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Fernando Danziger 1
Contários do eng. Paulo Henrique Dias :- em vermelho –sugestão de retirar
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Sumário
Prefácio
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Princípio
4 Aparelhagem
5 Procedimento para a execução do ensaio e preparação da prova de carga
6 Expressão dos resultados e relatório de ensaio
Prefácio
1 Objetivo
1.1 Esta Norma prescreve o método de ensaio para a execução de provas de carga em
estacas visando fornecer elementos para a avaliação de seu comportamento carga x
deslocamento. , bem como estimar suas características de capacidade de carga.
1.2 Esta Norma se aplica a todos os tipos de estacas, verticais ou inclinadas, independente
do processo de execução e de instalação no terreno, inclusive a tubulões, que a elas se
assemelham, neste sentido.
1.3 A presente Norma se aplica exclusivamente às provas de carga com cargas controladas.
2 Referências normativas
3 Princípio
Creio que esta revisão de Norma deva excluir os Tell-Tales como instrumento, pois já é
sabido que a imprecisão deste equipamento e seus erros são grandes, haja vista a
comparação de resultados obtidos em PCs realizadas como tell-tales e extensômetros
elétricos (ou outros equipamentos que utilizam o mesmo princípio).
Mesmo aquelas fundações que são instrumentadas com strain-gages, mas que não
seguiram um critério adequado de instalação, para reduzir os efeitos de temperatura e
flexão que ocorrem no ensaio, fornecem resultados imprecisos e que na maioria das vezes
são excluídos.
4 Aparelhagem
4.1.2 O sistema de reação deve ser projetado, montado e utilizado de forma que a carga
aplicada atue na direção desejada, sem produzir choques ou vibrações. Quando se utilizar
mais de um macaco hidráulico, deve ser feita uma programação de carregamento de modo a
garantir a direção e o ponto de aplicação da carga.
4.1.3 O macaco ou macacos utilizados devem ter capacidade, ao menos, 20% maior que o
máximo carregamento previsto para o ensaio, e curso de êmbolo compatível com os
deslocamentos máximos esperados. entre o topo da estaca e o sistema de reação, sendo no
mínimo igual a 10% do diâmetro da estaca.
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4.1.5 Nas provas de carga com carregamentos transversais ou axiais à tração, a reação pode
ser obtida por apoio no terreno, nas estruturas existentes ou em outras estacas. O sistema
deve ser projetado de modo a garantir coeficiente de segurança mínimo de 1,5, em relação à
carga máxima do ensaio.
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4.1.6 No caso de provas de carga com esforços simultâneos, em estacas inclinadas e/ou em
obras dentro d’água, exige-se a apresentação de projeto específico e memorial justificativo
elaborado por profissional habilitado, especializado em cálculo estrutural e em interação
solo-estrutura.
4.1.7 Entre o sistema de reação e a estaca ensaiada, quando esta tiver seção transversal
circular, deve haver uma distância mínima de três cinco vezes o diâmetro da maior seção
transversal da estaca ou ao menos 1,5 m, medida do eixo da estaca ao ponto mais próximo
do eixo do bulbo dos tirantes, ou das estacas de reação ou, no caso de reação contra a
estrutura ou cargueiras, do eixo da estaca até o ponto mais próximo do apoio do sistema de
reação.
No caso de estacas de seção transversal não circular, deverá se considerar o diâmetro de
uma seção circular de área equivalente. a distância mínima deve ser de 2,5 vezes a largura
(menor lado) do menor retângulo envolvente à maior seção transversal, medida de qualquer
ponto do menor polígono que circunscreve essa seção até o ponto mais próximo do eixo do
bulbo dos tirantes ou das estacas da reação, ou ainda, do ponto mais próximo do apoio do
sistema de reação, nos casos em que este seja a estrutura ou cargueiras. Essa distância não
deve ser inferior a 1,5m.
4.1.8 A distância mínima especificada em 4.1.7 deve ser majorada, em pelo menos 20 %,
nos seguintes casos:
a) quando o processo executivo do sistema de reação e a natureza do terreno puderem
influenciar o comportamento da estaca a ser ensaiada;
b) quando as estacas tiverem comprimentos superiores a 25 20 m, e não houver garantia da
linearidade do seu eixo;
c) quando forem empregados tirantes injetados, e o topo do seu bulbo de ancoragem situar-
se acima da cota de ponta da estaca a ensaiar.
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4.2.1 Na prova de carga são, obrigatoriamente, realizadas medidas das cargas aplicadas (por
meio de células de carga ou de manômetros calibrados e aferidos), dos deslocamentos
axiais (ensaio com carregamento axial) ou transversais (ensaios com carregamento
transversal) do topo da estaca no ponto de aplicação da carga e do tempo da realização de
cada medida em relação ao início do ensaio e/ou o horário das medições.
4.2.2 As cargas são aplicadas no topo da na estaca são medidas através de sistema de
carregamento hidráulico (macaco-bomba-manômetro). Deve ser sempre medida a carga
através da curva de calibração deste sistema. Preferencialmente deve também ser utilizada
uma célula de carga, aferida por técnicos competentes, para esta medição, com a finalidade
de se obter maior acurácia.
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preferencialmente através de célula de carga. Na impossibilidade da utilização de células de
carga, através de com manômetro instalado no sistema de alimentação do macaco
hidráulico. ou por uma célula de carga.
O manômetro do sistema de medição da pressão do circuito de óleo deve permitir leituras
claras e definidas envolvendo cerca de ¾ da escala para a pressão máxima prevista.
Os estágios de carga ou descarga devem ser ajustados de forma a coincidirem com as
marcações da escala do manômetro, sendo aceitos estágios em pressões intermediárias.
A leitura máxima possível, no manômetro a ser utilizado, pode ultrapassar o valor da carga
máxima prevista para a prova de carga em, no máximo, 25% dessa carga.
Os manômetros com leitura máxima superior a 80 MPa (800 kgf/cm2) deverão ser dotados
de escala com leituras máximas de 1 MPa (10 kgf/cm2) e, aqueles com leitura máxima
abaixo de 80 MPa, de escala com leitura máxima de 0,5 MPa (5 kgf/cm2).
A utilização de célula de carga, nas provas de carga, permite uma maior precisão dos
resultados.
4.2.4 Os deslocamentos verticais do topo da estaca (ou do bloco de coroamento) devem ser
medidos simultaneamente através de quatro deflectômetros mecânicos instalados em dois
eixos ortogonais.
Os deflectômetros (ou extensômetros) devem permitir leituras diretas de 0,01 mm.
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4.2.5 No caso de carregamentos transversais os deslocamentos devem ser medidos por dois
ou mais deflectômetros dispostos no plano ortogonal ao eixo da estaca, simetricamente
posicionados em relação ao eixo do carregamento.
Os deflectômetros (ou extensômetros) devem permitir leituras diretas de 0,01 mm.
Em substituição ao extensômetros mecânicos poderão ser utilizados também outros
equipamentos de leitura, desde que permitam leituras garantidas de 0,01mm.
4.2.6 Por segurança, em ensaios com carregamento axial, os movimentos laterais da estaca
devem ser continuamente acompanhados para identificar a introdução de esforços
adicionais (por exemplo, comparando as leituras individuais dos quatro deflectômetros).
5.1.3 O subsolo, onde estiver instalada a estaca submetida à prova de carga, deve estar
caracterizado, no mínimo, através de sondagens de simples reconhecimento no mínimo
com medidas dos valores da resistência à penetração N do SPT conforme NBR 6484.
A estaca deve estar situada dentro da área de abrangência das sondagens mais próximas,
definida por um círculo com centro no eixo da estaca e raio 10 vezes seu diâmetro e, no
máximo, de 5,0 m.
(Obs.: Acho estes números muito apertados e distantes da realidade. Podem prejudicar a
liberdade do cliente de escolher a estaca para ensaio durante um estaqueamento. Melhor
caracterizar que a sondagem dever ser representativa do local de execução da estaca,
devidamente justificado.)
A profundidade atingida pela sondagem deve ser superior no mínimo 5 diâmetros à atingida
pela ponta da estaca, de forma a caracterizar o perfil geotécnico com influência do
carregamento da estaca, particularmente da ponta, ou no impenetrável.
(Obs.:É perigoso definir 5 diâmetros. Pode ser pouco)
Quando necessário, a critério do projetista, as sondagens devem podem ser
complementadas por novas sondagens ou outros ensaios geotécnicos de campo ou de
laboratório.
Caso se pretenda estabelecer correlações entre os resultados fornecidos pela prova de carga
e outros ensaios “in situ”, esses ensaios devem ser em número não inferior a três e estar a
uma distância não superior a 2,0m do eixo da estaca.
(Obs.: Não cabe, pois é muito específico e depende de critérios de pesquisa, que não é
objeto desta norma)
5.1.4 Para a realização da prova de carga à compressão axial o topo da estaca deve ser
convenientemente preparado, de tal maneira que os esforços aplicados não comprometam
sua integridade estrutural.
Nessa preparação deve-se remover o trecho do topo da estaca eventualmente danificado ou
com material de má qualidade, refazendo-o de modo a adequá-lo às condições do ensaio.
No caso de execução de um bloco de coroamento, a superfície do mesmo deverá ser
rigorosamente ortogonal ao eixo de aplicação da carga e deve conter marcação do centro da
estaca de forma a permitir a centralização correta da carga.
5.2.1 Entre a instalação da estaca e o início do carregamento da prova de carga deve ser
respeitado um prazo mínimo de três dias, no caso de solos com comportamento não coesivo
e de dez dias, no caso de solos com comportamento coesivo.
5.2.2 No caso de estacas moldadas no solo, além do estabelecido em 5.2.1, deve-se garantir
um prazo mínimo para que a resistência do elemento estrutural seja compatível com a carga
máxima do ensaio.
A resistência característica do concreto deve ser assegurada por meio de ensaios
pertinentes.
5.2.3 Os prazos estabelecidos em 5.2.1 podem ser modificados caso haja interesse em
observar o comportamento da estaca ao longo do tempo (casos de recuperação ou perda de
resistência do solo ao longo do tempo, atrito negativo, etc.).
5.3.1 Na execução da prova de carga, a estaca é carregada até a carga definida pelo
projetista, atendendo aos requisitos de segurança da NBR 6122.
A critério do projetista, o ensaio pode ser realizado:
a) com carregamento lento; ou
b) com carregamento rápido; ou
c) com carregamento misto (lento seguido de rápido); ou
d) com carregamento cíclico, lento ou rápido, para estacas submetidas a esforços axiais de
compressão, cuja finalidade, entre outras, é a de é permitir a separação das parcelas da
resistência de ponta e de atrito lateral (Van Weele, 1957; Massad, 2002).
A carga máxima do ensaio deve ser definida como aquela em que seja observada a
estabilização dos deslocamentos após o recalque máximo do topo da estaca ser, no mínimo,
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5.3.2 O ensaio com carregamento lento deve ser realizado segundo as seguintes prescrições:
a) o carregamento deve ser executado em estágios iguais e sucessivos, observando-se que:
- a carga aplicada em cada estágio não deve ser superior a 20% da carga de trabalho
prevista para a estaca ensaiada;
- em cada estágio, a carga deve ser mantida até a estabilização dos deslocamentos e, no
mínimo, por 30 minutos;
b) em cada estágio os deslocamentos devem ser lidos imediatamente após a aplicação da
carga correspondente, seguindo-se leituras decorridos dois 2, quatro 4, oito 8, l5, 30
minutos, uma, duas, três, quatro horas, etc, contados a partir do início do estágio, até se
atingir a estabilização;
c) a estabilização dos deslocamentos está atendida quando a diferença entre duas leituras
consecutivas corresponder a, no máximo, 5% do deslocamento havido no mesmo estágio
(entre o deslocamento da estabilização do estágio anterior e o atual);
d) não sendo atingida a carga de ruptura da estaca (definida conforme NBR 6122),
terminada a fase de carregamento, a carga máxima do ensaio deve ser mantida durante um
intervalo de tempo mínimo de 12 horas entre a estabilização dos recalques e o início do
descarregamento;
e) o descarregamento deve ser feito em, no mínimo, quatro cinco estágios. Cada estágio é
mantido até a estabilização dos deslocamentos com registro segundo os critérios
estabelecidos em 5.3.2b e 5.3.2c. O tempo mínimo de cada estágio é de l5 minutos;
f) após o descarregamento total, as leituras dos deslocamentos devem continuar até a sua
estabilização.
5.3.3 O ensaio com carregamento rápido deve ser realizado segundo as seguintes
prescrições:
a) o carregamento deve ser executado em estágios iguais e sucessivos, observando-se que:
- a carga aplicada em cada estágio não deve ser superior a 10% da carga de trabalho
prevista para a estaca ensaiada;
- em cada estágio a carga deve ser mantida durante 10 5 10 minutos, independentemente da
estabilização dos deslocamentos;
Não concordo com a diminuição do tempo de 10min para 5min, é praticamente impossível
ler os deslocamentos. Deve permanecer a sugestão inicial de 10min.
- em casos especiais, como fundações de torres de linhas de transmissão, o tempo de
manutenção da carga pode ser reduzido para cinco minutos.
b) em cada estágio, os deslocamentos devem ser lidos obrigatoriamente no início e no final
do estágio;
c) atingida a carga máxima do ensaio, devem ser feitas cinco leituras: a dez 10 minutos, 30
minutos, 60 minutos, 90 minutos e 120 minutos, neste estágio. A seguir procede-se ao
descarregamento, que deve ser feito em cinco ou mais estágios, cada um mantido por 10 5
10 minutos, com a leitura dos respectivos deslocamentos;
Deve permanecer a sugestão inicial de 10min.
d) após 10 5 10 minutos do descarregamento total, devem ser feitas mais duas leituras
adicionais aos 30 minutos e aos 60 minutos.
Deve permanecer a sugestão inicial de 10min.
5.3.4 O ensaio com carregamento misto (lento, seguido de rápido) deve ser realizado
segundo as seguintes prescrições:
a) o ensaio é feito com carregamento lento (conforme itens 5.3.2a a 5.3.2c, até a carga 1,2
vezes a carga de trabalho da estaca);
b) a seguir, executar o ensaio com carregamento rápido, conforme item 5.3.3.
5.3.5 Outros procedimentos de ensaio podem ser adotados, desde que previamente
justificados pelo projetista.
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Neste caso, é sempre exigido, para fins de comparação, que pelo menos uma das provas de
carga da obra seja executada conforme um dos o itens m 5.3.2, 5.3.3 ou 5.3.4.
5.3.6 Provas de carga para solicitações combinadas, como compressão com esforço
transversal, etc., devem obedecer, no que couber, ao prescrito no item 5.3.1. Neste caso, é
indispensável que os dispositivos de reação e de aplicação de carga reproduzam as
condições reais de trabalho da estaca.
5.3.7 Nas provas de carga interrompidas por acidente, a estaca deve ser totalmente
descarregada, e o ensaio reiniciado, não deixando de se levar em conta, na interpretação do
ensaio, o carregamento interrompido, face à existência de tensões e deformações residuais
provocadas pelo mesmo. desprezando-se totalmente os dados colhidos no carregamento
inicial.
5.3.9 O ensaio cíclico lento deve ser realizado segundo as seguintes prescrições:
a) o carregamento deve ser feito em ciclos de carga-descarga, com incrementos iguais e
sucessivos, observando-se que:
1) o incremento de carga aplicada, entre ciclos sucessivos de carga-descarga, não
deva ser superior a 20% da carga de trabalho prevista para a estaca ensaiada; e
2) em cada ciclo de carga-descarga a carga máxima, aplicada de uma só vez (um
estágio), deva ser mantida até a estabilização dos deslocamentos e, no mínimo,
por 30 minutos;
b) em cada ciclo os deslocamentos devem ser lidos imediatamente após a aplicação da
carga máxima correspondente, seguindo-se leituras decorridos dois 2 minutos, quatro 4
minutos, oito 8 minutos, l5 minutos, 30 minutos, uma hora, duas horas, três horas, etc.,
contados a partir do início do estágio, até se atingir a estabilização;