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FACULDADE ADELMAR ROSADO

ESCOLA DO LEGISLATIVO – ALEPI


PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL

THAMIRES ARRAIS AMORIM

Teresina-PI
2019
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1) Segundo Fredie Didier, sempre que determinar o contraditório prévio, na análise do


pedido de tutela de urgência liminar, o juiz deverá justificar essa opção. No mesmo sentido
é o enunciado nº 30 do Fórum permanente de Processualistas Civis, in verbis: o juiz deve
justificar a postergação da análise liminar da tutela provisória sempre que estabelecer a
necessidade de contraditório prévio”.
Quanto ao cabimento do agravo de instrumento contra este ato judicial, o STJ entende, em
precedente datado de 2015, que se trata de despacho de mero expediente, sem conteúdo
decisório, de modo que, não seria passível de impugnação por agravo. Precedente AgRg
no Resp. 1357542.
2) Segundo o STJ, a mera apresentação de contestação já é suficiente para afastar a
estabilização. Precedente: REsp. 1760966/SP, julgado em 07/12/2015.
3) Consoante o entendimento de Fredie Didier, é possível que o autor, ao requerer a tutela
antecipada antecedente, indique, na petição inicial, que não tem interesse na tutela final,
mas tão somente em obter a tutela provisória passível de estabilização. Nesse caso, é
despiciendo apresentar a complementação da petição inicial, caso o pedido seja deferido,
pois não há interesse em prosseguir no feito.
4) Diante da ausência de previsão legal, entende-se que não é possível a estabilização de
tutela antecipada requerida em caráter incidental. No mesmo sentido é o posicionamento
de Fredie Didier.
5) Sim, é vantajosa a estabilização, para o réu, porque há uma redução no custo do
processo, tendo em vista que se obtém, de maneira simplificada, uma tutela estável.
Ademais, se, posteriormente, o réu se arrepender de ter ficado inerte, ainda poderá ajuizar
ação para reformar, rever ou invalidar a tutela, no prazo de dois anos, conforme previsão
do art. 30, § 2º do CPC 2015.
6) O CPC 2015 ampliou as hipóteses de tutela de evidência, na medida em que agora é
possível a sua concessão nos casos em que as obrigações de fato estiverem provadas
documentalmente e houver tese vinculante a respeito da matéria (art. 311, II) e quando o
réu não conseguir opor dúvida razoável ao direito do autor, comprovado este através de
prova documental suficiente (art. 311, IV). Ademais, houve a conversão do procedimento
especial da ação de depósito em uma hipótese de tutela de evidência (art. 311, III). Por fim,
a hipótese tradicional de tutela de evidência, qual seja, abuso de direito ou manifesto
propósito protelatório passou a ser previsto para ambas as partes, não apenas para o réu
(art. 311, I).
7) O enunciado 35 do Fórum Permanente do Processualistas Civis estabelece que “as
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vedações à concessão de tutela provisória contra a Fazenda Pública limitam-se às tutelas
de urgência”. Contudo, Leonardo carneiro da Cunha, no livro “A Fazenda Pública em Juízo”,
defende que, na hipótese do art. 311, IV do CPC/2015, devem ser aplicadas as limitações
à concessão de tutela provisória contra a Fazenda, porém, segundo o mesmo autor, no
caso de tutela de evidência fundada em precedente obrigatório (art. 311, II), não se aplica
qualquer limitação. Sendo este também o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal
Federal.
8) Em razão do microssistema de precedentes obrigatórios, estabelecido pelo art. 927 do
CPC/2015, deve-se realizar interpretação sistemática e teleológica do art. 311, II, do código,
a fim de que se admita que todos os precedentes vinculantes previstos neste último possam
basear a concessão de tutela de evidência na hipótese do primeiro dispositivo citado. Este
é o entendimento, entre outros, de Fredie Didier.
9) Consoante o enunciado 32 do FPPC, é possível a realização de negócios jurídicos
processuais a respeito da estabilização da tutela provisória. Contudo, o enunciado 420 do
mesmo fórum entende que não é cabível estabilização de tutela provisória cautelar.
10) Deve-se seguir o procedimento da tutela cautelar requerida em caráter antecedente
previsto no art. 305 e seguintes do CPC/2015, tendo em vista que o novo Diploma
Processual Civil extinguiu os procedimentos cautelares típicos antes previstos no CPC/73.

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