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Esta posição é defendida por Roldão, que enfatiza a necessidade do professor adoptar
novas metodologias no sentido de conseguir que o aluno se torne mais competente,
metodologias essas que passam inevitavelmente pelo processo de avaliação pois […a
avaliação] sendo “o ponto essencial – terá que incidir sobre a capacidade que o
aprendente demonstra de mobilizar adequadamente os conhecimentos que adquiriu
para resolver a situação cognitiva ou prática que lhe colocámos” (Roldão, 2003:70)
Leite & Fernandes (2002) encaram a avaliação como instrumento regulador da prática
pedagógica e citando Delors et al. (1996) referem que esta tem como objectivo
valorizar a aprendizagem e criar condições para que os alunos aprendam a conhecer,
a fazer e a viver em sociedade.2
As referidas autoras fazem a análise de diversas concepções de avaliação fazendo a
distinção entre a avaliação Sumativa, Formativa e Formadora, tendo a primeira o
objectivo de classificar os alunos após um período de aprendizagem enquanto a
segunda envolve uma dimensão de organização dos processos de ensino e
aprendizagem que tem em conta o ponto de partida de cada aluno identificada a partir
de um prévio diagnóstico. A avaliação Formadora recorre a práticas de auto-avaliação
baseadas em critérios que envolvem uma grande participação dos alunos e na
reflexão que estes fazem sobre o seu processo de construção de conhecimento. Com
o aluno no centro do processo e definidos os instrumentos de avaliação e sobretudo
de auto-avaliação, a criação de um clima de aprendizagem que confronte o aluno com
os seus próprios limites levando-o a superá-los, (opus cit. pág. 55) é um factor
determinante para o progresso das aprendizagens, cabendo ao professor o papel não
2
DELORS, J. et al. (1996). Educação, um tesouro a descobrir. Relatório para a UNESCO da Comissão
Internacional sobre educação para o séc. XXI. Porto: Edições ASA.
Tomando como exemplo a composição de uma banda sonora para uma peça de
teatro.
3
A relação da criança com o saber tem uma dimensão social e desenvolve-se de acordo com o contexto,
Ramos Cit. Por leite (2002). Assim, “não basta à criança o confronto com pontos de vista diferentes, é
necessário que a criança resolva esse conflito sociocognitivo de forma interactiva, participada,
partilhada e co-responsabilizada. Ibidem, pp.51
Bibliografia
Alves, M., 2004. Currículo e Avaliação. Uma perspectiva integrada. Porto, Porto
Editora
Ana Margarida Veiga Simão, 2008. Reforçar o valor regulador, formativo e formador da
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sentido(s): Contributos e questionamentos. De Facto Editores, Santo Tirso, Portugal
pp. 125-151
De Ketele, J.-M., 2008. Caminhos para a avaliação de competências, in Alves, M., &
Machado. E.,Org. 2008. Avaliação com sentido(s): Contributos e questionamentos. De
Facto Editores, Santo Tirso, Portugal
Glover, J., (1993) Assessing Children´s Learning in Music in Glover, J. &Stephen, W.,
(Eds)Teaching Music in the Primary School. London, Cassell pp:134-163
Leite, C., & Fernandes, P., 2002. A Avaliação das Aprendizagens dos Alunos – Novos
contextos novas práticas. Edições ASA
Vygotsky, L.S. (1991) A formação social da mente. (4ª Ed. Brasileira) S. Paulo, Martins
Fontes Ed.
Legislação Consultada