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Contabilidade Social

UFRJ / CCJE / IE / CEPP


Introdução à Política Macroeconômica

Contabilidade Social
Agregados Macroeconômicos
Identidades Contábeis

Feijó (caps.1e2)
Vasconcellos (cap.9)
11/05/2017 0
Contabilidade Social

Contabilidade Social x Macroeconomia

• Contabilidade Social

Fornece as principais medidas e estatísticas sobre os agregados


macroeconômicos (produção, consumo, investimento, apropriação da
renda, etc.) necessárias para análise e modelagem teórica sobre o
funcionamento da economia.

• Macroeconomia

Procura explicar a evolução dos principais agregados


macroeconômicos com base em teorias que estabelecem hipóteses
sobre as relações causais entre variáveis econômicas.

11/05/2017 1
Contabilidade Social
Fluxo Circular da Renda
(economia fechada, sem governo, reprodução simples)

Mercado de Despesa na
Receita de compra
vendas Venda de bens Bens e Serviços Compra de
e serviços bens e
finais de serviços finais
consumo de consumo

Empresas Famílias

Pagamento da Demanda de Oferta de Recebimento da


remuneração trabalho trabalho remuneração do
Mercado de
do trabalho trabalho
Trabalho

Fluxo Real
Fluxo Monetário
11/05/2017 Adaptado de Feijó, cap.1, p.7 2
Contabilidade Social

Fluxo Circular da Renda


(economia fechada, sem governo, reprodução simples)

• Três óticas: Produto, Demanda, Renda


𝑛 𝑛

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉𝑃𝑖 = 𝑄𝑖 𝑃𝑖


𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐶𝑖 = 𝑄𝑖 𝑃𝑖


𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 + 𝑆𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜 = 𝑃𝑖 + 𝑊𝑖 = 𝑄𝑖 𝑃𝑖


𝑖=1 𝑖=1

• Identidade contábil: Produto = Demanda = Renda


𝑛 𝑛 𝑛

𝑄𝑖 𝑃𝑖 = 𝐶𝑖 = 𝑃𝑖 + 𝑊𝑖
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1

11/05/2017 3
Contabilidade Social
Fluxo Circular da Renda Ampliado (economia fechada e sem governo)
Venda de bens
e serviços Compra de
Mercado de finais de Mercado de bens e serviços
bens de consumo bens e finais de
investimento serviços consumo
Compra e venda de
máquinas e
equipamentos
Demanda de Oferta de
fundos Mercado fundos
Empresas Famílias
financeiro

Demanda de Oferta de
trabalho trabalho
Mercado de
trabalho

11/05/2017 Adaptado de Feijó, cap.1, p.10 4


Contabilidade Social
Fluxo Circular da Renda Ampliado (economia fechada e sem governo)

• Estoque de ativos físicos (K)


Máquinas e equipamentos não são imediatamente consumidos ou transformados em
outros bens, mas mantêm-se sob a forma de capital físico para ser utilizado ao longo do
tempo na produção de outros bens e serviços.

• Fluxo de investimento (em capital fixo)


O estoque de capital diminui com a depreciação pelo uso ou obsolescência e aumenta
com novos investimento, que corresponde ao fluxo de novas máquinas e equipamentos
incorporados ao estoque.

Investimento bruto: fluxo de novas máquinas e equipamentos


Investimento líquido: incremento do estoque de capital igual à diferença entre o
investimento bruto e a depreciação.

∆𝐾 = 𝐾𝑡+1 − 𝐾𝑡 = 𝐼𝐿𝑡 = 𝐼𝐵𝑡 − 𝛿𝐾𝑡


𝛿 = 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜

Vale notar que investimento em estoque de produtos também é considerado como


investimento.
11/05/2017 5
Contabilidade Social

Fluxo Circular da Renda Ampliado (economia fechada e sem governo)

• Três óticas: Produto, Demanda, Renda


𝑛 𝑛

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑉𝑃𝑖 = 𝑄𝑖 𝑃𝑖


𝑖=1 𝑖=1

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝐷𝑒𝑚𝑎𝑛𝑑𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 + 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜


𝑛 𝑛

= 𝐶𝑖 + 𝐼𝑖 = 𝑄𝑖 𝑃𝑖
𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑆𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜 + 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 = 𝑊𝑖 + 𝑃𝑖 = 𝑄𝑖 𝑃𝑖


𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛

𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 + 𝑃𝑜𝑢𝑝𝑎𝑛ç𝑎 = 𝐶𝑖 + 𝑆𝑖 = 𝑄𝑖 𝑃𝑖


𝑖=1 𝑖=1

11/05/2017 6
Contabilidade Social

Fluxo Circular da Renda Ampliado (economia fechada e sem governo)

• Identidades contábeis:

o Produto = Demanda = Renda


𝑛 𝑛 𝑛

𝑄𝑖 𝑃𝑖 = 𝐶𝑖 + 𝐼𝑖 = 𝑃𝑖 + 𝑊𝑖
𝑖=1 𝑖=1 𝑖=1

o Investimento = Poupança
𝑛 𝑛

𝐶𝑖 + 𝐼𝑖 = 𝐶𝑖 + 𝑆𝑖
𝑖=1 𝑖=1
𝑛 𝑛

𝐼𝑖 = 𝑆𝑖
𝑖=1 𝑖=1

11/05/2017 7
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB)

“A medida do PIB de um país ou região representa a produção de todas as


unidades produtoras da economia (empresas públicas e privadas produtoras
de bens e prestadoras de serviços, trabalhadores autônomos, governo, etc.)
num dado período (ano ou trimestre, em geral) a preços de mercado”.

“(A) medida relevante para avaliar o esforço produtivo de um país é o valor


adicionado ou valor agregado, ou seja, a soma do que cada firma agrega de
valor no seu processo de produção”.

Assim, o valor do produto difere do valor da produção total da economia, pois


exclui “os bens e serviços utilizados como insumos para a produção de outros
produtos – evitando-se, dessa forma, a dupla contagem”.

11/05/2017 Feijó, p.21-2 8


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Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – ótica do produto

A valoração do PIB pela ótica do produto a preço de mercado, em uma


economia com governo, implica a consideração dos impostos líquidos de
subsídios sobre produtos valorados a custo de fator.

PIB = valor da produção a custo de fator + impostos sobre produtos –


subsídios aos produtos – consumo intermediário

PIB = VBPcf + Ti – Sub – VCI

11/05/2017 Feijó, p.24 e 43 9


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Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – ótica do produto

PIB = VBPcf + Ti – Sub – VCI

Exemplo

Valor Bruto da Produção 500 x R$ 2,00 = R$ 1.000,00


Despesas Operacionais
Salários e Encargos R$ 500,00
Custo de matérias-primas R$ 300,00
Lucro Operacional R$ 200,00

Valor Adicionado (ou valor agregado) R$ 700,00 = R$ 1.000,00 – R$300,00

11/05/2017 Feijó, p.24-5 10


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Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – ótica do produto

o Conceito x Qualificação

Vale notar que, na medida em que o PIB propõe-se a mensurar o fluxo de


valor agregado pelas firmas no processo produtivo, um derramamento de óleo
no mar, que gere toda uma atividade de despoluição, ou um terremoto, que
impulsione a atividade de reconstrução, são eventos que podem aumentar o
PIB, a despeito de seus efeitos negativos ambientais e/ou sociais.

11/05/2017 Feijó, p.24 11


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Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – ótica da despesa

Numa economia fechada e sem governo, os componentes de despesa são o


consumo e investimento.

PIB = C + I

Numa economia aberta e com governo, adiciona-se os gastos do governo e o


saldo da balança comercial, que é igual à diferença entre exportações e
importações.

PIB = C + I + G + X – M

PIB = Cfa + Cg + Ifi + Ig + Ie + X – M


Onde C = Cfa + Cg e I = Ifi + Ig + Ie

11/05/2017 Feijó, p.25-6 12


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Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – ótica da despesa

PIB = C + I + G + X – M

Exemplo

Valor Bruto da Produção 500 x R$ 2,00 = R$ 1.000,00


Despesas Operacionais
Salários e Encargos R$ 500,00
Custo de matérias-primas R$ 300,00
Lucro Operacional R$ 200,00

Consumo R$ 500,00
Investimento R$ 200,00

Valor Adicionado (ou valor agregado) R$ 700,00 = R$ 500,00 + R$200,00


11/05/2017 Feijó, p.25-6 13
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Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – ótica da renda

O PIB pela ótica da renda é calculado a partir da soma das remunerações dos
fatores de produção empregados no processo produtivo. O trabalho é
remunerado pelo salários, o capital de empréstimo, pelos juros, o capital de
risco, pelos lucros, a propriedade dos bens de produção, pelo aluguel. Assim, o
total das remunerações é composta pelos salários e pelo excedente operacional
bruto (juros, lucros e aluguéis).

Por simplificação, considerar-se-á que os salários (W) incluem o rendimento


misto bruto relacionado ao rendimento do trabalhador autônomo.

Vale notar que o produto mensurado sob a ótica da renda deve excluir os
impostso sobre produtos e os subsídios, que alteram o preço para o consumidor,
mas não representam remuneração dos fatores de produção.

PIB = W + EOB + (Ti – Sub)


11/05/2017 Feijó, p.25, 43 e 45 14
Contabilidade Social
Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – ótica da renda

PIB = W + EOB +(Ti – Sub)

Exemplo
Valor Bruto da Produção 500 x R$ 2,00 = R$ 1.000,00
Despesas Operacionais
Salários e Encargos R$ 500,00
Custo de matérias-primas R$ 300,00
Lucro Operacional R$ 200,00

Valor Adicionado (ou valor agregado) R$ 700,00 = R$ 500,00 + R$200,00

11/05/2017 Feijó, p.25 15


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Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – três óticas

11/05/2017 Feijó, p.27 16


Contabilidade Social

11/05/2017 17
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – três óticas

11/05/2017 18
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – três óticas

11/05/2017 19
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Líquido (PIL)

O Produto Interno Líquido (PIL) é um agregado que desconta do PIB a parcela do


investimento que foi realizada apenas com o propósito de repor a parte das
máquinas e equipamentos depreciada (por desgaste e obsolescência) no
período.

PIL = PIB – 𝛿𝐾𝑡


PIL = C + (IB – 𝛿𝐾𝑡 ) + G + X – M = C + IL + G + X – M

“As recomendações das Nações Unidas, reconhecendo a dificuldade da


estimativa da parcela de depreciação, indicam que se deve aceitar o cálculo do
produto, renda e despesa em termos brutos, apesar de enfatizar que a medida
dos agregados em termos líquidos é mais relevante para se acompanhar a
evolução da economia”.
11/05/2017 Feijó, 36-7 20
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Líquido (PIL)

Exemplo

Valor Bruto da Produção 500 x R$ 2,00 = R$ 1.000,00


Despesas Operacionais
Salários e Encargos R$ 500,00
Custo de matérias-primas R$ 300,00
Reserva para depreciação R$ 10,00
Lucro Operacional R$ 200,00

Consumo R$ 500,00
Investimento Bruto R$ 200,00

PIL R$ 690,00 = R$ 700,00 - R$ 10,00


PIL R$ 690,00 = R$ 500,00 + (R$ 200,00 - R$ 10,00) = R$ 500,00 + R$ 190,00
11/05/2017 Feijó, 36 21
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) real (ou a preços constantes)

Para acompanhar a evolução do PIB ao longo do tempo, é importante distinguir


as variações de preço e quantidade que ocorre nos valores agregados. Neste
sentido, é preciso diferenciar o PIB medido em valores correntes, ou seja, o valor
do produto medido ao preço médio do ano corrente, e o PIB medido a preços
constantes, isto é, ao preço médio de um determinado ano de referência.

Para o cálculo do PIB a preços constantes, as “últimas recomendações


internacionais sugerem que se adote sempre como ano de referência o ano
imediatamente anterior”. Neste sentido, o cálculo do PIB a preços constantes
permite isolar o efeito da variação de preços de um ano para o outro e avaliar a
variação real ou o crescimento efetivo da economia.

11/05/2017 Feijó, 38 22
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) real (ou a preços constantes)

𝑃𝐼𝐵𝑡 𝑝𝑡 ×𝑞𝑡
Variação nominal do PIB: Δ𝑃𝐼𝐵𝑡 = =
𝑃𝐼𝐵𝑡−1 𝑝𝑡−1 ×𝑞𝑡−1

𝑃𝐼𝐵𝑡
PIBrt real: PIB do período a preços constantes: 𝑃𝐼𝐵𝑟𝑡 = 𝑝𝑡−1 × 𝑞𝑡 =
Δ𝐷𝐼𝑡

𝑃𝐼𝐵𝑟𝑡 𝑝𝑡−1 ×𝑞𝑡


Índice de volume (%): Δ𝑉𝑂𝐿𝑡 = − 1 × 100 = − 1 × 100
𝑃𝐼𝐵𝑡−1 𝑝𝑡−1 ×𝑞𝑡−1

𝑃𝐼𝐵𝑡 𝑝𝑡 ×𝑞𝑡
Deflator implícito (%): Δ𝐷𝐼𝑡 = − 1 × 100 = − 1 × 100
𝑃𝐼𝐵𝑟𝑡 𝑝𝑡−1 ×𝑞𝑡

11/05/2017 Feijó, 39 23
Contabilidade Social
Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) real (ou a preços constantes)

æ p ´ qt ö æ 1.937.000, 0 ö
DPIBt (%) = ç t -1÷ ´100 = ç -1÷ ´100 = 9, 64%
è pt-1 ´ qt-1 ø è 1.766.621, 0 ø

  PIBt   100 
 PIBrt   pt 1  qt    DI t    1.808.590,1 
VOLt (%)    1  100    1  100    1  100    1  100  2,4%
 PIBt 1   pt 1  qt 1   PIB t 1   1.766.621,0 
 

æ PIBt ö æ p ´ qt ö æ 1.937.000, 0 ö
DDI t (%) = ç -1÷ ´100 = ç t -1÷ ´100 = ç -1÷ ´100 = 7,1%
è PIBrt ø ´
è t-1 t ø
p q è 1.808.590,1 ø

11/05/2017 24
Contabilidade Social
Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) real (ou a preços constantes)

R$ milhões
Produto Interno Bruto

%
6.000.000 8

7
5.000.000
6

4.000.000 5

4
3.000.000
3

2.000.000 2

1
1.000.000
0

0 -1
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Fonte: BCB PIB R$corrente PIB R$ const. (2014) PIB cresc.real (%)

11/05/2017 25
Contabilidade Social
Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – comparações internacionais e a medida PPP

Comparações internacionais de produto dependem da conversão do valor do


produto dos diversos países em um valor comum, o que pode ser feito por meio
do uso da taxa de câmbio para uma determinada moeda de referência.

O problema é que a comparação será influenciada por variações na taxa de


câmbio dos diversos países em relação à moeda de referência. Assim, uma
desvalorização da moeda de um determinado país pode diminuir o valor de seu
PIB na moeda de referência, apesar de não ter ocorrido nenhuma alteração
efetiva no produto do país.

Para contornar este problema, utiliza-se o índice do Paridade do Poder de


Compra (Purchasing Power Parity – PPP), que é construído para um conjunto
comum de bens e serviços produzidos nas economias a um preço padrão para
todas as economias. É este índice que é usado para valorar a quantidade
produzida em cada país.
11/05/2017 Feijó, p.51 26
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – comparações internacionais e a medida PPP

R$ milhões Produto Interno Bruto US$ milhões

6.000.000 3.000.000

5.000.000 2.500.000

4.000.000 2.000.000

3.000.000 1.500.000

2.000.000 1.000.000

1.000.000 500.000

0 0
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

PIB R$corrente PIB R$ const. (2014) PIB US$corrente

11/05/2017 27
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – comparações internacionais e a medida PPP

11/05/2017 28
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) potencial e hiato do produto

O cálculo do produto potencial não segue recomendações internacionais,


mas é derivada de modelos teóricos e indica a “estimativa do nível do PIB a
preços constantes considerando que a economia esteja operando no seu
potencial máximo”.

O “potencial máximo” corresponde ao valor do PIB que pode ser obtido sem
gerar pressões inflacionárias derivada de um excesso de demanda no
mercado de fatores de produção, insumos ou bens finais.

O hiato do produto corresponde a diferença entre o produto efetivo (PIB) e o


produto potencial (PIB*). Se o hiato for negativo, há capacidade ociosa na
economia e espaço para se acelerar o crescimento. Se o hiato for positivo,
então a economia apresenta trajetória inflacionária.

11/05/2017 Feijó, 42 29
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) per capita

𝑃𝐼𝐵𝑡
𝑃𝐼𝐵 𝑝𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎 =
𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜𝑗𝑢𝑙ℎ𝑜/𝑡

o PIB per capita como indicador de bem-estar?

Vale notar que o PIB per capita não é um bom indicador de bem-estar, pois não
captura, em termos econômicos, a forma como a renda gerada é distribuída
entre a população – em geral, a “média está longe de representar um padrão de
vida típico”.

Mas esta é uma medida importante para “qualificar o crescimento do PIB”, pois
indica um potencial de melhora, quando sua taxa de crescimento é positiva, e a
provável piora, quando é negativa.
11/05/2017 Feijó, p.29-30 30
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) per capita

R$, US$ milhões


Produto interno bruto per capita
30.000,00

25.000,00

20.000,00

15.000,00

10.000,00

5.000,00

-
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

R$corrente R$constante (2014) US$corrente

11/05/2017 31
Contabilidade Social
Agregados Macroeconômicos

• Renda Nacional Bruta (RNB)

“A Renda Nacional Bruta é o agregado que considera o valor adicionado gerado


por fatores de produção estrangeira (capital e trabalho) produzindo no país e
fatores de produção de propriedade de residentes no país produzindo for a do
país”.

Esse valor pode ser calculado pela soma do PIB com a Renda Líquida Recebida
(RLR), que é a “remuneração a fatores de produção (dividendos, juros, lucros,
royalties, aluguéis e salários) envolvendo as transações internacionais de um
país”. A Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE) corresponde ao valor da RLR
quando seu saldo é negativo, ou seja, corresponde ao “valor adicionado no
país, mas que é transferido para for a do país”.

Vale notar que “o conceito de RNB considera a renda que fica no país” gerada
não só na produção, mas também na atividade financeira (por isso utiliza-se o
conceito de RNB e não PNB).
11/05/2017 Feijó, p. 32-4 32
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Renda Nacional Bruta (RNB)

𝑅𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 + 𝑅𝐿𝑅 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸

RLR > 0 => RNB > PIB

RLEE > 0 => PIB > RNB

11/05/2017 Feijó, p. 32-3 33


Contabilidade Social
Agregados Macroeconômicos

• Renda Nacional Bruta (RNB)

Exemplo

Valor Bruto da Produção 500 x R$ 2,00 = R$ 1.000,00


Despesas Operacionais
Salários e Encargos R$ 500,00
. a residentes R$ 400,00
. a não residentes R$ 100,00
Custo de matérias-primas R$ 300,00

Lucro Operacional R$ 200,00


. a residentes R$ 100,00
. a não residentes R$ 100,00

RNB = 400 + 100 = 500


RNB = PIB – RLEE = 700 – (100 + 100) = 500
11/05/2017 Feijó, p.32-3 34
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Renda Nacional Disponível Bruta (RDB)

A Renda Nacional Disponível (RDB) considera as transferências correntes


(TUR) que dizem respeito à “movimentação de recursos entre agentes
econômicos e países, sem contrapartida com o processo de produção (por
exemplo, remessa e recebimento de recursos entre governos e residentes,
remessa de imigrantes para suas famílias no país, doações, heranças, etc.)”.

Essas transferências são acrescidas à Renda Nacional Bruta (RNB), compondo


a Renda Nacional Disponível (RDB) que os agentes econômicos de um
determinado país têm para consumir ou poupar.

RDB = RNB + TUR = C + S + RLG


RDB – C – G = SD = S + (RLG – G) = S + Sg

PIB = RNB + RLEE = RDB – TUR + RLEE


11/05/2017 Feijó, p. 34 35
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Produto Interno Bruto (PIB) – três óticas

11/05/2017 Feijó, p.27 36


Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Renda Nacional Disponível Bruta (RDB)

A Renda Nacional Disponível (RDB) pode ser subdividida entre:

o a Renda Líquida do Governo (RLG), “composta pela soma dos


impostos diretos e indiretos arrecadados pelo governo e outras
receitas correntes menos transferências e subsídios pagos pelo
governo”, e

o a Renda Privada Disponível (RPD), que é recebida pelas empresas e


famílias sob a forma de “salários, juros, lucros e aluguéis,
transferências pagas a indivíduos, menos impostos sobre renda e
patrimônio, e lucros retidos nas empresas e reserva para
depreciação”.

RDB = RPD + RLG


11/05/2017 Feijó, p.35 37
Contabilidade Social
Agregados Macroeconômicos

• Renda Líquida do Governo (RLG)


Receita fiscal do governo
• Impostos indiretos (Ti) – sobre bens e serviços (ex. ICMS, IPI)
• Impostos diretos (Td) – sobre pessoas físicas e jurídicas (ex.IR, IPTU)
• Outras receitas do governo (Orc) – contribuição à previdência, taxas (ex.
pedágios), multas, aluguéis, etc.
Gastos do governo
• Gastos dos ministérios, secretarias e autarquias – despesas correntes (salários,
compras de materiais) e de capital (aquisição de equipamentos, construção de
estradas, escolas, etc.)
• Gastos das empresas públicas e sociedades de economia mista – consideradas
junto às empresas privadas no setor de produção
• Gastos com transferência e subsídios (Tr e Sub) – pagamento de aposentados,
bolsas de estudo, subsídios...
Renda Líquida do Governo : RLG = T = Td + Ti + Orc – (Tr + Sub)
11/05/2017 xxx 38
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Renda Líquida do Governo (RLG)

Conceito de carga tributária bruta e carga tributária líquida

• Índice de Carga Tributária Bruta = Ti + Td + Orc x 100


PIBpm

• Índice de Carga Tributária Líquida = Ti + Td + Orc – (Tr e Sub) x 100


PIBpm

11/05/2017 xxx 39
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Renda Líquida do Governo (RLG)

11/05/2017 40
Contabilidade Social
Identidades Contábeis

• Produto = Despesa = Renda

PIB = VBP + Ti – Sub – VCI = C + I + G + X – M = W + EOB + (Ti – Sub)

• Investimento = Poupança

PIB = VBP + Ti – Sub – VCI = C + I + G + X – M = W + EOB + (Ti – Sub)


PIB = RNB + RLEE = RDB – TUR + RLEE = RPD + RLG – TUR + RLEE
PIB = C + S + RLG – TUR + RLEE
C + I + G + X – M = C + S + RLG – TUR + RLEE
I + G + X – M = S + RLG – TUR + RLEE
I = S + (RLG – G) + (M – X – TUR + RLEE) = S + Sg + Sext
Sext = Saldo do Balanço de Pagamentos em Transações Correntes
11/05/2017 Feijó, p.27 41
Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Inovações metodológicas e séries históricas

“Esse é um ponto de discussão importante quando se introduzem inovações


metodológicas em séries de dados econômicos.

Essa ruptura introduz o seguinte dilema: ao se inovar, cria-se um rompimento


com as séries passadas, porém, se não houver essa inovação, resta um
sistema desatualizado sem incorporar a melhor visão da economia que as
inovações permitem”.

11/05/2017 Feijó, p.41 42


Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Inovações metodológicas e séries históricas

11/05/2017 Feijó, p.41 43


Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

“As críticas às limitações das contas nacionais chamam a atenção para o fato
de que a avaliação do bem-estar econômico e social de um país ou região
deve considerar não somente as atividades que têm valor de mercado, mas
também atividades sem valor de mercado”.

São exemplos de bens e serviços não considerados nas contas nacionais “o


trabalho não remunerado, o lazer, a exaustão de recursos naturais, o
investimento em capital humano”, entre outros.

Esta questão está inserida no contexto da discussão sobre desenvolvimento


sustentável, que envolve não apenas condições econômicas, mas também
sociais e ambientais, e a necessidade de uma medida-síntese de fácil
produção e compreensão.

11/05/2017 Feijó, p.57-8 44


Contabilidade Social

Agregados Macroeconômicos

• Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

O IDH procura capturar os fatores básicos necessários para o


desenvolvimento humano, que seriam relacionados à saúde, conhecimento e
acesso a recursos necessários para um padrão de vida descente, por meio de
indicadores de longevidade (expectativa de vida ao nascer, relacionada à
nutrição e saneamento), educação (média de anos de escolaridade e
expectativa de anos de escolaridade) e renda per capita (RNB per capita
ajustado pelo PPP e com contribuição decrescente).

O IDH varia de 0 a 1, sendo valores mais próximos a 1 indicador de melhor


nível de desenvolvimento humano.

“A grande aceitação do IDH é atribuída à facilidade com que esse índice pode
ser interpretado e aplicado no acompanhamento do progresso social de
países e regiões”.
11/05/2017 Feijó, p.57-8 45
Contabilidade Social

11/05/2017 46

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