... "
St\ O TOj\J1AS
DE t\QUIi'IO
.
-
]üAü AMEAL
da Academia Portuguesa da História
... ~
SJ.\O TOJ\J\t\S
D~ t\QUIi\IO
fnifiaçüo ao estudo dn sua figul'il e da sua obra
j
j
j
j
j
j
j
Carta-IJrefácio
de Jarques Maritain
Cher Monsicur:
(S~in~ et Otse)
JACQUES MARITAIN.
Trecho de uma carta dirigida ao autor
flor Jacques Maritain, {l prnpúsitu
da se~llnda
.. edição
Cher Monsieur,
JACQUES MARITAIN.
I) aIa vr(I s previn S
I •
Cornm. Comrnent.arta.
o fRt\DE
Uma família medieva-l
(1) eUt enim verbis Hííarí utar, ego hoc vel praeclpuum
vítae meae officium debere me Deo conscius sum, ut eum omnis
sermo meus et sensus loquaturs (Bumma contra Gentiles, Iíb, I,
capo 11).
«Pugil fidei»
o NlESTftE
Do bacharelado ao magistério
com pouco mais de vinte e sete anos, atinge tão alto nível
de clarividência e de saber - desse que há-de ser desi-
gnado um dia, mais de seis séculos decorridos, pelo Chefe-
da Cristandade, com o belo nome, tão verdadeiro hoje
como em 1252, de Studiorum Ducem,
6
82 SAO TOMÁS DE AQUINO
edições iniciais.
Mais tarde, porém, generalizou-se o título de
Summa Theoloçica, adoptado pela quase totalidade dos autor-ex.
- A consultar sobre o assunto: Mandonnet, Les écrits
authentiques de Saint Thomas d'Aquin ; Orabmann. Die lVer7.'e
des hl. Thomas vnn Aquin ; o substancioso estudo de P. A. Waltz,
De genuino título «Sumrnae Theoloqiae» (Em Angelicum, tomo
XVIII (1914), págs. 146-148); Santiago Rarnir ez (O]). cit., págs.
192-193) .
(1) É a opinião de Grabmann na Eintiihrusu) in die Su mnui
des hl, Thomas von Aquin (La Somrne Théoloqique de Sauit
Thomas d' Aqu-in) introduction histórique et pratique, trad. de
Ed. Vansteenberghe, ed. de 1925, págs. 28 a 31), que nos parece
a melhor fundamentada em relação ao problema da Surn m«
- pois toma sempre em consideração as informações dos cont ern-
porâneos, sobretudo de Ptolomeu de Luca (História Bcclesiastica
Nova, Iíb, XXII, capo XXXIX e líb. XXIII, capo xr) e de Guilherme
de Tocco( Vita S. Thomae Aquinatis} caps. XXXIV e XLIII). Man-
donnet estabelece assim a cronologia das diversas partes d0
notável tratado teológico: I.a (1267-1268); 1.a-11.a<> (1269-1270);
II.:t-II.ae (1271-1272); 111.& (1272-1273).
Há quem indique 1265 como data inicial e sugira outras
pequenas variantes, como: Carlos Jourdain (La Philosophie de
Saint Thomas d'Aquin) tomo I, pág. 122); Mausbach (Artigo
Thomas von Aquin) no Kirchen-Lexicon, tomo XI, col. 1635);
P. Conway (Saint Thomas Aquinas, pág. 64, 0.° 73); Maurício de
Wulf (Histoire de la Philosophie Mediévale, a- ed., pág. 328);
M. Baumgartner (Grundiss der Geschichte der Ph.ilosoph.ie der
patristiscnen und scolaetisctien Zeit, pág. 484).
90 sxo TOMÁS DE AQUINO
Com efeito, através das suas quatro partes (La; !.".. II.ae;
Il."...Il.:": III.a), dos seus trinta e oito tratados, das suas
seiscentas e trinta e uma questões, dos seus três mil arti.. .
gos, das suas dez mil objecções - a Summa conserva
sempre majestoso porte arquitectónico. Imensa variedade
- unidade profunda. É vulgar o paralelo com as grandes
catedrais góticas, nas quais também se aliam o mesmo
prodigioso equilíbrio e o mesmo impulso ascensional (1).
7
98 sÃo TOMAS DE AQUINO
8
114 SÃo TOMÁS DE AQUINO
r .#
TEMPO de fazer uma tentativa para ver, com a
11. nitidez possível, o homem que têm diante de si
~ os contemporâneos de Tomás de Aquino. Todos
nos descrevem a sua elevada estatura, o seu porte erecto,
a sua figura volumosa, a sua fronte larga e alta ainda
ampliada pela calvície precoce (1). A iconografia apresen...
o SAi'ITO
o AlIjO da Escola
9
130 SAO TOMAS DE AQUINO
------
--~--~-
tomista se condensá:
--- :~Quod prima cau sa 11011 pot.esi plur es m u n dos facere.
'\Quod s esset aliquu substantia separat a, quae non
í
Relacionam-se
(1) COl1l esta tese duas das proposições
condenadas:
- «Quod nos peiu.s au.t melius uitelliqiniu s, hoc pro cenit al.
intetlectu passivo) quem âicit esse potcntiam sensitioam.:
~~ «Ouod inccmceniens est pouere aliquos in tellectus nobi-
liores alus : quia CU1n isto dicersitas non possit esse a pa ri e cor-
poru.ni, oportei quod sit a parte irüclli qent.iarrnn : et sic anim ae
nobiles et ignobiles essent necessario du-er saru.m s pecieru m . sicu f
in t elliçentiae.»
(~) Indicada nas três pr-oposições st'guintc~:
- «Quod scientia con trariorurn solu.m est ca u sa, quare ani-
ma rationctis pot est in op posita ; et quoti pot en t ia simpliciter una
non potest iH op posita, llisi per acciden s, et rat ion e olierius»
- «Ouod colunt as necessario proseoicüur, quoâ [irnut er
creâitu.m est a rat.ione ; et quod non pot est abst inerc ab eo, quo.l
ratio âict at. Haec au.t e m necessitatio non est coactio, sed nat urc
uolu n tatis.»
- «Quod 'L~oluntas m anente possione et scient ia p ar ticulur i
in actw non potest aqere contra eam,»
o SANTO
o SANTO 167
(I) «.. .et in fine conclusit quod idem FI'. Tho mas in scrip-
turis suis impossuit finem omnibus laborantibus úsque ad finem
saeculi et quod omnes âeinceps frustra laborarent», (Depoimento
de Bartolomeu de Cápua no Processo de Canonlzaçào ).
o SANTO
-_ .. - - - - -
faça uma edição das suas obras completas (1). Tudo isto
contribui para estimular, em elevado grau, a corrente deri-
vada das suas insuperáveis lições.
B ainda nesta centúria que resplandece, na Univer-
sidade de Coimbra, o doutíssimo Pedro da Fonseca, a
quem os coevos designam por Aristóteles coimbrão e que,
firmado no seu excepcional prestígio de Mestre e de pen-
sador, resolve promover a elaboração do monumental Cur-
sus Conimbticensis, vasta exegese da filosofia do Perípato,
em que toma para si próprio as partes referentes à meta-
física e à dialéctica e confia a alguns competentes auxi-
liares, seus colegas de cátedra, as partes restantes: assim,
Manuel de Góis escreve os tratados da alma, da física e
da ética; Sebastião do Couto versa aspectos complementa-
res da dialéctica e Baltazar Álvares compõe o Tractatus
de anima separata. A salientar, outro português da época,
"
(I) Acerca dos comentadores da Summc Theologica através
dos tempos, até o Século XVII, podem consultar-se: ° Catalogus
interpreturn Súmrnae D. Thomae Aquinatis, de L. Carboni, publi-
cado em Colônia, em 1619; ou o Catalogus Scholasticoruni theo-
loaorum seu interpretwm Summae Divi Thomae Aquinatis, do
jesuíta A. Schottus, também aparecido em Colônia, no ano ante-
rior. Mas será preferível recorrer ao estudo, muito mais moderno,
de A. Michelitsch: Kommentatoren zur Summa Theologiae des
hl. Thomas von Aquin, saído primeiro na revista Divus Thomas
em 1916, 1917, 1918 e 1919 e depois, actualizado, em volume
(Viena, 1924).
21)0 SAO TO:\f.\S DE AQUINO
------
15
226 sÃO TOMÁS DE AQUINO
,
(1) Registe-se ainda o expressivo elogio da identificação
da «Aguía de Aquino» com o Mestre de Colónia, nas decretais de
Pio XI In tbesauris sapientiae, pelas quais eleva Santo Alberto
Magno à glória dos altares, a 16 de Dezembro de 1931. E salien-
te-se que o Pontífice Pio XII, em diversas alocuções - de
24 de Junho de 1939, de 17 e 22 de Setembro de 1946 - e
sobretudo no Prefãcio da Festa de São Tomãs de Aquino, rende
com intenso fervor o seu preito ao grande Doutor da Igreja.
Posteriormente, no Discurso aos participantes do IV Congresso
Tomista Internacional, examina o Santo Padre alguns problemas
da ciência moderna para concluir que se mantêm vâlidas, na
essência, as soluções da perennis philosophia.
SEGUNDA PARTE
As grandes linhas
do pensamentn tomista
r
Pontns de partida
a) O Ser.
b) Os primeiros princípios.
c) Potência e Acto.
d) Essência e existência.
a diferentes espécies.
Parece-nos oportuno recordar estas noções fundamentais
para melhor se poder interpretar a definição de essência (strictu
sensú) que damos acima.
(1) «Nihil enim habet actualstatem, nisi inquantum este
Unâe ipsum esse est aotuaüta« omnium rerum, et etiam ipsarum
tormarum», (Sum. Theol., I, Q. 4, art. 1, aâ tertiam). - E noutro
lugar: cQuiàditas est aicut potentia, et Bttum eese acquisitum
est 8teut actus'». (Com. in 11 liber Sententiarum Dís, 3,J
Q. 1. art. 1).
AS GRANDES LINHAS DO PENSAMENTO TOMISTA 245
e) Substância e acidentes.
Outro ponto de vista a desenvolver. Em todos os
seres, encontram...se elementos de permanência e de diver..
sidade. Defronte de nós, eis um grupo de homens. O ele...
,
(1) «Hoc quod dico esse est aotualitas omnium actuúm,
et propter hoc est periectio omnium perfectionum. N ec intelli-
gendum est, quoâ ei quod dico esse, aliquid aãâatur quoâ si eo
[ormalius, ipsum determinans, sicut actus potentiam:., Et per
bunc modum hoc esse ab illo esse distinguitur, in quantum est
talis vel talis naturae», (De Potentia, Q. 7, art. 2, ad nonum).
(=!) « ... lpsum esse comparetur ad essentiam qua.e est aliud
ab ipso, sicut actus aâ potentiam, Cum igitur in Deo nihil sit
potentiale, ut ostensum est supra (art. 1) sequitur quoâ non sit
aliud in eo essentia quam suum esse. Sua igitur essentia est
suum esse». (Sum. Theol., I, Q. 3. art. 4, Resp.).
(3) Ver o Apêndice, no final do volume.
246 SÃo TOMÁS DE AQUINO
f) As causas.
-
(1) Comm. in 11 liber PhysicoTum, lect. 10.
e) Pode-se mencionar, ainda, um quarto: a beleza - pelo
qual as coisas nos agradam. «Pulchra enim dicuntur, quae visa
placent», (Sum. Theol., I, Q. 5, art. 4, ad primum). «Pulchrúm.
autem dicatur, id cujos ipsa apprehensio placet». (Sum. Theol.,
p-llae, Q. 27, art. 1, ad tertium) - A beleza exige claridade e
harrnonía de proporções: «.. .ad rationem pulchri... concuTrit et
claritas et debita. proportio», (Bum, Theol., II-IJae, Q. 145, art. 2,
Resp.).
Inclinamo-nos, todavia, a considerar a beleza, não um quarto
atributo transcendente, distinto dos três já referidos - mas uma
fonna especial da bondade. Desde que se caracteriza pelo poder
que as coisas têm de nos agradar, a beleza representa certa bon-
dade que nelas existe e se dirige particulannente à nossa sensi-
bilidade estética. - Henrique ColIin (Manuel de Philosophie Tho-
miste, I, pág. 184) exprime opinião semelhante.
(3) «Haec est vera definitio unius: unum est ens, quod non
dividitur». (Comm. in I liber Sententiarum. Dist. 24. Q. 1, art. 3,
ad tertium).
AS GRANDES LINHAS DO PENSAMENTO TOMISTA 251
DEUS
Posição do problema
11
17
258 sÃo TOMÁS DE AQUINO
111
(1) «Nem su.ut arriculi fidei, sed pr aeo m í.ul« cul lI],!;'-U!/!'; _
(..c:>n;-~. 'I'hpol.) I. Q. 2, art. 2. aâ primu.m v.
(~):De1! rn PS8{' se« u.n dum qu.od /I on ('8 t jJf t' se ;; () fi! m
ou.ocui fIO.";. dern on stro oi!e est per effertu.8 nobis not oe-, (Sum.
Ti'/';o!., J. Q. 2, art. 2. l'f:'s[).).
C'I "Efff?ctil}'f:J' Dei demonet rarí pot c«! Deu.m e::->8P. Iicet
p e: eo« non per i ect« ipsum p088irn/18 coo nc.scer> «ecu iulu.m
81trUn P'i8cnt:unF. (Idem. aâ tert.ncm ),
262 - -
SAO TOMAS DE AQUI~O
IV
a) O Primeiro 1\1ator.
---------
b) A Primeira Causa.
,
(1) «Iri causis efficientibus imZJ088'ibile est procedere m in-
jiniiurn. per se». (8U1Jl. Theul., I, Q. 46, art. 2, ad septimum ), --
Sobre o mesmo ponto: Surnrna contra Gentiles, líb. II, capo 38 e
Com.m. in 11 liber-Serüent.uirurn, Dist. 1, Q. 1, art. 5, ad qu.uüurn,
(~) Noutro lugar da SUTn. Theol. (1, Q. 104, arts. 1 et 2), ao
tra tal' da conservação dos seres criados. São Tomás raciocina em
sentido inverso: desce da Causa Prtrueira aos efeitos, em vez de
subir destes àquela e torna assírn rnats evidente o encadearuento
das causas. Deste modo reforça a eficácia da secunda via.
O texto desta prova, na Sumrna contra Gentiles, é quase
igual ao da Summa Theologica, apenas COlTI leves díssemelharicas.
Por isso não lhe fazemos referência.
26S sÃo TOMÁS DE AQUINO
c) O Ser 1'1cccssário.
( 1 )A lei cio possível t:~ !'l'a hntr-'·'" (} lsrum dia. Há, porém,
U11l esclarecimento indispensá v o1: tal }ri refere-se, não ao indiví-
d) O Ser Perfeito.
e) A Primeira Inteligência.
18
274 sÃo TOMÁS DE AQUINO
f) Visão de conjunto.
(') « ... neque est defini tio ipsius ... » (Sum. Theol., I, Q. 3,
art. 5, Resp.).
(~) Summa Theologiae, Tract. IH, Q. 16, Resp. 1. - Não
confundir com a Summa Theologica de São Tomás. Numerosos
foram os Mestres medievais dos séculos XII e XIII que escreveram
largos tratados sistemáticos de teologia, sob os títulos de Summa
in Theologia, Summa Theologiae ou Summa Theologica: Pedro
Cantor, Roberto de Courçon, Martim de Cremona, Martim de
Fougêres, Pedro de Cápua, Simão de Tournai, Prepositino de Cre-
mona, Guilhenne d'Auxerre, Filipe de Greve, Godofredo de Poi-
tíers, João de Trevisa, Rolando de Cremona, Alexandre de Hales,
Guilhenne de Melitona, Alberto Magno, Henrique de Gand, Ge-
rardo de Bolonha, João de Lichtenberg, Nicolau de Estrasburgo,
en tre outros.
A este propósito, podem consultar-se: Des Sommes de Théo-
logie, de J. Símler (Paris, 1871) e Die Hauptform der Mittelalter-
DEUS 281
a) Atributos negativos.
(3) «In Deo sunt perjectiones omnium reTUm ... Cum Deus
sit ipsum esse subsistens, nihil de periectione essendi potest ei
âeesse», (Sum. Theol., I, Q. 4, art. 2, Resp.).
--
284 SÃO TOMÁS DE AQUINO
DEUS 285
b) Atributos positivos.
Como poderemos agora extrair da noção de Super-
-Ser os atributos positivos de Deus? Ao considerar que
em Deus existem, num grau de eminência, as perfeições
das criaturas. A inteligência, a vontade, a bondade - por
exemplo. Se, porém, nos referimos à Inteligência, à Von-
tade, à Bondade divinas - corremos o risco de resvalar
(1) «... illud bonum quoâ vult sibi, non est aliud quam ipse
qui est per suam essentiam bonus». (Sum. Theol., I, Q. 20, art. 1,
• ad tertium) .
(=!) «Amor Dei est injundens et creans bonitatem in rebus».
(Sum. Theol., I, Q. 20, art. 2, Resp.).
(') cOum enim amor Dei 8it causa bo-nitatis rerum ... non
esset aliquid alio melius, si Deus non oeüet uni majus bonum
quam alteri». (Sum. Theol., I, Q. 20, art. 3, Resp.),
298 SÃO TOMÁS DE AQUI NO
(1) «.. .et haec est suum cognitio quam de ipso in statu viae
habere possumus, ut cognoscamus Deum esse supra omne id quod
cogitamus de eo; ut patet per Dionysium in 1 capo de Mystica
Theologia~. (De Veritate, Q. 11, art. 1, ad nonum).
II
o NlUi'IDO
A Criação
20
---
306 sÃo TOMÁS DE AQUINO
a) O mundo é eterno?
•
314 sÃo TOMÁS DE AQUINO
b) Unidade e multiplicidade.
c) O bem e o mal.
a) Matéria e forma.
b) A quantidade.
c) Lugar e tempo.
22
338 5:\0 T01\1..\5 DE AQUINO
d) As qualidades.
o MUNDO 339
.
3~2 SAO TOMÁS DE AQUIl\;O
b) A contingência na natureza.
23
354 SÃo TOMÁS DE AQUINO
b) O princípio vital.
r
dum quem corpus vivit». (Oomvn. in Aristotelis librurn De
Anima, lib. 11, lect. 1).
e) Ver a décima terceira tese tomista, no Apêndice.
e) Efectivamente, como a essência está sempre em acto.
se as faculdades se confundissem com ela estariam. do mesmo
modo, sempre em acto. Ora isto é falso: um ser que possui alma
não está sempre em acto quanto às operações vitais. - «Lnvenitur
hobens an-im,am non sempre esse in actu operu m vitae». (Su m .
Theol., I, Q. 77, art. 1, Resp.).
(3) Ver a décima quarta e a décima quinta teses tomistas,
no Apêndice.
362 - - DE AQUINO
SAO TOMAS
c) Origem da vida.
A vida
--------
-- «Non ergo in tertia âie proâuciae sunt plantae l1l actu, seâ
causoliter taniurn», (Sum. Tlieol., I, Q. 69, art. 2, Resp.).
Algumas eminentes personalidades do moderno pensamento
católico têm afirmado a sua simpatia pelo evolucionismo - sob
a forma acabada de expor. Por exemplo, Monsenhor d'Hulst:
-- «Qui, at'ec Dieu à l'origine de Vêtre, Dieú (tu terme âu proçrês,
Dieu SUl' les [lancs de la colonne pour en diriger et en soutenir
te rnouvemen t, Téoolut ion. est ruimissible». (Oaréme de 1891,
5.:l conferência, pág. 18G). O Padre Sinéty sugere, no mesmo
sentido: - «Un traneformisme proqressif polyphyléNque, plaçant
li l'oriqine des grandes divisions du monde uéçétal et animal âes
types initiau» três ruâimentoires, ne semble pas lui-même abso-
lument imnossibie. Pourquoi l'Auteur de la Nature n'aurait-il
pas donné, à létat virtuel, à ces premiêres formes, les perjectums
qui âeoaient se mcniiester dans leur âescenâance '1 ». (Revista ,
etudes, 1911, tomo n. pág. 672). P. M. Périer, depois de mostrar
corno nas obras do Aquinense (e menciona o texto da Sumo Theol.,
I, Q. 73, art. 1, ad tertium) se prevê o aparecimento possível de
novas espécies, tiradas dos poderes activos que Deus deposita nos
elementos primitivamente criados, aplaude um livro do Cónego
Henrique Dordolot, de idêntica orientação (Le âarioinisme au point
de vue de l'orthoâoxie catholiquel , e acrescenta: - «On ne sau-
rait méconnaitre la force âes raisons par lesquelles il établit que
fhypothese de l'éoolution n'est en opposition ni avec la 8ainte
2criture, ni avec la philosophie traâstionneüe, ni avec la théologie
la plu« rigoureusement orthoâoxe», (Revue d'Apologétique, 15 de
Junho de 1922, pág. 350).
24
370 sÃo TOMÁS DE AQUI NO
o i-JONlENl
Alma e- corpu