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CADERNO DE DISCIPLINAS OPTATIVAS DO

DEPARTAMENTO DE CINEMA E VÍDEO 1-2018

Instituto de Artes e Comunicação Social – IACS


Rua Lara Vilela, 126 - São Domingos – Niterói CEP 24.210-590
Tels.: (21) 2629 9763
GCV00156
CINEMA, AUDIVISUAL E LITERATURA I
Curso: Cinema e literatura: adaptação, apropriação, recepção e memória
Profa. Marcela Soalheiro – email: marcela_soalheiro@id.uff.br, terças 9h às 13h.

Ementa:
A relação entre o audiovisual e a literatura é objeto de inúmeros debates em suas
respectivas áreas, redundando em caminhos que por vezes estreitam e, por outras,
tencionam os laços entre estas artes e suas obras. Os campos da comunicação, das letras
e da linguística buscam delimitar seus espaços nesses diálogos, elaborando
questionamentos que irão caminhar sobre essas tensões, reconhecendo as trocas
possíveis e, aos poucos, buscando compreender processos contemporâneos de
interações intertextuais e intermidiáticas.
A presente disciplina surge exatamente do desejo de participar deste debate, propondo
questões inerentes aos estudos do cinema e da literatura, através da percepção das
potencialidades dos produtos midiáticos que são oriundos deste contexto. Distanciando-
nos de uma perspectiva depreciativa da troca entre as artes, buscamos compreender as
potências presentes nestas relações, no que tange possíveis mudanças, atualizações e
permanências.
Propomos, em um primeiro momento, a apresentação das teorias de adaptação e
apropriação literária para o audiovisual, com um viés histórico, mas com ênfase em
abordagens contemporâneas, além da exploração dos debates que cercam estas teorias e
suas perspectivas.
Em um segundo momento, abordaremos brevemente as relações de memória que as
adaptações e as apropriações literárias podem sugerir ao gerar interações com a
memória cultural de um cânone literário.

Conteúdo programático:
Nosso objetivo é observar e analisar as dinâmicas que se desenham entre obras fonte e
suas múltiplas versões – adaptações e apropriações – em um contexto intertextual, que
gera referências e citações, além de possíveis interpretações e trocas. Buscamos
compreender, também, através de um processo de familiarização com as teorias que
cercam estas questões, quais as especificidades do espectador/leitor no que diz respeito
à sua subjetividade intertextual e interpretativa com o texto e com a tela, com as
palavras e as imagens.
Portanto,
1.1. Apresentar as teorias cinematográficas que dão conta da relação entre cinema e
literatura;
1.2. Explorar os debates acerca dos conceitos a partir das diferentes linhas teóricas;
1.3. Expor exemplos contemporâneos que explorem o horizonte da relação entre cinema
e literatura

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1.4. Construir uma base de conhecimento através da articulação das teorias abstratas
com os exemplos expostos para que, desta forma, consigamos extrapolar os limites da
teoria e pratiquemos este conhecimento através da produção audiovisual.

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GCV00268
CINEMA DOCUMENTÁRIO II
Profa. Karla Holanda – email: holanda.k@gmail.com, quintas 14h às 18h.

Ementa:
O curso fará uma breve revisão histórica do documentário, indo do clássico ao moderno,
abordando o cinema verdade/direto, e o documentário novo brasileiro – o ideal é que o/a
aluno/a já tenha certo conhecimento desses períodos, uma vez que a ênfase será em
tendências autorais e contemporâneas. Assim, o curso, teórico e prático, se concentrará
na discussão de recursos e conceitos recorrentes no fazer documentário: o filme ensaio,
a dimensão subjetiva, a entrevista, a verdade, o mundo, a voz, a memória, o arquivo,
gênero, raça - em obras de realizadoras e realizadores brasileiros e estrangeiros.

Conteúdo programático:
Apresentação do curso. Documentário clássico: Flaherty/escola inglesa. Cinema
verdade. Cinema direto. Documentário moderno brasileiro. A verdade. O real. O tempo.
A memória. A imagem de arquivo. O ensaio. A entrevista. A voz. O mundo, os mundos.
Gênero. Raça.

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GCV00152
CINEMA E HISTÓRIA I
Curso: História e historiografia do audiovisual
Prof. Rafael de Luna – email rafaeldeluna@hotmail.com, sextas 09h às 13h.

Ementa:
O curso consistirá na discussão de livros, artigos e autores que revisaram a
historiografia do cinema e do audiovisual e propuseram novas abordagens,
metodologias e enfoques para a pesquisa histórica sobre o audiovisual desde os anos
1970 até a atualidade. As aulas serão baseadas na leitura prévia de textos para sua
discussão em sala de aula.
É necessário o conhecimento do idioma inglês para a leitura da bibliografia.
Trata-se de um curso oferecido para os mestrandos e doutorandos do programa de pós-
graduação em cinema e audiovisual (PPGCINE-UFF), na linha de pesquisa “Histórias e
políticas”, para o qual estão sendo abertas vagas para os alunos da graduação.

Conteúdo programático:
O curso consistirá na discussão de livros, artigos e autores que revisaram a
historiografia do cinema e do audiovisual e propuseram novas abordagens,
metodologias e enfoques para a pesquisa histórica sobre o audiovisual desde os anos
1970 até a atualidade. As aulas serão baseadas na leitura prévia de textos para sua
discussão em sala de aula.

Bibliografia básica:
ALLEN, Richard C.; GOMERY, Douglas. Film History: Theory and Practice. New
York: Knopf, 1985.
ALTMAN, Rick. Outra forma de pensar la historia (del cine): un modelo de crisis.
Archivos de La Filmoteca, Valencia, fev. 1992.
AUTRAN, Arthur. Panorama da historiografia do cinema brasileiro. Alceu, Rio de
Janeiro, PUC, v. 7, n. 14, jan-jun. 2007. http://revistaalceu.com.puc-
rio.br/media/Alceu_n14_Autran.pdf
BERNARDET, Jean-Claude. Historiografia clássica do cinema brasileiro. São Paulo:
Annablume, 1995
BORDWELL, David; STAIGER, Janet; THOMPSON, Kristin. The Classical
Hollywood Cinema: Film Style & Mode of Production to 1960. New York: Columbia
University Press, 1985.
ELSAESSER, Thomas (org.). Early cinema: space, frame, narrative. Londres: BFI,
1990.
HUHTAMO, Erkki, PARIKKA, Huhtamo, Media archaeology: approaches,
applications and implications. Los Angeles: University of California Press, 2011.

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Tels.: (21) 2629 9763
MALTBY, Richard. New cinema histories. In: _______. BILTEREYST, Daniel;
MEERS, Philippe (orgs.). Explorations in New Cinema History: Approaches and Case
Studies, 2011.

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Tels.: (21) 2629 9763
GCV00269
CINEMA INFANTO-JUVENIL
Hermínia/Tunico – email: tunicoamancio@gmail.com, sextas 14h às 18h.

Ementa:
O curso destina-se aqueles que pretendem realizar conteúdos audiovisuais para crianças
e todos aqueles que se interessam em atuar ou pesquisar sobre os múltiplos diálogos
entre a criança e o audiovisual. O objetivo é refletir sobre desafios que estão colocados
hoje na concepção, produção e veiculação de conteúdos audiovisuais para crianças.
Algumas discussões e questionamentos irão permear o programa do curso: quem é a
criança com a qual se pretende falar? Como ela se relaciona com a mídia? Como a
mídia retrata a criança? Que diálogos o cinema e a televisão têm buscado estabelecer
com as crianças? Como a criança usa e se apropria do que vê nas múltiplas janelas? As
novas tecnologias e de que forma impactam a relação das crianças com as mídias? De
que forma o mercado e a publicidade influem na relação da criança com a mídia?
Gênero, etnia, cor, diversidade regional, deficiência, homossexualidade, transexualidade
- representação, inclusão e exclusão - qual o papel da mídia? O que e como abordar
estas questões com crianças? O que toca “corações e mentes” das crianças e por quê? A
chamada “mídia de qualidade”, o que é e o que faz dela uma “mídia de qualidade”?

Conteúdo programático:
1. Os conceitos de criança e infância
2. A recepção como interação
3. História da produção audiovisual para crianças
4. Diálogos com a educação
5. Linguagem e narrativas de fantasia
6. Panorama atual: segmentação, migrações e franquias
7. Infância: novas tecnologias, mercado, consumo e publicidade
8. Princesas e heróis
9. Representação, inclusão e exclusão
10. Infância: quem são as crianças
11. Vez e voz: documentários
12. Mídia de qualidade

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GCV00172
CRIAÇÃO DE TEXTOS II
Curso: Curso introdutório à vida acadêmica voltado para os calouros
Tutoras/Elianne Ivo – email: elianne.ivo@gmail.com, sextas 14h às 16h.

Ementa:
A variedade de gêneros literários e a dimensão criativa da literatura. Os aspectos
descritivos e narrativos do texto. Os aspectos temáticos e ideacionais do texto. A
adaptação literária. Análise crítica e prática da redação criadora.

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GCV00223
ESTUDO DO SOM NO CINEMA
Prof. Fernando Morais – email: fmorais29@terra.com.br, quintas 14h às 18h.

Ementa:
Unindo leitura e pensamento sobre som com gravação e edição, a disciplina propõe
exercícios a serem combinados não apenas com a turma, mas eventualmente trocados
com outras gravações que venham de outros espaços, como demais aulas de som de
outras graduações em cinema no país. Após chegar a um projeto comum em sala, os
alunos do curso de Cinema e Audiovisual da UFF inscritos na disciplina iniciariam
gravações e as compartilhariam. O universo de gravações vindas de lugares distintos e
eventuais edições criaria uma cartografia sonora de uma cidade virtual, supostamente
impossível de acordo com parâmetros exclusivamente geográficos.

Conteúdo programático:
- Diálogo com as instituições. Campo, estudos de som no cinema nas IFES brasileiras.
- Schafer, críticas, aplicações. Paisagem sonora. Território sonoro.
- Aplicação no cinema? Outras aplicações. História, literatura. Cidades, campo? Carta
sonora.
- Chion. Modos de escuta.
- Gravações. Subdivisões: primeiros ambientes, sons específicos da cidade, músicas,
vozes.
- Audições, discussão. O que ouvimos? O que tais sons representam.
- Compartilhamento, diálogos.
- Continuação das gravações, correspondências.

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GCV00200
ESTUDOS DE CINEMATOGRAFIA BRASILEIRA I
Curso: Modulações e desvios do realismo no cinema brasileiro
Pedro Vaz/Rafael – email: pedrovazperez@gmail.com /
rafaeldeluna@hotmail.com, segundas 18h às 22h.

Ementa:
Investigar as modulações e desvios das representações do realismo no cinema brasileiro,
tendo em vista os artifícios de encenação, enquadramento e montagem, mapeando as
forjas do realismo nas principais vertentes internacionais e os ecos na produção
cinematográfica brasileira ao longo das décadas, dando ênfase à intensificação do
recurso à teatralidade percebida em produções do início dos anos 70.

Conteúdo programático:
O objetivo do curso é investigar as modulações e desvios das representações do
realismo no cinema brasileiro, tendo em vista os artifícios de encenação, enquadramento
e montagem, a partir de dois blocos temáticos. Num primeiro momento, serão
edificadas as principais vertentes internacionais com as quais o cinema brasileiro
dialogou para forjar, de diferentes maneiras, certos tipos de experiência com a realidade
a partir dos filmes, à luz de textos críticos e autores consagrados da teoria do cinema.
Neste percurso, serão abordados o cinema clássico americano e os jogos de
transparência de sua narrativa, para em seguida buscar os contrapontos com as
vanguardas históricas e suas obsessões pela intervenção na realidade pela imagem,
como o realismo crítico e a teoria da montagem da vanguarda soviética. Por fim,
acionaremos a leitura fenomenológica de André Bazin a partir do neorrealismo italiano
e seus ecos posteriores nos cinemas novos, sobretudo na nouvelle vague.
A segunda parte do curso buscará compreender em que medida as principais vertentes
investigadas ecoaram na produção cinematográfica brasileira ao longo das décadas
forjando diferentes modulações da representação realista, desde a relação com o sistema
clássico-narrativo das primeiras décadas, passando por nomes como Alberto Cavalcanti,
Nelson Pereira dos Santos, Roberto Santos, Glauber Rocha e Leon Hirszman. Por fim, o
curso se debruçará sobre a intensificação do recurso à teatralidade na forma realista
percebida em algumas produções da passagem dos 60 aos 70, mas com diferentes
modalidades em cada obra, como em “O Dragão da Maldade Contra o Santo
Guerreiro”, “Os herdeiros”, “São Bernardo” e “Os inconfidentes”.

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GCV00200
ESTUDOS DE CINEMATOGRAFIA BRASILEIRA II
Curso: Mulheres no cinema brasileiro
Karla Holanda e Marina Tedesco (holanda.k@gmail.com/ninafabico@gmail.com),
quintas 9h às 13h.

Ementa: cinema silencioso; percalços da afirmação feminina; cinema de autoria


feminina: o lado B da história; mulheres e ditadura; articulações feministas; cinema
experimental; mulheres negras – documentário; mulheres negras – ficção; pioneiras nos
anos 2000; biografia no documentário; documentaristas brasileiras contemporâneas.
Esta é uma disciplina do Programa de Pós-graduação em Cinema e Audiovisual e
algumas vagas serão abertas para a graduação.

Bibliografia:
ANCINE. Diversidade de gênero e raça nos lançamentos brasileiros de 2016.
Disponível em:
https://www.ancine.gov.br/sites/default/files/apresentacoes/Apresentra%C3%A7%C3%
A3o%20Diversidade%20FINAL%20EM%2025-01-18%20HOJE.pdf
CAROLINA, Ana. Monteiro Lobato. In: CESAR, Ana Cristina. Literatura não é
documento. Rio de Janeiro: Funarte, 1980.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
FREIRE, Vera. "Pesquisa 'Participação, formação técnica e aspirações das mulheres de
cinema e vídeo no Rio de Janeiro". 1986.
GALVÃO, Maria Rita. Crônica do cinema paulistano. São Paulo: Ática, 1975.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: Revista Ciências
Sociais Hoje, Anpocs, 1984.
HOLANDA, Karla; TEDESCO, Marina Cavalcanti (orgs). Feminino e plural: mulheres
no cinema brasileiro. Campinas, SP: Papirus, 2017.
hooks, bell. O olhar opositivo – a espectadora negra. Tradução disponível em:
https://foradequadro.com/2017/05/26/o-olhar-opositivo-a-espectadora-negra-por-bell-
hooks/#more-675
MOCARZEL, Evaldo. Ana Carolina Teixeira Soares: Cineasta brasileira. In: São Paulo:
Imprensa Oficial, 2010.
OLIVEIRA, Janaína. "'Kbela' e 'Cinzas': O cinema negro no feminino do 'Dogma
Feijoada' aos dias de hoje". IN: VÁRIOS AUTORES. Avanca Cinema International
Conference. Avanca: Cine-Clube de Avanca, 2016. p.646-654.
PEREIRA, Ana Catarina dos Santos. "A mulher cineasta: Da arte pela arte a uma
estética da diferenciação". Covilhã, Portugal: Ars. 2016. Disponível em
http://www.labcom-ifp.ubi.pt/livro/256.

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Tels.: (21) 2629 9763
PESSOA, Ana. Carmen Santos: O cinema dos anos 20. Rio de Janeiro: Aeroplano,
2002.
RAGO, Margareth. Feminizar é preciso: por uma cultura filógina. In: São Paulo
Perspectiva, v. 15, n. 3, 2001. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-88392001000300009.
RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala. Belo Horizonte: Letramento: Justificando,
2017.
SCHVARZMAN, SHEILA. Humberto Mauro e o documentário. In: TEIXEIRA,
Francisco Elinaldo (org.). Documentário no Brasil: tradição e transformação. São Paulo:
Summus, 2004. p.261-296
SCOTT, Joan. "História das mulheres". IN: BURKE, Peter. A escrita da história: novas
perspectivas. São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista, 1992. p.63-95
SELEM, Maria Celia Orlato. Políticas e poéticas feministas: Imagens em movimento
sob a ótica das mulheres latino-americanas". Tese de doutorado em História. Campinas:
Unicamp.
SHOHAT, Ella; STAM, Robert. Crítica da imagem eurocêntrica. São Paulo: Cosac
Naify, 2006.
SOIHET, Rachel. "Feminismos e cultura política: Uma questão no Rio de Janeiro dos
anos 1970-1980". IN: ABREU, Marta; SOIHET, Rachel; GONTIJO, Rebeca (orgs).
Cultura política e leituras do passado: Historiografia e ensino de história. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2007. p.441-436
SOUZA, Edileuza. "Contando nossas próprias histórias: Mulheres negras arquitetando o
cinema brasileiro". IN: VÁRIOS AUTORES. Avanca Cinema International Conference.
Avanca: Cine-Clube de Avanca, 2016. p.485-502
VEIGA, Ana Maria. "Cineastas brasileiras em tempos de ditadura: Cruzamentos, fugas,
especificidades". Tese de doutorado em História Cultural. Florianópolis: UFSC.

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Tels.: (21) 2629 9763
GCV00253
ESTUDOS DE CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA
Curso: Estudos sobre o cinema contemporâneo
Prof. Reinaldo Cardenuto – email: reicar@uol.com.br, quartas 18h às 22h.

Ementa:
Concentrando-se em estudos bibliográficos e na análise de filmes recentes, realizados
sobretudo dos anos 1990 em diante, a disciplina oferece aos alunos uma síntese em
torno de aspectos centrais do cinema contemporâneo. Afastando-se de uma metodologia
habitual da pesquisa histórica sobre o campo artístico, que por vezes organiza a
experiência formal a partir de leituras rigidamente cronológicas e excessivamente
eurocêntricas, o curso é estruturado por meio de variados eixos temáticos, não lineares e
multiculturais, propondo a cada aula uma reflexão acerca de aspectos políticos, sociais e
estéticos que atravessam a cinematografia no tempo presente. Embora a disciplina não
deixe de pensar o lugar das filmografias em convergência com heranças convencionais,
ela se volta principalmente para o estudo de obras inventivas, de marcos recentes da
experimentação criativa, articulando uma reflexão sobre os possíveis sentidos atuais da
vanguarda. A partir de temas candentes como “as novas propostas de realismo fílmico”,
“o cinema de fluxo” e “as dimensões experimentais do documentário”, o curso propõe
um painel abrangente, mas não exaustivo, em torno de algumas inquietações formais
encontradas na contemporaneidade.

Conteúdo programático:
Aula de apresentação: entrega do programa e introdução aos estudos sobre o cinema
contemporâneo.

Aula 1: onde tudo termina? Uma reflexão sobre a crise dos projetos utópicos e as
perspectivas contemporâneas da experiência estética. Filmes centrais de referência:
“Sans soleil” (1983), Chris Marker; “Filme socialisme” (2010), Jean-luc Godard.

Aula 2: hibridismos estéticos e expansões formais no campo cinematográfico. Filmes


centrais de referência: “Imagens do mundo e inscrições da guerra” (1988), Harun
Farocki; “Parallels” (2012), Harun Farocki.

Aula 3: os deslocamentos contemporâneos e a crise da representação: jornadas


(im)possíveis? Filmes centrais de referência: “O espelho” (1998), Jafar Panahi;
“Whisky” (2004), Pablo Stoll e Juan Pablo Rebella.

Aula 4: a incompletude como projeto fílmico. Filmes centrais: “Gosto de Cereja”


(1997), Abbas Kiarostami; “Five (dedicated to Ozu)” (2003), Abbas Kiarostami;
“Shirin” (2008), Abbas Kiarostami.

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Tels.: (21) 2629 9763
Aula 5: o drama em estado mínimo. Filmes centrais: “Floresta dos lamentos” (2007),
Naomi Kawase; “Na praia à noite sozinha” (2017), Hong Sangsoo.

Aula 6: o cinema de fluxo: um conceito possível para a vanguarda contemporânea?


Filmes centrais: “Sombre” (1998), Phillipe Grandrieux; “Vendredi soir” (2002), Claire
Denis.

Aula 7: por um novo realismo da “sinceridade”. Filmes centrais: “Juventude em


marcha” (2006), Pedro Costa; “O céu sobre os ombros” (2011), Sérgio Borges; “Ela
volta na quinta” (2014), André Novais Oliveira.

Aula 8: reflexões sobre a técnica do corte no cinema contemporâneo. Filmes centrais:


“Lady vingança” (2005), Park Chan-Wook; “Vênus negra” (2010), Abdellatif Kechiche.

Aula 9: invenção e deslocamento subjetivo no documentário contemporâneo. Filmes


centrais: “As i was moving ahead occasionaly i saw brief glimpses of beauty” (2000),
Jonas Mekas; “Os dias com ele” (2012), Maria Clara Escobar; “No intenso agora”
(2017), João Moreira Salles.

Aula 10: o ensaio no campo do documentário. Filmes centrais: “Nostalgia da luz”


(2010), Patricio Guzmán; “A caverna dos sonhos esquecidos” (2010), Werner Herzog.

Aula 11: dimensões do arquivo no documentário contemporâneo. Filmes centrais:


“Decasia” (2002), Bill Morrison; “The Maelstrom: a family chronicle” (2008), Peter
Forgács.

Aula 12: redefinições da autoria nas novas práticas do documentário. Filmes centrais:
“O prisioneiro da grade de ferro” (2004), Paulo Sacramento; “Pacific” (2009), Marcelo
Pedroso; “Doméstica” (2012), Gabriel Mascaro.

Aula 13 - derivas da mise-en-scène e da história no cinema de Aleksandr Sokurov.


Filmes centrais: “Arca Russa” (2002); “Fausto” (2011).

Aula 14 - encerrar para abrir novas conversas: uma reflexão sobre a estetização do
colapso. Filmes centrais: “O cavalo de Turin” (2011), Béla Tarr; “Guerra do Paraguay”
(2015), Luiz Rosemberg Filho.

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GCV00210
ESTUDOS DE HISTORIA CINEMA MUNDIAL I
Curso: Mestre Mizoguchi: mulher e poesia no cinema japonês.
João Luiz Vieira (urbanosantos5@gmail.com), terças 14h às 18h.

Ementa:
Na oportunidade da realização da maior mostra dedicada ao cineasta Kenji Mizoguchi
(1898-1956) trazida pela Fundação Japão em colaboração com o Instituto Moreira
Salles, o Departamento de Cinema e Vídeo da UFF junta-se a esta importante iniciativa
e promove um curso dedicado ao mestre japonês, enfatizando dois aspectos
fundamentais de sua vasta obra: a ênfase em um cinema que busca uma relação poética
no uso da linguagem cinematográfica (movimentos de câmera e planos-sequencia) e a
centralização em um de seus temas fundamentais: a mulher na sociedade japonesa.

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GCV00211
ESTUDOS DE HISTORIA CINEMA MUNDIAL II
Curso: Cinema-going, exibição e recepção: estudos multi-metodológicos
Ryan/João Luiz – urbanosantos5@gmail.com, sextas 14h às 18h.

Ementa:
No presente, constata-se – inclusive, entre os pesquisadores brasileiros – um
crescimento do interesse pelas investigações que versam sobre a prática de ir ao cinema
[Cinemagoing Studies]. Este domínio, que, nas palavras de Biltereyst, Maltby e Meers
(2011), se configura como uma recente abordagem para se compreender a história do
cinema, exige um debate contínuo sobre conceitos, teorias e, principalmente, métodos
de análise, na medida em que os estudiosos cujos trabalhos se encontram enquadrados
nesse universo lidam com contextos socioeconômicos tão distintos entre si. Nesse
sentido, a disciplina, ao pensar a prática de ir ao cinema como uma manifestação
cultural importante, percorrerá, dentre outros, os seguintes pontos:

1- o crescimento e a modernização das cidades;


2- as modificações na geografia dos espaços de exibição cinematográfica;
3- as histórias das tecnologias de projeção da imagem e som;
4- as produções de sociabilidade, memórias e afetos das audiências;
5- o consumo audiovisual e a cultura dos fãs;
6- as políticas de gestão e preservação das salas de cinema.

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GCV00219
LABOR.DE CRIACAO E REALIZ.AUDIOVISUAL II
Curso: A rede, o riso e o risco
Tunico Amâncio (tunicoamancio@gmail.com), segundas 14h às 18h.

Ementa:
O riso, o cômico e o humor como fenômenos do brasil contemporâneo. Estudo das
diversas manifestações no audiovisual, com ênfase na internet: sátira, humor, ironia

Conteúdo programático:
Stand-up comedies, longas-metragens, curtas metragens, séries e web-séries: elaboração
de roteiros em processos essencialmente colaborativos. Estudos de caso, discussão da
bibliografia, criação de esquetes e encenações. Paradigmas e modelos da roteirização,
drama e comédia. Revisão de pressupostos dramatúrgicos – construção de personagens
e do arco narrativo. Estratégias de divulgação em multiplataformas. Exercícios práticos:
criação e roteirização, individual e em grupo de roteiros em diversos formatos. Eventual
produção dos projetos viáveis - avaliação a partir de participação nos debates dos
grupos, e no engajamento nos trabalhos finais requeridos.

Atenção: o curso exige pré-requisito, sendo, portanto, só permitido para alunos que
tenham cursado argumento e roteiro.

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Rua Lara Vilela, 126 - São Domingos – Niterói CEP 24.210-590
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GCV00165
MÚSICA, CINEMA E AUDIOVISUAL II
Curso: Musicais: utopias (queer) no audiovisual
Jocimar Dias Jr. – Doutorando, PPGCINE-UFF, Orientador: João Luiz Vieira,
Luiz Fernando Ulian – Mestrando, PPGCOM-UFRJ, Orientador: Denilson Lopes
(jocimardiasjr@gmail.com/luizwlian@gmail.com), segundas 14h às 18h.

Ementa:
Que aproximações são possíveis entre os estudos do gênero musical e a teoria queer?
Não é de hoje que a apreciação do gênero musical e sua iconografia são utilizados para
descrever pessoas queer – ou seja, lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e outras
sexualidades e performatividades de gênero que se distanciam da heteronormatividade.
Na cultura americana anterior a Stonewall (e mesmo na posterior), era comum o uso
eufemismos como “amigos de Dorothy” (“friends of Dorothy”, numa clara alusão a “O
Mágico de Oz”), ou mesmo o adjetivo “musical” para descrever um indivíduo
homossexual. Também pululam nos números musicais momentos de transgressão das
barreiras de gênero pelos personagens que cantam e dançam livremente, e
espontaneamente celebram desejos desviantes da norma vigente. Seriam estes
momentos musicais utopicamente queer?

A influente análise de Richard Dyer vê o musical americano como uma constante


oposição entre as partes não-musicais (representativas, que se assemelham à
“realidade”) e as partes musicais (não-representativas, utópicas): uma “sensação de
utopia” é apresentada através dos números musicais, que resolvem os conflitos da
narrativa através de respostas utópicas aos mesmos. Recentemente, autores como Brett
Farmer expandem essa ideia em termos queer, pensando a trajetória linear da trama
principal dos musicais hollywoodianos como representativa da reiteração estrutural do
desenvolvimento heterocêntrico e edipiano, enquanto os números musicais poderiam ser
lidos como quebras momentâneas e subversivas das formas libidinais dominantes,
desvios não-lineares espetaculares que apresentam formações de desejos não-edipianos
ou até anti-edipianos. Através da análise de filmes de Vincente Minnelli, Bob Fosse,
John Cameron Mitchell, Watson Macedo, entre outros, passando também pelos
desenhos animados da Disney e séries como Glee, buscaremos mapear durante o curso
os diferentes aspectos de uma possível “utopia queer” que é colocada em cena através
dos números musicais.

Instituto de Artes e Comunicação Social – IACS


Rua Lara Vilela, 126 - São Domingos – Niterói CEP 24.210-590
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GCV00260
TEORIA E PRÁTICA DAS NARRATIVAS
Prof. Mauricio – email: mauriciod@yahoo.com, quartas 18h às 22h.

Conteúdo programático:
Março
Dia 24: apresentação
Dia 31: a narração no cinema e o foco narrativo. Machado, Arlindo. O sujeito na tela:
modos de enunciação no cinema e no ciberespaço. São Paulo: Paulus, 2007, p. 1 - 42.

Abril
Dia 7: normas e princípios narrativos. Texto: Bordwell, David. O cinema clássico
hollywoodiano: normas e princípios narrativos. In: Ramos, Fernão Pessoa (Org.). Teoria
contemporânea do cinema – documentário e narratividade ficcional. São Paulo: Editora
Senac, 2005.
Dia 14: feriado
Dia 21: feriado
Dia 28: uma teoria da narrativa: a narrativa para Rick Altman e exercícios de criação
(Carolina Amaral). Altman, Rick. A theory of narrative. New York: Columbia
University Press, 2008.

Maio
Dia 5: pensando a narrativa no documentário. Moreira Salles, João. A dificuldade do
documentário. In: Martins, José Souza; Eckert, Cornelia; Caiuby Novaes, Sylvia
(Orgs.). O imaginário e o poético nas ciências sociais. Bauru: EDUSC, 2005, p.57-71.
Dia 12: narrativas sobre o outro. Klinger, Diana. Duas epígrafes e uma breve reflexão
sobre o valor biográfico. Outra travessia (UFSC), v. 14, p. 23, 2013. Escritas de si,
escritas do outro. O retorno do autor e a virada etnográfica. 2. Ed., 2012.
Dia 19: narração como ensaio. Machado, Arlindo. Filme-ensaio. Trabalho apresentado
no núcleo de comunicação audiovisual, XXVI Congresso Anual em Ciência da
Comunicação, Belo Horizonte/MG, 02 a 06 de setembro de 2003.
Dia 26: apresentação de trabalhos

Junho
Dia 2: narrativa e construção da mise-en-scène. Oliveira Junior, Luiz Carlos. A mise-en-
scène no cinema: do clássico ao cinema de fluxo. São Paulo: Papirus, 2011. P.135-154.
Dia 9: plano sequência e plano de longa duração. Orsini, Gian. A temporalidade no
plano-sequência: aspectos temporais e narrativos nos filmes Ainda Orangotangos e Arca
Russa. 8º CONECO + XII POSCOM, 2015, Rio de Janeiro.

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Dia 16: feriado
Dia 23: apresentação de trabalho
Dia 30: encerramento

Julho
Dia 7: V.S.

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Curso: Cinema e audiovisual experimental
Prof. Elianne Salvatierra – email: elianys@gmail.com, terça 18h às 22h.

Estudo do cinema e do audiovisual experimental através da exibição dos filmes e das


análises dos textos sobre as teorias que tentam compreender os novos modos de
produção e realização.

Ementa: o cinema e o audiovisual como objeto de estudo. Resgatar e conhecer os


principais trabalhos denominados como “experimentais” no cinema e no audiovisual.
Recursos de captura de imagem em movimento e som que promoveram possibilidades
de experimentação e formas de apropriações diversas.

Objetivos: formação crítica e criativa; estímulo para pensar as novas possibilidades do


audiovisual e as possíveis pesquisas; referências da produção audiovisual experimental;
estímulo para a produção expressiva e criativa; a experiência estética nos processos de
produção do audiovisual nos espaços educativos.

Metodologia ver: apresentação dos principais trabalhos de cinema e audiovisual


experimental através da exibição dos filmes. Refletir: análises realizadas a partir da
leitura dos textos indicados. Fazer: realização de pequenos exercícios com o
audiovisual. O objetivo dos exercícios é experimentar as possibilidades do audiovisual.

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