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Revolução Agrícola
Revolução Demográfica Inglaterra – Revoluções Económico-Sociais
Revolução Industrial
Até finais do séc. XVII, predominava na Europa uma agricultura tradicional baseada no pousio, mas a partir
daí, na Grã-Bretanha, registaram-se importantes transformações agrícolas:
O recuo da morte
Verificou-se um crescimento populacional, devido à diminuição da mortalidade, principalmente infantil,
mas também o aumento da esperança de vida, devido a:
Melhor alimentação maior resistência a doenças;
Progressos na medicina: novos processos de tratamento e descoberta da vacina (varíola)
Melhoria no vestuário e na higiene pessoal;
Melhoria na assistência da mulher no parto e uma melhor educação às crianças.
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Rejuvenescimento da população
Este aumento demográfico contribuiu para o crescimento das cidades que receberam o afluxo das
populações rurais, principalmente de jovens à procura de trabalho, salientando-se, por exemplo, as
cidades de Londres e Paris.
As inovações agrícolas e o aumento populacional possibilitaram não só o aumento de mão-de-obra
disponível para trabalhar nas fábricas, como também a produção de grandes quantidades de lã. Tudo
isto contribuiu para o avanço da revolução industrial na Grã-Bretanha.
Políticos e sociais
Países europeus poder absoluto
Grã-Bretanha instituída a Monarquia parlamentar Parlamentarismo
Económicos
Disponibilidade de capitais para investimento, provenientes dos lucros das actividades
agrícolas e comerciais e até mesmo de pequenas poupanças;
Abundância de matérias-primas, tanto na Metrópole (ferro, hulha e lã) como nas
colónias (algodão, madeira);
Desenvolvimento do comércio interno graças a uma maior quantidade de produtos
agrícolas, ao aumento populacional e a uma boa rede de comunicações;
Expansão do comércio colonial a diversas regiões do mundo, possibilitando o
abastecimento de matérias-primas indispensáveis à industria e a colocação de produtos
industriais nos mercados coloniais;
Comércio europeu que permitiu à Grã-Bretanha exportar grande quantidade de
produtos, recebendo em troca pagamentos em ouro e prata.
Naturais
Boa rede de comunicações (portos, rios, canais)
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Progressos técnicos
Avanços técnicos e científicos;
Invenção da máquina a vapor por Newcomen, mais tarde aperfeiçoada por James Watt:
Fundamental para o arranque da Revolução Industrial;
Desenvolvimento dos meios de transporte – comboio e barco.
Sectores de arranque
Maior procura de produtos manufacturados maior produção arranque da industrilização
Factores:
A indústria têxtil foi a primeira a desenvolver-se visto que, em Inglaterra, havia abundância de lã
e algodão (trazidos dos colónias americanas). A partir de 1770, a fiação e a tecelagem
mecanizaram-se, surgindo as grandes fábricas.
A indústria mineira, ao fornecer matéria-prima, como o ferro e o carvão mineral, teve, também,
um grande incremento.
As revoluções liberais
A revolução Francesa
O ambiente pré-revolucionário
Socialmente
Sociedade tripartida, hierarquizada.
Clero e nobreza:
Grupo privilegiado;
Detentores da maioria das propriedades;
Não pagavam impostos;
Leis próprias;
Justiça particular.
O terceiro estado só tinha direitos sobre os privilegiados, pagando avultados impostos e
vivendo miseravelmente.
Politicamente
Estava instaurado na França um regime absoluto, ou seja, uma Monarquia Absoluta, onde o rei
centralizava todos os poderes em si próprio:
Executivo;
Legislativo;
Judicial;
Divino.
Economicamente
A França encontrava-se numa grave crise financeira dividida:
Os acontecimentos revolucionários
restantes deputados do clero e da nobreza para integrar a Assembleia Nacional. Esta proclamou-se
Assembleia Nacional Constituinte, uma vez que o seu principal objectivo era elaborar a primeira
constituição francesa. Estava assim, aberto a caminho para o fim do absolutismo em França.
Crescia, entretanto, a agitação popular em Paris contra as tropas do rei que culminou no assalto
à fortaleza-prisão da Bastilha, símbolo do poder absoluto, e na libertação dos presos, opositores do
Absolutismo.
A agitação popular alastrou à província, onde os grupos armados de camponeses assaltaram e
incendiaram castelos e conventos e exigiram a abolição (fim) de privilégios e rendas feudais.
Aterrorizados, muitos elementos das ordens privilegiadas abandonaram o país e refugiaram-se em
países de monarquia absolutas, de onde conspiravam contra a França revolucionária.
Constituição – documento que expõe as leis fundamentais que regulam um país: os poderes
governantes; os direitos e deveres dos cidadãos.
Monarquia Constitucional – regime politico em que quem governa é o rei, mas de acordo com
as directrizes da constituição.
Apesar de todas estas medidas revolucionárias, o direito de cidadania ainda não era igual para todos; a
eleição dos deputados para a Assembleia Legislativa (a Assembleia Constituinte tinha terminado as suas
funções) foi feita por sufrágio censitário, sistema eleitoral em que só podiam ser eleitores e elegíveis os
cidadãos que tivessem rendimentos superiores a determinada quantia. O direito de voto continuava a
restringir-se, assim, aos mais ricos.
Os acontecimentos revolucionários:
O radicalismo republicano
A Prússia e a Áustria invadem a França, pois receavam que a revolução se alastrasse e também
porque a Assembleia Legislativa lhe declarara guerra. Luís XVI, ao ser acusado de se aliar aos defensores
do absolutismo, foi feito prisioneiro.
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O triunfo da burguesia
Em 1795, foi aprovada uma constituição, que entregou o poder executivo a um Directório
constituído por cinco directores. Voltou a instituir-se o voto censitário, o que possibilitou à burguesia
dominar esta fase da Revolução. Os desentendimentos entre membros do Directório, a agitação social e
as derrotas perante uma segunda coligação europeia criaram uma situação de instabilidade. Foi neste
contexto que o general Napoleão Bonaparte tomou o poder através de um golpe de estado. O poder
executivo foi entregue a três cônsules (Consulado). Napoleão, primeiro-cônsul, foi-se apoderando
progressivamente do poder, tornando-se primeiro-cônsul vitalício, em 1802, e depois imperador dos
franceses. Como imperador, desenvolveu e modernizou a França. Externamente, procurou dominar a
Europa através de uma política expansionista. Em 1814, a França foi invadida pelos exércitos de uma
nova coligação europeia. No Congresso de Viena, os países vencedores estabelecem um novo mapa
político da Europa.
Absolutismo
Directório
Império Consulado
Robespierre Napoleão
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Girondinos – ala mais moderada, composta pela burguesia liberal e alguns elementos da
nobreza e baixo clero;
Jacobinos (‘’os montanheses’’) – ala mais radical e agressiva composta pela baixa burguesia e os
sans-cullotes (povo). Defendiam a Revolução.
As conquistas da revolução
A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão e a Constituição tornaram-se textos
fundamentais dos regimes liberais, organizando o estado segundo o principio da separação
de poderes e determinando quais os órgãos que os exerciam;
A soberania da nação da nação passou a residir no povo e não no rei;
Fim da Monarquia Absoluta e do antigo regime Monarquia Constitucional ou República;
Poder absoluto e sociedade de ordens
Burguesia controlo do poder;
.grupo social mais beneficiado;
A liberdade de comércio com reduzido controlo do estado, ou seja, a livre concorrência sem
privilégios nem monopólios;
Publicaram-se leis que acabaram com os privilégios feudais;
Código Civil (baseado nos princípios liberais)influenciou o direito em quase toda a Europa;
Desenvolvimento do ensino com a fundamentação de numerosas nas escolas superiores;
Instituído o ensinos oficial, obrigatório e gratuito.
Em 1807, Portugal aceitou o Bloqueio Continental e ordenou a saída dos navios Ingleses, mas
tarde de mais, Napoleão, já mandara Junot invadir Portugal e terminara as negociações com a Espanha
(Tratado de Fontainebleau – 1807) para que participasse na invasão, conquista e partilha do território
português.
Perante este perigo, o príncipe regente D. João e toda a família real retiraram-se com a sua
corte, para o Brasil. O governo ficou entregue a 5 governadores escolhidos por D. João.
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Após a expulsão dos franceses, o governo do reino foi assegurado por uma regência controlada
por Benesford, a quem e regente (futuro D. João VI), encarregara de organizar a defesa, enquanto a
rainha, o regente e a corte permaneciam no Rio de Janeiro. Os portugueses consideravam que isso não
se justificava e que estava a ser prejudicial.
À medida que o descontentamento se generalizava por todo o país, as ideias liberais iam
ganhando cada vez mais adeptos.
Em 1820, alguns regimentos do Porto revoltaram-se e saíram para a rua. Toda a região norte
aderiu. Semanas depois, Lisboa também se revoltou. A 1 de Outubro os revolucionários do Porto
uniram-se aos de Lisboa. Os ingleses foram afastados das suas funções militares e politicas, sendo
formada uma Junta Provisional que organizou as primeiras eleições para deputados às Cortes
Constituintes.
O rei D. João VI jurou cumprir a Constituição e a Monarquia Absoluta foi substituída pela
Monarquia Constitucional ou Liberal.
Síntese:
Bloqueio Continental
Invasões napoleónicas
Regência de Benesford
(organização secreta)