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Cálculo Proposicional

Proposições

Uma proposição é um sentença declarativa em alguma linguagem


à qual podemos associar dois valores lógicos.

Uma proposição pode ser:


I verdadeira - valor lógico V - ou
I falsa - valor lógico F.

Além disso a lógica clássica assume os seguintes princı́pios:


I Princı́pio da não contradição: Uma proposição não pode
ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo.
I Princı́pio do terceiro Excluı́do: Toda proposição ou é
verdadeira ou é falsa, não existindo um terceiro valor que ela
possa assumir.
Proposições

Exemplo: As seguintes sentenças são proposições verdadeiras


1. 1 + 1 = 2
2. Brası́lia é a capital do Brasil.
3. sin π = 0
Exemplo:As seguintes sentenças são proposições falsas
1. 5 > 9
2. Curitiba é a capital do Brasil.
3. Toda rosa é vermelha.
Exemplo: As seguintes sentenças não são proposições
1. 1 + 1
2. Pare!
3. Está covendo?
Proposições Simples e Compostas

Uma proposição é dita


I simples se não possui nenhuma outra proposição como parte
componente de si mesma.
I composta caso contrário.

Exemplo: Combinando as proposições simples:


1. 2 é par.
2. O sol é uma estrela.
3. sin π = 0
obtemos as proposições compostas
1. 2 é par e sin π = 0
2. Se 2 é par então o sol é uma estrela.
3. O sol é uma estrela se, e somente se, sin π = 0 ou 2 é par.
Conectivos Proposicionais

Conectivos Lógicos são palavras ou sı́mbolos usados para


construir proposições a partir de outras.

Os conectivos lógicos mais comuns, sua notação simbólica e as


respectivas expressões equivalentes em português são exibidos
abaixo.

Conectivo Sı́mbolo Expressões equivalentes


Negação ¬ não
Conjunção ∧ e
Disjunção ∨ ou
Condicional → se .... então .....
Bicondicional ↔ se e somente se
Notação simbólica

1. Letras minúsculas a, b, c, .. possivelmente indexadas denotarão


proposições simples.
2. Letras gregas α, β, .... possivelmente indexadas denotarão
proposições quaisquer (simples ou compostas)
3. O valor lógico de uma proposição ϕ será denotado por v (ϕ).

Exemplo: As proposições:
1. p: 1 + 1 = 2
2. q: Brası́lia é a capital do Brasil.
3. r : 5 > 9
tem os seguintes valores lógicos:

v (p) = V , v (q) = V , v (r ) = F
A Linguagem Proposicional

A linguagem proposicional é uma linguagem formal definida por


I um alfabeto: conjunto de sı́mbolos
I uma sintaxe: regras de formação das fórmulas

O alfabeto da linguagem proposicional compreende:


I Letras proposicionais a, b, c (possivelmente indexadas)
I Conectivos lógicos ∧, ∨, ¬, →, ↔
I Delimitadores: ”(” e ”)”.
A Linguagem Proposicional
Uma fórmula bem formada (ou simplesmente uma fórmula )
nesta linguagem é uma sequência finita de sı́mbolos do alfabeto
construı́das obdecendo as seguintes regras:
1. Toda letra proposicional é uma fórmula.
2. Se ϕ é uma fórmula então ¬ϕ é uma fórmula.
3. Se ϕ e ψ são fórmulas então (ϕ ∧ ψ), (ϕ ∨ ψ), (ϕ → ψ) e
(ϕ ↔ ψ) são fórmulas.
4. Nada mais é uma fórmula.
Exemplo: As seguintes expressões são fórmulas

p, q, r, ¬p, ¬¬¬q, (p ∧ q), ((p ∧ q) → ¬r )

Exemplo: As seguintes expressões não são fórmulas

p¬, (¬¬q), ↔ ¬pp


Sobre o uso dos parênteses

Parênteses evitam ambiguidades na escrita de uma fórmula mas


podem ser eliminados segundo algumas convenções:
I parênteses externos podem ser eliminados
I parênteses internos podem ser eliminados considerando-se a
seguinte ordem de prioriadade dos conectivos:
1. ¬
2. ∧ e ∨
3. → e ↔
Exemplo: Considerando as regras acima, as fórmulas:

(p → q), (p ∧ q) → r , a → (b ∧ r ) e (a ∧ b) → (p ∧ q)

abreviam-se para:

p → q, p ∧ q → r , a → b ∧ r e a ∧ b → p ∧ q
Formalizando Proposições
Proposições em linguagem natural (ou matemática) podem ser
traduzidas em fórmulas da linguagem proposicional.

Exemplo: Considere as proposições simples


I p: 2 é par.
I q: O sol é uma estrela.
I r : sin π = 0
As seguintes proposições compostas
1. 2 é par e sin π = 0
2. Se 2 é par então o sol é uma estrela.
3. O sol é uma estrela se, e somente se, sin π = 0 ou 2 é par.
tem as respectivas traduções em liguagem simbólica:
1. p ∧ r
2. p → q
3. q ↔ (r ∨ p) ou ainda q ↔ r ∨ p
Valor Lógico de proposições compostas

O valor lógico de uma proposição composta depende unicamente


dos valores lógicos das proposições simples e dos conectivos lógicos
componentes. Esta dependência obedece a alguns critérios:

Negação: A proposição composta ¬p tem o valor lógico oposto


ao valor lógico de p. Esta relação pode ser expressa na seguinte
tabela (tabela-verdade)

p ¬p
V F
F V
Valor Lógico de proposições compostas
Conjunção: A proposição composta p ∧ q é verdadeira se , e
somente se, ambas as proposições p e q são verdadeiras.

p q p ∧q
V V V
V F F
F V F
F F F

Disjunção: A proposição composta p ∨ q é falsa se , e somente se,


ambas as proposições p e q são falsas.

p q p ∨q
V V V
V F V
F V V
F F F
Valor Lógico de proposições compostas
Condicional A proposição condicional p → q é falsa se, e semente
se, o antecedente p é verdadeiro e o consequente q é falso.

p q p→q
V V V
V F F
F V V
F F V

Bicondicional A proposição bicondicional p ↔ q é verdadeira se


semente se, as proposições p e q tem o mesmo valor lógico.

p q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
Valor Lógico de proposições compostas

Há quatro possibilidades para definir v (p → q) quando v (p) = F

possib. 1 possib. 2 possib. 3 possib. 4


p q p→q p→q p→q p→q
F V V V F F
F F V F V F

Justificamos a adoção da possibilidade 1 em detrimento das


demais pelas seguintes razões:
I adotando 2 terı́amos v (p → q) = v (q).
I adotando 3 terı́amos v (p → q) = v (q → q).
I adotando 4 terı́amos v (p → q) = v (p ∧ q).
Tabelas-Verdade para os conectivos lógicos

p ¬p
V F
F V

p q p ∧q p ∨q p→q p↔q
V V V V V V
V F F V F F
F V F V V F
F F F F V V
F F F F V V
F F F F V V
Tabelas-Verdade para proposições compostas
Via tabela-verdade exibimos a dependência do valor lógico de uma
proposição composta com respeito ao valor lógico das proposições
simples que a compõem.

Exemplo: A tabela- verdade da proposição composta


(¬p ∨ q) → s
é:
p q s ¬p ¬p ∨ q (¬p ∨ q) → s
V V V F V V
V V F F V F
V F F F F V
F F F V V F
F F V V V V
F V V V V V
V F V F F V
F V F V V F
Exercı́cios

Exercı́cio 1: Construa a tabela-verdade para as proposições:


1. (p ∧ (p → q)) → q
2. ¬(p → q)
3. ¬(p ∧ q) ∨ s

Exercı́cio 2: Sabendo que v (p) = v (r ) = V e v (q) = v (s) = F


determine o valor lógico de p ∧ q ↔ r ∧ ¬s.
Exercı́cio 3: Sabendo que a condicional p → q é verdadeira
determine o valor lógico de p ∨ r → q ∨ r .
Exercı́cios Sugeridos (Edgar Alencar):
I Capı́tulo 2 : exercı́cios 1,4,5,9,16,18 e 19.
I Capı́tulo 3 : exercı́cios 1,2,9,13 e 15.
Classificação de Proposições

Escreveremos ϕ = ϕ(p1 , p2 , ..., pn ) para indicar uma proposição


composta ϕ construı́da a partir de proposições simples p1 , p2 , ..., pn

Classificamos proposições compostas em três tipos.

1. Uma tautologia é uma proposição composta ϕ(p1 , ..., pn )


cujo valor lógico é sempre verdade , independentemente do
valor lógico das proposições p1 , ...pn

2. Uma contradição é uma proposição composta ϕ(p1 , ..., pn )


cujo valor lógico é sempre falso , independentemente do valor
lógico das proposições p1 , ...pn

3. Uma Contingência é uma proposição composta que não é


nem tautologia nem contradição.
Tautologias
Exemplo: A poposição p ∧ (p → q) → q é uma tautologia

p q p→q p ∧(p → q) p ∧(p → q) → q


V V V V V
V F F F V
F V V F V
F F V F V

Exemplo: O princı́pio da não contradição e o princı́pio do terceiro


excluı́do são expressos, respectivemente, pelas tautologias

¬(p ∧ ¬p) e p ∨ ¬p

p ¬p (p ∧¬p) ¬(p ∧ ¬p) p ∨¬p


V F F V V
F V F V V
Contradições

Exemplo: A proposição composta p ∧ ¬p é uma contradição

p ¬p p ∧¬p
V F F
F V F

Exemplo: A proposição (p ∧ q) ∧ (¬p ∧ ¬q) é uma contradição.

p q ¬p ¬q p ∧q ¬p ∧ ¬q (p ∧q) ∧ (¬p ∧ ¬q)


V V F F V F F
V F F V F F F
F V V F F F F
F F V V F V F
Contingências
Exemplo: A proposição p → q é uma contingência:

p q p→q
V V F
F V V
V F F
F F V

Exemplo: A proposição (p → q) ∧ (q → p) é uma contingência.

p q (p → q) (q → p) (p → q) ∧ (q → p)
V V V V V
V F F V F
F V V F F
F F V V V
Exercı́cios
Exercı́cio 1: Classifique as proposições em tautologias,
contradições ou contingências.
1. (p → q) ∧ ¬q → ¬p
2. ¬(p ∨ q) → (p ↔ q)
3. p → (p → q ∧ ¬q)
4. ¬p ∧ ¬(q ∨ ¬p)
Exercı́cio: Mostre que se ϕ é uma tautologia e ψ é uma
proposição qualquer então:
1. ϕ ∨ ψ é uma tautologia.
2. ϕ → ψ pode não ser uma tautologia.
Exercı́cio: Mostre que se α é uma contradição e ψ é uma
proposição qualquer então:
1. α → ψ é uma tautologia.
2. α ∧ ψ é uma contradição.
Exercı́cios Sugeridos (Edgar Alencar)- Capı́tulo 4: todos.
Implicação Lógica

Uma proposição ϕ implica (logicamente)uma proposição ψ se ψ


é verdadeira todas as vezes que ϕ é verdadeira.
Indicamos que ψ implica ϕ escrevendo ψ ⇒ ϕ.
Exemplo: Da tabela-verdade a seguir conclui-se as seguintes
implicações:
p∧q ⇒p∨q

p q p ∧q p ∨q
V V V V
V F F V
F V F V
F F F F
Implicação Lógica

Teorema: ϕ ⇒ ψ, se ,e somente se, a condicional ϕ → ψ é uma


tautologia.
Exemplo: A seguinte tabela-verdade

p q (p → q) (p → q) ∧ p (p → q) ∧ p → q
V V V V V
V F F F V
F V V F V
F F V F V

mostra que (p → q) ∧ p → q é uma tautologia, donde

(p → q) ∧ p ⇒ q
Implicação Lógica

Exercı́cio: Demonstre a seguinte implicação lógica

(p → q) ∧ ¬q ⇒ ¬p

Solução: Da tabela-verdade

p q (p → q) (p → q) ∧ ¬q (p → q) ∧ ¬q → ¬p
V V V F V
V F F F V
F V V F V
F F V V V

conlui-se que (p → q) ∧ ¬q → ¬p é uma tautologia donde


(p → q) ∧ ¬q ⇒ ¬p.
Implicação Lógica

É imediato verificar que a relação de implicação lógica é:


I Reflexiva: ϕ ⇒ ϕ
I Transitiva: Se ϕ ⇒ ψ e ψ ⇒ α então ϕ ⇒ α

Exercı́cio Mostre que a relação de implicação lógica não é


Simétrica exibindo duas proprosições e ψ tais que ϕ implica ψ
mas ψ não implica ϕ.

Exercı́cio: Mostre as seguintes implicações lógicas:


1. Silogismo Disjuntivo: (p ∨ q) ∧ ¬p ⇒ q
2. Modus Ponens: (p → q) ∧ p ⇒ q
3. Modus Tollens: (p → q) ∧ ¬q ⇒ ¬q
4. Silogismo Hipotético: (p → q) ∧ (q → r ) ⇒ p → r
5. Princı́pio da Inconsistência: p ∧ ¬p ⇒ q
Equivalência Lógica

Uma proposição ϕ é (logicamente) equivalente a uma proposição


ψ se as tabelas-verdade destas duas proposições são idênticas.

Indicamos que uma proposição ϕ é equivalente a uma proposição


ψ escrevendo ϕ ⇔ ψ
Exemplo: A seguinte tabela-verdade

p q p→q ¬p ∨ q
V V V V
V F F F
F V V V
F F V V

mostra que
p → q ⇔ ¬q ∨ p
Equivalência Lógicas
Exemplo As seguintes equivalências são conhecidas como as Leis
de De Morgan:

(1) ¬(p ∧ q) ⇔ (¬p ∨ ¬q)

(2) ¬(p ∨ q) ⇔ (¬p ∧ ¬q)


A tabela-verdade a seguir prova a equivalência (1). Construa a
tabela verdade para (2)

p q (p ∧q) ¬(p ∧ q) (¬p ∨ ¬q) ¬(p ∧ q) ↔ (¬p ∨ ¬q)


V V F F F V
V F F F F V
F V V F F V
F F V V V V
Equivalência Lógica

Teorema: ϕ ⇔ ψ, se, e somente se, a bicondicional ϕ ↔ ψ é uma


tautologia.

Exemplo: A seguinte tabela-verdade

p q p→q ¬p ∨ q (p → q) ↔ (¬p ∨ q)
V V V V V
V F F F V
F V V V V
F F V V V

Mostra que (p → q) ↔ (¬p ∨ q) é uma tautologia. Logo,

p → q ⇔ ¬p ∨ q
Equivalência Lógica

É imediato verificar que a relação de Equivalência Lógica é:


I Reflexiva: ϕ ⇔ ϕ
I Transitiva: Se ϕ ⇔ ψ e ψ ⇔ α então ϕ ⇔ α.
I Simétrica : Se ϕ ⇔ ψ então ψ ⇔ ϕ.

Exercı́cio Mostre as seguintes equivalências:


1. Dupla negação: ¬¬p ⇔ p
2. Implicação Material: p → q ⇔ ¬p ∨ q
3. Equivalência Material: p ↔ q ⇔ (p → q) ∧ (q → p)
4. Equivalência Material: p ↔ q ⇔ (p ∧ q) ∨ (¬p ∧ ¬q)
Princı́pio da Substituição

Teorema:(Princı́pio da Substituição) Se ϕ = ϕ(p1 , ..., pj , ...pn ) é


uma proposição composta, q uma proposição equivalente a pj e
ψ = ψ(p1 , ..., q, ...pn ) é a proposição obtida substituindo por q as
ocorrências pj em ϕ então ϕ ⇔ ψ.
Negação da Condicional

Exemplo:Demonstre a equivalência ¬(p → q) ⇔ p ∧ ¬q usando o


princı́pio da substituição.
Solução: Usando a equivalência p → q ⇔ ¬p ∨ q e o princı́pio da
substituição obtemos:

¬(p → q) ⇔ ¬(¬p ∨ ¬q)

Usando, sucessivamente, a equivalência ¬(¬p ∨ q) ⇔ ¬¬p ∧ ¬q e


a equivalência ¬¬p ⇔ p obtemos

¬(p → q) ⇔ ¬(¬p ∨ q) ⇔ ¬¬p ∧ ¬q ⇔ p ∧ ¬q

E pela transitividade da relação ⇔ concluı́mos que

¬(p → q) ⇔ p ∧ ¬q
Negação da Condicional

Considere as seguintes equivalências:


1. Implicação Material (IM): p → q ⇔ ¬p ∨ q
2. Lei de De Morgan (Mor): ¬(p ∧ q) ⇔ ¬p ∨ ¬q
3. Dupla Negação (DN): ¬¬p ⇔ p

Uma forma sucinta para a demonstração da equivalência

¬(p → q) ⇔ p ∧ ¬q

é a seguinte:

¬(p → q) ⇔ ¬(¬p ∨ q) (IM)


⇔ ¬¬p ∧ ¬q (Mor)
⇔ p ∧ ¬q (DN)
Negação da Bicondicional
Exemplo Uma demonstração para a equivalência

¬(p ↔ q) ⇔ (p ∧ ¬q) ∨ (q ∧ ¬p)

usando as equivalências:
1. Implicação Material (IM): p → q ⇔ ¬p ∨ q
2. Equivalência Material(EM): p ↔ q ⇔ (p → q) ∧ (q → p)
3. Lei de De Morgan (Mor): ¬(p ∧ q) ⇔ ¬p ∨ ¬q
4. Dupla Negação (DN): ¬¬p ⇔ p
é dada a seguir.

¬(p ↔ q) ⇔ ¬((p → q) ∧ (q → p)) (IM)


⇔ ¬((¬p ∨ q) ∧ (¬q ∨ p)) (EM)
⇔ ¬(¬p ∨ q) ∨ ¬(¬q ∨ p) (Mor)
⇔ (¬¬p ∧ ¬q) ∨ (¬¬q ∧ ¬p) (Mor)
⇔ (p ∧ ¬q) ∨ (q ∧ ¬p) (DN)
Proposições associadas a uma Condicional
A uma proposição condicional associamos três outras proposições.
1. a recı́proca de p → q é a proposição q → p
2. a contrária de p → q é a proposição ¬p → ¬q
3. a contrapositiva de p → q é a proposição ¬q → ¬p

Exemplo: Considerando as proposições:

p:x >3 q:x >1

¬p : x ≤ 3 ¬q : x ≤ 1
temos
I p→q: Se x > 3 então x > 1.
I ¬q → ¬p : Se x ≤ 1 então x ≤ 3.
I q→p: Se x > 1 então x > 3.
I ¬p → ¬q : Se x ≤ 3 então x ≤ 1.
Proposições associadas a uma Condicional
Exercı́cio: Demonstre as seguintes equivalências.

(p → q) ⇔ (¬q → ¬p) (q → p) ⇔ (¬p → ¬q)

Exemplo Segue da equivalência:

p → q ⇔ ¬q → ¬p

que provar que a proposição condicional

Se x 2 é ı́mpar então x é ı́mpar.

equivale a provar a sua contrapositiva:

Se x é par então x 2 é ı́mpar.

Exercı́cios sugeridos (Edgar Alencar) cap 6: todos.


Tautologias e contradições
Notação:
1. > denotará uma tautologia qualquer.
2. ⊥ denotará um contradição qualquer.
É imediato que ¬> ⇔⊥ e ¬ ⊥⇔ > Também temos:
1. Identidade (ID) > ∨ p ⇔ > e ⊥ ∨p ⇔ p
2. Identidade (ID) > ∧ p ⇔ p e ⊥ ∧p ⇔⊥
Exemplo: Demontre a equivalência:

p → q ⇔ (p ∧ ¬q) →⊥
Solução:

(p ∧ ¬q) →⊥ ⇔ ¬(p ∧ ¬q)∨ ⊥ (IM)


⇔ ¬(p ∧ ¬q) (ID)
⇔ ¬p ∧ ¬¬q (Mor)
⇔ ¬p ∨ q (DN)
⇔ p→q (IM)
Demonstrando Implicações
Teorema: Temos p ⇒ q se e somente se p → q ⇔ >.

Exemplo: Se p é uma proposição qualquer então ⊥⇒ p de fato,

⊥→ p ⇔ ¬ ⊥ ∨p (IM)
⇔ >∨p
⇔ >

Exemplo: Se p é uma proposição qualquer então p ⇒ >. De fato,

p → > ⇔ ¬p ∨ > (IM)


⇔ >
Regra da Simplicação
Exercı́cio Demonstre as seguintes implicações:
I Simplificação (SIMP) p ∧ q ⇒ p
I Adição (AD) p ⇒ p ∨ q

Exercı́cio Demonstre a implicação (p → q) ∧ p ⇒ q (MP).


Solução:
Regra da Simplicação
Exercı́cio Demonstre as seguintes implicações:
I Simplificação (SIMP) p ∧ q ⇒ p
I Adição (AD) p ⇒ p ∨ q

Exercı́cio Demonstre a implicação (p → q) ∧ p ⇒ q (MP).


Solução:
Regra da Simplicação
Exercı́cio Demonstre as seguintes implicações:
I Simplificação (SIMP) p ∧ q ⇒ p
I Adição (AD) p ⇒ p ∨ q

Exercı́cio Demonstre a implicação (p → q) ∧ p ⇒ q (MP).


Solução:

(p → q) ∧ p ⇔ p ∧ (p → q) (COM)
⇔ p ∧ (¬p ∨ q) (IM)
⇔ (p ∧ ¬p) ∨ (p ∧ q) (DIS)
⇔ ⊥ ∨(p ∧ q) (contradição)
⇔ (p ∧ q) (ID)
⇒ q (SIMP)

Exercı́cio: Demonstre a implicação (p → q) ∧ ¬q ⇒ ¬p (MT).


Conectivos de Scheffer
Os conectivos de Scheffer, ” ↓ ” e ” ↑ ”, expressam
respectivemente a negação conjunta e disjunta de duas
proposições.

p ↓ q ⇔ ¬p ∧ ¬q e p ↑ q ⇔ ¬p ∨ ¬q

Exercı́cio Demonstre as seguintes equivalências


1. ¬p ⇔ p ↓ p
2. p ∨ q ⇔ (p ↓ q) ↓ (q ↓ p)
3. p ∧ q ⇔ (p ↓ p) ↓ (p ↓ p)
Exercı́cio Demonstre as seguintes equivalências
1. ¬p ⇔ p ↑ p
2. p ∨ q ⇔ (p ↑ p) ↑ (q ↑ q)
3. p ∧ q ⇔ (p ↓ q) ↑ (q ↓ p)
Exercı́cio: Exprima p → q em termos de ↑ e em termos de ↓.
Argumentos
Um argumento é a afirmação de que uma dada sequência finita
ϕ1 , ϕ2 , ..., ϕn de proposições (premissas) tem como consequência
ou acarreta uma proposição ψ (conclusão)

Um argumento de premissas ϕ1 , ...ϕn e conclusão ψ indica-se:

ϕ1 , ϕ2 , ....ϕn ` ψ

ou

ϕ1
ϕ2
..
.
ϕn

ψ
Exemplo
O argumento: ”Se tivesse dinheiro, iria ao cinema. Se fosse ao
cinema, me encontraria com Júlia. Não me encontrarei com Júlia .
Portanto, não tenho dinheiro .”’
Tem premissas:
I Se tivesse dinheiro iria ao cinema - (d → c)
I Se fosse ao cinema, me encontraria com Júlia - ( c → j)
I Não me encontrarei con Júlia - ( ¬j)

e conlusão: Não tenho dinheiro ( ¬d)


Formalmente: d → c; c → j; ¬j ` ¬d ou
d →c
c→j
¬j

¬d
Validade de Argumentos

Um argumento é válido quando for impossı́vel todas a premissas


serem verdadeiras e a conclusão falsa. Caso contrário, dizemos que
o argumento é inválido.

Teorema: Um argumento ϕ1 , ϕ2 , ..., ϕn ` ψ é válido se e somente


se a condicional:

(ϕ1 ∧ ϕ2 ∧ ... ∧ ϕn ) → ψ

for tautológica.
Prova da validade de um argumento

Para provar a validade de um argumento podemos usar tabelas


verdade (inconveniente) ou o método dedutivo que se utiliza-se das
seguinte regras:

1. Introduzir premissas mediante o uso:


I de equivalências lógicas.
I de implicações lógias.
I do Teorema da Dedução

2. Usar a regra 1 sucessivas vezes até de obter a conclusão.


Exemplo
Uma prova da validade do argumento

d → c; c → j; ¬j ` ¬d

pelo método dedutivo é dada a seguir:

1. d → c P(premissa)
2. c →j P(premissa)
3. ¬j P(premissa)

4. ¬c MT (2, 3)
5. ¬d MT (1, 4)

I Introduzimos ¬c mediante a aplicação da implicação


(c → j) ∧ ¬j ⇒ ¬c (MT) nas premissas das linhas 2 e 3.

I Obtemos ¬d mediante a aplicação de MT nas linhas 1 e 4.


Exemplo
Uma prova da validade do argumento

p → (q → r ); p → q; p; ` r

é a seguinte:

1. p → (q → r ) P
2. p→q P
3. p P

4. q→r MP(1, 3)
5. q MP(2, 3)
6. r MP(4, 5)
Validade de Argumentos

Teorema da Dedução (TD): Um argumento da forma


ψ1 ; ψ2 ; ...; ψn ` (α → β) é válido se e somente se o argumento
ψ1 ; ψ2 ; ...; ψn ; α ` β também o for.

Redução ao Absurdo (RA): Se a partir do conjunto do conjunto


{ψ1 , ψ2 , ..., ψn , ¬α} deduzirmos uma contradição então o
argumento ψ1 ; ψ2 ; ...; ψn ` α é válido.

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