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Turma 2016
Parte V
RESUMO
O Merchandising pode ser considerado uma matéria controversa e isso devido a falta de
unidade conceitual no âmbito da literatura. Porém, tal impasse igualmente desafia o Conar
(Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária), o qual tem a competência de
legislar e julgar os casos acerca do tema no país. Aliás, cada um deles tem início com uma
denúncia e neste trabalho temos por objetivo desvendar o que é o princípio da
ostensividade, se há alguma hipótese de vedação do Merchandising e também como
funciona a questão da tripla responsabilidade. E além desses também desvendaremos quais
foram as decisões tomadas: arquivamento, advertência, alteração e sustação. Para tanto,
aplicaremos a Teoria dos Conjuntos da Matemática com o intuito de oferecer aos leitores
uma melhor exposição do assunto.
INTRODUÇÃO
Esta pesquisa tem como objeto de estudo a análise das decisões do Conar (Conselho
Nacional de Autorregulamentação Publicitária) sobre Merchandising no período entre
2006-2015.
Nosso objetivo geral será compreender qual é o significado de Merchandising no
contexto publicitário brasileiro e, a partir disso, quais são os motivos que levam as pessoas
a oferecerem denúncias ao Conar sobre esse tema. Enquanto, os objetivos específicos
2 Estudante de Graduação 4º. ano do Curso de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e
Propaganda, da Universidade Estadual do Centro-Oeste, email: rafaelriol@hotmail.com
1. O QUE É MERCHANDISING?
4 The boundary between what constitutes a tie-in and merchandising is at best indistinct. In this text, tie-ins
will be considered as promotional campaigns tie to specific films, but associated with products not in the
movie per se, not based on characters or objects in the movie. Thus, the availability of a “special edition
Rambo knife” selling for $2,250 falls under the category of merchandising, whereas the inclusion of a 60
second Pizza Hut commercial and coupon book good for $20 in food and Pizza products at Pizza Hut
restaurants on the Teenage Mutant Ninja Turtles videocassete constitutes a tie-in. While it is true that the
Turtles are renowned for their voracious appetite for pizza, Domino’s Pizza, through a product placement
deal, is the one that appears in the movie. The tie-in between pizza and Ninja Turtles is a logical one, but
instances of such things are not always as clear-cut. For instance, in order to promote the introduction of
Paul Newman’s salad dressing to its outlets, Burger King offered the videocassette of his film Absence of
Malice to customers at a reduced price when they purchased salads. With so many promotional activities
associated with a film, sometimes it becomes unclear who is promoting who or what is promoting what. To
gain a clearer understanding of what is involved, a more in-depth look at specific instances is warranted. It is
recognized that these are high profile, big budget examples. But rather than being aberrations from the norm,
these examples are actually in the vanguard of tie-in practices and thus serve more as models than brief one-
off to be discounted.
1.2 Merchandising Editorial
A primeira “lição” para quem pretende fazer uso das atividades de assessoria de
imprensa é conseguir diferenciar os espaços que uma empresa pode ocupar na
imprensa: o comercial e o editorial. É essencial fazer essa distinção, porque não é
raro haver confusões. Quando falamos em espaço comercial, estamos nos
referindo à publicidade e/ou à propaganda, que envolve a compra de espaço pela
organização para promover sua imagem de forma institucional ou seus produtos e
serviços, seja por meio de anúncios ou de ações de merchandising (GARCIA et
al., 2006, p. 109).
5Esclarecemos que os exemplos de mídia citados tanto para descrever o Merchandising Eletrônico quanto o
Editorial fazem parte de um rol exemplificativo.
No mesmo sentido, para Dias (1994) o espaço editorial é formado por toda matéria
jornalística que descreve, ou pelo menos cita, as atividades de uma empresa, sem com ela,
ter qualquer vínculo de comprometimento. Esse espaço não é comprado, ele é decorrente do
bom relacionamento que a empresa estabelece com a imprensa e reflete à sua capacidade
intrínseca de gerar informação relevante e de interesse para o grande público.
Em resumo, o espaço comercial é pago e vinculante; já, o editorial, é gratuito e
nesse caso, nunca há a garantia de veiculação ou divulgação da mensagem desejada pela
empresa. Contudo, como observou Garcia e colaboradores, não é raro haver confusão entre
eles e, um fator que contribui para isso é a o processo de formação dos conglomerados de
mídia no país, como, por exemplo, o Grupo Globo teve início em 1925 com o jornal O
Globo, mas entrou no ramo da radiodifusão em 1944, no de livros e revistas em 1952 e no
de televisão em 1965. Desse modo, ele começou como veículo de mídia impressa e com o
progresso tecnológico passou a atuar na mídia eletrônica mas, em todos os casos, em maior
ou menor grau de interação, há o convívio entre o espaço comercial e editorial.
Assim, seja a mídia impressa ou eletrônica não são comuns os casos em que alguma
delas poderá abrir mão dos recursos provenientes da veiculação de mensagens publicitária
para manter-se no mercado como um empreendimento lucrativo e, por isso, todas elas
precisam atrair a atenção do maior público possível, mas sem que isso, por outro lado,
diminua sua credibilidade perante o mesmo. Por conseguinte, como apregoa Austin e
Aitchison (2007) a marca paga para tomar emprestada a atenção da audiência; e, no mesmo
sentido, Adler e Firestone (2002), como é o conteúdo que atrai o público, é natural os
anunciantes pagarem aos criadores para veicular seus anúncios.
Tendo em vista essa situação, o Merchandising Editorial para alguns autores é o
equivalente à Tie-in. Por exemplo, para Sampaio (1999) se um produto, marca, empresa ou
serviço aparece, é citado, consumido ou utilizado, numa ação integrada ao desenvolvimento
da trama editorial e pertinente a seu contexto, por encomenda e mediante pagamento feito
pelo anunciante, isso seria um caso de Merchandising Editorial ou Tie-in; e, na visão de
Reis (2014), o Merchandising Editorial ou Tie-in, refere-se as aparições sutis de um
produto, as quais são comuns em novelas, filmes, programas de auditório e, também,
podem ser vistas ainda nos estádios de futebol e quadras esportivas.
Contudo, para outros autores, o Merchandising Editorial é o equivalente à Product
Placement. Segundo Rett (2013), o Merchandising Editorial ou Product Placement é uma
tentativa antiga de inserção publicitária não interruptiva que ganhou espaço em filmes e em
novelas; e, conforme Martinuzzo (2013), a citação ou apresentação de produtos e serviços
em programas midiáticos, especialmente, em conteúdos televisivos trata-se de
Merchandising Editorial ou, tecnicamente, Product Placement.
E ainda, existe a opinião defendida por Blessa (2010), em que o Merchandising
Editorial, seria o equivalente, em português brasileiro, dos nomes usados em outros países,
quais sejam, Product Placement e Tie-in, que são aparições sutis de um refrigerante no bar
da novela, da sandália que a mocinha da história, da logomarca estampada virtualmente no
meio da quadra de um evento esportivo, numa demonstração de um produto dentro de um
programa de auditório, entre outros. E, dessa forma, a partir da aplicação do método lógico-
dedutivo6 temos que: 1. Se Merchandising Editorial, Tie-in e Product Placement são
similares da mesma prática publicitária; 2. E, Merchandising Eletrônico é similar à Tie-in;
3.Portanto, Merchandising Editorial é similar à Merchandising Eletrônico.
Assim, diante da nítida falta de consenso entre os autores acima, entendemos que
como fazem Ferracciù (1997); Calazans (2006); Frazão (2006); Bonfá e Rabelo (2009);
Borges (2014); entre outros, o uso da expressão Merchandising sem o uso dos adjetivos,
eletrônico ou editorial, é frequente e plenamente cabível.
6 Para Quiroga (2013) o método lógico-dedutivo, foi consolidado por René Descartes a partir do século XVII
e constitui um dos principais estandartes do racionalismo moderno.
Merchandising: compreende um conjunto de operações táticas efetuadas no ponto
de venda, para colocar o produto ou serviço certos, no lugar certo, na quantidade
certa, no preço certo, no tempo certo, com o impacto visual adequado e com a
exposição correta. O merchandising, quer no ponto de venda, quer na televisão,
na revista ou jornal, é a construção de um cenário para o produto (COBRA, 2003,
p. 222).
7 Conforme Apostol (1988) essa teoria foi desenvolvida por George Boole e George F. L. P. Cantor no fim do
século XIX, teve uma profunda influência no desenvolvimento da Matemática no século XX, e nos remete à
palavra conjunto que representa uma coleção de objetos considerados como uma identidade única, os quais
constituem uma coleção chamada de elementos ou membros do conjunto, que dizem-se que pertencem ou
estão contidos no conjunto, e, este, por sua vez, diz-se conter ou ser composto dos seus elementos.
que representará o Merchandising Eletrônico e possui os seguintes elementos: Telefone,
Televisão, Videogame, Rádio, Web e Mobile; e o B que representará o Merchandising
Editorial e possui os seguintes elementos: Jornal, Revista, Livro, Televisão, Rádio, Web e
Mobile. Assim, esclarecemos que cada conjunto é composto por seus elementos. Vejamos
como podemos representá-los matematicamente:
8 Segundo Piva Jr. e colaboradores (2014) o Diagrama de Venn foi criado em 1880, pelo lógico matemático
inglês John Venn, para a representação de relações entre conjuntos. Consiste basicamente em criar círculos
contendo todos os elementos do conjunto.
Figura 2 — Diagrama de Venn: Merchandising Editorial.
Desse modo, torna-se fácil identificar que existem elementos que aparecem tanto no
conjunto A quanto no B são eles: Televisão, Rádio, Web e Mobile. E, portanto, neste caso
podemos usar da operação com conjuntos para promovermos a Interseção (∩) dos
conjuntos A (figura 1) e B (figura 2), dos quais surgirá um terceiro conjunto, que receberá o
nome de conjunto C, que será formado pelos elementos que estão em A e B ao mesmo
tempo, ou seja, elementos em comum entre os dois conjuntos.
(A∩B), então (⇒) “x” pertence (∈) a “A” e “x” pertence (∈) a “B”.
x = Rádio
Temos que:
B (A∩B), então (⇒) “Rádio” pertence (∈) a “A” e “Rádio” pertence (∈) a “B”. O que,
igualmente, seria verdadeiro para os elementos Televisão, Web e Mobile. Os quais junto
com Rádio compõe o conjunto C, o qual surge como resultado da Interseção entre os
conjuntos A e B (A∩B), que está representada na figura 3.
Da leitura de Brito (2013), Conar (2016a), Conar (2016b), aprendemos que o início
do movimento que resultaria no surgimento do Código Brasileiro de Autorregulamentação
Publicitária — CBAP e do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária —
Conar nasceu a partir da proposição do Projeto de Lei 5.567/78, apresentado durante o
governo militar do Presidente-ditador Ernesto Geisel e de autoria do ex-Senador José
Lindoso que previa a criação de uma autarquia federal com o objetivo de realizar um
controle prévio da publicidade e que se o projeto se transformasse em Lei, nenhum anúncio
poderia ser veiculado sem que antes recebesse o carimbo de conformidade do órgão censor
governamental.
Assim, diante de uma real e iminente ameaça à liberdade de expressão, um rápido
movimento de oposição foi organizado pelos publicitários Mauro Salles e Caio Domingues,
os quais vislumbraram como resposta a autorregulamentação, sintetizada num Código, que
teria inspiração no modelo inglês, a função de zelar pela liberdade de expressão comercial e
defender os interesses das partes envolvidas no mercado publicitário, inclusive os do
consumidor. Os já citados Salles e Domingues, são reconhecidos como os principais
redatores do Código no ano de 1977, porém foi evidente a valiosa contribuição de Petrônio
Corrêa (presidente da agência de publicidade MPM Propaganda), Luiz Fernando Furquim
de Campos (diretor do Grupo Pão de Açúcar) e Dionísio Poli (diretor da Rede Globo)
representando respectivamente as agências, os anunciantes e os veículos de comunicação.
Assim, o CBAP foi aprovado, em 1978, durante o 3º Congresso Brasileiro de
Propaganda, realizado em São Paulo e convocado pelo presidente da Associação Paulista de
Propaganda, Luiz Celso de Piratininga, local onde anunciantes, agências e veículos
subordinaram seus interesses comerciais e criativos ao Código. A seguir, Corrêa, Campos e
Poli articularam longa e pacientemente o reconhecimento do mesmo pelas autoridades
federais, convencendo-as a engavetar o projeto de censura prévia e confiar que a própria
publicidade brasileira era madura o bastante para se autoregulamentar. Nesse sentido, em
1979, os ministros Camilo Penna (Indústria e Comércio) e Said Farhat (Comunicação
Social) apoiaram o surgimento do Conar. No mesmo ano, a Fundação da Comissão
Nacional de Autorregulamentação Publicitária, a Conar, promoveu as primeiras
conciliações e julgamentos. Schneider (2005, p. 60):
Em maio de 1980 a ABAP (Associação Brasileira de Agências de Propaganda), a
ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), a ABERT (Associação Brasileira de
Emissoras de Rádio e Televisão), a ANJ (Associação Nacional de Jornais), os
maiores editores de revistas e a Central de Outdoor reúnem-se em assembleia e
formalizam a criação da Conar, cujo quadro social aglutina agências, veículos e
anunciantes de todo o país. Em 20 de outubro do mesmo ano, em Assembleia
Geral Extraordinária, os mesmos associados deliberam converter a Conar no
Conar – Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária.
9 Artigo 3° São atribuições do Plenário: I — julgar os Recursos Extraordinários previstos neste Regimento; II
— uniformizar a jurisprudência, quando houver matéria a respeito da qual divirjam as Câmaras entre si ou
alguma delas em relação ao Plenário; II — aprovar e revogar súmulas de jurisprudência firmada pelo
Conselho de Ética; IV — discutir moções do Conselho de Ética, remetendo-as, se aprovadas, à consideração e
decisão do Conselho Supervisor ou da Direção Executiva do CONAR, conforme a competência.
10
Artigo 12. São atribuições do Relator: I — presidir a todos os atos do processo, salvo os que se realizem em
sessão de julgamento, devendo: a) assegurar a igualdade de tratamento entre as partes envolvidas; b) agilizar,
pelos meios ao seu alcance, a solução do processo; c) convocar e mediar reuniões de conciliação, envidando
esforços na solução de conflitos, em consonância com os objetivos sociais do CONAR. II — apresentar
relatório, parecer e voto nos processos que lhe forem distribuídos. III — determinar à Secretaria Executiva as
diligências necessárias à instrução do processo, bem como a sua inclusão em pauta para julgamento. IV —
conceder a medida liminar, de ofício ou a requerimento de parte legítima. V — propor o conhecimento do
decidido a autoridades, entidades ou terceiros que possam ter interesse pela matéria. VI — resolver, na área de
suas atribuições, as questões incidentes.
3.1 Os Processos Éticos
Quanto a natureza dos Processos Éticos, conforme o Artigo 14 do Rice eles serão
investigatórios11 ou contenciosos. Porém, como os processos a serem analisados neste
trabalho são todos contenciosos, no Artigo 17, aprendemos que esse tipo de processo
objetivará anúncio ou campanha publicitária e será instaurado mediante despacho do
Presidente do CONAR, em representação escrita, sempre que houver evidência de
transgressão ao Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária.
No mesmo artigo, em seu § 1° a representação será de inciativa: a) do Presidente do
Conar, b) do membro do Conselho Superior; c) do Diretor Executivo do Conar, d) do
Associado, e) do grupo de Consumidores; e sobre essa última, em seu § 4° acentua que a
denúncia deve ser subscrita por pelo menos 7 (sete) consumidores, devidamente
identificados e qualificados, sendo o processamento dela gratuito. No entanto, esse
benefício não está a disposição dos anunciantes, agências e veículos associados ao Conar
como dispõe o Capítulo VIII — Disposições Gerais, artigo 50, o qual afirma ser da
responsabilidade do interessado as despesas decorrentes de diligências por ele requeridas ou
que se fizerem necessárias, em benefício de suas alegações.
11
Artigo 15. O processo investigatório terá por finalidade apurar: I — eventual transgressão a recomendação
do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária; II — dúvida acerca da responsabilidade pelo
anúncio; III — qualquer elemento indispensável ao conhecimento da causa.
parágrafo único temos que tal recurso poderá ser interposto pelo Presidente da Câmara, pelo
Diretor Executivo do Conar ou pelas partes, no prazo de 10 (dez) dias.
E, segundo o artigo 42 caberá o Recurso Extraordinário: I — do Presidente da
Câmara Especial de Recursos ou do Diretor Executivo do CONAR; II — da parte vencida e
do terceiro prejudicado12; III — Do Presidente de Câmara, de ofício, contra decisão, que
tenha recomendado a adoção da medida de Divulgação Pública da posição do CONAR,
prevista na letra d, do artigo 50 do CBAP. Enquanto seu parágrafo único, estipula que o
prazo para interposição do Recurso Extraordinário, em qualquer hipótese, é de 10 (dez) dias
e será contado a partir da data em que for juntado aos autos o comprovante de recebimento
da intimação do decidido.
Contudo, em ambos os casos, o artigo 43 define que a mera interposição de tais
recursos não suspenderá a execução do que foi decidido em instâncias inferiores. E, tendo
em vista que o Rice pode não abarcar todos os cenários possíveis para os Processos Éticos,
o próprio, em seu Capítulo VIII — Disposições Gerais, Artigo 51, determina a aplicação
supletiva dos princípios gerais de direito e de preceitos dispostos no Código de Processo
Civil aos casos omissos naquele Regimento.
Processos sobre
nº Representação (nº)
Merchandising por ano
2006
12Artigo 42, inciso II, da parte vencida e do terceiro prejudicado, quando: a) a decisão proferida pela Câmara
Especial de Recursos não for unânime; b) a decisão da Câmara Especial de Recursos violar disposição literal
dos Estatutos Sociais do CONAR, do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária ou deste
Regimento; c) a decisão tiver sido calcada em erro de fato resultante de atos ou documentos da causa.
1 337/05
2 57/06
4
3 65/06
4 267/06
2007
267/06, em recurso
5
ordinário
6 297/06
5 200/06, em recurso
7
extraordinário
8 7/07
9 67/07
2008
10 13/08
11 055/08
12 203/08
6 13 291/08
14 306/08
337/08, em recurso
15
ordinário
2009
16 409/08
17 431/08
280/08, em recurso
18
5 ordinário
036/09, em recurso
19
ordinário
20 226/09
2010
21 232/09
217/09, em recurso
22
ordinário
23 242/09
24 097/10
9
25 231/09
26 080/10
27 134/10
28 343/09
29 201/10
2011
111/10, em recurso
30
ordinário
245/10, em recurso
31
ordinário
32 356/10
33 119/10
34 125/10
35 78/11
12 36 38/11
356/10, em recurso
37
ordinário
38 126/11
242/10, em recurso
39
extraordinário
168/11, em recurso
40
ordinário
41 202/11
2012
096/11, em recurso
42
ordinário
197/11, em recurso
43
ordinário
44 015/12
45 210/12
10 46 221/12
47 222/12
48 223/12
49 269/12
149/12, em recurso
50
ordinário
51 312/12
2013
275/12, em recurso
52
ordinário
53 319/12
5
54 159/13
55 100/13
56 254/13
2014
57 320/13
58 027/14
59 035/14
038/14, em recurso
60
ordinário
029/14, em recurso
61
10 ordinário
62 063/14
63 124/14
64 130/14
65 133/14
095/14, em recurso
66
ordinário
2015
129/14, em recurso
67
ordinário
68 060/15
5 69 145/15
70 070/15
098/15, em recurso
71
ordinário
O Conjunto Universo (U) possui 71 elementos, ou seja, todos os casos julgados pelo
Conselho de Ética do Conar no período sob categorização. Vejamos 3 formas possíveis
para representá-lo matematicamente:
U = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26,
27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50,
51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63, 64, 65, 66, 67, 68, 69, 70, 71}
b) Na forma de Diagrama:
c) De forma resumida:
U = {x ∈ N | 1 ≤ x ≤ 71}
Ou seja, lê-se que o conjunto U é o Conjunto de todos os “x” que pertencem aos
Números Naturais tais que “x” seja maior ou igual a 1 e menor ou igual a 71.
Se por um lado o Conjunto Universo (U) era formado pela totalidade de processos
julgados sobre Merchandising no período em estudo. O Conjunto Arquivamento (A)
contempla apenas a parcela dos processos em que decidiu-se pelo arquivamento devido a
improcedência do pedido ou nos casos em que alguma falha processual originária foi
encontrada. O representaremos matematicamente:
a) Por extenso, ou seja, todos os elementos em ordem crescente:
A = {2, 9, 18, 20, 22, 29, 44, 54, 57, 60, 64}
b) Na forma de Diagrama:
b) Na forma de Diagrama:
b) Na forma de Diagrama:
D = {6, 15, 19, 27, 46, 47, 48, 53, 57, 58, 62, 63, 65, 66, 69}
b) Na forma de Diagrama:
x ∈ A∩D ⇒ x ∈ A e x ∈ D
(B∩D), então (⇒) “x” pertence (∈) a “B” e “x” pertence (∈) a “D”.
(C∩D), então (⇒) “x” pertence (∈) a “C” e “x” pertence (∈) a “D”.
Por meio da aplicação da Teoria dos Conjuntos, a operação com conjuntos chamada
de Interseção (∩) e a representação dos mesmos via Diagrama de Venn percebemos que
Merchandising, Merchandising Eletrônico ou Merchandising Editorial não são expressões
sinônimas, mas sim similares. E isso, em princípio, porque não são em todos os casos em
que poderemos substituí-las sem que haja prejuízo ou alteração do sentido. Igualmente,
apreendemos que para coibir abusos, no Brasil ainda no período da Ditadura Militar teve
início a autorregulação, depois já no fim da década de 1980 a regulação da publicidade no
país passa a ser regida por um modelo misto de controle, o qual combina legislação,
autorregulamentação e códigos setoriais de conduta. E, ainda que o CBAP seja de adesão
voluntária, o documento é unanimemente aceito e praticado por anunciantes, agências de
publicidade e veículos de comunicação. E, também, visualizar a partir da representação em
Diagramas das Interseções entre os Conjuntos A∩D, B∩D e C∩D, percebemos que dos 71
casos julgados pelo Conselho de Ética do Conar sobre Merchandising, aproximadamente:
15,492% resultaram em Arquivamento; 33,802% em Alteração; 43,661% em Sustação;
21,126% em Advertência; 1,408% em Arquivamento e Advertência; 7,042% em Alteração e
Advertência e 5,633% em Sustação e Advertência. Por fim, o estudo do Merchandising
exige uma análise aprofundada e minuciosa, pois ao compreendermos o termo de modo
superficial corremos o risco de ignorarmos questões como a coexistência de terminologias
similares e a separação entre os espaços comercial e editorial.
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