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ENTREVISTA
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Go,nversacom Henri Lefebvre.
Traduzidodo inglêspor ManuelRolandoBerríos
Revrsão de Marcus André B. C. de Melo
' Pubticada originalmente em Vil/es en Parallèle 7, 1983, e em Environment and Planning D, SocieÍy and Space, March,
1987, 5. (ver nota 1)
ol
não fosse mencionadono equivalenteÍrancês perspectivae com uma visão futura de desen
de Quem é Quem. Seu trabalho é analisado volvimento,incluindoalgunsplanosgigantesco
principalmenteem livrosrelacionadoscom seu para Fos-sur-Mer e Dunkerque. Afinal de
posicionamentodentro do marxismo francês contas, a implantaçãode novas cidades e e
e de sua contribuiçãopara a nova esquerda renovação das já existentes, era uma nov€
(porexemplo,Hirsch,1981;Kelly,1982;Poster, abordagem comparada com as clássica
1975; Soubise, 1967). Hirsch faz uma apre- descriçõesdo fenômeno urbano. Contudo. a
. çiaç.ão mais global e discute mais extensi- minha iniciaçãonão era nem do ponto de
vamenteseus trabalhossobre a vida cotidiana. vista Íilosóficonem sociológico- embora eles
Kelly é mais enfático,diz que Lefebvreé uma estivessempresentesimplicitamente - tampouc
das três estrelasfilosóficas(luntocom Garaudy era histórico ou geográfico.Era, isso sim, a
e Althusser)do Partido ComunistaFrancês e emergênciade uma nova práticasocial e polí
é o mais interessadoem seu relacionamento tica. A DATAR queria reorganizar a FranÇ
com o Partido.Seu trabalhosobre a espaciah- a partir de perspectivasquestionáveise, ãs
dade urbana e capitalistafoi, como Saunders vezes, catastróficas.Algumas pessoas, e eu
(1981)bem aponta,muitonegligenciado devido era uma dessas,fazíamoscríticas.No entanto
às crÍticasde Castells (1977) e à espontanei- isso era um fenômenoespecificamente francês
dade e falta de formalismo de Lefebvre.Sua Não conheçomuitosoutrospaísesque fossem
obra foi conhecidana Grã-Bretanhae Estados muito além do estágio do planejamentofinan-
Unidos atravésde Harvey (1973). Mas nos ceiro dos seus projetos e que efetivament
últimosanos seu trabalhoacerca da produção planejassemseus espaços. Penso que isso
do espaço recebeu mais atenção (Martins, era uma inovação francesa. No Japão, por
1982 ;S a u n d e rs1, 9 8 1 ;S o j a ,1 9 8 0 ,1 9 8S ).
E sta exemplo, ficaram muito impressionadoscom
entrevistafoi inicialmentepublicadano número a idéia de planejamentoespacial,e se dizia
especiaf de Villes en Parallèle (Universidade ao mesmo tempo que era impossível,dado
de Paris X - Nanterre) sobre marxismo e o caos de Tóquio e Osaca.
geografia urbana. A questão básica residia
no porquê a geografiaurbana na França era, Entrevistador - O que aparece muito especí-
fico para você é o desenvolvimentodifeiente
até recentemente, pouco influenciada pelo
marxismo, enquanto a sociologia urbana de geógrafos como Michel Rochefort,l que
marxista florescia. Outras duas entrevistas depoisde terminarsua tese no iníciodos anos
realizadasno mesmo sentido da do Lefebvre 60, foi requisitadopara ocupar-sedas Meiró-
poles de Equilíbrio,projeto da DATAR. Como
íoram feitas com Yves Babonaux e Michel
Rochefort, geógrafos e membros do Partido resultado dessa experiência, ele passou a
quesiionarseu trabalhodescritivo.
Comunistana décadados 50 e que no entanto
não haviam incorporadoconceitos marxistas H. Lefebvre - Não estou ceÉo se ele tem
nos seus trabalhossobre centralidadee hierar- uma boa ideia do que é o marxismo,pois há
quia urbana.Rochefortsalientasua ignorância numerosastendênciase versões. Não tenho
sobre os textos de Max no tempo do stali- nada em comum com Lukács, mas estaria
nismo. Ele só chegou a rejeitara metodologia mais próximo de Adomo, que não é conhe-
funcionalistae tecnocráticade sua pesquisa cido na França.Ademais, há um marxismo
sobre hierarquiaurbana (na qual está a base específico para América Latina como para a
da política da métropole d'équilibre dos anos China. Não sei se Rochefortentende que o
60) em 1966-1967,quandocomeçoua traba- maxismo é, antes de mais nada, um método
Ihar no TerceiroMundo. para analisar as práticas sociais; não é uma
série de pressupostos,postuladosou proposi-
Entrevistador - Como vócê veio a tazer ções dogmáticas,embora essa seja a forma
pesquisaurbana? como as coisas estão acontecendo.Nos anos
60 ocorreu algo extraordinárioque eu queria
H. Lefebvre - O ponto de partidafoi o trabalho explicarcomo um maxista. A Revoluçãotinha
da DATAR (Delegationà I'Aménagementdu fracassado.Haviam acontecidoduas Guerras
Terrjtoireet à I'Action Régionale),que acom- Mundiais.O que havia acontecidona Rússia.
panhei e considero não apenas como um havia dado origem ao stalinismo. Talvez a
projeto científicodescritivo,mas também algc experiência mais importante era a que se
que envolvia previsão acurada. Algo novo estava desenvolvendona lugoslávia. Houve
acontecia, uma idéia de planejamentoespa- um grande massacre na Segunda Guerra, e
cial e prática estava nascendo, onde as com a Libertação se esperava um grande
práticas urbanas eram visualizadasde certa evento e uma renovação;mas não aconteceu
a.)
Conversa com Henri LeÍebvre
nada. Assim, em 1960, havia um vazio. A Entrevistador - Como Jean Rémy disse, os
Reconstruçãoestava completa, então, o que centrosdas cidadessão, antes de mais nada,
preencheuo vazio?
criadourosde jogo.
H. Lefebvre - Essa é a evoluçãodos centros
Osubstitutoparauma revoluçãosociale política das cidad.es.Em geral, parte âa nurguesiã,-a
,'foiuma revoluçãocientíficae tecnológica.
Não eilre, e cÍas classes médias saíram para o
se pode chamar a isso de desvio.A rêvolucão ou para a periferiadas cid.ades,mas
sociale políticanão tinha dado certo na URSS, ::Ip:.
noJeha um retornopara o centro. É um mov,_
e na.Chinaa situaçãoera muito incerta.Então, mentoque não éexclusivode paris.E mundial,
e.m surgiu algo novo que teve grande podendo ser nolado em Nova york, Chicago
.'I.SOO,
significadopor várias razões. primeiro] havia e Tóquio,por exemplo.
um vácuo e logo apareceu uma nova classe
social, a dos tecnocratas.E logo, o advento Entrevistador - Há hoje,uma renovação do
do comércioem escala mundiã|,quer dizer, interesse pelo centro, incluindo corrna" ou
um mercado mundial depois do período do distritos menos valorizados,como LevalloÈ_
capitalismoindustrial.Esse comérciomundial Perret.
passou a ser uma imensa força com conse_ H. Lefebvre - Sim, há
um movimentosimul_
qüênciasaté para os países,,socialistas',.Além tâneo para a periferia e uma volta parà-o
disso,houvedescobeftastécnicassignificativas, centro. E difícilter uma idéiaclara
do que está
como a teoria matemáticada informação.em acontecendo,poisiaqui intervêm práã"r*,
1950. Houve uma grande transformaçãoque econômicos, políticos e sociais.
Observo as
ideologicamentese resume no estruturalismo. mudanças no meu quartier
de diferentes
Com efeito,o estruturalismoé um tipo de falsa maneiras,a observação diretae tambémoutras
consciência, uma interpretação equivocada ooas ïormas de observação que
são dadas
do que estavaacontecendo,e a revoluçãocien_ pelascélulaslocaisdo partiOoiomunista,pois
tííicae tecnológica,que por sua vez é pioduzida elas conhecemmuitobem o que
está aconte_
como um substitutode uma revoluçãopolítica cendo. O erro de Jack Lang e
Claude euin3
e socialnão acabada.Essa é a minhaanálise nas últimas eleiçÕesmunicipais
se deveu à
marxista.Não é bem aceita.A revoluçãotecno_ interação do fenômeno urbano. primeiro,
há
lógica estava acompanhada de úma forte o temor ao crime, ao que se agregaria
a dete_
urbanizaçãoe industrialização que tomouíorma rioração física da área. Os mãtnóres restau_
desde. 1960, enquanto o mod'o de produção rantessão substituídospelas comidas
rápidas.
capitalistase apropriavainteiramente do espáço. O Fórumaéfreqüentadoporjovens Oo" iunúi-
Antes.foia agriculturaque Íoi apropriadapélo bios que vão para lá no RERlmetrô
expressà).
capitalismo.As reformasagrícolasmodificavam Eu não acho nada de erradonisso; qle piorâ
o
9 erspaçoincorporando-o ao capitalismo.Desde o medo são os vigilantes com seus cães
1960,os centroshistóricosdas cidadescome_ enormes. Ao mesmo tempo, há
a americani-
çaram a ser remodeladossob a hegemonia zação do bairro,por exemplo,o supermercado
capitalista.Foi nessetempo que projetóscomo subterrâneo.A americanízação,
a begraOaçáo
o de Beaubourge do Centro de paris come- e elitismoculturalproduzemtendêncì-as
müito
çaram e houveo grande estopimdo fenômeno contraditórias.
urbano: a desintegraçãodo centro históricoe
seu remodelamento,a expansão da periferia Entrevistador - A análisedo seu bairro é rica
urbana e, junto çom isso, todos os irroletos e completa,aindaque contraditória, e contrasta
de planejamento. Nesse contexto proôurei com a maioriados sociólogosmaxistas cujas
introduziro conceito de produçãodo espaço, interpretações são altamente reducionistâs.
espaço como um produto social e político, Além disso, sua abordag"* pur""" .", ã
g
espaço como um produto que se vende e se op::t9 à _dosgeógrafoscomo pierre George
compra. A moradia passa a ser um obieto e Michel Rochefort.
,1
comercial,_aindaque o processo não esieja H. Lefebvre.
I Os problemasurbanossão muito
.: acabado.Por exemplo,o bairro er que moó, recentesem relaçãoao pensamentode Max.
é
i
Marais,continuaarticuladocom a produçãoe trreoedtcapoucas
linhasà relaçãoentrecidade
se..observamprocessos de proletarizaçaoe e campo
e à divisãodo
elitismocultural.Daí, a remodelaçãocompleta muito longe, ponto trabalho,mas não vai
a de ter ocorridoum movi_
do centro de Paris, com suas lojas de roupas, mentoantiurbano
na URSSentre1g20e 1930.
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ffitfltï _voce.rgrmura
H.Lerebyre aprobremática
muito
"â,.[',ïTh""#:.
oe ioiat;p;;"çã"
;:tr"j:iì:ije bem'ealémdissohatamoémvari;;tgd;..
enrreespaço t"n.'oo.'[
Iempoerabergsoniano, " duração Entrevistador- Em geografia,
e qualidade;espaçoera !e19_o_gs,icuico, aindaestamos
quanìidaã" noestágiodageometria euctidiana:
era a ciênciaopostaà íilosofia.Havia "'ilãìã;; éa distância
sÀia- a que conta.iodas as teoriasde centralidade
raçãocompleta, emboraissonosaborrecessË. estãobaseáduinã. retaçõesde
Por exemplo,com meusamigos distância.
caminhávamos por Paris à ìoite"urr""tÉià*
Ë;ã_, ao lysenkismo.como é que você
:'o]tflo"
caminhadas, Aragonplanejouseu eaysán-1i expllcaquetodasas teorias- estoupensando
Paris-, e ratávaíros'sobrequáo nos sociótosorìã-iIrôirãçao
são o tempo e o espaçonas cidades. :T.::]1t"iJe-
- têm tido duasorientações,'sãnoo
"ãóãi"oã] õ uma
elementodecisivopara úim toi umà ããnË TT'jl? delasrazoavelmente reducioâista'na sua
rênciade Einsteinnà socieoaoãF;il*;,;: reórica (Castels) iàr"iã" a
Filosofia, :,i1i1
cloade, muÌtoperigosa.
ondeele criticavae"rg"o;,ã onãI ",_Ë, q* áòru-
Há aquele"
na minhaopiniaó,o em pataurJl 1,T.11"^?,=eaqüetesqu;-;ão,;à'*r""a"
simples,tempoe espaço""r"g"u".
estão intimamentã :Ì,T.:Yt Não há perigode que ao introduzir
relacionados, não se pooematriouiitoìos cI o Marxismeo na geografia nostornemostoaos
á"pàio; pàra eerssoÃã lvsenkistas?
ryT9"9
zaçao e "oo verdadeiromovimentoda ";;;"Ìi:
materia H. Lefebvre- se vocêestáaludindoà relação
contrao espírito.Einstein,poroutroraoo,intro- entresociorogiã1',"o,r*o,
duziua estreitareracão--enïre issoé um ponto
ã tãrËà ainoaoericadï Ëri*u,ro, porquehouve
Euvolteiàquele encóntro ":p"ç"
entreeãrjson ÈiÃì- reaçãoaoversa uma
tein porquefoi importante.como começo. " sociorogia por parte
oo inãrìsmã,Ërã "ontr" "
à considerada aindacomo
A partirdessemomentominha 'm uma ,,ciênciaburg-r..",,. segundo, quando
maxista se vorrouparajal,r"nomerioL-pãiã
"tãnçaã"ãÃo Àãìr;;b"rãã;ï",
a idéiade que havia um "gup" qu"-pãí;ã era consistena maior
ser preenchido ôãrtË ã"""ï"=ãi"iu, sociorogismo vurgar,
no pensamento marxisia.lsso iestritouo
foi realizadoa partirda minha das condiçõeseconômiCas,
"riuoã il"no" rermos
ãà inctuindómaìr"ãi
marxismo semabandonaros aspectos positivos e históricos,ï;ilrn; espéciede socioróqicos
"áãrão
do meu pensamento anterior.i""o bastardizãcão
problemadepois,já que a posiçãooficiardizia oo materiãtismì rì"iàri"o,assimcomode Mãrx,
"iiãuïuìià ou,dos.p;i";ip;i;-;"rxistas.
que o pensamento marxistaera absolutista o socioroqismo
radicalmente e vutgareàiire;ãÀ"nt" reducionista. conõidero
novo' quesãopor"o"ã".ociólogosmaxistas
devioo
pepois
euri Heser,
e hámuita
coisa
em
Heger.Ere diz oúe'a cidadeé-"-;"p,"iiã il&ï"i,",ffi:9"":H:f3ï:i,i;ï:UÍ:n:
roi iÀtïãà"=iãã,"iJÃ produziubons
tÉabatho da humanidade. E umar*rããoïiiã
de expressá-la' resuttadoi.-ÀJàr"rr", ""rpr"
cerrospaíses,como
A cidade.contemartes,
ãiquitè-
tura' pintura- tudotem rugarna cioaoe;e'úmã na escolahúngara oe", sociologia,nada mais
das teses estéticasde Éeger.t;;t';,u'; tem sido oitò.-ru-oìsse a argumaspessoas
quepode.riam p.u"iqr"
percebequereabreas questães. compreeÃoã que sai oe umaàrìuçro o númerode pessoas
que ele é negligenciado pelos maxistas oe metrôé o mesmo
percebeque deve retomaro probrema ã llrg..o"jgssoasqueentrasarvoosacidentes
umã (mortes).roi muitã'rmpróprio da minhaparte
vez mais. A união entre tempo
dÌscutircom eles.
" ".prfó
66
i
ì
Conversa com Henri Lefebvre
Porán, não enfatizei suficientemente o H. Lefebvre - E uma questão que não tem
pensamento dialetico sobre o espaço nos resposta porque eu não tenho experiêncía.
trabalhosde Max. Acho que uma das contra- Nunca tive influênciadireta.Tive indireta,mas
dições que não existia nos tempos de Max e só como um subproduto.Admito que se me
que surgiu recentementeé a capacidade de Íosse dada a responsabilidade- e gostariade
mexer com grandes espaços, por exemplo, a pensar nisso antes de aceitar -, poderia ver
:DATAR,ou com um país- os chinesesmanejam os elementosbásicosdos problemas,as formas
um espaço imenso - e, por outro lado, traba- e o espaço. Talvez depois de um longo e
lhar em pequenos espaços e minúsculos ponderado exame aceitaria, mas não com
terrenos. Existe assim tal contradição,o que cerleza,pois é uma enorme responsabilidade.
é uma contradição espacial e muilo nova.
Entrevistador - O tempo usadopara examinar
Contudo,é necessáriodemonstrara contradição
os fatos significariaque estesjá estariamdefa-
e nós teremos que fazer isso primeiro.
sados; em outras palavras, os tempos do
planejadore do teórico não são os mesmos.
Entrevistador - Você pensa realmente que
os sociólogospodem legitimamentedar asses- H. Lefebvre - Você aponta para um ponto-
sorias? E correto para um maxista formular chave...não tenho a experiênciaque gostaria
um tipo diferentede planejamento? de ter. Em princípionão recusei,gostariade ter
experlmentado.Me reuni com AlexandeÉ no
H. Lefebvre - Penso que se pode dizer Museude Arte Modernade NovaYorke falamos
presentementecertascoisas,mas possoafirmar detalhadamentedessa cidadepotencial,dessa
que não surtem qualquerefeito.Acompanhei futura cidade, ele foi da mesma opinião, ao
o que aconteciaem Créteil,7porque os plane- rejeitar tal problema. Ele tinha um problema
jadores urbanos diziam ter-se inspirado no maior: desistiude modo combinatório- sob a
que eu escrevera (Le Droit à la Ville, 1968, influênciade LéviStrauss- depoisda introdução
e La Production de l'Espace, 1974). Assim, doscomputadores.Quantoa mim.combatiesse
a propostainicialnão tinha nada em comum estilo.É verdadeque todasas linguagenssão
com o plano final. Num dado momento,os combinaçõesde fonemas.Há 85 fonemase
bancos e os donos de lojas decidiramchamar centenasde milhõesde combinações,o que
um arquitetoplanejadoramericano.Para ele, explicatodas as linguagense tambémnada.
o centro urbano era o centro comercial, em Sempre batalheicontra o métodocibernético.
posição à ágora. A ágora é um anacronismo, Mas ChristopherAlexander desenvolveuisso
devemos estar atentos a esse tipo de fatos. com profundidade.Você lembraa listade variá-
O resultadodisso foi que as pessoas não iam veis urbanas. Se dizia que havia tantos
para a ágora, mas sim para o centro comer- parâmetros,mesmo depois de reduzi-losa um
cial. A prefeitura está separada da cidade só conjunto,que se era obrigadoa desistirde
por um golfo, mas a administraçãonecessita usar esse método.Alexanderencontrounume-
de mais espaço e o escritório do prefeito rososparâmetrosarquitetônicos; viu quepoderia
precisa de mais luz. Eles não queriam ser combiná-los,mas tinha tantosque finalmentea
atingidos por metralhadoras do outro lado. seleção foi de natureza empírica, prática e
Você vê os problemas que enfrentam os experimental.Então concordou em rejeitar a
planejadores,desenham um plano com sua idéiada cidade perfeitae ideal. Desistiupara
prefeiturae logo o ministrodiz: não, isso não. construir comunidadesZen, pensando que
Que tormento e sofrimento têm um monte trataria com coisas concretase esoecíficase
de rapazes que se propõem fazer alguma com algumaspessoascertas.Com arquitetura
coisa nas novas cidades! São uns mártires. para monastériose pequenas comunidades
São levados a desmantelaro que eles foram talvez se consigaalgo, mas na escala urbana,
fazendopouco a pouco... pensavaque nada poderiaser feito.
SUMARIO