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FABAPAR - FACULDADE BATISTA DO PARANÁ

FICHA DE DISCIPLINA: INFLUÊNCIAS DAS TEOLOGIAS ATUAIS NO


CONTEXTO BRASILEIRO
PROF: ALAN MYATT
ALUNO: ANTONIO ELIAS SILVA NETO
DATA: 14/04/2019
LIVRO: Pelos muitos caminhos de Deus: Desafios do pluralismo religioso à
Teologia da Libertação.

% DA LEITURA COMPLETADA: 100%

IDEIAS CHAVES:

1. UMA NOVA TEOLOGIA “VIDACÊNTRICA” (Prólogo - Pg. 5 a 8).


O que significam, a priori, os “muitos caminhos de Deus” no título da obra?

Numa perspectiva analítica, um leitor poderá facilmente intrigar-se com o


aspecto temático logo no início de sua leitura. Diante de um sistema moderno
multifacetado de conhecimentos científicos, religiosos e filosóficos, surge ainda
no título da obra, uma sequência ou tríade de termos, que impregna a
curiosidade: MUITOS CAMINHOS – PLURALISMO – LIBERTAÇÃO.
O autor do prólogo, Pedro Casaldáliga, ao citar sua participação no I
Encontro Macroecumênico da APD, Assembléia do Povo de Deus, nas alturas
de Quito - Equador, expressa que as diversas confissões possuem o mesmo
Deus, mas dividem-se na sistematização das celebrações, relações e religações.
Esta falha não causa apenas distanciamento, mas também confrontos, e
inimizades em nome de Deus. Este quadro é qualificado por ele como uma
“guerra religiosa”, e aponta para uma frequente manifestação da arrogância
cristã na teologia bíblica-eclesiástica. O autor também se satisfaz com o
surgimento da campanha religiosa do Concílio do Vaticano II pela liberdade de
consciência e reconhecimento do espaço para salvação nas religiões. Para eles,
iniciou-se uma era de diálogo, de macro-ecumenismo, onde o axioma
fundamental (citando Michael Amalados, atual diretor do Instituto pelo Diálogo
entre as Culturas e as Religiões): "A Religião é para o Ser Humano, não o Ser
Humano para a Religião". Para a perspectiva pluralista, as reflexões da visão
latino-americana de Teologia da Libertação são: a Intolerância religiosa X
Pluralismo religioso; Recolocação teológica na fé indígena e afro-americana; A
libertação dos pobres como critério hermenêutico; Pluralismo de princípio ou de
direito e não somente pluralismo de fato; Um novo espírito missionário; a
Releitura da Cristologia. Daí emanam caminhos diversos para a religiosidade, e
ambos, oferecem salvação a seu modo. Nota-se que há uma espécie de
prioridade teológica humanitária, a causa da massa empobrecida e excluída;
uma teologia comprometida com Deus e seus pobres; uma urgente teologia do
Terceiro Mundo e do mundo globalizado, para mal e para bem.

2. A REVOLUCIONÁRIA TEOLOGIA PLURALISTA (Apresentação - Pg. 9 a 12)


Quais são as características que qualificam a TL e a TP como dignas de
visibilidade segundo os seus ideólogos?

Os líderes da Comissão Teológica da ASETT para América Latina (2003)


ꟷ Luiza E. Tomita, Marcelo Barros e José Maria Vigil ꟷ afirmam que tanto a
Teologia da Libertação quanto a Teologia Pluralista são teologias dignas de
atenção. Para eles, progressivamente, estas teologias ou uma de suas
ramificações, se tornam obrigatórias e únicas para muitos cristãos e não cristãos,
e concedem a ambas as teologias o caráter revolucionário (que segundo eles,
em algum sentido, a TP é mais que a própria TL). A TP é incontrolável,
desafiante, ameaçadora, com a necessidade de reformular tudo, e que "vem
para ficar", e não um modismo, apontada como a filha da Teologia da Libertação.
No entanto, a obra não trata apenas de uma delas, mas de ambas, relacionando-
as. O livro serve apenas para abrir a porta e adentrar ao tema, e a ASSET prever
cinco etapas de publicações no seu programa: 1) uma obra para levantar e
apresentar os desafios citados 2) Uma obra com a tentativa de dar respostas
concretas a estes desafios. 3) O primeiro livro de teologia da libertação a partir
do pressuposto pluralista e 4) Uma TL irmanada ou casada com a TP.
3. MUITOS POBRES X MUITAS RELIGIÕES (Pg. 13 a 44)
Qual é a necessidade do cruzamento entre a TL e a TP? Qual seria sua
utilidade teológica?

O autor do primeiro ponto da obra, Paul F, Knitter, inicia reafirmando um


necessário encontro entre a Teologia da Libertação e a Teologia Pluralista. Isto
sanaria graves problemas para as religiões, por serem particularmente urgentes:
a experiência dos muitos pobres e a experiência das muitas religiões. Para este
encontro não há barreiras, e o autor tenta mostrar porque o diálogo entre a TL e
a TP é necessária e contributiva. O autor apresenta diversos questionamentos
direcionados ao projeto, indagando a sua real necessidade, seu tempo oportuno,
se ele promoveria ou debilitaria o diálogo inter-religioso, e se traria o abandono
ou a diluição do essencial à vida e ao testemunho cristão. Knitter passa então a
oferecer justificativas para o cruzamento teológico da TL com a TP. O autor
expressa o papel libertador das duas teologias citando eventos históricos onde
a religião transformou estruturas sócio-políticas, como a do Islã Shiíta na
revolução do Irã. Para Knitter, a experiência religiosa e seus símbolos são
capazes de construir um mundo melhor e mais justo, pois possuem elementos
fortes para isso como a energia humana, a devoção, a visão, a resolução, e a
capacidade para sobreviver ao desalento que será necessário. O autor cita
Hárvey Cox, afirmando que a esperança para a relevância do cristianismo não
está no fundamentalismo, mas na teologia da libertação, ocasionada pela
“separação dos contornos regionais" e religiosos. O autor chega a exemplificar,
qualificando como benéfico o encontro entre a teologia latino-americana e o
potencial libertador do budismo e do hinduísmo, pois provocaria nos teólogos
latinos uma percepção contra-barthiana da negação do potencial canalizador e
revelacional da religião, e contra-Marxista da negação do potencial da religião
para promover a revolução. Knitter tenta expor as bases que favoreçam o diálogo
teológico inte-religioso através da aplicação da TL. Nota-se um importante
elemento construtor dessa base teórica: o liberalismo teológico, que atua como
referencial e “juiz” das hermenêuticas tradicionais e ortodoxas. A partir deste
pressuposto notável, tece-se a base do diálogo: (1) Para evitar os extremos
“absolutistas” e “relativistas”, o autor propõe uma hermenêutica da dúvida, onde
se busca rastrear ideologias que possam estar atuando num determinado
contexto cristão. Isto o fazem baseando-se na sua práxis libertadora, criticando
e modificando a cristologia ortodoxa que justifica a subordina a exploração de
outras culturas e religiões. (2) A opção pelos pobres e excluídos, ou seja, as
vítimas deste mundo seriam o terreno filosófico-religioso comum às religiões, de
maneira que não estejam vulneráveis aos extremos do fundamentalismo e do
ceticismo. Evitando a universalidade teológica (Deus como objeto central de um
sistema religioso). Esta posição também evitaria afirmar a validez independente
de todas as tradições e o perigo de julgar a verdade de outros, segundo critérios
pessoais inapropriados.

4. A POPULAÇÃO CRISTÃ E O TEMPO: DADOS NUMÉRICOS (Pg. 45 a 48)


Como se deu a expansão numérica do Cristianismo pelo tempo? Quais
as causas das possíveis quedas numéricas?

Franz Damen apresenta um quadro preocupante de dados. Baseado no


período de referencia “1900 – 2000”, revela que a terça parte da população
mundial é cristã, com um crescimento de 1,4% p.a. A quinta parte da população
mundial é muçulmana, com uma taxa de crescimento maior, de 2,1%, p.a, e o
hinduísmo está crescendo a 1,7% p.a. Já no decorrer do século XX ocorreram
mudanças consideráveis. O número de muçulmanos cresceu
consideravelmente, enquanto o dos cristãos diminuiu ligeiramente. No início do
século XXI, 2/3 dos cristãos vivem em países de 3º Mundo, tornando-se uma
religião dos pobres não brancos, perdendo sua multiculturalidade. Os motivos
para abandono do cristianismo durante o século XX seriam o secularismo (na
Europa Ocidental), o comunismo (na Rússia e Europa Oriental) e o materialismo
(na América). No contexto da América Latina, durante o século XX, o cristianismo
consolidou-se como a religião hegemônica, porém perdeu seu pretendido
monopólio, para outras novas religiões do espiritismo e da não-crença. No
entanto, o cristianismo segue forte e pluralizado em sua estrutura. Há seis
grandes blocos: quatro tradicionais, que são o catolicismo, o protestantismo, a
ortodoxia e o anglicanismo; e dois blocos recentes: os "cristãos marginais"
(mormos, testemunhas de Jeová) e as "igrejas independentes". Observa-se o
fato de que a corrente pentecostalista/carismática está em grande peso na
américa latina, com margem mundial de 20%, e mundialmente com 27,7%.
5. OS AFROS-AMERICANOS E O PLURALISMO (Pg. 45 a 48)
Quais seriam os passos para um equilíbrio pluralista entre o Cristianismo
e as religiões Afro-americanas?

Antônio Aparecido da Silva trata do inclusivismo das tradições religiosas


afro-americanas na questão pluralista. Aponta para a necessidade de
observação da realidade afro-americana para o pluralismo latino americano. São
várias as manifestações africanas na américa latina, entre elas: O Candomblé
no Brasil, o Vodu haitiano, a Santeria em Cuba, são expressões maiores da
herança religiosa africana nas Américas e Caribe. Tais manifestações são
ameaçadas pelos fundamentalistas neo-pentecostais católicos e protestantes, o
que clama por uma Teologia Cristã do Pluralismo Religioso, que vai exigir uma
intensa preparação de terreno da tolerância. Um dos passos para se alcançar o
equilíbrio, seria o nivelamento teológico: há possibilidade de diálogo enquanto a
Teologia Cristã for considerada "a teologia", e a Teologia das heranças africanas
continuar sendo considerada "mera crendice". Outro fator seria a postura das
Religiões Afro-americanas relativa à salvação, que faz com que desapareça no
seu interior, aquilo que é muito marcante nas Religiões Cristãs: uma verdadeira
obsessão pela salvação (segundo o autor), de tal maneira que esta se torna
inclusive uma mercadoria de barganha ou de comércio com Deus.
Observa-se num último elemento distinguível entre as tradições cristãs e
africanas, a acumulação, que ocorre comumente nas festas populares das
igrejas cristãs, ao contrário das tradições religiosas africanas. O objetivo do
festejo é juntar dinheiro. Participa dos leilões e adquirem os produtos as pessoas
que têm posses. Não poucas vezes, nas quermesses das igrejas eram leiloados
até escravos/as. O leiloeiro descrevia em detalhes a "peça" que estava sendo
leiloada: "um negro ou uma negra de Angola, ou ainda um casal ou um par de
escravos". O lance inicial ou final, não raramente era dado pelo fazendeiro "muito
católico" e "benfeitor" que estava na mesa sentado ao lado do padre. O autor
conclui que pluralismo aqui é sem dúvida alguma uma difícil tarefa, mas
necessária para fazer avançar o próprio diálogo inter-religioso e por meio dele a
aproximação entre pessoas e povos.

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