Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
sociais, mesmo os que não militavam no partido. Buscava-se realizar a “revolução burguesa”
no Brasil, pois a sociedade brasileira ainda apresentaria características feudais ou semifeudais,
no campo, entravando o desenvolvimento das forças produtivas capitalistas. (p.25)
Com a posse de joao goular, a ideologia do pcb parecia encontrar uma base real de
sustentação politica. Os comunistas viam em seu governo um passo importante para a efetiva
libertação nacional. O chamado populismo de esquerda e o pcb tinham muitos pontos de
contato, ambos reivindicando a libertação do povo para a construção de uma nação brasileira,
independente do imperialismo e livre do atraso feudal remanescente no campo. (p.26)
Duas corrente surgiram no inicio da década de 60, com certa força, como alternativas à politica
predominante do PCB no seio das esquerdas: a AP (AÇÃO POUPLAR) e a POLOP (ou ORM-PO,
isto é, organização revolucionaria marxista – politica operaria) nasce em 1961, com influencias
nas universidades.
Em 64 PC do B, PORT
1967+ - Parte da POLOP + dissidência gaúcha do PCB = POC (Partido operário comunista)
Meio cultural sofreu perseguição direta, tanto pela censura (mais branda entre 64-68), que
impedia a livre manifestação das artes, como pela repressão física configurada em prisões e
torturas (p.74)
O golpe de Estado não foi suficiente para estancar o florescimento cultural diversificado que
acompanhou o ascenso do movimento de massas a partir do final dos anos 50. (Pg 75)
Apoio da incorporação à indústria cultural para subverte-la por dentro – ze celso, Glauber
rocha do cinema novo pós 64 e Gil na musica popular
“A proximidade imaginativa com a revolução social. Antes do golpe a revolução era pensada na
maior parte dos meios artísticos e intelectuais de esquerda como revolução burguesa, pela via
eleitoral, de libertação nacional, anti-imperialista e antilatifundiaria, para supostamente vir a
ser socialista numa etapa seguinte, quando as forças produtivas capitalistas estivessem
suficientemente desenvolvidas” (p.79) Variações no próprio PCB e na AP, POLOP, PORT E
PCDO, ligas camponesas, nacionalistas, etc.
Duas correntes estéticas nos anos 60 que polarizou do debate cultural: formalista ou
vanguardista e o nacional e popular: cpcs da une, primeira fase do cinema novo, teatro de
arena, a musica de Geraldo vandre, sergio Ricardo, chico Buarque, entre outros artistas que
buscam as raízes da cultura brasileira, libertação nacional, superação do imperialismo
Formalistas: Revolução na forma das artes, como diziam os concretistas em 1961. Teatro
oficina em 1967-68, tropicalismo na musica e em outras manifestações culturais, as artes
plásticas do RJ e SP na exposição “Nova objetividade Brasileira” no MAM, terra em transe de
Glauber Rocha, herdeiros dos teóricos de uma estética concretista dos anos 50
Críticos do nacional popular diziam que não propunham ruptura com o capitalismo, mas
independência do capitalismo cultural. Desenvolvimento autônomo da tradição do povo
brasileiro.
“A “identificação emocional” do publico consumidor das artes com os oprimidos vedaria uma
reflexão politica sobre a sociedade em movimento, servindo mais de catarse coletiva, na qual
as camadas sociais relativamente privilegiada exorcizariam sua culpa pela exploração vigente.”
(p85)
Antes do golpe a posição formalista era defendia pelos concretistas, irmãos Campos e Decio
Pitgnatari. Tropicalismo colocaria a bandeira da revolução estética formal, carregava uma
mensagem politicamente rebelde e anárquica (Marcelo Ridenti), para uns revolucionaria e
para outros reacionária, expressa das canções de gil, nas artes plásticas por hélio oticica.
Roberto Schwarz critica o formalismo, progresso técnico e conteúdo social reacionário andam
juntos pg87
Ressaltar elementos negadores da ordem capitalista, presentes nas varias posições estéticas e
que tiveram peso na formação de militantes com maior acesso a cultura, que aderiram as
esquerdas armadas
Mostrar que por nas artes e através dela difundia-se nos meios intelectualizados uma rebeldia
anticapitalista, em diversos matizes. (p.89)
Nacional popular é verdadeiro porque suas premissas são confirmadas pelo mercado, e o
mercado é inocente porque não está a serviço da mas-valia e sim de um projeto nacional
popular
Novo governo era pró americano, antipopular e moderno. Implantada uma ideologia de
segurança para o desenvolvimento, caracterizada pelo nacionalismo e pela competência das
soluções técnicas para os problemas nacionais. Paralelamente, crescia e se consolidava uma
indústria cultural autolegitimada pela ideologia do nacional popular de mercado.