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UNIDADE IX
Ricardo Riso1
Janeiro/2015
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Nome de Ricardo Silva Ramos de Souza (1974). Mestre em Relações Étnico-Raciais (CEFET/RJ). Graduação em Letras
(UNESA/RJ). Com José Henrique de Freitas Santos organizou “Afro-Rizomas na Diáspora Negra: as literaturas africanas na
encruzilhada brasileira” (Kitabu Editora, 2013). Autor do blog Riso – sonhos não envelhecem - <http://ricardoriso.blogspot.com>. E-
mail: risoatelie@gmail.com
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“A nossa escrevivência não pode ser lida como histórias para “ninar
os da casa grande” e sim para incomodá-los em seus sonos injustos.”
(CONCEIÇÃO EVARISTO)
Alves complementa que uma das lutas do movimento feminista era com a ruptura da
imagem da mulher dona-de-casa, frágil e dedicada ao bem-estar da família, reivindicando
outros papéis na esfera pública e a participação no mercado de trabalho. Sendo assim:
Torna-se compreensível porque a questão de identidade racial não fez parte do
agenciamento feminista e não abrangeu a totalidade de mulheres, justamente
as que já faziam parte do mercado de trabalho, em empregos e subempregos,
mal remunerados e sem garantias trabalhistas, trabalhando como empregadas
domésticas ou babás (ALVES, 2010, p. 62-63).
invisibilidade das mulheres negras, procurando trazer afirmações identitárias que dialogam com
as reflexões de Jurema Werneck, para quem
As mulheres negras não existem. Ou, falando de outra forma: as mulheres
negras, como sujeitos identitários e políticos, são resultado de uma articulação
de heterogeneidades, resultante de demandas históricas, políticas, culturais, de
enfrentamento das condições adversas estabelecidas pela dominação
ocidental eurocêntrica ao longo dos séculos de escravidão, expropriação
colonial e da modernidade racializada e racista em que vivemos (...)
(WERNECK, 2010, p. 10).
Como forma de enfrentar essa ordem, a pertinência dessa literatura distante das
descrições estereotipadas apresentadas no cânone literário nacional. De acordo com a Miriam
Alves:
A produção textual das mulheres negras é relevante, pois põe a descoberto
muitos aspectos de nossa vivência e condição que não estão presentes nas
definições dominantes de realidade e das pesquisas históricas. Partindo de um
outro olhar, debatendo-se contra as amarras ideológicas e as imposições
históricas, propicia uma reflexão revelando a face de um BrasilAfro feminino,
diferente do que se padronizou, humanizando esta mulher negra, imprimindo
um rosto, um corpo e um sentir mulher com características próprias (ALVES,
2010, p. 67, grifo da autora).
É essa condição diferenciada das mulheres negras que não é demonstrada nos livros
consagrados de nossa literatura, que fazem dos textos produzidos por essas autoras negras
fundamentais, pois apresentam novos paradigmas ao emergir um mundo oprimido por séculos
de repressão revelados no ato da escrita, conforme afirmar Fernanda Figueiredo:
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Trata-se de um documento fundamental para a autoria feminina negra brasileira, por ser
testemunho de um tempo, por ser escrita em primeira pessoa, por ser pioneira dessa escrita e
por aproximar-se de temáticas ainda caras às autoras negras contemporâneas, tais como a
separação forçada da família comprometendo as relações afetivas; a violência física e
psicológica rotineira; a assimilação forçada com o abandono da religiosidade de matriz
africana, a conversão ao catolicismo, o uso de um “nome cristão” e o provável abandono da
língua africana.
Por outro lado, temos a força de uma mulher, ainda que escravizada, que sabia ler e
escrever, tinha plena consciência das injustiças e dos malefícios do sistema escravocrata.
Sendo assim, não poderia aceitar passivamente a sua vida de adversidades, o que estimulava
a indignação, a revolta e o desejo de expressar os seus pensamentos. Essa mesma força
insubmissa de Esperança Garcia que encontramos na literatura das mulheres negras dos
nossos dias. Como homenagem a sua memória, a Lei nº 5.046, de 07 de janeiro de 1999,
instituiu o dia 06 de Setembro como o “Dia Estadual da Consciência Negra” no Piauí, local
onde viveu.
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Disponível em: <http://www.overmundo.com.br/overblog/um-rosto-para-esperanca-garcia>. Acesso em: 08 jan. 2015.
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voz legítima daqueles que não têm voz, portanto, não se trata de uma escritora sentada em
seu gabinete criando a sensação da fome, mas sim alguém que realmente a sente, constrange
as certezas de uma classe dominante branca e racista que prefere se manter distante dessas
histórias, como se não tivesse nenhuma participação nos relatos de “Quarto de Despejo”, como
a própria descreve:
“... Mas eu já observei os nossos politicos. Para observá-los fui na Assembleia.
A surcusal do Purgatorio, porque a matriz é a sede do Serviço Social, no
palácio do Governo. Foi lá que eu vi o ranger de dentes. Vi os pobres sair
chorando. E as lágrimas dos pobres comove os poetas. Não comove os poetas
de salão. Mas os poetas do lixo, os idealistas das favelas, um expectador que
assiste e observa as tragédias que os políticos representam em relação ao
povo (JESUS, 1960, p. 54).
“... Os políticos sabem que eu sou poetisa. E que o poeta enfrenta a morte
quando vê o seu povo oprimido.” (Quarto de Despejo, 1960, p. 40)
“O senhor Manuel apareceu dizendo que quer casar-se comigo. Mas eu não
quero porque já estou na maturidade. E depois, um homem não há de gostar
de uma mulher que não pode passar sem ler. E que levanta para escrever. E
que deita com lápis e papel debaixo do travesseiro. Por isso é que eu prefiro
viver só para o meu ideal.” (Quarto de Despejo, 1960, p. 50)
“Eu prefiro empregar o meu dinheiro em livros do que no alcool. Se você achar
que eu estou agindo acertadamente, peço-te para dizer: – Muito bem,
Carolina!” (Quarto de Despejo, 1960, p. 73)
Vemos a diversidade de temas abordados por Carolina, questões cruciais para a autoria
feminina negra estão presentes nesses pequenos excertos. Nesse sentido, desconsiderar a
sua obra a partir do mau uso das normas cultas da língua portuguesa é uma estratégia
necessária e desesperada para conter o sucesso que sua obra atingiu, e atinge, além do
caráter provocador e subversivo de seu discurso. Vimos como o cânone manipula o uso da
língua, logo, que não há inocência na maneira como a obra de Carolina é tratada. Sendo
assim, é importante destacarmos as considerações da intelectual e professora negra norte-
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americana bell hooks acerca do caráter dominador e opressor da língua padrão inglesa. hooks
(2013) é bastante feliz ao afirmar que a língua padrão esconde os ruídos da matança e da
conquista, fato comum no continente americano para os índios e para a população negra
escravizada que foi retirada à força do continente africano. hooks considera que não é a língua
que a machuca, mas o seu uso pelos opressores, pelo poder, que a limita e define numa forma
de envergonhar, humilhar e colonizar. Para ela, a língua utilizada pelos negros é uma
contralíngua a partir do momento que passaram a utilizar uma fala quebrada, despedaçada,
passando a ser uma forma de resistência, reinventando a língua para além das fronteiras da
dominação com o uso incorreto das palavras, na colocação incorreta das palavras nas frases,
fazendo do uso da língua um local de rebelião e resistência.
Em nosso entendimento, a escrita de Carolina enquadra-se nisso que bell hooks
descreve, pois sua obra parte de uma oralidade que revela características das negras e dos
negros, trazendo outros saberes, outras sensibilidades, outras formas de agir que os
representantes da dominação são incapazes de controlar, silenciar e censurar. Seu discurso
subalternizado agride as certezas da ordem vigente, do padrão branco de ver e sentir a vida.
Carolina comunica-se e faz emocionar com uma linguagem que é íntima de nós, negras e
negros, tidos como “subalternos”. E isso é imperdoável para o cânone.
Na contemporaneidade, o enfrentamento ao racismo impregnado na sociedade
brasileira tem na palavra poética de Cristiane Sobral (1974) uma voz ativa e antirracista, a
valorizar o cabelo crespo das(os) negras(os) como temática recorrente de sua obra,
apresentando as diversas contradições e a complexa relação de aceitação/rejeição que temos
com o nosso cabelo ao longo da vida em um país no qual o modelo de cabelo é o liso e “bom”
das mulheres brancas. Dentro desse contexto de empoderamento negro contrário aos valores
racistas impostos pela hegemonia branca que o poema “Pixaim Elétrico”, transcrito logo a
seguir, busca valorizar o padrão estético negro num contexto predominante racista no qual
“nosso cabelo é percebido na cultura branca não só como feio, como também atemorizante”
(hooks, p. 5):
Naquele dia
Meu pixaim elétrico gritava alto
Provocava sem alisar ninguém.
Meu cabelo estava cheio de si
Naquele dia
Preparei a carapinha para enfrentar
a monotonia da paisagem da estrada
Soltei os grampos e segui, de cara pro vento, bem desaforada...
Sem esconder volumes nem negar raízes.
Pura filosofia
Meu cabelo escuro, crespo, alto e grave...
Quase um caso de polícia em meio à pasmaceira da cidade
Incomodou identidades e pariu novas cabeças
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Abaixo a demagogia
Soltei as amarras e recusei qualquer relaxante
Assumi as minhas raízes ainda que brincasse com alguns matizes
Confrontando o meu pixaim elétrico com as cores pálidas do dia. (SOBRAL,
2011, p. 81)
Com uma ironia mordaz, o sujeito lírico mostra o quanto é importante a retomada do
sentido político do uso do cabelo crespo, da autoafirmação negra, “bem desaforada/ Sem
esconder volumes nem negar raízes”, em uma sociedade que adota um padrão estético
incapaz de associar nosso cabelo à beleza. Quando o sujeito lírico demarca o momento da
ruptura com os padrões estéticos estabelecidos à recordação de um tempo distante exposta
nos versos iniciais das duas primeiras estrofes, “Naquele dia”, demonstra o quanto a relação
rejeição/aceitação ao nosso cabelo revela-se um processo árduo e de longa duração para
amar o nosso corpo, tornando-se necessário o enfrentamento para encarar as críticas que
serão proferidas por pessoas conhecidas ou desconhecidas, já que dentro do modelo
preconceituoso de dominação racial da sociedade brasileira a valorização de nosso cabelo
crespo é considerada “Quase um caso de polícia”. Esse processo de aceitação do cabelo
crespo remete ao que bell hooks considerou como um retorno à despreocupação que tinha
com o cabelo quando era criança, época que não possuía consciência das pressões raciais
que sofreria no futuro:
A verdadeira liberação do meu cabelo veio quando parei de tentar controlar em
qualquer estado e o aceitei como era.
Só há poucos anos é que deixei de me preocupar com o quê os outros possam
dizer sobre o meu cabelo. Só nesses últimos anos foi que eu sentir
consecutivamente o prazer lavando, penteando e cuidando do meu cabelo.
Esses sentimentos me lembram o aconchego e o deleite que eu sentia quando
menina, sentada entre as pernas de minha mãe, sentindo o calor do seu corpo
e do seu ser enquanto ela penteava e trançava o meu cabelo. (hooks, p. 9)
É no confronto dessa relação complexa, também ambígua, com o cabelo que a mulher
negra convive diariamente até aceitar o seu cabelo como “bom”. Ao assumir suas raízes, o
sujeito lírico desvela a intrínseca relação da sociedade racista com a valorização da estética
negra, pois o “pixaim elétrico” possui diferentes significados tanto para negros quanto para
brancos. Ele “incomodou identidades e pariu novas cabeças”. O “cabelo escuro, crespo, alto e
grave” sem “arrumação” ou “tratamento” é uma afronta para os padrões estéticos
hegemônicos, que nem sempre apresentam um conteúdo racial explícito, porém tal penteado
quando visualizado por outros negros e negras, estimula-os a assumir um padrão negro de
beleza, a elevar a autoestima e de pertencimento étnico.
Por outro lado, a mutabilidade das táticas racistas procura dissociar o cabelo crespo de
seu uso político e de afirmação identitária negra. Na sociedade contemporânea, os estilos
políticos de cabelo do negro passam por um processo de “esvaziamento” e, muitas vezes, são
interpretados e usados como simples “penteados”. Isso implica que, hoje, nem sempre o sujeito
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que adota tal penteado ou aquele que o realiza como uma intervenção estética está vinculado
a um grupo ou organização política em prol da negritude. Além disso, nem sempre esses
sujeitos adotam tal comportamento com um sentimento consciente de denúncia ao racismo
(GOMES, 2008).
Essa escrita inscreve o corpo das mulheres negras. Isso se dá mediante um processo
de vivência, ou de escrevivência, conceito de Conceição Evaristo, que demarca as
particularidades de uma escritora negra e o seu fazer literário, comum a tantas outras
escritoras negras brasileiras. Em entrevista a Eduardo de Assis Duarte, Conceição Evaristo
afirma que:
Eu sou uma escritora brasileira, mas não somente. A minha condição de
brasileira agrega outras identidades que me diferenciam: a de mulher, a de
negra, a de oriunda das classes populares e outras ainda, condições que
marcam, que orientam a minha escrita, consciente e inconscientemente. (...) E
ainda asseguro a existência de um texto feminino negro, ou afro-brasileiro,
como queiram. O meu texto se apresenta sob a perspectiva, sob o ponto de
vista de uma mulher negra inserida na sociedade brasileira. (...) E, nesse
sentido, afirmo que, quando escrevo, sou eu, Conceição Evaristo, eu-sujeito a
criar um texto e que não me desvencilho de minha condição de cidadã
brasileira, negra, mulher, viúva, professora, oriunda das classes populares,
mãe de uma especial menina, Ainá etc., condições essas que influenciam na
criação de personagens, enredos ou opções de linguagem a partir de uma
história, de uma experiência pessoal que é intransferível. (EVARISTO, 2011, p.
114-115)
do meu canto
da minha fala.
(RIBEIRO; BARBOSA, 2008, p. 120-121)
O corpo da mulher negra é reconfigurado por Miriam Alves (1952), tomado para si,
pela perspectiva da mulher negra, ainda assim dolorido das marcas do passado, corpo este
vítima das mais absurdas violências. Segue o poema “Compor, Decompor, Recompor”:
Olho-me
espelhos
Imagens
que não me contém
Decomponho-me
apalpo-me.
Perdem-se
de meu corpo
as palavras
Volatizo-me.
(...)
Recompondo-me
sentada
na
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sala
de espera
falando com
meus
fantasmas
(ALVES, 1985, p.32)
A memória e o seu resgate são centrais na poesia de Ana Cruz (1965), desvelando
diferentes passagens comuns às famílias negras e seus esforços para sobreviver. O poema
“Para todos os dias” demonstra a transição de uma família negra do interior para a cidade
grande com todos os seus percalços e desencantos:
Nasci onde o rio fazia curva
Para descansar,
Arrebatamento...
Juízo final...
Ressucita, minha avó,
para dar jeito
nesse meu mundo.
(CRUZ, p. 9-10)
Aboli.
Não lavo mais os pratos
Quero travessas de prata,
Cozinha de luxo,
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