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Terça-feira, 3 de Setembro de 2013 I Série – N.

º 169

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 190,00
Toda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários
relativa a anúncio e assinaturas do «Diário . Ano da República 1.ª e 2.ª série é de Kz: 75.00 e para
da República», deve ser dirigida à Imprensa
As três séries . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 470 615.00 a 3.ª série Kz: 95.00, acrescido do respectivo
Nacional - E.P., em Luanda, Rua Henrique de
A 1.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 277 900.00 imposto do selo, dependendo a publicação da
Carvalho, n.º 2, Cidade Alta, Caixa Postal 1306,
www.imprensanacional.gov.ao - End. teleg.: A 2.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 145 500.00 3.ª série de depósito prévio a efectuar na tesouraria
«Imprensa». A 3.ª série . . .. . .. . .. . .. . .. . .. Kz: 115 470.00 da Imprensa Nacional - E. P.

I M P R E N S A N A C I O N A L - E. P. poderá sofrer eventuais alterações em função da flutuação


Rua Henrique de Carvalho n.º 2 das taxas a praticar pela Empresa Nacional de Correios de
e-mail: imprensanacional@imprensanacional.gov.ao Angola - E.P. no ano de 2014.
Caixa Postal N.º 1306 5. Os clientes que optarem pela recepção dos Diários da
República através do correio deverão indicar o seu endere-
C I R C U LA R ço completo, incluindo a Caixa Postal, a fim de se evitarem
Excelentíssimos Senhores, atrasos na sua entrega, devolução ou extravio.
Temos a honra de convidá-los a visitar a página da internet Observações:
no site www.imprensanacional.gov.ao, onde poderá online a) Estes preços poderão ser alterados se houver
ter acesso, entre outras informações, aos sumários dos uma desvalorização da moeda nacional, numa
conteúdos do Diário da República nas três Séries. proporção superior à base que determinou o
Havendo necessidade de se evitarem os inconvenientes seu cálculo ou outros factores que afectem
que resultam para os nossos serviços do facto de as respec- consideravelmente a nossa estrutura de custos;
tivas assinaturas no Diário da República não serem feitas b) As assinaturas que forem feitas depois de 15 de
com a devida oportunidade; Dezembro de 2013 sofrerão um acréscimo aos
preços em vigor de uma taxa correspondente a
Para que não haja interrupção no fornecimento do
15%;
Diário da República aos estimados clientes, temos a honra de
c) Aos organismos do Estado que não regularizem os
informá-los que 15 de Dezembro de 2013 estarão abertas as
seus pagamentos das dívidas até 15 de Dezem-
respectivas assinaturas para o ano 2014, pelo que deverão
bro do ano em curso não lhes serão concedidas
providenciar a regularização dos seus pagamentos junto dos
a crédito as assinaturas do Diário da República
nossos serviços.
para o ano de 2014.
1. Enquanto não for ajustada a nova tabela de preços a
cobrar pelas assinaturas para o fornecimento do Diário da
República para o ano de 2014, passam, a título provisório, a SUMÁRIO
ser cobrados os preços em vigor, acrescidos do Imposto de
Consumo de 2% (dois porcento):
Assembleia Nacional
Lei n.º 6/13:
As 3 séries ............................................... Kz: 470 615,00 Lei de Autorização Legislativa sobre o Mercado Regulamentado da
1.ª série .................................................... Kz: 277 900,00 Dívida Pública Titulada, que confere legitimidade ao Presidente
2.ª série .................................................... Kz: 145 500,00 da República, enquanto Titular do Poder Executivo, a introduzir na
Ordem Jurídica Nacional, as normas sobre a admissibilidade à nego-
3.ª série .................................................... Kz: 115 470,00 ciação em Mercado Regulamentado Especialmente Organizado de
2. Tão logo seja publicado o preço definitivo os assinan- Títulos de Dívida Pública Titulada Angolana.
tes terão o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para liquidar Lei n.º 7/13:
a diferença apurada, visando assegurar a continuidade do Lei de Autorização Legislativa sobre o Regime Jurídico das Sociedades
Gestoras de Mercados Regulamentados e de Serviços Financeiros
fornecimento durante o período em referência. sobre Valores Mobiliários, que confere legitimidade ao Presidente
3. As assinaturas serão feitas apenas em regime anual. da República, enquanto Titular do Poder Executivo, para introduzir
4. Aos preços mencionados no n.º 1 acrescer-se-á um na Ordem Jurídica Nacional, normas específicas e regulamenta-
res que visem disciplinar a actividade das Sociedades Gestoras de
valor adicional para portes de correio por via normal das Mercados Regulamentados e de Serviços Financeiros sobre Valores
três séries, para todo o ano, no valor de Kz: 95 975,00 que Mobiliários.
2274 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Lei n.º 8/13: ARTIGO 2.º


Lei de Autorização Legislativa para a Definição do Regime Jurídico (Sentido e extensão)
Estrutural das Sociedades Correctoras e Distribuidoras de Valores
Mobiliários, que concede ao Presidente da República, enquanto A presente lei confere legitimidade ao Presidente da
Titular do Poder Executivo, autorização para legislar sobre o regime República, enquanto Titular do Poder Executivo, a intro-
jurídico estrutural das sociedades correctoras e distribuidoras de
valores mobiliários.
duzir na Ordem Jurídica Nacional, as normas sobre a
Lei n.º 9/13:
admissibilidade à negociação em Mercado Regulamentado
Lei de Autorização Legislativa sobre o Regime Jurídico dos Organismos de
Especialmente Organizado, de Títulos de Dívida Pública
Investimento Colectivo, que concede ao Presidente da República, enquanto Titulada Angolana.
Titular do Poder Executivo, autorização para legislar complementarmente
ARTIGO 3.º
sobre o Regime Jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo.
(Duração)
Lei n.º 10/13:
Lei de Autorização Legislativa sobre a Definição das Bases Gerais A presente lei de autorização legislativa tem a duração de
Estratégicas para a Licitação de Blocos Petrolíferos nas Zonas 90 (noventa) dias, a contar da data da sua publicação.
Terrestres das Bacias do Kwanza e do Baixo Congo, que concede ao
Presidente da República, enquanto Titular do Poder Executivo, auto- ARTIGO 4.º
rização para legislar sobre a definição das Bases Gerais Estratégicas (Dúvidas e omissões)
para a Licitação de Blocos Petrolíferos nas Zonas Terrestres das
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
Bacias do Kwanza e do Baixo Congo.
aplicação da presente lei são resolvidas pela Assembleia
Lei n.º 11/13:
Lei de Bases do Sector Empresarial Público que estabelece o Regime Nacional.
Jurídico das empresas públicas, empresas com domínio público e
ARTIGO 5.º
participações públicas minoritárias. — Revoga a Lei n.º 9/95, de (Entrada em vigor)
15 de Setembro — Lei das Empresas Públicas, e demais legislação
que contrarie o disposto na presente lei. A presente lei entra em vigor à data da sua publicação.
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,
aos 18 de Julho de 2013.
ASSEMBLEIA NACIONAL O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da
Piedade Dias dos Santos.
Lei n.º 6/13 Promulgada aos 26 de Agosto de 2013.
de 3 de Setembro
Publique-se.
Tendo em conta que a admissibilidade à negociação
de títulos de dívida pública titulada angolana carece de O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
regulamentação;
Havendo a necessidade de dinamizar a actividade finan- Lei n.º 7/13
ceira nacional, no quadro da procura e oferta de títulos de 3 de Setembro
representativos de dívida soberana garantindo deste modo As Sociedades Gestoras de Mercados Regulamentados e
ao mercado as necessárias garantias de livre transmissibili- de Serviços Financeiros sobre Valores Mobiliários carecem
dade que tais títulos exige;
de normas específicas e regulamentares, por forma a disci-
Urgindo autorizar o Titular do Poder Executivo, a neces-
plinar as suas actividades;
sária legitimidade para regular a procura e oferta de tais
Urge a necessidade de se dinamizar a actividade finan-
títulos de interesse financeiro nacional e incutir confiança
aos investidores nacionais ou estrangeiros; ceira nacional no quadro da procura e oferta de tais valores
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, de interesse financeiro, garantindo, deste modo, ao mercado
nos termos das disposições combinadas da alínea c) do as necessárias cautelas que a prudência financeira exige;
artigo 161.º, do n.º 2 do artigo 166.º e n.º 1 do artigo 170.º, Convindo autorizar o Titular do Poder Executivo a legis-
todos da Constituição da República de Angola, a seguinte: lar sobre o Regime Jurídico das Sociedades Gestoras de
Mercados Regulamentados e de Serviços Financeiros sobre
LEI DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA Valores Mobiliários, por forma a regular a procura e oferta
SOBRE O MERCADO REGULAMENTADO de tais bens de interesse económico-financeiro e social
DA DÍVIDA PÚBLICA TITULADA nacional e garantir a confiança dos investidores nacionais e
ARTIGO 1.º internacionais;
(Objecto) A Assembleia Nacional aprova, por mandato do Povo, nos
É concedida ao Presidente da República, enquanto termos das disposições combinadas da alínea c) do artigo 161.º
Titular do Poder Executivo, autorização para legislar sobre e do n.º 2 do artigo 166.º e do n.º 1 do artigo 170.º, todos da
o Mercado Regulamentado da Dívida Pública Titulada. Constituição da República de Angola, a seguinte:
I SÉRIE — N.º 169 — DE 3 DE SETEMBRO DE 2013 2275

LEI DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA constituem condição necessária para o funcionamento dos


SOBRE O REGIME JURÍDICO DAS SOCIEDADES mercados de balcão organizado ou de bolsa de valores.
GESTORAS DE MERCADOS REGULAMENTADOS Dado que o Presidente da República solicitou à
E DE SERVIÇOS FINANCEIROS SOBRE VALORES
Assembleia Nacional autorização para legislar sobre normas
MOBILIÁRIOS
gerais que estabelecem o regime jurídico estrutural das socie-
ARTIGO 1.º dades correctoras e distribuidoras de valores mobiliários;
(Objecto)
Havendo necessidade de agregar todas as normas cuja
É concedida ao Presidente da República, enquanto excepcionalidade da matéria, dignidade normativa e estabi-
Titular do Poder Executivo, autorização para legislar sobre lidade exijam um tratamento legislativo;
o Regime Jurídico das Sociedades Gestoras de Mercados. Havendo necessidade de complementar e clarificar o
ARTIGO 2.º estabelecido na Lei n.º 12/05, de 23 de Setembro, sobre os
(Sentido e extensão)
Valores Mobiliários, definindo as regras gerais para o exercí-
A presente lei confere legitimidade ao Presidente da
cio de actividade das instituições financeiras não bancárias,
República, enquanto Titular do Poder Executivo, para
ligadas ao mercado de capitais;
introduzir na Ordem Jurídica Angolana, normas específi-
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, nos
cas e regulamentares que visem disciplinar a actividade das
termos das disposições combinadas do n.º 2 do artigo 99.º, da
Sociedades Gestoras de Mercados Regulamentados e de
alínea c) do artigo 161.º, artigo 170.º e alínea e) do n.º 2 do
Serviços Financeiros sobre Valores Mobiliários.
artigo 166.º, todos da Constituição da República de Angola,
ARTIGO 3.º
(Duração) a seguinte:
A presente lei de autorização legislativa tem a duração de
90 (noventa) dias, a contar da data da sua publicação. LEI DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA
ARTIGO 4.º
PARA A DEFINIÇÃO DO REGIME JURÍDICO
(Dúvidas e omissões) ESTRUTURAL DAS SOCIEDADES CORRECTORAS
E DISTRIBUIDORAS DE VALORES MOBILIÁRIOS
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
aplicação da presente lei são resolvidas pela Assembleia ARTIGO 1.º
Nacional. (Objecto)

ARTIGO 5.º A presente Lei de Autorização Legislativa visa conce-


(Entrada em vigor) der ao Presidente da República, enquanto Titular do Poder
A presente lei entra em vigor à data da sua publicação. Executivo, autorização para legislar sobre o regime jurídico
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, estrutural das sociedades correctoras e distribuidoras de
aos 18 de Julho de 2013. valores mobiliários, previstas no n.º 3 do artigo 59.º, da Lei
O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da n.º 13/05, sobre as Instituições Financeiras.
Piedade Dias dos Santos. ARTIGO 2.º
(Sentido e extensão)
Promulgada aos 26 de Agosto de 2013.
1. As sociedades correctoras visam disciplinar a estru-
Publique-se.
tura de acesso ao exercício da actividade de intermediação
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos. de títulos e valores mobiliários.
2. O Decreto Legislativo Presidencial Autorizado vai
Lei n.º 8/13 definir os aspectos referentes à actividade das sociedades
de 3 de Setembro correctoras e distribuidoras de valores mobiliários, nomea-
As sociedades correctoras e distribuidoras de valo- damente, o tipo societário que as mesmas devem adoptar e o
res mobiliários estão previstas na Lei n.º 12/05, de 23 limite mínimo de capital.
de Setembro, sobre Valores Mobiliários e na Lei n.º 13/05, ARTIGO 3.º
de 30 de Setembro, sobre as Instituições Financeiras, como (Duração)

agentes de intermediação por excelência, a quem cabe a rea- A presente Lei de Autorização Legislativa é concedida
lização, por conta própria ou de outrem, de operações de por um período de 60 (sessenta) dias.
compra, venda, colocação, distribuição, corretagem ou nego- ARTIGO 4.º
ciação de valores mobiliários e instrumentos financeiros. (Dúvidas e omissões)

Os sistemas adequados e eficientes de regulação e de As dúvidas e as omissões que resultarem da interpretação


supervisão das sociedades correctoras e distribuidoras de e aplicação da presente lei são resolvidas pela Assembleia
valores mobiliários, enquanto intermediárias financeiras, Nacional.
2276 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 5.º ARTIGO 5.º


(Entrada em vigor) (Entrada em vigor)
A presente lei entra em vigor à data da sua publicação. A presente lei entra em vigor à data da sua publicação.
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,
aos 18 de Julho de 2013. aos 18 de Julho de 2013.
O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da
O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da
Piedade Dias dos Santos.
Piedade Dias dos Santos.
Promulgada aos 26 de Agosto de 2013.
Promulgada aos 26 de Agosto de 2013.
Publique-se.
Publique-se.
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos. O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

Lei n.º 9/13 Lei n.º 10/13


de 3 de Setembro
de 3 de Setembro
Tendo em conta que a existência de um sistema adequado Os estudos realizados nas Zonas Terrestres das Bacias do
e eficiente de regulação e de supervisão das instituições de Kwanza e do Baixo Congo apontam a existência de poten-
investimento colectivo em Angola é condição indispensá- cial de jazidas de petróleo que justificam a sua divisão em
vel para o bom funcionamento dos fundos de investimento blocos para a execução de operações petrolíferas.
e instituições afins; A atribuição de concessões petrolíferas em terra é impor-
Havendo a necessidade de dinamizar a actividade no tante para a inserção do empresariado nacional no sector
mercado nacional das sociedades gestoras de organismos de petrolífero por meio de concurso público e a captação de
investimento colectivo, garantindo deste modo, ao mercado, novos investimentos, bem como a criação de novos postos
as necessárias cautelas que a prudência financeira exige; de trabalho e a formação de trabalhadores angolanos com
Urgindo autorizar o Titular do Poder Executivo, à neces- competência técnica que a indústria petrolífera exige.
sária legitimidade para regular complementarmente o regime Nos termos da alínea l) do artigo 165.º da Constituição
jurídico dos Organismos de Investimento Colectivo; da República de Angola, as matérias relacionadas com as
A Assembleia Nacional aprova, por mandato do povo, bases de concessão de exploração dos recursos naturais são
nos termos das disposições combinadas da alínea c) do de reserva relativa de competência legislativa da Assembleia
artigo 161.º, do n.º 2 do artigo 166.º e n.º 1 do artigo 170.º Nacional e que, assim sendo, pode esta conceder ao Titular
todos da Constituição da República de Angola, a seguinte: do Poder Executivo autorização para legislar sobre a maté-
ria em análise.
Neste sentido, torna-se necessário dotar o Titular do
LEI DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA Poder Executivo de competência legislativa para defi-
SOBRE O REGIME JURÍDICO DOS ORGANISMOS nir e aprovar as Bases Gerais Estratégicas para a Licitação
DE INVESTIMENTO COLECTIVO de Blocos Petrolíferos nas Zonas Terrestres das Bacias do
Kwanza e do Baixo Congo.
ARTIGO 1.º
(Objecto) A Assembleia Nacional aprova, por mandato do Povo,
nos termos da alínea e) do n.º 2 do artigo 166.º e da alínea l)
É concedida ao Presidente da República, enquanto
do n.º 1 do artigo 165.º, ambos da Constituição da República
Titular do Poder Executivo, autorização para legislar com-
de Angola, a seguinte:
plementarmente, sobre o Regime Jurídico dos Organismos
de Investimento Colectivo.
ARTIGO 2.º LEI DE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA
(Sentido e extensão) SOBRE A DEFINIÇÃO DAS BASES GERAIS
A presente lei confere legitimidade ao Presidente da ESTRATÉGICAS PARA A LICITAÇÃO DE BLOCOS
República, enquanto Titular do Poder Executivo, para intro- PETROLÍFEROS NAS ZONAS TERRESTRES
duzir na Ordem Jurídica, normas específicas que visem DAS BACIAS DO KWANZA E DO BAIXO CONGO
disciplinar a definição do Regime Jurídico dos Organismos
ARTIGO 1.º
de Investimento Colectivo Angolano. (Objecto)
ARTIGO 3.º Com a presente lei, fica o Titular do Poder Executivo
(Duração)
autorizado a legislar sobre a definição das Bases Gerais
A presente lei de autorização legislativa tem a duração de Estratégicas para a Licitação de Blocos Petrolíferos nas
90 (noventa) dias, a contar da data da sua publicação. Zonas Terrestres das Bacias do Kwanza e do Baixo Congo.
ARTIGO 4.º ARTIGO 2.º
(Dúvidas e omissões) (Sentido e Extensão)
As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e 1. O propósito inerente a legislar sobre a definição
aplicação da presente lei são resolvidas pela Assembleia das Bases Gerais Estratégicas para a Licitação de Blocos
Nacional. Petrolíferos nas Zonas Terrestres das Bacias do Kwanza e
I SÉRIE — N.º 169 — DE 3 DE SETEMBRO DE 2013 2277

do Baixo Congo atende como alcance primário e fundamen- A Assembleia Nacional aprova, por mandato do Povo,
tal os seguintes alvos: nos termos da alínea b) do n.º 1 do artigo 165.º, conjugado
a) A promoção e inserção do empresariado nacional com a alínea c) do artigo 166.º, ambos da Constituição da
no sector petrolífero angolano por meio de con- República, a seguinte:
curso público, sem afectar a atractividade dos
blocos a investidores estrangeiros;
LEI DE BASES
b) Atrair o investimento nacional e internacional e
DO SECTOR EMPRESARIAL PÚBLICO
novos participantes para a indústria petrolífera
em Angola, por forma a incrementar as receitas
CAPÍTULO I
do Estado, o emprego e a formação de trabalha-
Disposições Gerais
dores nacionais no ramo dos petróleos.
2. A licitação de blocos nas Zonas Terrestres das Bacias ARTIGO 1.º
do Kwanza e do Baixo Congo deve respeitar as regras de (Objecto)
acesso às áreas terrestres e a aquisição de direitos fundiários, A presente Lei estabelece o regime jurídico do Sector
com vista à execução das operações petrolíferas, conforme Empresarial Público.
estabelece o Decreto n.º 120/08, de 22 de Dezembro. ARTIGO 2.º
3. Todo o processo de licitação deve decorrer com a (Âmbito do Sector Empresarial Público)
devida salvaguarda dos direitos de terceiros, públicos ou pri- O Sector Empresarial Público integra:
vados, no estrito cumprimento dos diplomas legais em vigor, a) As empresas públicas;
aplicáveis. b) As empresas com domínio público;
ARTIGO 3.º c) As participações públicas minoritárias.
(Duração)
ARTIGO 3.º
A presente Lei de autorização legislativa é concedida (Empresas Públicas)
por um período de 90 (noventa) dias a contar da data da sua 1. As empresas públicas são aquelas que, por diploma
publicação. legal, assim são expressamente qualificadas.
ARTIGO 4.º 2. O capital das empresas públicas é integralmente detido
(Dúvidas e omissões) pelo Estado.
As dúvidas e omissões que se suscitarem da interpretação ARTIGO 4.º
e aplicação da presente Lei são resolvidas pela Assembleia (Empresas com domínio público)
Nacional. Empresas com domínio público são as sociedades comer-
ARTIGO 5.º ciais criadas ao abrigo da Lei das Sociedades Comerciais,
(Entrada em vigor)
em que o Estado directamente, ou através de outras enti-
A presente Lei entra em vigor à data da sua publicação. dades públicas, exerce isolada ou conjuntamente uma
Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda, influência dominante em virtude de alguma das seguintes
aos 18 de Julho de 2013. circunstâncias:
O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da a) Detenção da totalidade ou da maioria do capital ou
Piedade Dias dos Santos. dos direitos de voto;
Promulgada aos 26 de Agosto de 2013. b) Direito de designar ou de destituir a maioria dos
membros dos órgãos de administração ou de
Publique-se.
fiscalização.
O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
ARTIGO 5.º
(Participações públicas minoritárias)
Lei n.º 11/13 1. As participações públicas minoritárias referem-se
de 3 de Setembro
àquelas situações em que o conjunto das participações deti-
Tendo em conta a importância que o sector empresarial das pelo Estado ou outras entidades públicas não origine
público representa para a economia nacional e a necessidade qualquer das situações previstas no artigo anterior.
de se dotar o mesmo de uma legislação que, por um lado,
2. A integração das empresas participadas no sector
reflicta as modernas concepções sobre as relações do Estado
empresarial público, tal como definidas no n.º 1 do presente
com as suas empresas e, por outro, que permita alcançar a
artigo, aplica-se apenas à respectiva participação pública,
eficiência na gestão das empresas do sector público, através
da definição de critérios que pautem a actuação dos gestores; designadamente no que se refere ao seu registo e controlo,
Urgindo clarificar a função económica das empresas bem como ao exercício pelo Estado dos seus direitos de
públicas do Estado como instrumento da Administração accionista ou sócio, cujo conteúdo deve levar em conside-
Indirecta, garantindo a racionalidade dos recursos e adequar ração os princípios decorrentes da presente Lei e demais
a actividade empresarial pública de um diploma actualizado legislação aplicável às empresas que integram o Sector
à nova realidade política, económica e social do País; Empresarial público.
2278 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 6.º ARTIGO 8.º


(Modalidades alternativas de exploração e gestão) (Direito aplicável)
1. Em observância ao regime jurídico previsto na Lei de 1. As empresas públicas e as empresas com domínio
Delimitação de Sectores da Actividade Económica e na Lei público regem-se pela presente Lei, pelos diplomas que
das Privatizações, podem, parcial ou totalmente, ser confia- aprovam os respectivos estatutos e, no que não estiver espe-
das a outras empresas do Sector Empresarial Público ou a cialmente regulado, pelo direito privado, salvo quando o fim
entidades privadas: não seja contrário ao interesse público, nos termos da pro-
a) A exploração de actividades desenvolvidas por bidade pública.
empresas públicas ou por empresas com domí- 2. Os privilégios especiais ou as prerrogativas de auto-
nio público; ridade devem ser atribuídos às empresas a que se refere o
b) A gestão e exploração de bens pertencentes às refe- número anterior mediante diploma legal ou devem constar
ridas empresas ou a elas afectos; de contrato de concessão quando a lei o autorize.
c) A gestão dessas empresas. 3. As empresas públicas e as empresas com domínio
2. Para efeitos do disposto no número anterior, podem público estão sujeitas às regras fiscais e ao pagamento de
ser celebrados contratos de concessão, tais como: impostos fixados na lei.
a) Da exploração de actividades; 4. Os estatutos das empresas públicas e das empresas
b) Da gestão e exploração de bens; com domínio público não devem ter regras que contrariem o
c) Da gestão da empresa. regime previsto na presente lei e em leis que lhes sejam apli-
3. Nas propostas de celebração de contratos ao abrigo cáveis, sendo nulas as disposições em que essa observância
do disposto nos números anteriores deve ser demonstrada as não se verifique.
vantagens da escolha da respectiva modalidade face a uma
ARTIGO 9.º
gestão de natureza pública. (Controlo financeiro)
4. Nos referidos contratos deve, nomeadamente, fixar-se
As empresas públicas e as empresas com domínio
o respectivo prazo de vigência, as contrapartidas e suas for-
público estão sujeitas ao controlo financeiro destinado a ave-
mas de pagamento, as garantias prestadas, a distribuição dos
riguar a legalidade, eficiência e eficácia da sua gestão.
riscos, as penalizações por incumprimento e os mecanismos
de acompanhamento pelas entidades públicas. SECÇÃO II
Princípios
5. Na celebração daqueles contratos deve ser salva-
guardado o interesse público, exigindo-se a prestação de ARTIGO 10.º
garantias idóneas e consagrando-se obrigações que visem (Princípio da concorrência)
uma suficiente protecção do património público, bem como 1. As empresas públicas e as empresas com domínio
a fixação de sanções de valor significativo para as situações público estão sujeitas às regras gerais da concorrência.
de incumprimento. 2. Das relações entre as empresas públicas e as empre-
6. Os contratos a que se refere o presente artigo carecem sas com domínio público, por um lado, e o Estado e outras
de aprovação prévia do Titular do Poder Executivo ou quem entidades públicas, por outro lado, não devem resultar situa-
este delegar. ções que sejam susceptíveis de impedir, falsear ou restringir
7. Os contratos referidos no presente artigo devem obe- a concorrência.
decer ao regime previsto nas normas relativas à contratação
3. O disposto nos números anteriores não prejudica:
pública.
a) A existência de regimes derrogatórios especiais,
CAPÍTULO II quando a aplicação das normas gerais da con-
Disposições Comuns às Empresas Públicas corrência seja susceptível de frustrar, de direito
e às Empresas com Domínio Público ou de facto, as missões confiadas às empresas
SECÇÃO I públicas e às empresas com domínio público
Disposições Gerais incumbidas do fornecimento de bens e ou servi-
ços de interesse económico geral;
ARTIGO 7.º
(Natureza e capacidade) b) A atribuição de acções privilegiadas ao Estado ou
1. As empresas públicas e as empresas com domínio de outra entidade pública, ou a atribuição de
público são pessoas colectivas dotadas de personalidade direitos especiais ao Estado.
jurídica e com autonomia administrativa, financeira e ARTIGO 11.º
patrimonial. (Princípio da transparência)
2. A capacidade jurídica das empresas públicas e das As empresas públicas e as empresas com domínio
empresas com domínio público abrange todos os direitos e
público regem-se pelo princípio da transparência financeira
obrigações necessários à prossecução do seu objecto social,
tal como definido nos respectivos estatutos. e a sua contabilidade deve ser organizada de modo a permi-
3. As empresas públicas e as empresas com domínio tir a identificação dos fluxos financeiros e patrimoniais entre
público podem associar-se nos termos da lei. elas e o Estado ou outras entidades públicas e privadas.
I SÉRIE — N.º 169 — DE 3 DE SETEMBRO DE 2013 2279

SECÇÃO III d) Objecto social;


Criação de Empresas
e) Capital social ou estatutário, consoante o caso;
ARTIGO 12.º f) Composição, competências e funcionamento dos
(Iniciativa) órgãos sociais;
A iniciativa de constituição de uma empresa pública ou g) Regras especiais de gestão, caso se trate de Empre-
com domínio público cabe: sas a que se refere o n.º 2 do artigo 8.º
a) Para as empresas de interesse estratégico, ao 4. O disposto nos números anteriores é aplicável, com as
Titular do Poder Executivo, ouvidos o Ministro necessárias adaptações, a qualquer operação que conduza à
responsável pelo Sector Empresarial Público e o
passagem de uma sociedade já constituída para uma situação
Ministro responsável pelo Sector de Actividade
de empresa com domínio público.
da empresa, ou por iniciativa destes;
b) Para as restantes empresas públicas e de domínio SECÇÃO IV
Organização
público, ao Ministro responsável pelo Sector de
Actividade ou ao Governador Provincial, com ARTIGO 15.º
o aval do Ministro Responsável pelo Sector (Princípio geral)
Empresarial Público. Os órgãos das empresas públicas ou com domínio
ARTIGO 13.º público devem ser adequados à realização do respectivo
(Empresa de interesse estratégico)
objecto social e adaptados à dimensão e especificidade de
Sem prejuízo do disposto no artigo 95.º da Constituição cada empresa.
da República de Angola, constituem critérios para classifi-
ARTIGO 16.º
cação de empresa pública ou com domínio público, como (Competências dos órgãos sociais)
sendo de interesse público estratégico os seguintes:
a) Inserção em sectores de actividade de reserva rela- 1. Sem prejuízo do disposto no presente Diploma e em
tiva ou absoluta do Estado; outros especialmente aplicáveis, os órgãos das empresas
b) Titularidade de infra-estruturas de domínio exclu- com domínio público têm as competências fixadas na Lei
sivo do Estado; das Sociedades Comerciais.
c) Importância para o cumprimento dos objectivos 2. Os estatutos das empresas com domínio público
fundamentais do programa de desenvolvimento podem prever a existência de outros órgãos, deliberativos ou
do País; consultivos, para além daqueles que se encontram previstos
d) Prestação de serviços e a produção de bens de
na Lei das Sociedades Comerciais, definindo as respectivas
utilidade pública;
e) Volume de investimentos efectuados ou previstos competências.
pelo Estado. 3. Um dos membros do órgão de fiscalização das
ARTIGO 14.º
empresas públicas ou com domínio público deve possuir
(Proposta de criação) experiência profissional ou formação superior no âmbito da
1. A proposta de criação de uma empresa pública ou com contabilidade, fiscalidade, auditoria ou áreas conexas.
domínio público deve incluir um estudo de viabilidade téc- 4. Quando o órgão de fiscalização for constituído por um
nica, económica e financeira. Fiscal-Único, este deve possuir experiência profissional ou
2. No estudo a que se refere o número anterior deve, formação superior no âmbito da contabilidade, fiscalidade,
designadamente, constar: auditoria ou áreas conexas.
a) Caracterização completa do projecto;
ARTIGO 17.º
b) Período de instalação e arranque;
(Controlo interno)
c) Planos de investimento, exploração e financiamento,
incluindo a demonstração da rentabilidade espe- As empresas públicas ou com domínio público devem
rada do projecto; adoptar procedimentos de controlo interno adequados para
d) Projecções de procura e de mercado expectável; garantir a fiabilidade das contas e demais informações finan-
e) Justificação económica e social, numa óptica de ceiras, assim como assegurar a eficácia e eficiência das
custo-benefício; operações.
f) Quadro inicial de pessoal e plano de formação ARTIGO 18.º
profissional; (Regulamentos internos)
g) Outros elementos necessários a uma correcta apre-
1. As empresas públicas ou com domínio público adoptam
ciação da proposta.
os regulamentos necessários ao respectivo funcionamento.
3. A proposta de criação de uma empresa deve ainda ser
acompanhada de um projecto de estatuto, o qual deve conter, 2. Os regulamentos internos são aprovados pelo respec-
designadamente, os seguintes elementos: tivo órgão de gestão.
a) Denominação; 3. Os regulamentos supra referidos só são válidos depois
b) Classificação; de ratificados por Despacho do Titular do Poder Executivo
c) Sede; ou de quem este delegar tal poder.
2280 DIÁRIO DA REPÚBLICA

SECÇÃO V b) Plano de Negócios.


Gestão
2. O Plano Estratégico é o documento que estabelece,
ARTIGO 19.º um prazo de cinco (5) a dez (10) anos, a visão ampla do
(Princípios de gestão) negócio, tendo em consideração os seus próprios recursos,
1. Os órgãos de gestão devem assegurar que os recursos clientes, fornecedores e concorrentes e preconizando a rea-
financeiros, materiais e humanos de que dispõem são geri- lização da estratégia do sector da actividade económica em
dos de forma eficiente e sem desperdícios, devendo sempre que se insere a empresa.
adoptar ou propor as soluções organizativas e os métodos de 3. O Plano Estratégico deve conter, pelo menos os ele-
gestão que representem o menor custo na prossecução eficaz mentos seguintes:
dos objectivos das empresas. a) Missão, que define o contexto fundamental do
2. As empresas públicas ou com domínio público devem, negócio, relacionando os valores e expectativas
designadamente, observar os seguintes princípios de gestão:
dos vários intervenientes;
a) Princípio da gestão de bens e serviços com quali-
b) Objectivos, que são as metas a alcançar e os resul-
dade comprovada;
tados esperados;
b) Princípio da eficiência económica;
c) Princípio da gestão por objectivos, ou pelo valor; c) Implementação da Estratégia, que é o plano glo-
d) Princípio da eficácia. bal de políticas e acções que visam alcançar os
objectivos;
ARTIGO 20.º
(Autonomia de gestão) d) Programas que são acções sequenciais para reali-
zar os objectivos;
1. As empresas públicas ou com domínio público são
dotadas de autonomia de gestão. e) Mecanismo de Acompanhamento e Controlo, que
2. A gestão das empresas públicas ou com domínio estabelece o processo de verificação da execução
público é da responsabilidade dos seus órgãos, não tendo os dos planos propostos e o seu contínuo ajusta-
organismos do Estado e outras entidades públicas o direito mento à realidade do negócio.
de interferir na sua gestão e no seu funcionamento, excepto 4. O Plano de Negócios é o documento que, baseado no
nos casos e pelas formas previstas na lei. Plano Estratégico e para um período de um (1) a três (3) anos,
3. A gestão das empresas públicas ou com domínio identifica os recursos necessários e estabelece as metas a
público deve ser feita tendo em conta a realização de objec- alcançar e os resultados esperados.
tivos predeterminados. 5. O Plano de Negócios deve conter pelo menos os
4. A gestão das empresas públicas ou com domínio seguintes elementos:
público deve ser conduzida de modo a interessar os respecti- a) Sumário Executivo;
vos órgãos e trabalhadores nos seus resultados. b) Descrição da empresa, dos produtos e dos serviços;
ARTIGO 21.º c) Análise de mercado;
(Autonomia e rentabilidade financeira) d) Estratégia de marketing;
1. As empresas públicas ou com domínio público devem, e) Programa de recursos humanos;
no exercício da respectiva actividade, obter receitas sufi- f) Plano de investimentos;
cientes para fazer face às suas despesas. g) Conta de exploração previsional;
2. O financiamento da actividade das empresas públicas h) Indicadores de rentabilidade.
ou com domínio público deve ser essencialmente realizado 6. Os Planos Estratégicos das empresas de interesse
através de meios próprios, e no caso de utilização de recur- estratégico devem ser aprovados pelo Titular do Poder
sos alheios, deve-se prover o reembolso dos créditos nas
Executivo.
condições estipuladas.
7. Os Planos Estratégicos das empresas públicas que
3. A gestão das empresas públicas ou com domínio
público deve ser feita de forma a garantir a sua viabilidade não sejam de interesse estratégico, bem como os Planos de
técnica, económica e financeira, numa perspectiva de ren- Negócios das empresas devem ser aprovados pelo Ministro
tabilidade, sem prejuízo das suas obrigações relativas à responsável pelo Sector Empresarial Público, ouvido o
exploração racional dos recursos, à protecção e segurança Ministro responsável pelo Sector da Actividade da empresa,
no trabalho e à preservação do meio ambiente. por delegação do Titular do Poder Executivo.
4. Quando estejam em causa especiais obrigações de ARTIGO 23.º
serviço público, cujos custos não sejam integralmente com- (Planos e orçamentos anuais)
pensados com as receitas de exploração, pode, em casos 1. Com base nos seus planos plurianuais, as empresas
devidamente fundamentados, haver lugar à atribuição de devem elaborar para cada ano económico os seus planos e
subsídios de exploração. orçamentos anuais, os quais devem conter o detalhe necessá-
ARTIGO 22.º rio que contribua para o respectivo controlo de gestão.
(Planos plurianuais) 2. Os planos e orçamentos anuais incluem, nomea-
1. As empresas públicas ou com domínio público devem damente, os investimentos a realizar no exercício e as
elaborar, os seguintes documentos plurianuais: respectivas fontes de financiamento, assim como as despe-
a) Plano Estratégico; sas correntes.
I SÉRIE — N.º 169 — DE 3 DE SETEMBRO DE 2013 2281

ARTIGO 24.º c) Fundo de investimentos;


(Relatórios de gestão e documentos de prestação de contas) d) Fundo social.
1. As empresas públicas ou com domínio público devem 2. O Titular do Poder Executivo, ou quem este delegar,
submeter ao Departamento Ministerial responsável pelo com base na estimativa de resultados líquidos positivos do
Sector Empresarial Público ou entidade tutelada por este, até exercício, pode determinar a entrega antecipada de lucros
30 dias depois da data estabelecida para o fecho de contas, por parte de empresas a que se refere o número anterior.
com referência a 31 de Dezembro do ano anterior: 3. Quando a situação económico-financeira da empresa
a) O Relatório de Gestão, incluindo uma proposta de pública ou com domínio público o permitir e as cir-
aplicação do resultado líquido obtido, devida- cunstâncias o justificarem, uma percentagem dos lucros
mente fundamentada, em conformidade com as remanescentes distribuíveis pode ser destinada à atribuição
disposições legais aplicáveis; de prémios individuais aos trabalhadores a título de com-
b) O Balanço, demonstração de resultados e respec- participação nos lucros, em função da sua produtividade e
tivo anexo; dedicação à empresa.
c) A Demonstração dos fluxos de caixa; 4. Cabe ao Presidente da República, enquanto Titular do
d) O Parecer do órgão de fiscalização; Poder Executivo, ou a quem este delegar, regular as modali-
e) O Relatório e o Parecer do auditor externo sobre dades e os regimes de prémios individuais aos trabalhadores
a auditoria às contas do exercício anterior, ou gestores a título de comparticipação nos lucros, atendendo
incluindo as recomendações sobre a avaliação sempre à situação patrimonial e financeira da empresa.
do sistema contabilístico e das medidas do con-
ARTIGO 27.º
trolo interno elaborados pelo auditor externo. (Reservas e fundos)
2. O Relatório de Gestão e os demais documentos de
1. É obrigatória a constituição de uma reserva legal que
prestação de contas devem proporcionar uma compreensão
nunca deve ser inferior a 20% do capital social.
clara da situação económica e financeira relativa ao exercí-
2. O limite mínimo da reserva legal definido pelo número
cio a que se reportam.
anterior não se aplica quando a empresa de domínio público
3. O Relatório de Gestão deve ainda fazer referência
assume a forma de sociedade anónima, sendo, neste caso
à evolução da actividade nos diferentes sectores onde a
um valor nunca inferior à 20.a parte dos lucros líquidos da
empresa opera, designadamente no que diz respeito a inves-
sociedade, até que essa reserva perfaça um valor equiva-
timentos, custos, proveitos e condições de mercado.
lente à 5.a parte do capital social.
4. O Parecer do órgão de fiscalização deve, apreciar, com
3. O fundo de investimento destina-se a assegurar o
o devido desenvolvimento, a gestão realizada no exercício,
financiamento dos investimentos da respectiva empresa.
o conteúdo do relatório de gestão, a exactidão das contas e a
4. O fundo social destina-se a conceder estímulos
observância das normas legais e estatutárias.
colectivos aos trabalhadores, através da melhoria das suas
ARTIGO 25.º
(Auditoria externa)
condições sociais.
5. Os limites dos fundos previstos nos números 3 e 4 do
1. A actividade das empresas públicas e com domínio
presente artigo devem ser objecto de regulamentação.
público e as suas respectivas contas devem estar sujeitas
SECÇÃO VI
anualmente à auditoria externa, a ser realizada por pes-
Actividade Económica e Financeira
soa colectiva de reconhecida idoneidade e estabelecida em
Angola. ARTIGO 28.º
(Contratos-programa)
2. O Titular do Poder Executivo ou quem este delegar
deve definir o perfil do auditor a contratar, com recurso a 1. O Estado e/ou outras entidades públicas devem cele-
concurso público a realizar-se nos termos da lei. brar contratos-programa com as empresas públicas ou com
3. Os auditores devem estar sujeitos à rotatividade nos domínio público.
termos a regulamentar. 2. Os contratos-programa devem visar assegurar a pros-
4. O referido no n.º 1 do presente artigo não isenta a secução do objecto social, em adaptação permanente à
emissão de Parecer sobre as contas das empresas em refe- evolução das circunstâncias, inclusive técnicas e tecnológi-
rência, por parte dos seus respectivos Conselhos Fiscais. cas, e conciliando a eficácia económica das Empresas com
ARTIGO 26.º a manutenção da coesão social e a luta contra a exclusão
(Distribuição de resultados disponíveis dos exercícios) social.
1. Sem prejuízo do disposto em legislação especial, as 3. Os contratos-programa que envolvem a assunção de
propostas de aplicação dos resultados disponíveis dos exer- obrigações ou de compromissos financeiros por parte do
cícios das empresas de capitais integralmente públicos, Estado ou de outras entidades públicas devem prever a res-
devem ser afectos, nos termos que vierem a ser regulamen- pectiva quantificação e validação.
tados, de acordo com as seguintes prioridades: 4. Os contratos-programa devem estabelecer também os
a) Reserva legal; montantes dos prémios a atribuir aos gestores e as condições
b) Dividendos; para a sua atribuição em função dos resultados atingidos.
2282 DIÁRIO DA REPÚBLICA

SECÇÃO VII SECÇÃO VIII


Definição de Políticas e Estratégias Pessoal

ARTIGO 29.º ARTIGO 34.º


(Definição das políticas sectoriais) (Regime geral)

Ao Titular do Poder Executivo, ou quem este delegar, Os trabalhadores das empresas públicas ou com domínio
compete definir as políticas e estratégias sectoriais e actos público estão sujeitos à legislação de trabalho em vigor na
conexos a adoptar por cada sector onde operam as empresas República de Angola.
públicas ou com domínio público, bem como proceder ao ARTIGO 35.º
(Quadro de pessoal)
seu acompanhamento e controlo.
ARTIGO 30.º
As empresas públicas ou com domínio público devem
(Harmonização de políticas e de estratégias) ter um quadro de pessoal aprovado pelo órgão de gestão.
Na definição das políticas sectoriais deve haver uma arti- ARTIGO 36.º
(Estatuto dos membros dos órgãos sociais)
culação entre o Titular do Poder Executivo ou quem este
delegar e os responsáveis pelos sectores de actividades 1. O estatuto dos membros dos órgãos de gestão e de fis-
onde operam as empresas públicas ou com domínio público calização das empresas públicas ou com domínio público é
regulado por diploma específico.
devendo propor ao Titular do Poder Executivo, tais políticas,
2. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, o refe-
visando assegurar que as políticas a definir para os sectores e
rido estatuto deve conter, designadamente:
as estratégias a adoptar pelas empresas se encontrem harmo- a) Requisitos de recrutamento;
nizadas, de modo a obter-se uma adequada execução. b) Competência e processo para a nomeação dos
ARTIGO 31.º titulares, renovação e cessação dos respectivos
(Articulação entre serviços e prestação de informação) mandatos;
1. Para efeitos do disposto no artigo anterior, os c) Natureza da relação jurídica estabelecida com as
Departamentos do Executivo aí referidos podem celebrar respectivas empresas;
Protocolos que definam os procedimentos a observar, asse- d) Componentes da remuneração e formas de as
gurando, designadamente, uma adequada articulação entre determinar;
e) Direitos e deveres;
os respectivos serviços.
f) Incompatibilidades.
2. Os Departamentos do Executivo referidos no artigo
3. O estatuto remuneratório dos membros dos órgãos de
anterior devem, reciprocamente e no que concerne ao Sector gestão e fiscalização das empresas públicas ou com domínio
Empresarial Público, fornecer todos os elementos de infor- público é regulado por diploma específico.
mação que se revelem úteis ao exercício das respectivas
ARTIGO 37.º
funções. (Política salarial)
ARTIGO 32.º 1. As empresas públicas ou com domínio público fixam,
(Avaliação)
nos termos da lei, os salários dos seus trabalhadores.
1. Ao Titular do Poder Executivo ou quem este delegar, 2. As empresas públicas ou com domínio público podem
compete proceder à avaliação do desempenho dos órgãos de criar prémios de produtividade a atribuir aos trabalhadores
gestão e fiscalização das empresas com capitais integral e para incentivar o aumento da produtividade de trabalho e
directamente detidos pelo Estado. estimular a conservação do seu património, observado o dis-
2. A avaliação do desempenho dos órgãos de gestão e posto no n.º 3 do artigo 26.º
de fiscalização das empresas com domínio público não 3. Carece de autorização prévia do Titular do Poder
abrangidas pelo número anterior compete aos titulares do Executivo ou de quem este delegar, qualquer decisão sus-
respectivo capital social, sem prejuízo das atribuições que ceptível de gerar, isolada ou conjuntamente, um acréscimo
sejam conferidas por lei ao Ministro responsável pelo Sector de custos totais com pessoal, por activo, superior à taxa de
Empresarial Público. inflação registada no ano imediatamente anterior e que não
ARTIGO 33.º possa ser fundamentada e comprovada com o adequado
(Deveres especiais de informação) aumento da rentabilidade da empresa.
Sem prejuízo do disposto na lei comercial quanto à pres- 4. Para efeitos do disposto no número anterior:
tação de informações aos accionistas, no que se refere às a) O acréscimo de custos deve ser aferido em função
empresas com domínio público, devem estas e as empre- daqueles que efectivamente se verificaram no
sas públicas remeter ao Ministro Responsável pelo Sector ano imediatamente anterior àquele em que se
Empresarial Público, para efeito do exercício da função pretende tomar a decisão;
accionista, bem como do acompanhamento e controlo das b) São considerados todos os custos com o pessoal,
suas actividades, os documentos indicados no diploma que independentemente da sua designação ou natu-
regulamenta a presente Lei. reza.
I SÉRIE — N.º 169 — DE 3 DE SETEMBRO DE 2013 2283

ARTIGO 38.º ARTIGO 41.º


(Comissões de serviço) (Alterações dos estatutos)
1. Podem exercer funções nas empresas públicas ou 1. As alterações dos estatutos das empresas públicas
com domínio público, em comissão de serviço, funcioná- de interesse estratégico são efectuadas mediante Decreto
rios públicos e trabalhadores de outras empresas públicas Presidencial.
ou com domínio público, os quais mantêm todos os direitos 2. As alterações dos estatutos das restantes empresas
inerentes ao seu quadro de origem, considerando-se todo o
públicas são efectuadas por Decreto Executivo Conjunto
período da comissão como serviço prestado nesse quadro.
do Ministro responsável pelo Sector Empresarial Público e
2. Os trabalhadores das empresas públicas ou com domí-
nio público podem também exercer funções no Estado e em do Ministro responsável pelo Sector de Actividade aonde a
outras entidades públicas, em comissão de serviço, man- empresa exerce a sua actividade, por delegação do Titular do
tendo todos os direitos inerentes ao seu estatuto profissional Poder Executivo.
na respectiva empresa. 3. Às alterações dos estatutos das empresas públicas é
3. Os trabalhadores, incluindo os funcionários públicos, aplicável, com as necessárias adaptações, o regime previsto
nomeados em comissão de serviço nos termos dos núme- nos n.os 4 a 6 do artigo anterior.
ros anteriores, podem optar, a todo o tempo, pelo salário e ARTIGO 42.º
regalias sociais do seu quadro de origem ou pelos correspon- (Capital estatutário)
dentes às funções que desempenhem.
1. As empresas públicas têm um capital, designado
4. Os salários e encargos sociais dos trabalhadores em
“capital estatutário”, detido pelo Estado e ou por outras enti-
comissão de serviço, incluindo os funcionários públicos,
constituem encargo das entidades onde se encontrem efecti- dades públicas.
vamente em funções. 2. O Estado deve colocar à disposição das empresas
públicas, no momento da sua criação, o capital adequado
ARTIGO 39.º
(Trabalhadores extra-quadro) ao exercício da sua actividade, a realizar em dinheiro ou
Além dos trabalhadores previstos no respectivo qua- espécie.
dro, as empresas públicas ou com domínio público podem 3. O montante do capital estatutário pode ser aumentado
contratar outros trabalhadores, nomeadamente técnicos através de entradas patrimoniais ou por meio de incorpora-
especialistas, para a realização de tarefas específicas, por ção de reservas ou de outros fundos próprios.
período determinado ou indeterminado, a tempo integral ou SECÇÃO II
parcial. Superintendência do Poder Executivo às Actividades
das Empresas Públicas
CAPÍTULO III
Empresas Públicas ARTIGO 43.º
(Superintendência do Executivo)
SECÇÃO I
1. A superintendência do Poder Executivo às Empresas
Disposições Gerais
Públicas é exercida pelo Titular do Poder Executivo.
ARTIGO 40.º 2. O Ministro responsável pelo Sector Empresarial
(Forma de criação de empresas)
Público representa a tutela accionista do Estado, compe-
1. As empresas públicas de interesse estratégico são tindo-lhe, de entre outras, proceder ao acompanhamento das
criadas por Decreto Presidencial que aprova também os res- matérias referentes à gestão da empresa.
pectivos estatutos. 3. Ao Ministro responsável pelo Sector da Actividade da
2. As restantes empresas públicas são criadas por Decreto empresa cabe, no âmbito dos poderes delegados, proceder
Executivo Conjunto do Ministro responsável pelo Sector
ao acompanhamento e controlo das políticas e programas
Empresarial Público e do Ministro responsável pelo Sector
definidos para o sector e cuja implementação é da responsa-
de Actividade, por delegação do Titular do Poder Executivo.
bilidade da empresa.
3. A denominação das empresas públicas deve integrar a
4. A falta de aprovação ou de autorização prévia deter-
expressão “empresa pública” ou “EP”.
mina a ineficácia jurídica das operações ou dos actos sujeitos
4. Os estatutos das empresas públicas são aprovados e
publicados como anexo ao diploma que as cria. à aprovação ou autorização da superintendência do Poder
5. O Diploma de criação constitui título bastante para a Executivo.
inscrição da respectiva empresa no registo comercial. 5. A superintendência não deve interferir na gestão cor-
6. A inscrição a que se refere o número anterior é efec- rente das empresas.
tuada, oficiosamente, pela Conservatória competente, no ARTIGO 44.º
prazo de 30 dias a contar da data da publicação do referido (Conteúdo da superintendência do Executivo)
diploma. 1. A superintendência do Executivo abrange o acompa-
7. Pelo registo comercial efectuado nos termos do nhamento, orientação geral ou específica na gestão, controlo
número anterior não são devidos taxas, emolumentos ou directo da legalidade dos actos dos órgãos de gestão, podendo
outros encargos. modificá-los, confirmá-los, ratificá-los ou revogá-los”.
2284 DIÁRIO DA REPÚBLICA

2. O Ministro competente com poderes delegados pelo b) Conselho Fiscal.


Titular do Poder Executivo exerce a superintendência, nos ARTIGO 46.º
termos seguintes: (Conselho de Administração)
a) Propor ao Titular do Poder Executivo as orien- 1. O Conselho de Administração é o órgão de gestão da
tações estratégicas para as empresas públicas, empresa, sendo composto por até 11 administradores, entre
depois de ouvido o Ministro responsável pelo Executivos e não Executivos, podendo os administradores
respectivo Sector de Actividade; Executivos constituir-se em Comissão Executiva e os não
b) Verificar o cumprimento das orientações estratégi- Executivos assumem a função de “controller” no âmbito da
cas definidas para as empresas públicas, podendo actividade do Conselho de Administração.
emitir recomendações para a sua prossecução; 2. Nas empresas públicas de interesse estratégico, os
c) Propor, nos casos legalmente previstos, os mem- membros do Conselho de Administração são nomeados e
bros para os órgãos de gestão e de fiscalização exonerados pelo Titular do Poder Executivo.
das empresas públicas, bem como a respectiva 3. Nas restantes empresas os membros do Conselho de
exoneração; Administração são nomeados e exonerados pelo Ministro
d) Designar a entidade liquidatária de uma Empresa, responsável pelo Sector Empresarial Público, sob pro-
nos casos legalmente previstos; posta do Ministro que tutela o Sector de Actividade onde a
e) Subscrever, em representação do Estado, contratos- empresa exerce a sua actividade por delegação do Titular do
-programa com as empresas públicas; Poder Executivo.
f) Aprovar os planos plurianuais das empresas públi- 4. O mandato dos membros do Conselho de Administração
cas; tem a duração de cinco anos, renovável por uma ou mais
g) Aprovar os Relatórios de Gestão e contas das vezes, continuando o exercício de funções até a efectiva
empresas públicas, incluindo a aplicação dos substituição ou declaração de cessação de funções.
respectivos resultados;
ARTIGO 47.º
h) Aprovar a celebração dos contratos de concessão, (Competência do Conselho de Administração)
nos termos do n.º 6 do artigo 6.º;
i) Autorizar a realização de investimentos, quando 1. Ao Conselho de Administração compete:
as verbas globais correspondentes não estejam a) Aprovar os objectivos e as políticas de gestão da
empresa;
previstas nos planos financeiros aprovados,
b) Aprovar os planos de actividade e financeiros anu-
mediante parecer prévio do órgão de fiscaliza-
ais e plurianuais e os orçamentos anuais;
ção, das empresas públicas;
c) Aprovar os documentos de prestação de contas;
j) Praticar os demais actos ou exercer as demais fun-
d) Aprovar a aquisição e a alienação de bens e de
ções previstas na lei.
participações financeiras;
3. O exercício da superintendência previsto no presente
e) Aprovar a organização técnico-administrativa da
artigo abrange ainda todas acções ou omissões de gestão que
empresa e as normas de funcionamento interno;
possam endividar o Estado ou suas instituições directa ou
f) Aprovar as normas relativas ao pessoal;
indirectamente e actos que são inoportunos na prossecução
g) Submeter a aprovação ou autorização do Ministro
do interesse público, a probidade e o respeito pelo patrimó-
responsável pelo Sector Empresarial Público os
nio público, nomeadamente:
documentos e actos que nos termos da lei ou dos
a) Política de investimentos e estatuto da empresa;
estatutos devam ser;
b) Cessão da actividade ou cedência de direitos patri-
h) Gerir e praticar os actos relativos ao objecto da
moniais para terceiros e endividamento;
empresa;
c) Alienação ou oneração do património da empresa
i) Representar a empresa em juízo e fora dele, activa-
pública;
mente e passivamente;
d) O Estatuto remuneratório e regalias sociais dos
j) Constituir mandatários com os poderes que julgar
trabalhadores;
convenientes.
e) Pagamento de impostos, isenções ou benefícios
2. O diploma de nomeação deve indicar os pelouros atri-
fiscais;
buídos a cada um dos Administradores Executivos.
f) Informação e avaliação periódica sobre a gestão
financeira, recursos humanos ou patrimonial; ARTIGO 48.º
(Conselho de Coordenação Estratégica e Comissão Executiva)
g) Exercício de actividade contrária a moral pública,
bons costumes e à lei. 1. Em situações devidamente ponderadas, a empresa
SECÇÃO III
pública pode ter órgãos distintos do previsto no artigo 45.º,
Dos Órgãos existindo em substituição do Conselho de Administração,
um Conselho de Coordenação e Orientação Estratégica e
ARTIGO 45.º uma Comissão Executiva.
(Órgãos)
2. O Conselho de Coordenação e Orientação Estratégica
Sem prejuízo do disposto no artigo 48.º, as empresas é o órgão, nomeado pelo Titular do Poder Executivo para
públicas têm os seguintes órgãos: um mandato de cinco anos, composto por cinco membros, a
a) Conselho de Administração; quem compete a definição das grandes linhas da actividade
I SÉRIE — N.º 169 — DE 3 DE SETEMBRO DE 2013 2285

da empresa, nomeadamente a aprovação do plano estraté- ARTIGO 52.º


gico, do plano de negócios, do orçamento e do plano de (Património das empresas)

actividades. 1. O património das empresas públicas integra os meios


3. A Comissão Executiva é o órgão nomeado pelo Titular colocados à sua disposição pelo Estado e ou por outras enti-
do Poder Executivo para um mandato de cinco anos, com- dades públicas a título de capital estatutário, bem como os
posto por cinco membros, a quem compete a gestão corrente demais bens, direitos e obrigações produzidos ou adquiridos
da empresa, nesta se compreendendo todos os poderes de para ou no exercício da sua actividade.
gestão necessários ou convenientes para o exercício da acti- 2. As empresas públicas a que se refere o número anterior
vidade da empresa, de acordo com os instrumentos de gestão podem administrar e dispor do seu património, nos termos
aprovados. estabelecidos na lei e nos seus estatutos.
4. A Comissão Executiva deve ser integrada por pro- ARTIGO 53.º
fissionais altamente qualificados no domínio da gestão (Exercício de direitos)
empresarial com créditos reconhecidamente firmados, que Os direitos do Estado podem ser exercidos pelo Ministro
podem ser recrutados por concurso público no mercado responsável pelo Sector Empresarial Público, em conformi-
interno ou no mercado internacional, após aprovação do dade com as orientações estratégicas previamente definidas
Titular do Poder Executivo. pelo Titular do Poder Executivo.
5. A competência específica do Conselho de Coordenação ARTIGO 54.º
e Orientação Estratégica e da Comissão Executiva devem (Regime especial de gestão)
ser detalhadas nos estatutos da empresa 1. Em circunstâncias excepcionais devidamente justifi-
ARTIGO 49.º cadas, as empresas públicas podem ser sujeitas a um regime
(Conselho Fiscal) especial de gestão, por prazo determinado, em condições a
1. O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização da empresa fixar por Decreto Presidencial.
e é composto por três membros, sendo um Presidente e dois 2. O Decreto previsto no número anterior pode determi-
vogais. nar a cessação imediata de funções dos titulares dos órgãos
2. Os membros do Conselho Fiscal são nomeados por de administração em exercício.
despacho conjunto do Ministro responsável pelo Sector ARTIGO 55.º
(Registo comercial)
Empresarial Público, e do Ministro das Finanças, sob pro-
posta deste. As empresas públicas estão sujeitas a registo comer-
3. O Presidente do Conselho Fiscal é proposto pelo cial nos termos gerais, com as adaptações que se revelem
Ministro das Finanças e os Vogais são propostos, um pelo necessárias.
Ministro responsável pelo Sector Empresarial Público e SECÇÃO V
outro pelo Ministro que tutela o Sector da Actividade. Transformação, Reorganização e Extinção de Empresas
4. Em algumas empresas, os estatutos podem prever ARTIGO 56.º
que as funções do Conselho Fiscal sejam exercidas por (Princípios gerais)
único fiscal nomeado pelo Ministro responsável pelo Sector 1. As empresas públicas podem ser objecto de transfor-
Empresarial Público, nos termos a regulamentar. mação, fusão, cisão e extinção, mediante os Diplomas legais
ARTIGO 50.º aprovados pelo Titular do Poder Executivo.
(Competência do Conselho Fiscal) 2. As operações a que se referem o número anterior,
Ao Conselho Fiscal compete o seguinte: em qualquer uma das suas modalidades, devem observar
a) Fiscalizar a gestão e o cumprimento das normas o regime previsto na Lei de Delimitação de Sectores da
reguladoras da actividade da empresa; Actividade Económica e na Lei-Quadro das Privatizações.
b) Emitir parecer sobre os documentos de prestação ARTIGO 57.º
de contas da empresa; (Transformação)
c) Examinar a contabilidade da empresa e proceder à 1. Quando a situação fundamentadamente justifique,
verificação dos valores patrimoniais; uma dada empresa pode deixar de ser considerada empresa
d) Participar aos órgãos competentes as irregularida- pública.
des de que tenha conhecimento; 2. Verificada a situação prevista no número anterior, a
e) Pronunciar-se sobre qualquer assunto de interesse empresa pode ser transformada em sociedade de capitais
para a empresa. integral ou maioritariamente públicos.
SECÇÃO IV ARTIGO 58.º
Sobre a Contabilidade, Património, os Lucros e o Registo (Fusão)

ARTIGO 51.º
1. As empresas públicas podem ser objecto de fusão com
(Contabilidade) outras empresas de igual natureza ou, verificando-se a situ-
ação prevista no n.º 1 do artigo anterior, com empresas de
A contabilidade das empresas públicas rege-se pelas capitais integral ou maioritariamente públicos.
regras do Plano Geral de Contas aplicável às sociedades 2. A fusão pode ter lugar por incorporação, mediante a
comerciais e respectivas instruções. transferência global do património de uma ou mais empre-
2286 DIÁRIO DA REPÚBLICA

sas para outra empresa, ou por fusão simples, através da ARTIGO 62.º
constituição de uma nova empresa para a qual se transferem (Verificação do passivo)
globalmente os patrimónios das empresas fundidas. 1. O Diploma que determinar a extinção da empresa pública
ARTIGO 59.º deve fixar um prazo, que não pode ser inferior a 30 dias, durante
(Cisão) o qual os credores da empresa podem reclamar os seus créditos.
A cisão de uma empresa pública pode operar por uma 2. Os credores devem ser avisados da liquidação da
das seguintes formas: empresa por anúncios publicados na imprensa e por outros
a) Cisão-simples, pela qual se destaca parte do seu meios que se julgar conveniente.
património para com ela se constituir outra 3. No caso dos créditos constarem de quaisquer livros
empresa de igual natureza ou empresa de capi- ou documentos da empresa, ou forem de outro modo conhe-
tais integral ou maioritariamente públicos; cidos, os respectivos credores devem ser também avisados
b) Cisão-dissolução, pela qual se dissolve e se divide mediante carta registada com aviso de recepção.
4. A entidade liquidatária deve elaborar uma relação dos
o seu património, sendo cada uma das partes
créditos reclamados em que estes sejam graduados em con-
resultantes destinada a constituir novas empresas
formidade com a lei geral.
de igual natureza ou com empresas de capitais
5. A relação a que se refere o número anterior deve estar
integral ou maioritariamente públicos;
patente para exame dos credores e reclamação, se for caso
c) Cisão-fusão, pela qual se destaca partes do seu
disso, durante um prazo fixado pela entidade liquidatária.
património ou se dissolve, dividindo o seu patri-
6. Os credores cujos créditos não tenham sido reconheci-
mónio em duas ou mais partes, para as fundir
dos pela entidade liquidatária e incluídos na relação referida
com empresas existentes de igual natureza ou no n.º 4 ou que não tenham sido graduados nos termos da lei,
com empresas de capitais integral ou maiorita- podem recorrer para os tribunais comuns para fazer valer os
riamente públicos, ou com partes de património seus direitos.
de outras destas empresas, separadas por idênti- 7. O reconhecimento pelo Tribunal dos direitos invoca-
cos processos e com igual finalidade. dos pelos credores obriga a entidade liquidatária a introduzir
ARTIGO 60.º na relação por ela elaborada as necessárias alterações.
(Extinção)
ARTIGO 63.º
1. Quando o interesse público o justificar, pode ser deter- (Realização do activo)
minada a extinção de uma empresa pública. 1. Compete à entidade liquidatária realizar o activo da
2. O Diploma que procede à extinção de uma empresa empresa pública, mediante a venda dos bens e a cobrança
pública e determina a sua liquidação, deve, designadamente, dos créditos concedidos pela empresa.
indicar o prazo para que esta seja concluída. 2. No Diploma que determine a extinção e a liquidação
3. Não são aplicáveis às empresas públicas às regras da empresa pública podem ser indicados bens ou direitos
sobre dissolução e liquidação de sociedades, nem os institu- cuja titularidade o Estado reserva para si ou para afectar a
tos de falência e insolvência. outros destinos.
ARTIGO 61.º 3. Ocorrendo a situação no número anterior, o Estado fica
(Entidade liquidatária)
obrigado a compensar o património objecto de liquidação,
1. A entidade liquidatária de uma empresa pública é com base numa avaliação, podendo fazer-se a compensação
designada pelo Ministro responsável pelo Sector Empresarial com créditos do Estado graduados em primeiro lugar sobre
Público por delegação do Titular do Poder Executivo. a respectiva empresa.
2. Para efeitos do processo de liquidação, podem, desig- 4. A avaliação a que se refere o número anterior é efectu-
nadamente, ser chamados a colaborar elementos da empresa ada pela entidade liquidatária até à elaboração da relação dos
a liquidar. créditos reclamados, sem prejuízo do disposto no número
3. Em casos devidamente justificados, a entidade a que seguinte.
5. Até à elaboração da relação dos créditos reclamados,
se faz alusão no n.º 2 pode ser substituída por uma comis-
qualquer credor pode exigir, mediante requerimento dirigido
são liquidatária.
à entidade liquidatária, que a avaliação a que se faz men-
4. Em qualquer fase do processo de liquidação de uma
ção no n.º 3 seja realizada por três louvados, um designado
empresa, as atribuições da comissão liquidatária podem, pelo Titular do Poder Executivo ou quem este delegar, outro
mediante despacho do Titular do Poder Executivo, ser trans- pelos credores e um terceiro escolhido pelos outros dois ou,
feridas para um órgão por ele superintendido, cessando na falta de acordo, pelas competentes estruturas judiciais.
aquela comissão imediatamente as suas funções. 6. Sendo apresentado o requerimento a que se refere o
5. A remuneração da entidade liquidatária é fixada pelo número anterior, é obrigatório que a avaliação se realize nos
Titular do Poder Executivo ou quem este delegar. termos aí previstos.
I SÉRIE — N.º 169 — DE 3 DE SETEMBRO DE 2013 2287

ARTIGO 64.º rização do Ministro responsável pelo Sector Empresarial


(Pagamento aos credores)
Público, por delegação do Titular do Poder Executivo.
1. Após a conclusão da verificação do passivo e da 4. As operações a que se referem os números anterio-
realização do activo da empresa pública, deve processar- res, em qualquer uma das suas modalidades, devem observar
-se o pagamento aos credores de acordo com a graduação o regime previsto na Lei de Delimitação de Sectores da
estabelecida. Actividade Económica e na Lei das Privatizações.
2. Se o produto da realização do activo se mostrar insu- 5. Para efeitos do disposto nos n.os 2 e 3, devem ser reme-
ficiente para o pagamento aos credores comuns, estes são tidos ao Titular do Poder Executivo todos os elementos que
pagos rateadamente. se revelem necessários à apreciação do respectivo processo.
3. Se após o pagamento do passivo relacionado for apu- ARTIGO 69.º
rado um saldo, este constitui receita do Estado e deve ser (Perda de influência dominante)
entregue ao Tesouro Nacional. 1. A perda de uma situação de influência dominante em
4. Após o encerramento das operações de liquidação, a empresas com domínio público carece de autorização pré-
entidade liquidatária deve apresentar ao Ministro respon- via do Titular do Poder Executivo, sem prejuízo do regime
sável pelo Sector Empresarial Público, para aprovação, as
previsto na Lei de Delimitação de Sectores da Actividade
respectivas contas.
Económica e na Lei das Privatizações.
CAPÍTULO IV 2. Para efeitos do disposto no número anterior, devem ser
Empresas com Domínio Público remetidos ao Titular do Poder Executivo todos os elemen-
ARTIGO 65.º tos que se revelem necessários à apreciação do respectivo
(Forma de criação de empresas) processo.
1. As empresas de capital integral ou maioritariamente 3. O pedido da autorização a que se refere o n.º 1 deve
públicos são criadas nos termos da Lei das Sociedades ser formulado pela entidade pública ou pela empresa res-
Comerciais. ponsável pela operação que conduz à perda da situação de
2. Carece de autorização prévia do Ministro Responsável influência dominante.
pelo Sector Empresarial Público, por delegação do Titular
do Poder Executivo: CAPÍTULO V
a) A criação de empresas, nos termos da Lei das Participação Pública Minoritária
Sociedades Comerciais, com capitais total ou ARTIGO 70.º
maioritariamente públicos; (Direito aplicável)

b) Qualquer operação que conduza à passagem de As participações públicas minoritárias regem-se pelo
uma sociedade já constituída para uma situação regime jurídico aplicável às sociedades comerciais, salvo
de empresa com domínio público. o disposto no artigo seguinte e em leis que lhes sejam
ARTIGO 66.º aplicáveis.
(Alteração de estatutos)
ARTIGO 71.º
As alterações dos estatutos das empresas com domínio (Dever especial)
público são efectuadas nos termos da Lei das Sociedades As empresas com participação pública superior a 15%
Comerciais. do respectivo capital social, devem remeter ao Ministro
ARTIGO 67.º responsável pelo Sector Empresarial Público a informação
(Distribuição de lucros dos exercícios)
destinada aos sócios, nas datas em que a estes deva ser dis-
A distribuição de lucros dos exercícios das empresas com
ponibilizada, nos termos da Lei das Sociedades Comerciais.
domínio público é efectuada nos termos da Lei das Sociedades
ARTIGO 72.º
Comerciais, sem prejuízo do disposto no artigo 26.º (Passagem para uma situação de influência dominante)
ARTIGO 68.º
(Transformação, reorganização e dissolução de outras empresas)
1. As entidades públicas, empresas públicas e empresas
com domínio público, directa ou indirectamente, isolada ou
1. As empresas de domínio público podem, nos termos
conjuntamente, não podem realizar nenhuma operação que
da legislação aplicável às sociedades comerciais, ser objecto
seja susceptível de ocasionar a passagem de uma sociedade
de transformação, fusão, cisão e extinção.
2. A transformação, fusão e cisão de empresas a que se para uma situação de influência dominante, nos termos defi-
refere o número anterior, em qualquer uma das suas modali- nidos no artigo 4.º, sem que obtenham autorização prévia do
dades, carecem de despacho prévio de autorização do Titular Titular do Poder Executivo.
do Poder Executivo. 2. Para efeitos do disposto no número anterior, devem ser
3. A dissolução de empresas a que se refere o n.º 1, por apresentados, com as necessárias adaptações, os elementos a
deliberação dos sócios, carece de despacho prévio de auto- que se referem os n.os 1 a 3 do artigo 14.º
2288 DIÁRIO DA REPÚBLICA

3. O pedido da autorização a que se refere o n.º 1 deve ser como para a apreciação da responsabilidade civil desses
formulado pela entidade pública ou pela empresa responsá- órgãos para com as respectivas empresas.
vel pela operação que conduz à passagem da empresa para 2. Em alternativa ao previsto no número anterior, pode
uma situação de influência dominante. ser utilizada a via arbitral para a resolução de litígios.
CAPÍTULO VI ARTIGO 77.º
Função Accionista (Responsabilidade civil, financeira, penal e disciplinar)

ARTIGO 73.º
1. As empresas públicas e as empresas com domínio
(Exercício da função accionista do Estado) público respondem civilmente perante terceiros pelos actos
Os direitos do Estado, enquanto accionista de empre- ou omissões dos seus administradores, nos mesmos termos
sas são exercidos pelo Ministro responsável pelo Sector em que os comitentes respondem pelos actos ou omissões
Empresarial Público, em conformidade com as orientações dos comissários, de acordo com a Lei Geral.
estratégicas previamente definidas pelo Titular do Poder 2. Os titulares dos órgãos das empresas a que se refere o
Executivo. número anterior respondem civilmente perante estas pelos
prejuízos causados pelo incumprimento dos seus deveres
ARTIGO 74.º
(Exercício da função accionista de outras entidades) legais ou estatutários.
Enquanto accionistas de empresas, os direitos de outras 3. O disposto nos números anteriores não prejudica a
entidades públicas ou de natureza empresarial com parti- responsabilidade financeira, disciplinar ou penal em que
cipação pública, directa ou indirecta, são exercidos pelos eventualmente incorram os titulares dos órgãos das referi-
respectivos órgãos de gestão, com respeito pelas orien- das empresas.
tações dimanadas pelo Ministro responsável pelo Sector 4. Os trabalhadores das empresas públicas e das empresas
com domínio público respondem civil, criminal, discipli-
Empresarial Público, por delegação do Titular do Poder
nar e financeiramente pelos actos e omissões que pratiquem
Executivo.
no exercício das suas funções nos termos da legislação
ARTIGO 75.º
(Gestão de participações sociais) aplicável.
1. A gestão de participações sociais directamente deti- ARTIGO 78.º
(Adaptação das empresas existentes à lei)
das pelo Estado e ou por outras entidades públicas pode ser
atribuída a uma sociedade gestora de participações sociais O Titular do Poder Executivo ou quem este delegar deve
constituída com capitais integralmente públicos, observado proceder à regulamentação da presente lei, para efeitos da
o regime previsto na presente Lei, ou a um Instituto Público. sua aplicação às empresas públicas e de capitais maiorita-
2. A atribuição da gestão de participações sociais nos ter- riamente públicos existentes à data da sua entrada em vigor.
mos do número anterior pode realizar-se mediante Diploma ARTIGO 79.º
legal, por Despacho do Titular do Poder Executivo, quando (Dúvidas e omissões)
se trate de participações directamente detidas pelo Estado, As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e
ou por acordo nos restantes casos. aplicação da presente Lei são resolvidas pela Assembleia
3. Quando a gestão de participações sociais for confiada Nacional.
a uma das entidades referidas no n.º 1, devem ser identifica- ARTIGO 80.º
das, no instrumento jurídico que atribui a respectiva gestão, (Revogação de legislação)

as matérias em relação às quais as propostas a subscrever ou É revogada a Lei n.º 9/95, de 15 de Setembro — Lei das
a votar por essa entidade nas Assembleias Gerais das socie- Empresas Públicas e demais legislação que contrarie o dis-
dades carecem de aprovação prévia do Ministro responsável posto na presente Lei.
pelo Sector Empresarial Público, por delegação do Titular ARTIGO 81.º
(Entrada em vigor)
do Poder Executivo.
A presente Lei entra em vigor à data da sua publicação.
CAPÍTULO VII Vista e aprovada pela Assembleia Nacional, em Luanda,
Disposições Finais e Transitórias
aos 27 de Junho de 2013.
ARTIGO 76.º O Presidente da Assembleia Nacional, Fernando da
(Resolução de litígios)
Piedade Dias dos Santos.
1. Compete aos tribunais judiciais o julgamento de lití-
Promulgada aos 26 de Agosto de 2013.
gios em que seja parte uma empresa pública ou uma empresa
com domínio público, incluindo as acções para efectivação Publique-se.
da responsabilidade civil por actos dos seus órgãos, bem O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.

O. E. 614 - 9/169 - 650 ex. - I.N.-E.P. - 2013

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