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FICHAMENTO – “Morality in the social interactional and discursive world of everyday life”

Introdução

 Cognição social" é o nome que os psicólogos sociais dão a essa perspectiva, que considera
o raciocínio moral como ocorrendo fora, antes ou ao lado da interação social.
 Essa posição dualista convida à inferência de que as ações são causadas por estados
mentais internos, levando a questões sobre onde os mecanismos causais estão localizados
e como eles operam.
 O presente ensaio examina a erudição em duas tradições intimamente relacionadas,
etnometodologia (EM) e análise de conversação (AC), que adotam uma abordagem diferente
a questões de cognição moral. Em vez de localizar moralidade ou cognição mais
genericamente na cabeça das pessoas, essas linhas de investigação tratam o raciocínio
moral como uma propriedade das práticas interacionais incorporadas pelas quais os
membros da sociedade se envolvem. Uma situação tem significado moral intrínseco através
das ações combinadas pelas quais seu caráter é estabelecido, negociado e elaborado (Drew,
1998).
 Quando nos voltamos da ordem moral profunda da interação para a ordem moral em ação,
descobrimos que as pessoas se engajam em práticas para justificar, impugnar, desculpar,
elogiar, exemplificar, justificar e, de outra forma, explicar e executar uma ampla variedade
de ações baseadas em princípios.
 O aspecto colaborativo das práticas merece destaque, uma vez que a CA propõe que o
sentido moral de um enunciado é formado tanto pelos destinatários quanto pelos falantes.
(...) Formulações de casos extremos (Pomerantz 1986), reclamações (Jefferson 1984),
recibos de entrega de notícias (Maynard 2003) e caracterizações moralmente implícitas de
transgressores de terceiros (Drew 1998) são tantos dispositivos e ferramentas genéricos que
os membros usam para moldar e gerenciar questões de moralidade em uma troca local.
 Um local particularmente fecundo e consequente para o exame da moralidade no discurso é
o de fazer e lidar com avaliações. As avaliações são objetos delicados na medida em que
comprometem provisoriamente o avaliador a uma posição particular sobre objetos, pessoas
ou eventos no mundo social, e colocam o receptor na posição de alinhar-se com, desfiliando
ou ignorando o enunciado avaliativo. Além disso, as seqüências de avaliação envolvem
exibições epistêmicas em que os participantes reivindicam seus direitos de fazer essas
avaliações (Heritage 2002, Heritage e Raymond 2005).
 Em uma investigação agora clássica, Pomerantz (1984) mostra como os receptores de
avaliações produzem respostas de segunda posição. Os desacordos na segunda posição
são tipicamente da forma “Concordo + Discordo”, de modo que os destinatários expressem
tokens de concordância fracos ou qualificados antes de discordar explicitamente de uma
avaliação inicial. Um modo comum de prefaciar discordância é com conjunções
contrastantes como “isso é verdade, mas. . . ”Onde a cláusula“ mas ”faz o trabalho de
analisar a conversão em componentes separados. Como Lerner (1996) observa, essa
análise permite a projeção de discordância, de modo que o primeiro orador possa intervir
com uma conclusão preventiva que afinal conceda concordância.
 As questões de etiqueta e de avaliação representam os procedimentos usados pelos falantes
para negociar direitos epistêmicos a serem avaliados em interação (Heritage 2002, Heritage
e Raymond 2005).
 A atribuição de culpa é uma conquista completamente colaborativa. Envolve atribuir
responsabilidade por um evento ou série de eventos a uma determinada pessoa ou grupo.
O trabalho de atribuição está intimamente entrelaçado com o da descrição, pois os materiais
usados para formular um relato de comportamento culposo, juntamente com os motivos,
intenções e marcadores de deliberação que se destinam a explicá-lo, são forjados nos
relatórios que as pessoas oferecem sobre incidente (s) sob escrutínio.
 Distribuidores de más notícias usam uma série de procedimentos para desviar, impedir ou
excluir atribuições de responsabilidade para si mesmos (Maynard 1998, 2003, Capítulo 7).
Ao anunciar más notícias, os palestrantes regularmente omitem a menção de sua própria
agência, mas detalham os antecedentes. circunstâncias e configuração do (s) evento (s), de
modo a propor tacitamente que eles, juntamente com o destinatário da notícia, sejam vítimas
de fatores situacionais. Os destinatários cooperam nesse empreendimento atendendo ao
caráter infeliz da situação
 Como esses casos sugerem, a moralidade, na forma de questões que cercam a
responsabilidade, vem à tona no discurso quando más notícias, rejeição de convites e outras
ações cotidianas estão em andamento. As características pragmáticas do raciocínio moral,
portanto, estão profundamente entrelaçadas no tecido das atividades comuns, em vez de
serem independentes ou fora delas.

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