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Aplicação da cromopuntura como forma de terapia alternativa

Autor: Daionety Aparecida Pereira


Pós-graduação - Depto. de Clínica Médica - FMVZ/USP
Boletim Informativo - Nº34 - Pág.12-18

A NATUREZA DA LUZ

A compreensão das propriedades luz e da cor é fundamental para o entendimento da


cromopuntura. Apesar da luz e da cor terem merecido a atenção desde a antiguidade, sua
real natureza foi por muito tempo completamente desconhecida.

A formulação de leis gerais e especulação sobre a teoria da luz originase na Grécia e


Arábia. As idéias de que luz é emitida por uma fonte e refletida por um objeto e então
atinge o olho produz a sensação de visão foi idealizada por Epicurus, um filosofo grego
300 a.C.). Ângulos de refração foram medidos por Ptolomeu em Alexandria um
astrônomo do século I), que deduziu corretamente que o raio luminoso muda de direção
quando penetra em um meio mais denso. As leis de reflexão e refração foram
descobertas juntas por Pierre Fernet, um matemático francês do século XVII.

A idéia de propagação retilínea da luz foi aplicada há muito tempo atrás. Euclides estava
familiarizado com a idéia básica, mas a teoria principal foi desenvolvida por Leonardo
da Vinci, uma completa descrição das sombras dada pelo astrônomo dinamarquês
Johannes Kepler em 1604.

Aproximadamente na metade do século XVII (1650), existiam duas teorias para explicar
a natureza da luz: a teoria corpuscular e a teoria ondulatória. Christian Huygens, um
holandês, defendia a teoria ondulatória, e na Inglaterra, Isaac Newton, defendia a teoria
corpuscular, apesar de não rejeitar completamente a teoria ondulatória. Newton
estabelece a periodicidade (uma das idéias básicas da teoria ondulatória) em uma
fórmula que antecipava a mecânica quântica. Newton também observou que a luz
branca, após passar através de um anteparo de vidro ou prisma, pode ser separada em
um espectro de diferentes cores reproduzindo um arco íris. Esses achados mostram que
a luz branca contém todas as cores. Após penetrar no anteparo, cada cor “curva” em um
ângulo diferente, porque cada uma vibra em um comprimento de onda especifico. Ele
também estabeleceu uma técnica para determinar o comprimento de onda de cada cor.

FIG.01 - DISPERSÃO DA LUZ BRANCA QUANDO ATRAVESSA O PRISMA.

Em 1873, James Clerk Maxwell (nascido em Edimburgo em 1831) propôs a teoria


eletromagnética da luz. A existência de uma conexão entre eletromagnetismo e a luz já
tinha sido proposta por Michel Faraday, na Inglaterra, que observou a rotação do plano
de polarização de um raio de luz por um campo magnético, mas Maxuell formulou as
regras matemáticas que governam a radiação eletromagnética. Partindo dessa equação,
Maxwell hipotizou a existência de ondas eletromagnéticas transversais que tinham uma
constante de aceleração c no vácuo (299.792,5 Km/s), e que posteriormente muitos
físicos demonstraram ser a velocidade da luz.
O termo radiação eletromagnética descreve a transferência de energia no espaço por
campos elétricos e magnéticos, sem transferência de matéria. A luz é designada como
uma classe de radiações eletromagnéticas visíveis pelo olho humano (apesar da
definição, algumas vezes incluem classes que não são visíveis).

A teoria de Maxwell é uma teoria de ondas em um meio contínuo. O físico alemão Max
Planck demonstrou que o calor radiante é emitido em quantidades finitas, as quais são
atualmente denominadas quanta.

Inicialmente acreditou-se que permaneceria, sem modificação, a teoria de ondas


eletromagnéticas para a luz livre no espaço e o uso do conceito de quantum somente em
relação à interação entre radiação e matéria. Entretanto em 1905, Albert Einstein
mostrou que, no efeito fotoelétrico, a luz é toda conduzida em concentrados de energia
quântica, partículas de energia agora denominadas fótons. No mesmo ano, Einstein
publicou a teoria da relatividade, a qual modificava o papel da física, e dava um papel
especial à constante de velocidade c. Por causa da luz, em algumas situações s conduzir
na forma de ondas e em outras como partículas, foi necessário ter uma teoria que
predissesse quando e em que situação cada tipo de comportamento se manifesta. O
maior desenvolvimento do mecanismo quântico se deu entre 1925 e 1935.

A luz de uma fonte comum é emitida por átomos não correlacionados, então há uma
irregularidade ou incoerência entre as ondas emitidas por diferentes átomos. A teoria da
emissão estimulada postula que sobre certas condições os átomos podem fazer uma
radiação em fase, então uma radiação coerente pode ser mantida indefinidamente. A
realização prática dessa condição, que previamente parecia impossível, foi conseguida
em 1960 – o Laser.

Hoje a teoria da luz chegou a um ponto no qual todos os fenômenos terrestres estão
incluídos em uma teoria lógica.

ESPECTRUM LUMINOSO

A luz branca pode ser dispersa dentro do espectro por refração, difração interferência.
Newton mostrou que uma fenda é usada adequadamente para selecionar uma pequena
região espectro, a luz que passa através fenda é muito mais homogênea que luz branca
original, e não observou qualquer dispersão quando passou essa luz através de um
segundo prisma. Métodos delicados de interferometria, todavia, mostram que essa luz
nunca é inteiramente de um único comprimento de onda, entretanto o tamanho da fenda
pode selecionar uma quantidade de comprimentos de ondas. O índice de diversidade de
comprimentos de ondas para essa quantidade de luz mede a pureza do espectro.

Luz, bem como outras radiações eletromagnéticas, tem um caráter ondulatório e é


especificada pelo comprimento de onda que a caracteriza mais especificamente do que a
cor. Na luz monocromática, cor e comprimento de onda estão associados. Entretanto,
como disse Newton “os raios, para falar corretamente, não são coloridos”. Cor é uma
sensação na mente humana. Luz de determinado comprimento de onda pode estimular o
sistema visual de tal forma que a sensação de uma cor é produzida. O caminho pelo qual
o sistema visual analisa a cor é totalmente diferente do caminho pelo qual instrumentos
físicos formam o espectro.
Porque radiações eletromagnéticas de comprimento de onda mais curto estão na ordem
de diâmetros atômicos, medidas especiais são empregadas para especifica-las. A
unidade Angstron, simbolizada por Å, dada pelo físico suíço Anders Jonas Ångström é
igual a 10-10 metros. A luz visível tem uma variação de comprimentos de onda que vai
de aproximadamente 4000 Å (violeta) a 7000 Å (vermelho).

È mais conveniente especificar uma onda eletromagnética pela freqüência na qual ela
oscila ou vibra do que pelo comprimento de onda. Freqüência (v), geralmente expressa
o número de oscilações por segundos ou Hertz (Hz). O comprimento de onda é
inversamente proporcional à freqüência (v). O produto entre a freqüência (v) e o
comprimento de onda é igual a constante c (v=c), a velocidade das luz no vácuo.

O espectro pode ser produzido na natureza de várias formas. O arco íris é o mais notável
deles. Ele é formado pela reflexão e refração da luz nas gotas de chuva. Os raios surgem
das gotas e são propagados para fora delas, mas para cada comprimento de onda há um
ângulo mínimo de desvio e há concentração de energia nesse ângulo. O vermelho é
sempre visto do lado de fora e o azul do lado de dentro da curvatura. Um arco íris mais
fraco é formado pelos raios que foram refletidos duas vezes, neste as cores são
invertidas. Um arco íris pode ser considerado como um espectro do sol.

FIG.02 - SELEÇÃO DE LUZ COLORIDA (VERDE). A COR É OBTIDA


UTILIZANDO-SE FILTROS TRANSPARENTES SOMENTE PARA UMA CLASSE
DE COMPRIMENTOS DE ONDA.
Luzes de diferentes cores também podem ser selecionadas por filtros, que são
transparentes somente para uma específica classe de comprimentos de ondas. A pureza
da luz colorida obtida, portanto, é geralmente baixa se comparada à luz decomposta por
um prisma e selecionada por uma fenda (laser).

LUZ E ÁTOMO

Um átomo isolado pode existir como estrutura estável somente em certos estados
distintos, denominados estado de energia ou estado estacionário, e a medida de energia
desse átomo será o resultado de um dos valores característicos desse átomo. Sob
condições normais, um átomo está sempre no seu menor estado possível de energia, ou
ao redor desse estado.

Se um átomo está em estado neutro e lhe é dada uma quantidade de energia, ele passará
a um estado excitado e liberará essa energia extra espontaneamente, voltando ao seu
estado de menor energia. Essa energia extra é freqüentemente emitida como radiação
eletromagnética, portanto aparece uma luz de um comprimento de onda distinta,
chamada linha espectral.

A energia emitida por um átomo é geralmente carregada por um photon, emitido a uma
determinada freqüência (v). A energia do photon (E) é igual a uma constante
multiplicada pela freqüência (E=hv) onde h é a constante de Planck (6,6256x 10-34
jaule/segundo). Quanto maior a energia do photon maior é a freqüência da onda
eletromagnética (ondas curtas). Radiações de alta energia como RX e Rd (freqüências
com amplitudes de 1015 a 1021 Hz), tem energia suficiente para remover elétrons dos
átomos, e então, produzir radiações ionizantes que são radiações muito penetrantes. A
luz visível (4-7 x 1014 Hz) não é ionizante e é, portanto, menos penetrante. Mas as
luzes azul e violeta (maiores freqüências) são mais energéticas e penetrantes que as
luzes laranja e vermelho.

UTILIZAÇÃO DA LUZ COMO TERAPIA

É importante compreender a relação entre cor, comprimento de onda, calor e ionização


porque dependendo dessas variáveis uma cor irá exercer efeitos físicos diferentes.
Ondas longas possuem menos energia, portanto, penetram menos nos tecidos do que as
ondas curtas e produzem mais calor local. Isso explica, por exemplo, o nível de
profundidade diferente em que um organismo pode ser lesado pela exposição excessiva
ao calor ou aos raios X. Uma cor da faixa do vermelho (maior comprimento de onda)
vai ser acompanhada por uma produção de calor bem maior do que as cores da faixa do
violeta, mas estas cores da faixa do violeta já terão misturado algumas radiações
ionizantes, capaz de alterar os tecidos.

Portanto, o que determina o modo de atuação física da luz no organismo é a quantidade


de energia gerada por sua fonte, a qual determinará a cor produzida, que nada mais é do
que um indicador externo, fácil de ver, do tipo e da quantidade de energia que estamos
usando. Desta forma, apesar das aparências contrarias (por causa da sensação de calor e
frio), as luzes na faixa do azul violeta contêm mais energia do que as da faixa do
vermelho- amarelo, justamente porque não dispersam quase nada de calor. As luzes da
faixa do vermelho são menos penetrantes que as da faixa do violeta. O verde que se
encontra no centro do espectro se equilibra entre os dois extremos.

VERMELHO – A luz vermelha é a de maior comprimento de onda (7600 Å), é a que


penetra menos nos tecidos produz mais calor. Desta forma há a estimulação da
circulação, vasodilatação e aumento da freqüência cardíaca, o que resulta em maior
aporte sangüíneo, maior aporte de nutrientes de células de defesa, acelerando o combate
às infecções e a recuperação dos tecidos lesados. Acelera também remoção de detritos,
toxinas e células mortas. Estimula, ainda as terminações nervosas e aumenta a
sensibilidade.

FIG.03 - APLICAÇÃO DE LUZ VERMELHA PARA TRATAMENTO DE


PROCESSO INFLAMATÓRIO EM URETRA E VESÍCULA URINÁRIA.

A luz vermelha é indicada na insuficiência cardíaca e aporte insuficiente de sangue,


feridas não supuradas, inflamações, tosse crônica, asma, laringites, anemias, paralisias e
doenças musculares atróficas.

Contra indicações – febre, hipertensão e neurite.

LARANJA – Não se distingue nitidamente das cores que a formam (vermelho e


amarelo), sendo a diferença entre elas apenas de intensidade. Sua função básica é
auxiliar o órgão ou célula a selecionar o que lhe é benéfico e eliminar o que lhe é inútil
ou nocivo. È propicia para a digestão e metabolismo alimentar, função renal, cálculos
renais e biliares.
È indicada para todos os tipos de esclerose, anemia, asma, bronquite, como
antiespamódico, aumenta a pulsação sem aumentar a pressão, aumenta o apetite,
estimula a digestão, aumenta fertilidade e fecundidade.

Contra indicações – febre, hipertensão e neurite.

AMARELO – Tem a metade da força estimulante do vermelho e metade da capacidade


reparadora do verde. É quente, mas não tanto quanto o vermelho. È vasodilatadora e
estimula a atividade celular, facilitando a regeneração de tecidos desvitalizados. È
utilizada para promover a cura e a cicatrização de lesões diversas especialmente em
órgão e tecidos sensíveis, onde o vermelho poderia ser prejudicial.

É indicada nas deficiências do estomago, fígado, pâncreas e vesícula biliar, ativa a


digestão, fortifica o sistema endócrino e agudiza processos crônicos.

Contra indicações – febre, hipertensão, inflamação aguda e diarréia.

VERDE – Ocupa exatamente o centro do espectro eqüidistante dos dois pólos, vermelho
e violeta. Todas as suas características físicas o colocam como a cor mais semelhante ao
branco. É usado em ferimentos, inflamações e processos degenerativos. Impulsiona a
atividade celular favorecendo a cicatrização, sem excitar como o vermelho. Acelera o
processo de cura estimulando a proliferação celular e substituição dos tecidos
degenerados. Por ter comprimento de onda intermediário (5200 Å), penetra mais nos
tecidos que o vermelho e reduz a reação inflamatória nos órgãos.

FIG.04 - APLICAÇÃO DE LUZ VERDE EM UM FELINO COM QUADRO DE


CISTITE COM INTUITO DE ESTIMULAR ATIVIDADE CELULAR,
FAVORECENDO A CICATRIZAÇÃO E ELIMINAÇÃO DOS TECIDOS
DEGENERADOS.

A luz verde é indicada nas tosses, tumores, inflamações articulares, cistos, dilatações
brônquicas e doenças oculares.

Contra indicações – hipertensão, paralisia, contrações musculares e reumatismo.

AZUL – Luz fria, com efeito relaxante e analgésico. Aumenta o metabolismo, tem
efeito descongestionante e promove o crescimento. Tem propriedade anti-séptica e
promove a contração de artérias e veias.

Indicada nas supurações, febre, congestão, dor, hipertensão, taquicardia, hemorragia,


lesões de ligamentos e regula a contração muscular.

Contra indicações – hipotensão, paralisia e contrações musculares.

ÍNDIGO – É uma luz elétrica, fria e adstringente, controla todos os sentidos, induz a
produção de fagócitos, é depressor respiratório, tônico muscular e anestésico.
É indicada nas alterações dos órgãos do sentido, nas alterações neurológicas com
convulsões, hemorragias e patologias de garganta.

Contra indicações – hipotensão, paralisia e contrações musculares.

VIOLETA – Ocupa o extremo frio do espectro de cores, é a luz visível de menor


comprimento de onda (4000 Å) e, portanto, a mais penetrante, podendo atingir
estruturas orgânicas em maior profundidade que as outras cores. Estimula a circulação
periférica e o sistema imunológico, tem efeito bactericida e elimina toxinas e detritos
resultantes da infecção.

É indicada no controle de infecções, na cicatrização de feridas e no alívio da dor.


Estimula o sistema linfático, a produção óssea e a regeneração dos tecidos.

Contra indicações – hipotensão, paralisia e contrações musculares.

CROMOPUNTURA

A cromopuntura consiste na aplicação de luz colorida em pontos de acupuntura para o


tratamento de doenças ou alterações fisiológicas. Para isso utilizamos um aparelho
elétrico, denominado bastão cromático, composto por uma fonte de luz branca uma
fenda onde é colocado o filtro de luz desejado, e um cristal de quartzo branco por onde a
luz é projetada.

FIG.05 - BASTÃO CROMÁTICO: APARELHO UTILIZADO PARA SELEÇÃO E


APLICAÇÃO DE LUZ COLORIDA.

Quando usamos a cromopuntura, alem da estimulação dos pontos de acupuntura


estamos utilizando também os efeitos da cromoterapia nos tecidos onde o foco de luz
incide, o que permite uma potencialização dos dois tipos de terapias. Com esse recurso
temos obtido muito sucesso na desobstrução uretral de gatos com DTUIF idiopática, nos
processos de coluna, nas faringites e traqueites, nas doenças articulares, ou seja, em
todos os casos de doenças inflamatórias, agudas ou crônicas.

As aplicações podem ser feitas em pontos de acupuntura específicos para as varias


patologias, e diretamente sobre os tecidos e órgãos afetados. A escolha da cor se faz de
acordo com as características de cada uma delas e da doença a ser tratada e o tempo de
exposição à luz vai de 30 segundos a 4 minutos de acordo com a intensidade dos
sintomas.

REFERENCES
Amber, R. (1983) – Cromoterapia: Acura através das cores, Cultrix, São Paulo.

Draehmpaehl, D.; Zohmann, A. (1997) – Acupuntura no cão e no gato: princípios


básicos e prática científica, Roca, São Paulo.
Gaspar, E. D. (1997) – Cromoterapia: cores para a vida e para a saúde, Pallas editora,
Rio de Janeiro.

Gimbel, T. (1980) – A energia curativa através das Cores, Pensamento, São Paulo.

Mandel, P. (1986) – The practical compendium of colorpuncture, Manfred Malworm,


W. Germany. Rezende, J. R. V. (2001) – Cromopuntura e outras

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