CAPÍTULO 09

INTRODUÇÃO
- Abordagem antropológica no Brasil.
- Nina Rodrigues: Tido como um dos precursores da Antropologia brasileira
com seu livro Africanos no Brasil. Fundamenta-se no determinismo biológico e racialista.
Para este autor o negro possuía menor capacidade cognitiva que o branco. Defende a teoria
ontológica de que cada raça possui um tipo de resposta imunológica a certas doenças.
Condena a miscigenação do povo brasileiro, pois esta enfraqueceria o corpo e a mente dos
indivíduos. Afirma que não havia um tipo mestiço presente na população do Brasil. Assim,
perscruta através da morfologia para defini-la.
- Mestiço de primeiro sangue: filhos de pais de raças distintas.
- Mestiço de sangue afastado: Filhos de mestiços.
- Raças puras: negro, branco e amarelo.

- Euclides da Cunha: Os sertões. Discrição das sub-raças sertanejas. Descreve

o sertanejo como um forte, um mestiço de negro, branco e índio. Difere o sertanejo do
mestiço do litoral. Prega um a não existência de um tipo antropológico no Brasil. O
determinismo biológico e geográfico explicam a supervalorização do sertanejo por Euclides.

- Oliveira Vianna: (Populações meridionais do Brasil - 1920). Seu

pensamento foi identificado com aspectos racistas e elitistas, fundamentado em
determinismos e ligados à Escola Positivista. Pensamento político de um estado forte e
centralizado. Dicotomia entre modelo de Estado e formação econômico-social da sociedade
brasileira e problema da inserção dos principais atores do processo político. Desse modo,
utiliza a variável biológica como meio de explicação (índole da raça, instinto do povo,
temperamento da raça para explicar o sucesso ou fracasso de um povo em seus anseios
nacionais). Para o autor o desenvolvimento da consciência coletiva seria um princípio para o
funcionamento do Estado. O surgimento de uma elite promoverá a reestruturação política, por
outro lado essa elite só surgirá quando o Estado executar ações para desenvolver-lhes a
consciência dos interesses coletivos. O interesse coletivo deve suplantar o individual.

- Gilberto Freyre: valorização da cultura negra e proclama a mestiçagem

como algo positivo, pois a miscigenação diminuiu a distância social. Contrapõe o
patriarcalismo aos elementos do capitalismo e da democracia. Quanto aos fatos negativos
impostos por outros autores (decadência, inferioridade) para Freyre se dava pela má
alimentação da maioria popular do Brasil.