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FACULDADE UNYLEYA
PORTO ALEGRE – RS
2019
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PORTO ALEGRE - RS
2019
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Resumo:
O papel básico deste estudo é refletir sobre quais os efeitos e consequências do uso
das Redes Sociais à sociedade contemporânea. Nesse sentido, são apresentadas
as principais e se busca apontar os pontos positivos e negativos que elas trazem
aos usuários, assim como analisar como influenciam o fator emocional, cultural e
social humano. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica considerando as
contribuições de autores como LANIER (2018), PAIVA (2018), SILVA (2015), SEGAL
(2016), MARTIN (2012), e outros, procurando, também, enfatizar as perspectivas e
predisposições psicológicas do usuário, bem como a mudança de hábitos após o
surgimento das Redes Sociais. Ademais, procura-se salientar a transformação nas
novas formas de se relacionar, no novo modelo sócio-cultural na qual o indivíduo
está inserido ao estar dentro desta nova realidade. Por fim, são ventiladas hipóteses
do futuro das Redes Sociais nos próximos anos, observadas as formas atuais de
como são utilizadas.
Summary:
This study´s basic role is to reflect about effects and consequences of Social
Networks in the contemporary society. In this way, we aim to focus on the positive
and negative aspects they cause on the users as well as analyze how they
influence the cultural, social and emotional human factor. A bibliographic research
was realized considering authors contribuitions as LANIER (2018), PAIVA (2018),
SILVA (2015), SEGAL (2016), MARTIN (2012) and others, aiming also to emphazise
the user´s psychological predispositions and perspectives as well as the habits´
changes after the Networks rise. Besides it, we´ve searched for point out the
transformation realized in the new ways of being connected , in the new socio-
cultural model in which the individual is inserted when is affected by this new reality.
Finally, it will be analyzed some hipothesis about the Social Networks future in the
next years, considering the actual ways they are used.
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1 Introdução
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Conforme Silva (2015), uma pesquisa realizada pela Digital Clarity, uma
agência de marketing digital norte-americana, com 1.300 jovens com idades entre 18
e 25 anos apontou o seguinte resultado: “o vício dos jovens em Internet já atinge
16% das pessoas. Além disso, de acordo com a pesquisa,“a desordem também faz
com que os afetados sintam euforia nos momentos em que estão conectados e
depressão e pânico quando estão longe dos aparelhos que proporcionam o acesso”.
Com isso, muitas pessoas têm deixado de sair com familiares, amigos,
deixando de fazer tarefas e trabalhos para ficar conectado às redes. De acordo com
Zonta (2016), postar, compartilhar, curtir, passa a ser uma necessidade. Qualquer
atividade corriqueira passa a ser motivo de um clique para a rede.
Segundo o site Fãs da Psicanálise (2017), pesquisadores brasileiros estão
atentos ao fenômeno da comunicação por Redes Sociais e alertam para os riscos do
uso excessivo delas. Segundo o artigo, algumas pessoas tendem a buscar refúgio
na Internet como um canal alternativo ao convívio social, principalmente quando são
incapazes de buscar essas relações no mundo real.
Segal (2016) adverte que, por trás dos relacionamentos virtuais, podem existir
pessoas com dificuldades nas relações interpessoais, como uma timidez excessiva,
medo ou insegurança de se expor ao outro. Por isso, a virtualidade se torna uma
forma de refúgio.
Pesquisa recentemente publicada, realizada entre diversos países, verificou
que a maioria dos jovens com até 30 anos de idade, principalmente brasileiros,
preferem ter acesso à Internet a namorar, ouvir música ou sair com amigos.
Ademais, com o uso massivo dos aparatos tecnológicos algumas síndromes
necessitam de nossa atenção. Abaixo segue uma breve descrição de Moreira (2017)
em relação ao estresse causado pelo uso excessivo das Redes Sociais e de
possíveis novas doenças que provoca.
Estresse
O estresse é uma reação do organismo, com componentes psicofisiológicos
que ocorrem quando o indivíduo se confronta com uma situação que, de um modo
ou de outro, o irrite, amedronte, excite ou confunda, ou mesmo que o faça
imensamente feliz.
Síndromes tecnológicas
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a vida alheia concluiu que, para os indivíduos que usam Facebook há muito tempo,
é mais fácil lembrarem-se de mensagens positivas e imagens felizes postadas na
rede, o que dá aos usuários a impressão de que os outros indivíduos são mais
felizes.
Ainda, quanto maior é tempo que as pessoas gastam na rede, mais tendem a
acreditar que os outros são mais felizes e menos tendem a acreditar que a vida é
justa, além de, quanto maior é a quantidade de “amigos” no Facebook que são
desconhecidos da vida real, maior é a crença de que a vida alheia é melhor e
superior, segundo o site Fãs da Psicanálise (2017).
Quanto aos efeitos menos positivos desencadeados pelas ferramentas,
pesquisadores da universidade alemã de Humboldt, em Berlim, elegeram o
Instagram como a rede social com maior potencial nocivo aos seus usuários. Esta
característica se deve a uma tendência recorrente no Instagram de forjar uma vida
“perfeita”.
Segundo o estudo, publicado em 2013, as fotos são os recursos mais
capazes de expressar detalhes explícitos e implícitos de como é ser uma pessoa
feliz, rica e bem-sucedida, o que pode provocar comparação social imediata e
desencadear sentimentos de inferioridade, inveja e ressentimento.
Segal (2016) acrescenta, ainda, que inúmeras são as histórias de pessoas
que se aproveitam da virtualidade para mentirem a respeito das suas informações
pessoais, utilizando fotos falsas ou dados inverídicos para estimular o interesse e a
curiosidade do outro.
A maioria dos usuários já se envolveu com perfis falsos na Internet, sofreu
rejeições sem sentido, foi menosprezado ou ignorado, experimentou sadismo total
ou vivenciou todas as situações anteriores, ou algo pior.
Lanier (2018) afirma que as Redes Sociais produzem outra dimensão de
estímulos: pressão social.
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O escritor ainda ressalta que é difícil largar uma rede social específica e ir
para outra, porque todo mundo que se conhece já está na primeira. “É impossível
todas as pessoas de uma sociedade fazerem o backup de seus dados, se mudarem
simultaneamente (...). Efeitos desse tipo são chamados de efeitos de rede ou lock-in
e são difíceis de evitar em redes digitais”, relatou.
Em uma análise ainda mais complexa, Lanier (2018) afirma que a pessoa
profundamente viciada tem um ritmo nervoso, um resmungar compulsivo diante de
sua situação.
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8 Conclusão
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Referências Bibliográficas
BLOG TCA. Qual será o futuro das Redes Sociais? Disponivel em:
<https://www.tca.com.br/blog/qual-sera-o-futuro-das-redes-sociais/>. Acesso 10 Jan.
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LANIER, Jaron. Dez argumentos para você deletar agora suas Redes Sociais.
Ebook digital. Rio de Janeiro: Editora Intrínseca LTDA, 2018.
MACEDO, Joyce. O futuro das mídias sociais está no Brasil. Pesquisa publicada em
18 de setembro de 2013, disponível em: <https://canaltech.com.br/redes-sociais/O-
futuro-das-midias-sociais-esta-no-Brasil/>. Acesso 10 Jan. 2019.
MARTIN, Gail Z. 30 dias para arrasar nas mídias sociais. Rio de Janeiro: Best
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<https://www.profissionaisti.com.br/2017/06/redes-sociais-e-seu-impacto-no-
comportamento-humano/>. Acesso 10 Jan. 2019.
PAIVA, Fausto. Qual será o futuro das Redes Sociais? Artigo publicado em 4 de abril
de 2018, disponível em: <https://layart.com.br/qual-sera-o-futuro-das-redes-
sociais/>. Acesso 10 Jan. 2019.
ZONTA, Zayani. A influência das redes sociais na vida das pessoas. Artigo publicado
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Jan. 2019
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