William Graham Scroggie (1877-1958), D. Martyn
Lloyd-Jones (1899-1981), John Robert Walmsley Stott (1921-), and James Montgomery Boice (1938-
).
57
Londres. Ele foi o sucessor de Campbell Morgam. Sobre ele Stitzinger (1992, p.28,
tradução nossa) escreve:
D. Martyn Lloyd -Jones era um expositor talentoso que viu a pregação não
como "pregar um sermão para cada serviço, mas simplesmente [ como ]
continuar onde estava na exposição permanente de um livro da Bíblia". Sua
pregação resultou da exegese cuidadosa e contou com uma fixação diante
cuidadoso significado e aplicação de seus textos. Isto continuou a rica
tradição de Joseph Parker e Alexander Maclaren. Lloyd -Jones produziu um
livro significativo sobre pregação expositiva. 27
27D. Martyn Lloyd-Jones was a gifted expositor who saw preaching not as "preaching a sermon for
each service, but simply [as] continuing where he was in the ongoing exposition of a book of the
Bible." His preaching stemmed from careful exegesis and featured a careful setting forth of the
meaning and application of his texts. This continued the rich tradition of Joseph Parker and Alexander
Maclaren. Lloyd-Jones produced a significant book on expository preaching.
58
Todo pastor ou líder de igreja fiel deseja ver uma igreja crescer
saudavelmente. Nas ultimas décadas isso se tornou cada vez mais difícil. A pressão
para que as igrejas cresçam tem feito que muitos pastores e líderes abram mão dos
métodos Bíblicos em detrimento dos métodos pragmáticos utilizado pelo o
Movimento de Crescimento de Igrejas. Muitos pastores e líderes foram severamente
influenciados pelo subjetivismo, relativismo, secularismo, existencialismo e o
pragmatismo que têm dominado nossa cultura por mais de meio século. Um dos
principais frutos desta cultura foi o afastamento da pregação bíblica. Lopes (2008,
p.12) diz: “A autoridade absoluta e infalível das Escrituras, nesta época de
pluralismo, relativismo e subjetivismo, precisa se reafirmar”. MacArthur (1990, p.3 –
4, tradução nossa) escreve:
28 It evangelical preaching ought to reflect our conviction that God's Word is infallible and inerrant.
Too often it does not. In fact, there is a discernable trend in contemporary evangelicalism away
from biblical preaching and a drift toward and experience-centered, pragmatic, topical approach in the
pulpit.
60
As pessoas não procuram pela a verdade, mas por aquilo que funciona.
Não estão interessadas no que é certo, mas nos que produz resultados
imediatos. Não buscam princípios, mas vantagens. Desse modo, muitos
pastores pregam o que o povo quer ouvir. Para tais pastores, a coisa mais
importante não é explicar a Palavra de Deus, mas descobrir o que as
pessoas querem ouvir. A mensagem é alterada, por não estar centrada em
Deus, mas no homem. As exigências do mercado determinam o que o
pastor deve pregar.
Outro fator para a negligencia com a pregação bíblica entre os pastores é que
a maioria deles está sobrecarregados com muitas atividades eclesiásticas e a
pregação tonou-se secundária no ministério. Os pastores alegam a falta de tempo
de preparar mensagens mais profundas. E com isso, negligenciam uma pregação
que exige um estudo mais acurado da passagem e que alimentam de forma sólida
os ouvintes. Suas alternativas são mensagens mais rápidas e fáceis de preparar,
consequentemente a congregação ouvirá sempre os mesmos temas e as mesmas
mensagens sendo repetidas de forma diferente. Muitos desses pastores vivem
verdadeira tensão do que irão pregar no próximo domingo, pois, ficam limitados pela
falta de tempo.
Tudo isto, tem sido comum na maioria das igrejas brasileiras. O púlpito a cada
dia perde a centralidade. A pregação não é prioridade nas liturgias modernas.
Gerando uma igreja sem conhecimento bíblico e consequentemente sem convicções
doutrinários sendo alvos fáceis para falsos mestres e doutrinas heréticas. A igreja
que não coloca as Escrituras no centro de sua liturgia será uma igreja fraca.
Diante dessa realidade de total desprezo da pregação da Palavra, há uma
grande necessidade da pregação expositiva nos púlpitos. A igreja necessita da
pregação bíblia para crescer de forma saudável. Lopes (2008, p.18) resume:
Ao passo que a igreja anunciava a Palavra Lucas registra que a igreja crescia.
Ele registra bem como a pregação e crescimento andam juntos. O primeiro sermão
de Pedro no dia de Pentecoste quase três mil pessoas se arrependeram e creram
em Jesus. Atos (At 2, 41): “Desse modo, os que acolheram a sua palavra foram
batizados; e naquele dia juntaram-se a eles quase três mil pessoas”. (ATOS, 2011,
p.982). A partir dessa pregação a igreja continuou a proclamação e multiplicava o
número dos discípulos. Um resumo da pregação da Palavra e crescimento em Atos
mostra como isso é verdade Atos (At 2, 42): “E eles perseveravam no ensino dos
apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”. (Ibid, 2011, p. 982). Atos
(At 6, 7): “E a palavra de Deus era divulgada, de modo que o número dos discípulos
em Jerusalém se multiplicava muito, e vários sacerdotes obedeciam à fé”. (Ibid,
2011, p. 987). Atos (At 12, 24): “Contudo, a palavra de Deus crescia e se
multiplicava”. (Ibid, 2011, p. 996). Atos (At 13, 49): “E a palavra do Senhor
divulgavam-se por toda a região”. (Ibid, 2011, p. 999). Atos (At 19, 20): “Assim, a
palavra do Senhor crescia e prevalecia com poder”. (Ibid, 2011, p. 1007). Eby (2001,
p.34) comenta:
No segundo sermão de Pedro, mais duas mil pessoas creram em Jesus. Atos
(At 4, 4): “Contudo, muitos dos que ouviram a palavra creram, e o número dos
homens que creram aumentou para quase cinco mil”. O crescimento da igreja é
contínuo pela a Palavra. (Ibid, 2011, p. 983). Atos (At 6, 1): “Naqueles dias,
crescendo o número dos discípulos” [...]. (Ibid, 2011, p. 987). Esse crescimento foi
resultado da pregação da Palavra. Deus agiu na igreja primitiva através da Palavra
anunciada pelo os apóstolos. Eby (2001, p.34-35) afirma:
certeza seria um obstáculo para minar o tempo da pregação da Palavra sendo que
escolheram homens específicos para essa tarefa. Eby (2001, p.44) lista três
estratégia que Satanás utilizou para barrar o avanço da pregação e
consequentemente o crescimento da igreja: Estratégia número um, “silenciar os
pregadores através da perseguição física”. Estratégia número dois, “arruinar a igreja
e a integridade de sua mensagem pela a corrupção moral” (At 5, 1-11). Estratégia
número três, “destruir a igreja distraído seus pregadores da oração e pregação”.
Nessa última, por mais que seriam importante para os apóstolos ajudarem nas
visitas de entrega da porção diária das viúvas, eles rejeitaram para se dedicaram a
aquilo que era prioridade para o crescimento da igreja a oração e o ministério da
Palavra.
A pregação sempre era o foco da igreja primitiva que avançava por vários
lugares. Os cristãos dispersos pela a perseguição em Jerusalém pregaram aos
judeus e gregos (At 11, 19-20) e o resultado foi tremendo. Atos (At 11, 21): “E a mão
do Senhor era com eles, e um grande número de pessoas creu e se converteu ao
Senhor”. (Ibid, 2011, p. 995). Na primeira viagem missionária de Paulo e Barnabé,
muitos creram em Jesus mediante a pregação da Palavra de Deus. Lucas (At 13,
48-49) registra:
Paulo descreve a doutrina correta em Tito (Tt 2, 1) como “Sã doutrina”. “Tu,
porém, fala o que está em harmonia com a sã doutrina”. (TITO, 2011, p.1104) O
verdadeiro crescimento da igreja é aquele que provem da Palavra. Uma igreja que
cresce numericamente deve crescer também saudável. As pessoas devem vir a
Cristo por meio da Palavra e continuarem sendo transformadas por ela. Uma igreja
onde as pessoas não são direcionadas pela a Palavra torna-se uma igreja com
grandes problemas. O proposito de Deus é transformar vidas a semelhança de seu
Filho Jesus. Ele não se impressiona com números, mas sim com vidas santas. O
verdadeiro crescimento da igreja ultrapassa o crescimento numérico. O alvo da
igreja não deve ser apenas o crescimento dos números como também um
crescimento sadio. Lopes (2008 p.231) afirma:
Através de uma pregação que seja fiel as Escrituras, a igreja tem maior
probabilidade de ser uma igreja sadia. A igreja sempre será guiada pela pureza
doutrinaria que emana do púlpito. Pregar expositivamente é manter a fidelidade das
Escrituras. Tanto os pastores como toda a igreja crescerão juntos tanto no
conhecimento bíblico como em suas vidas transformadas a semelhança de Cristo.
Assim como o pastor que crescerá através das exposições da Palavra a igreja
consequentemente será também ricamente beneficiada com um crescimento
saudável. Toda igreja pode crescer sem a pregação, mas, é impossível uma igreja
crescer de forma saudável sem uma pregação bíblica. DEVER (2007), escrevendo
sobre as nove marcas de uma igreja saudável supracitado apresenta a pregação
expositiva como a primeira e a mais importante de todas. Para DEVER (2007) a
pregação tem um papel central na vida da igreja. Todas as outras marcas que ele
71
atribui ser de uma igreja saudável só podem ser eficazes se a pregação expositiva
for prioridade no ministério do pastor e que isto consiste no crescimento saudável da
igreja. Dever (2007, p.40) explica:
A pregação bíblica deve está no centro de toda a vida da igreja. Só ela pode
trazer direção para tudo e toda congregação. Os resultados da exposição da Palavra
é Deus criando vida e direcionando como a igreja deve caminhar. Dever (2007, p.43
– 44) comenta:
A pregação deve sempre (ou quase sempre) ser expositiva, por que a
Palavra de Deus deve estar no seu centro, norteando-a. De fato, as igrejas
devem ter a Palavra como o seu centro, dirigindo-as. Deus resolveu usar
sua Palavra para criar vida. Esse é o padrão que vemos nas Escrituras e na
história. A Palavra de Deus é o seu instrumento escolhido para criar vida.
Ao expor a Palavra, cristãos crescem quando são nutridos por Deus. Ele é
apresentado por aquilo que Ele é tanto para precadores como para os santos. A
pregação eficaz não depende de qualquer classificação do sermão, seja para
cristãos ou pecadores, ela atinge todos. Os que estarão ouvindo a exposição da
Palavra serão ricamente alimentados. Cristãos serão edificados enquanto nos
incrédulos produzirá a fé salvadora. Sendo todos confrontados com a poderosa
Palavra de Deus.
Isto não significa que apenas igrejas onde se prega expositivamente terá
esses resultados. Mas a probabilidade de acontecer é maior em igrejas que pratica a
pregação expositiva. Além dessas áreas a igreja se desenvolve em outras. Lopes
(2008, p.149) alista:
Além de John MacArthur outro pregador expositivo que tem visto sua igreja
crescer saudavelmente pela a pregação bíblica é Tim Keller. Ele começou uma nova
igreja no coração de Manhattan em 1989. Como pastor titular, pregou durante doze
anos para uma elite de nova-iorquinos. Sobre os resultados desse trabalho Lopes
(2008, p.227) descreve:
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
BEGG, Alistair. Pregando para a glória de Deus. São José dos Campos, Fiel,
2014.
BRAGA, James. Como preparar mensagens bíblicas. São Paulo, Vida, 2005.
DARGAN, Edwin Charles. A History of Preaching Vol. I. From the apostolic fathers
to the great reformers. New York, George H. Doran Company, 1905.
DEVER, Mark. Nove Marcas de uma Igreja Saudável. São José dos Campos – SP,
2007.
JOWETT, J.H. The Preacher: HisLife and Work. New York: George H. Doram,
1912.
LACHLER, Karl. Pregue a Palavra: passos para a pregação expositiva. São Paulo:
Vida Nova, 1990.
SHEDD, Russell. Russel Shedd fala sobre Pastores que pastoreiam o rebanho
formam lideres que servem bem. 2015. 2 posts (51 min 29s) Pregação na
Conferência Consciência Cristã. Postado em: 2015 no You Tube por Tonyran
Mendes Jr. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=bBnOJGvIsLQ.
Acesso em: 08 abril 2016.