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Md 1,4 264,6
kmd 0,117 kx 0,187
bw d fcd 100 4,7 2 2,0
2
1,4 kz 0,925
1,4 264,6
1,96 cm2 x kx d 0,187 4,7 0,879 cm
Md
As
kz d fyd 0,925 4,7 50
1,15
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Da laje anterior, surge a idéia de considerar nervuras, ou seja, retirar
ou substituir parte da região de concreto abaixo da linha neutra por
material leve. Imaginando a seção indicada na figura abaixo:
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
hmédio = 0,0364 m Mx p lx (0,0364 25 2) 4 100 582,0 kN cm
2 2
Laje nervurada
Laje maciça h = 0,07 m 8 8
Considerando a linha neutra na mesa (toda a mesa trabalha como largura colaborante)
trilho treliça
Pré-moldadas totalmente
alveolar Duplo tê ou pi
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Tipos
molde
travessa
chapuz pontalete
Com enchimentos
Seções transversais de lajes nervuradas com materiais inertes
a) b) a) b)
c) d) c) d)
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
mesa
Nomenclatura
Normais
nervura
armadura longitudinal
Invertidas
mesa
Nervurada dupla
hf
h h
b) hff h
b) h
Alveolares b)
a
a
a hf
h
c) h
hff h
c) h
c)
Com cambotas
Inclinação (para retirada da forma)
4,0 cm
hf a sem tubulação horizontal
15
5,0 cm tubulação de 10,0 mm
hf
(4,0 cm ) ou (4,0 cm 2 ) tubulação de 10,0 mm
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• c) Espaçamento entre nervuras
– para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras menor ou igual a
65 cm, pode ser dispensada a verificação da flexão da mesa, e para a
verificação do cisalhamento da região das nervuras, permite-se utilizar os
critérios de laje;
– para lajes com espaçamento entre eixos de nervuras entre 65 cm e 110 cm,
exige-se a verificação da flexão da mesa e as nervuras devem ser verificadas
ao cisalhamento como vigas; permite-se essa verificação como lajes se o
espaçamento entre eixos de nervuras for até 90 cm e a largura média das
nervuras for maior que 12 cm;
– para lajes nervuradas com espaçamento entre eixos de nervuras maior que
110 cm, a mesa deve ser projetada como laje maciça, apoiada na grelha de
vigas, respeitando-se os seus limites mínimos de espessura.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Dois tipos:
Unidirecional.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Dois tipos
Bidirecional
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• As lajes em uma direção são usadas quando se deseja executar um pavimento de
concreto em que uma das direções é bem maior que a outra, mas a menor direção
também é de valor elevado ou mesmo se a carga é de grande intensidade. Um
exemplo típico pode ser observado na figura abaixo em que as nervuras foram
dispostas na direção dos 5 m.
P1 V1 P1 P3 V1 P4 P3 P4
V3
V4
V3
V4
500
500
P5 V2 P6 P7 P8
1300 P5 V2 P6 P7 P8
1300
a)
a)
b)
b)
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Unidirecional – Modelo de Cálculo:
– Cada laje nervurada seja simplesmente apoiada em seu contorno, no caso de
lajes vizinhas, na região da face comum, deve ser colocada apenas uma
armadura construtiva, negativa, para evitar fissuração exagerada da mesa de
concreto;
P1P1 P1 V1V1V1 P2P2 P2 P3P3P3
AA A
V4
V4
V4
V5
V5
V5
Na figura acima, indica-se um trecho de piso composto de duas lajes nervuradas (L1, L2) e como
são consideradas estruturalmente quando discretizadas (isoladas), para serem calculadas.
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Para que uma laje nervurada possa ser admitida engastada no
contorno (ou contínua), é necessário criar uma mesa de compressão
inferior;
• Porém, nesse caso será necessário efetuar a concretagem em pelo
menos duas etapas;
• Outra solução é, simplesmente eliminar, nas regiões do contorno
engastadas, o material de enchimento, criando uma região maciça;
CORTE AA
CORTE AA CORTE AA
CORTE AA
nervuras nervuras
material de enchimento
material V4
de enchimento V4 V4 V4
a) a) b) b)
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Estado Limite Último de flexão – (ELU)
– O dimensionamento à flexão deve ser feito como os demais elementos
fletidos, como se encontra do capítulo 3 de CARVALHO E FIGUEIREDO FILHO
(2014), respeitando-se as recomendações quanto às dimensões limites, vãos,
etc;
– Deve-se iniciar com o dimensionamento da armadura longitudinal de flexão,
pois as outras verificações dependerão da taxa dessa armadura;
• Estado Limite de Serviço – (ELS) – Fissuração e Deformação
– A verificação do estado limite de deformação (item 19.3.1 – NBR 6118:2014),
deve ser efetuada segundo os critérios do item 17.3.2, considerando a
possibilidade de fissuração (estádio II) e os efeitos de fluência do concreto;
– A verificação do estado limite de fissuração (item 19.3.2), de acordo com os
itens 17.3.3 e 17.3.4;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Lajes nervuradas se subdividem em:
– Armadas em uma direção;
– Armadas em duas direções;
• As lajes nervuradas armadas em uma direção apresentam
normalmente nervuras na direção do menor vão;
• Nas armadas em duas direções, as nervuras formam uma malha,
quase sempre retangular;
• Nas armadas em uma direção, as nervuras tem comportamento
estrutural de vigas simplesmente apoiadas e independentes, como
indica a NBR 6118:2014, no seu item 14.7.7, quando prescreve que
as lajes nervuradas unidirecionais devem ser calculadas segundo a
direção das nervuras e desprezadas a rigidez transversal e a rigidez
a torção;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• No dimensionamento à flexão e verificação das flechas, admite-se
para as lajes nervuradas em uma direção, seção transversal em
forma de T, e para o cálculo ao cisalhamento elas podem ser
consideradas como vigas ou como lajes, conforme seja o
espaçamento entre as nervuras, como visto no volume 1;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Exemplo 01 - Calcular e detalhar a armadura para uma laje nervurada
unidirecional utilizando blocos cerâmicos de 91919 cm (no caso 4 blocos),
para o trecho de pavimento dado na abaixo. Considerar ambiente com
agressividade fraca, carga de revestimento, contrapiso e piso igual a 1,0 kN/m2 e
carga acidental de 3,0 kN/m2. Utilizar aço CA-50, concreto com fck = 20,0 MPa e
cobrimento das armaduras igual a 2,0 cm. Adotar para peso específico do tijolo
13,0 kN/m3 e agregado graúdo como sendo granito.
P1 V1 P3 P4
V3
V4
500
P5 V2 P6 P7 P8
2000
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• A) Esquema estrutural e dimensões da seção transversal:
– Como se trata de ambiente pouco agressivo, os valores da resistência
característica do concreto e cobrimento das armaduras estão compatíveis;
– Como uma das dimensões é maior que o dobro da outra, os vãos e as cargas
são de valores apreciáveis, opta-se pela solução de laje nervurada armada em
uma direção;
– A seção transversal da mesma será arbitrada com as seguintes dimensões,
principalemente em função das dimensões dos blocos e para evitar a
verificação à flexão da mesa de cisalhamento das nervuras como vigas (como
laje é possível não colocar qualquer armadura transversal);
– bw = 9,0 cm (largura das nervuras);
– hf = 6,0 cm (maior que 4,0 cm e 45/15 = 3,0 cm)
– a = 36,0 cm (distância livre entre nervuras pode o cisalhamento ser analisado
como laje);
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
• Assim, as prescrições mínimas estabelecidas pela NBR 6118:2014,
estão atendidas;
• O valor da altura foi simplesmente arbitrado, pois na NBR
6118:2014 não há altura mínima (como havia na versão de 1980)
que permitia desconsiderar o estado limite de deformação
excessiva;
• Empregando uma altura total para a laje de 25,0 cm (hf = 6,0 cm
mais a altura do bloco de 19,0 cm), a altura útil será de 22,4 cm
(25,0 – 2,0 – 0,6 = 22,4 cm), admitindo-se diâmetro da barra
longitudinal de 12,5 mm;
• A seção transversal da laje é mostrada a seguir:
Carregamento atuante por nervura
P1 V1 P3 P4 9 9
6
V3
V4
500
19
9 9 9 9
P5 V2 P6 P7 P8
2000 45
Md 1,4 1185
As 1,76 cm2 /nervura Armadura Adotada:
kz d fyd 0,969 22,4 50 1 # 12,5 + 1 # 8,0 mm
1,15
As-efet = 1,75 cm2/nervura
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Verificação do estado de deformação excessiva (ELS)
9 9
Características da seção transversal:
6
Eci αE 5600 fck 1,0 5600 20,0 25.044 MPa
19
Ecs αi Eci
fck
αi 0,8 0,2 1,0 αi 0,85 9 9 9 9
80 45
Ecs 0,85 25044 21.287,4 MPa
Coeficiente de homogeneização da seção (relação entre os módulos de elasticidade
do aço e do concreto; Es 210000
e 9,866
Ec 21287
Momento de inércia da nervura (considerada como viga T), em relação a um eixo
horizontal no centro de gravidade da seção (Estádio I, seção bruta);
45 6 3 9 19 15,5
ycg 7,85 cm Medido a partir da
45 6 9 19 borda superior
45 63 9 193
Ib 45 6 (7,85 - 3)
2
9 19 (15,5 - 7,85)2 22313,0cm4
12 12
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Determinação do momento de fissuração e comparação como o momento atuante
devido ao peso proprio: O momento de fissuração é dado por:
sendo :
α fct, m I yt 25 - 7,85 17,15 cm (tração na borda inferior)
Mr
yt
fct, m 0,3 3 fck 2 0,3 3 202 2,21 MPa
α 1,2 (seção em T)
fct, m I 1,2 0,221 22313
Mr 345,0 kN.cm/nervura
yt 17,15
Considerando apenas o peso próprio da laje, a carga é: p = 1,99 kN/m/nervura e o
momento fletor atuante Mg1 vale:
p 2 0,02 5002
Mg1 625,0 kN cm/nervura
8 8
Como Mg1 > Mr, conclui-se que já após a retirada do escoramento a seção no meio
do vão estará trabalhando no estádio II, sendo necessário calcular a inércia no estádio
II puro e utilizar a expressão para cálculo da inércia equivalente, definida no item
17.3.2.1.1 da NBR 6118:2014;
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas 9 9
Determinação da inérica no estádio II puro: 6
- a2 a2 2 4 a1 a3 a1
bf 45
22,5 cm
19
xII 2 2
2 a1
9 9 9 9
a2 e As 9,8651,76 17,36 cm2 45
Como xII = 3,79 cm < hf = 6,0 cm, a linha neutra passa pela mesa, assim o momento
de inércia no estádio II puro vale:
bf xII 45 3,79
3 3
III0 e As d - xII 9,86 1,76 22,4 3,78 6823,63cm4
2 2
3 3
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
A expressão para o cálculo da flecha para uma nervura simplesmente apoiada e sob
carga uniforme p, é dada por:
5 q 4
a
384 Ecs Im
A inércia média ou equivalente Im é dado pela expressão de BRANSON 6118:2014;
Mr
3
Mr
3
Im II III0 1 -
Mat Mat
Para cada momento fletor (considerado o do meio do vão), obtido de uma combinação
de ações, resulta em um valor de inércia Im e a expressão da flecha pode ser escrita
da seguinte maneira:
Carga (kN/m) MF (kN.cm) Ieq (cm4) a (cm) aLimite (cm) Verificação
Carga Permanente 2,44 763,0 8550,61 1,09 2,00 ok
Quase Permanente 2,98 931,8 7771,99 1,47 2,00 ok
Rara 3,79 1184,9 7284,80 1,99 x-x-x x-x-x
Acidental 0,90 1,43 ok
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
A condição para evitar vibração, devida a carga acidental é dada pela diferença
entre as flechas obtidas para a combinação rara menos a combinação permanente;
500
aq a(g1 g2 q) - a(g1 g2) 1,99 - 1,09 0,90 cm alimite 1,43 cm
350 350
Efeito
d3) da
Efeito dafluência:
fluência
d3) Efeito da fluência
O efeito da fluência é obtido, multiplicando-se asda flechas
O efeito imediatas
fluência é obtido pelo
multiplicando as flechas imediatas pelo
coeficiente f,
coeficie
O efeito da fluência é obtido multiplicando as flechas imediatas pelo
finais coeficiente
(tempo f , e as flechas
infinito) ficam:
assim as flechas finais
finais (tempo infinito) ficam: (no tempo infinito), ficam:
a t , a t ,0 .1 f
a t , a t ,0 .1 f 1 f
at, at,0com:
com: a t ,0 = flecha imediata devido a cargas permanentes
a t ,0 = flecha imediata devido a cargas permanentes a t , = flecha total no tempo infinito
Assim, uma contra-flecha de 1,62 cm, resolve o problema, como verificado a seguir:
-Logo após a entrada da sobrecarga permanente: a = 1,09 – 1,62 = -0,53, que em
módulo é menor que o limite de 2,0 cm;
-No tempo “infinito”, depois de transcorrida a fluência e atuando a flecha da ação
quase permanente: a = 3,62 – 1,62 = 2,0 cm, que é o limite de flecha;
Verificação da necessidade de armadura de
cisalhamento
Como já foi dito, o ideal é que a laje nervurada não necessite de armadura de
cisalhamento (desde que não haja cargas concentradas ou lineares); isso é obtido
se: Sd ≤ Rd1, ou seja, se a tensão de cisalhamento devida a VSd for menor que
aquela resistida apenas pelo concreto;
VSd é igual a reação de cada nervura nas vigas de apoio; para o carregamento total
de 3,80 kN/m em uma nervura e vão de 5,0 m o que resulta em:
1,4 3,8 5,0
VSd 13,3 kN
2
A resistência de projeto ao cisalhamento é dada por:
1,4 cm
cp = 0 - (não há força de compressão longitudinal na seção)
Como VSd = 13,3 kN é maior que VRd1 = 11,85 kN, há necessidade de armadura
transversal, neste caso, para evitá-la, o melhor é aumentar a largura da nervura
Pavimentos de edifícios com a utilização
de lajes nervuradas
Fazendo VRd1 = VSd = 13,3 kN 11,85 kN, tem-se: