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PONTA GROSSA
2018
AMANDA CATARINA BRANDES
ANA CAROLINE DEMENGEON
YASMIM CAROLINE BRITO
PONTA GROSSA
2018
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Ilustração do suporte para ensaio Jominy. ................................................. 9
Figura 2 – Representação do método para levantar a curva de dureza do ensaio
Jominy. ...................................................................................................................... 10
Figura 3 – Curvas de dureza do ensaio Jominy das amostras de aço SAE 1045, SAE
4140 e SAE 4340. ..................................................................................................... 13
Figura 4 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell dos aços SAE 1045 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................................ 15
Figura 5 – Resultados obtidos para as durezas Vickers dos aços SAE 1045 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................................ 15
Figura 6 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell dos aços SAE 4140 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................................ 17
Figura 7 – Resultados obtidos para as durezas Vickers dos aços SAE 4140 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................................ 18
Figura 8 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell dos aços SAE 4340 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................................ 19
Figura 9 – Resultados obtidos para as durezas Vickers dos aços SAE 4340 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................................ 20
Figura 10 – Aço SAE 1045 recozido. ........................................................................ 21
Figura 11 – Aço SAE 1045 temperado. ..................................................................... 22
Figura 12 – Aço SAE 1045 temperado e revenido. ................................................... 23
Figura 13 – Aço SAE 4140 recozido. ....................................................................... 24
Figura 14 – Aço SAE 4140 temperado. ..................................................................... 25
Figura 15 – Aço SAE 4140 temperado e revenido. ................................................... 26
Figura 16 – Aço SAE 4340 recozido. ....................................................................... 27
Figura 17 – Aço SAE 4340 temperado. .................................................................... 27
Figura 18 – Aço SAE 4340 temperado e revenido. ................................................... 28
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Composição nominal das ligas. ............................................................... 12
Tabela 2 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell e Vickers dos aços SAE
1045 nas condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................ 14
Tabela 3 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell e Vickers dos aços SAE
4140 nas condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................ 17
Tabela 4 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell e Vickers dos aços SAE
4340 nas condições recozida, temperada, e temperado e revenido. ........................ 19
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 5
2 OBJETIVOS ................................................................................................... 7
3 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................. 8
3.1 MATERIAIS .................................................................................................... 8
3.2 MÉTODOS ..................................................................................................... 8
3.2.1 Ensaio Jominy ................................................................................................ 8
3.2.2 Tratamento Térmico e caracterização das amostras .................................... 10
1 INTRODUÇÃO
2Fkgf
HBW= (1)
πD(D-√D2 -d2 )
Logo, para esta equação tem-se: F: força aplicada (kgf), D: diâmetro da esfera
de indentação (mm) e d: a média das medidas do diâmetro da indentação (mm). 2
Neste ensaio a indentação é mais profunda e larga facilitando a medição e
tornando-a mais precisa, porém, causam danos ao material e, não são aplicados em
peças duras ou muito finas, como chapas.2
Já no teste de dureza Vickers, descrito pela norma ASTM E 92, é obtido por
meio de uma máquina calibrada que transmite uma força para o indentador de
diamante piramidal de base quadrada com ângulo de 136º entre as faces opostas.
Primeiramente, aplica-se um carregamento pré-estabelecido por um determinado
período de tempo, formando uma indentação quadrada. Na máquina é necessário um
microscópio de medição acoplado de modo a auxiliar na leitura da indentação. 3
6
a
IPsin ( ) 1.8544
HV= 2 = (2)
d² yd²
2 OBJETIVOS
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
Utilizou-se amostras de aço SAE 1045, 4140 e 4340; para a realização do
tratamento térmico utilizou-se três amostras de cada material. Para o ensaio jominy
utilizou-se uma amostra de cada material com formato de um corpo de prova cilíndrico
de dimensões padrão.
Também utilizou-se um forno e um sistema para resfriamento do corpo de
prova. Fez-se as durezas utilizando os durômetros para dureza Vickers e Rockwell C
e paquímetro para medições das medidas. Já para a obtenção das imagens utilizou-
se o microscópio óptico Olympus BX-51 juntamente com o auxílio de um software.
3.2 MÉTODOS
3.2.1 Ensaio Jominy
Os corpos de prova de aço SAE 4140, SAE 4340 e SAE 1045 com formato
cilíndrico de 25mm de diâmetro e 100mm de comprimento foram entregues com a
primeira parte do procedimento do ensaio Jominy previamente realizado. Realizou-se,
para fim demonstrativo, a primeira parte do procedimento com apenas um corpo de
prova, onde foi submetido ao recozimento, em um forno, a uma temperatura de 840°C
por 30 minutos, submerso em um bloco com grafite em pó. Em seguida, a amostra foi
retirada rapidamente do forno, posicionada no suporte para o ensaio Jominy e
resfriada com um jato de água na sua extremidade inferior. A altura do jato de água
livre utilizada para a prática foi de 100mm e à temperatura ambiente. A Figura 1
representa o esquema do suporte para ensaio Jominy.
9
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para cada aço foi realizado o ensaio Jominy, durezas Rockwell e Vickers e
micrografias para os diferentes tratamentos térmicos submetidos.
Figura 3 – Curvas de dureza do ensaio Jominy das amostras de aço SAE 1045, SAE 4140 e SAE
4340.
Fonte: Os autores.
4.2 DUREZA
4.2.1 Aço SAE 1045
As amostras do aço SAE 1045 foram submetidas a diferentes tratamentos
térmicos, sendo eles o recozimento, têmpera e revenimento. Estes que servem para
mudar alguma propriedade do material, entre elas a dureza.
Os resultados obtidos para as diferentes durezas estão apresentados na Tabela 2 e
na Figura 4 e Figura 5.
Tabela 2 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell e Vickers dos aços SAE 1045 nas condições
recozida, temperada, e temperado e revenido.
Rockwell (HRC)
Temperado
Recozido Temperado
e Revenido
15 51,5 46
1045 17 52 44
16 52 44,5
15 51,2 43
15 57 42
Média 15,6 52,7 43,9
Desvio 0,9 2,4 1,5
Vickers (HV20)
Temperado
Recozido Temperado
e Revenido
188,9 429 351
1045 183,1 494 231
182,3 435 271
196,9 435 283
183,1 444 288
Média 186,9 447,4 284,8
Desvio 6,2 26,6 43,2
Fonte: Os autores.
15
Figura 4 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell dos aços SAE 1045 nas condições recozida,
temperada, e temperado e revenido.
Fonte: Os autores.
Figura 5 – Resultados obtidos para as durezas Vickers dos aços SAE 1045 nas condições recozida,
temperada, e temperado e revenido.
Fonte: Os autores.
De acordo com a literatura, a dureza do aço SAE 1045 temperado varia entre
20 e 62 HRC de acordo com a distância da extremidade da amostra. Dessa forma,
pode-se considerar que os valores encontrados estão deixo da faixa esperada. 5
Já ao comparar as durezas entre os aços recozidos, temperado e, temperado
e revenido. Observa-se uma grande diferença, principalmente em relação ao recozido
e temperado, nas durezas. Isso se deve ao fato da grande diferença de microestrutura
de ambos, sendo o recozido com perlita e ferrita, e o temperado com martensita,
consequentemente há diferença entre a dureza de um constituinte do outro. Sendo a
martensita considerada mais dura. Já quando a amostra é revenida, há a intensão de
diminuir a dureza do aço com um determinado aquecimento e diminuir a quantidade
de tensões internas. Isso faz com que sua dureza seja menor que a temperada,
porém, como ainda há presença de martensita, sua dureza é maior do que a da
amostra recozida.
Tabela 3 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell e Vickers dos aços SAE 4140 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido.
Rockwell
Temperado
Recozido Temperado
e Revenido
8 53,5 30
4140 10 51,5 38,5
15 51,9 39
11,5 53 43
14,5 51,5 41,5
Média 11,8 52,3 38,4
Desvio 2,7 0,8 4,5
Vickers (HV20)
Temperado
Recozido Temperado
e Revenido
179,9 544 444
4140 171,5 536 399
151,3 566 351
168,6 509 378
166,4 544 343
Média 167,5 539,8 383,6
Desvio 10,2 18,4 36,4
Fonte: Os autores.
Figura 6 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell dos aços SAE 4140 nas condições recozida,
temperada, e temperado e revenido.
Fonte: Os autores.
18
Figura 7 – Resultados obtidos para as durezas Vickers dos aços SAE 4140 nas condições
recozida, temperada, e temperado e revenido.
Fonte: Os autores.
Tabela 4 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell e Vickers dos aços SAE 4340
nas condições recozida, temperada, e temperado e revenido.
Rockwell
Temperado
Recozido Temperado
e Revenido
23 69 45
4340 23 62,5 46
23 77,5 47,5
24 76,5 44,5
22 67,2 44,5
Média 23,0 70,5 45,5
Desvio 0,7 6,4 1,3
Vickers (HV20)
Temperado
Recozido Temperado
e Revenido
278 570 426
4340 286 553 435
286 540 423
291 516 460
285 544 438
Média 285,2 544,6 436,4
Desvio 4,7 19,7 14,6
Fonte: Os autores.
Figura 8 – Resultados obtidos para as durezas Rockwell dos aços SAE 4340 nas
condições recozida, temperada, e temperado e revenido.
Fonte: Os autores.
20
Figura 9 – Resultados obtidos para as durezas Vickers dos aços SAE 4340 nas condições
recozida, temperada, e temperado e revenido.
Fonte: Os autores.
4.3 MICROGRAFIAS
4.3.1 Aço SAE 1045
O aço SAE 1045 é composto por 0,43-0,50% de carbono, 0,60-0,90% de
manganês, ou seja, não possui elementos de liga na sua composição. 5,6
21
Fonte: Os autores.
Por meio da Figura 10, nota-se uma microestrutura com bandas de perlita e
ferrita, como esperado. 6
Já a têmpera é realizada com a intensão de aumentar a dureza do aço. Esse
aumento de dureza é obtido pela transformação de austenita em martensita por meio
de um aquecimento seguido de um resfriamento rápido. A partir da Figura 11 pode-se
observar o comportamento do aço SAE 1045 temperado.
22
Fonte: Os autores.
Fonte: Os autores.
Por meio da Figura 13, pode-se observar a existência de colônias de perlita
lamerar, que são as regiões mais escuras da microestrutura e também a presença de
ferrita que são as regiões mais claras. Dessa forma, estando de acordo com o
esperado na literatura. 6
Já a Figura 14 apresenta o comportamento do aço SAE 4140 na condição
temperada.
25
Fonte: Os autores.
Observando a Figura 14, pode-se analisar que houve um refinamento na
microestrutura com predominância de martensita, que são as regiões mais escuras
da microestrutura. As regiões mais claras são porções de austenita retida que o
material apresenta. Essa microestrutura martensitica também está de acordo com a
literatura. 6
Essa diferença entre a microestrutura do aço SAE 1045 e SAE 4140 se deve
ao fato de que o aço SAE 1045 não apresenta elementos de liga, já o SAE 4140
apresenta porções de cromo e molibdênio, fazendo com que sua curva do diagrama
TTT seja deslocada para a direita em relação à curva TTT do aço SAE 1045.
Mostrando assim, uma maior temperabilidade para o aço SAE 4140 do que para o
SAE 1045, dessa forma, mais fácil é a formação de martensita.
Já a Figura 15 apresenta o comportamento do aço SAE 4140 na condição
temperada e revenido.
26
Fonte: Os autores.
Analisando a Figura 15, nota-se que houve um refinamento ainda maior da
microestrutura do material. De acordo com a literatura, é suposto formar um agregado
de carboneto de ferrita-martensita. Observando a imagem, é bem visível a presença
da martensita na microestrutura.
Fonte: Os autores.
Observando a Figura 16 nota-se uma microestrutura com presença do
microconstituinte perlita em forma de lamelas e da fase ferrita em forma poligonal,
assim como esperado pela literatura.
Já a Figura 17 apresenta o comportamento do aço SAE 4340 na condição
temperada.
Figura 17 – Aço SAE 4340 temperado.
Fonte: Os autores.
Analisando a figura 17, nota-se que assim como com o aço SAE 4140, houve
um refinamento com predominância martensitica na microestrutura do material. Neste
28
caso com muito mais martensita e menos austenira retida. Isso se deve ao fato da
presença do elemento de liga níquel, que o aço SAE 4140 não possui. Esse elemento
faz com que a curva do diagrama TTT do SAE 4340 seja deslocada ainda mais para
a esquerda, estabilizando a austenita e fazendo com que ele necessite de menores
taxas de para a formação de martensita, ou seja, a sua temperabilidade é maior do
que a do aço SAE 4140.
Já a Figura 18 apresenta o comportamento do aço SAE 4340 na condição
temperada e revenida.
Figura 18 – Aço SAE 4340 temperado e revenido.
Fonte: Os autores.
Por meio da Figura 18, percebe-se que houve um refinamento ainda maior na
microestrutura do material, possuindo predominância martensitica, mas podendo
haver porções de cementita e ferrita, de acordo com a teoria.
De acordo com a norma ASTM E 92, não há um modelo ideal de amostra para
a realização do teste de dureza Vickers, ele pode ser utilizado para qualquer estilo de
amostra. O que realmente deve ser seguido é o método de medição, cujo corresponde
na medição das duas diagonais formadas pela indentação e então encontrar o valor
da dureza, como foi realizado no experimento. Além disso, é muito importante o
indentador manter suas medidas padrões, que seria em forma de pirâmide com
ângulos de 136º sem ultrapassar 0,001mm de comprimento. Porém, não há uma
fiscalização desse quesito. 3
Já na norma ASTM E 18 diz que a distância mínima entre as durezas deve
ser o valor de três vezes o diâmetro a indentação, conforme foi realizado em sala de
aula. Também diz que a espessura da amostra não deve ser menor que 6mm e a sua
área superficial deve ter pelo menos 2581 mm2, assim como as utilizadas. Além disso,
houveram algumas estrangulações no equipamento enquanto as medidas estavam
sendo realizadas, isso fez com que tivesse uma variação em algumas medidas de
dureza. 4
30
5 CONCLUSÃO
Pelo ensaio Jominy é possível observar que, para ligas com teores próximos
de carbono, os tipos de elementos de liga presente na composição afetam a
temperabilidade do aço, retardando as reações de decomposição da austenita,
facilitando assim a formação de martensita na microestrutura. O elemento de liga que
diferenciou a temperabilidade entre o aço SAE 4340 e SAE 4140 foi o níquel,
classificado como um estabilizador de austenita e que gera maior endurecimento na
liga, justificando uma menor queda de dureza ao longo do comprimento do corpo de
prova. Apesar dos erros experimentais presentes que afetaram a obtenção de
algumas medidas, foi possível observar a característica de cada curva de dureza,
onde destaca-se uma queda brusca no aço SAE 1045, justamente pela sua baixa
capacidade em formar martensita.
Os tratamentos térmicos são utilizados com intenção de mudar alguma
propriedade específica do material. Por meio da análise das durezas Vickers e
Rockwell C, juntamente com as microestruturas obtidas pelos tratamentos, percebe-
se a relação existente entre os dois.
As maiores durezas foram obtidas nos materiais temperados, isso ocorreu por
causa da maior existência de martensita na microestrutura de todos os aços. Ao
compararmos as durezas dos aços SAE 1045, SAE 4140 e SAE 4340 na condição
temperada, nota-se que as durezas das amostras do SAE 4140 e SAE 4340 são bem
superiores que as do SAE 1045, isso está relacionado com a não existência de
elementos de liga na sua composição, fazendo com que sua temperabilidade seja
menos, ou seja, há uma menor transformação martensítica. Já as durezas do SAE
4140 e SAE 4340 são bem próximas uma da outra, teoricamente os valores do SAE
4340 devem ser maiores pela presença de níquel na sua composição, fazendo com
que a sua curva TTT seja deslocada à esquerda, consequentemente possuindo uma
transformação martensítica maior que o SAE 4140.
Nas amostras temperadas e revenidas houve uma diminuição na dureza em
relação as apenas temperadas, o que era esperado, considerando que o revenimento
serve para a diminuição de tensões internas e um para fazer refinamento da
microestrutura. Isso faz com que a dureza diminua.
O recozimento é utilizado para a diminuição da dureza dos aços e dar uma
maior usinabilidade a eles. Isso é analisado por meio da microestrutura de cada
31
REFERÊNCIAS